Sunday, October 25, 2015

A Verdade Sobre o Grão Mufti de Jerusalem - 25/10/2015

Hoje eu havia pensado em falar sobre a recente resolução passada pela ONU e UNESCO declarando que os túmulos dos patriarcas Abraão, Isaac, Jacó e suas esposas Sara, Rebeca e Lea em Hebron e o túmulo da matriarca Raquel em Belém, são lugares sagrados islâmicos! A resolução também queria incluir o Muro das Lamentações como parte da Mesquita de Al-Aqsa condenando, portanto, o acesso e prece de judeus no local. A parte sobre o Muro das Lamentações foi removida depois de muita crítica, mas a resolução incluiu uma séria condenação à Israel sobre escavações arqueológicas na cidade velha de Jerusalém. Esta resolução foi submetida pelos palestinos, mas o pior é que os países ocidentais se abstiveram em mais uma mostra de cegueira moral. 

Há muito que falar sobre isto, especialmente sobre como os palestinos cuidam de lugares santos. Vimos o que aconteceu na semana passada quando incendiaram o túmulo de José e a destruição que causaram na Igreja da Natividade em 2002 quando queimaram decorações, cruzes e outros objetos santos para os cristãos.

Mas na terça feira da semana passada, uma declaração de Netanyahu causou muita polêmica na mídia e achei mais importante esclarecer os fatos. O primeiro ministro de Israel disse que o Grão Mufti de Jerusalém teria inspirado Hitler a iniciar a “solução final” para assassinar os judeus da Europa. Muitos sentiram que a afirmação de algum modo absolvia Hitler de seus crimes e que historicamente Bibi havia errado. Na quinta-feira, a Casa Branca condenou o que para Obama foi uma retórica inflamatória.

O diretor do Centro de Pesquisa de Política do Oriente Próximo e da Agência de Pesquisa de Notícias de Israel, David Bedein, publicou um artigo explicando por que Netanyahu estava correto. Vou falar agora dos fatos que ele trouxe.

O líder dos árabes da Terra Santa durante a Segunda Guerra, Haj Amin Al Husseini, o Mufti de Jerusalém, forjou um pacto com Adolf Hitler no dia 28 de novembro de 1941, uma semana antes da infame Conferência de Wannsee sobre a Solução Final para o Povo Judeu. Esta conferência havia sido marcada para o dia 7 de dezembro, mas teve que ser adiada por um mês, pois naquele dia aconteceu o ataque japonês em Pearl Harbor.

As minutas do pacto foram apresentadas como prova contra o Mufti nos julgamentos de Nuremberg. Nelas Hitler explicitamente afirma que iria exterminar os judeus da Europa e ajudar o Mufti a exterminar os judeus da Palestina, para criar um estado árabe judenrein – livre de judeus.

Com esta finalidade, o Mufti tomou residência no bunker de Hitler, de onde recrutou as unidades islâmicas da Waffen SS, com o objetivo principal de exterminar os judeus em massa. Ao mesmo tempo, ele fazia apelos em árabe pelo rádio, incitando os muçulmanos a se unirem à causa nazista e se prepararem para a eliminação dos judeus na Palestina.

Os protocolos da condenação do Mufti em Nuremberg foram publicados em 1946 num livro do jornalista Maurice Pearlment sobre a vida de Al-Husseini. Pearlment citou as testemunhas seniores da SS que afirmaram no Tribunal de Nuremberg que o Mufti trabalhava diretamente com Eichmann e Himmler e que teria tido um papel fundamental em assegurar que milhões de judeus fossem assassinados e não resgatados.

Ninguém nega o conteúdo das emissões de rádio do Mufti, seu recrutamento das unidades islâmicas da SS e seu envolvimento direto nas apreensões e deportações dos judeus da Iugoslávia. Estas estão gravadas. E não há qualquer dúvida sobre seu apoio à Solução Final e seu desejo de estendê-la ao mundo árabe.

Uma testemunha em especial, do SS Hamsturmfuerer Dieter Wisliceny, subordinado de Eichmann não poderia ter sido mais clara. Ele disse que “o Mufti foi um dos iniciadores da exterminação sistemática dos judeus da Europa e um colaborador permanente e conselheiro de Eichmann e Himmler na execução do plano”. O Grão Mufti, que se encontrava em Berlin desde 1941, “teve um papel primordial na decisão do governo alemão de exterminar os judeus da Europa, uma importância que não pode ser desconsiderada. O Mufti repetidamente recomendava às autoridades, incluindo Hitler, Ribbentrop e Himmler que exterminassem os judeus. Ele considerava esta uma solução confortável para o problema dos judeus na Palestina. A ferocidade antissemita de suas mensagens, transmitidas de Berlim, ultrapassava à de Hitler. O Mufti era grande amigo de Eichmann e constantemente pedia a ele para acelerar as medidas de exterminação...”.

Quando Eichmann foi trazido para Jerusalem em 1961, a ministra do exterior da época, Golda Meir, pediu para o Mossad prender o Mufti para ele sentar no banco dos réus ao lado de Eichmann. O Mufti tinha fugido para o Cairo em 1947 e a Inglaterra que controlava o Egito, se recusou a prendê-lo. No Cairo, o Mufti teria influenciado a elaboração da carta magna da Liga Árabe, explicitando que seu objetivo era o de erradicar toda e qualquer entidade sionista.

A recusa da Inglaterra de prender o Mufti no Cairo levou o chefe dos revisionistas sionistas nos Estados Unidos na época, Ben Zion Netanyahu, pai de Bibi, a lançar uma campanha exigindo a prisão do Mufti.

Um fato pouco conhecido é a relação especial que o Mufti tinha com um jovem parente dele no Cairo, tendo inclusive dado a ele seu nome Yassir Arafat. Em 1996, o jornal Haaretz entrevistou os irmãos de Arafat que disseram que o Mufti foi um mentor e pai adotivo do jovem Arafat.

O fracasso de mobilizar os árabes na Terra Santa numa guerra ativa contra Israel em 1948 levou o Mufti a induzir a Liga Árabe a criar a OLP em 1964. A Carta-Magna da Organização para a Libertação da Palestina era idêntica a da Liga Árabe inspirada por ele e o objetivo o mesmo: de exterminar o recém-criado estado de Israel.

Hoje, o novo currículo da Autoridade Palestina está imerso no legado do Mufti Haj Amin al-Husseini. Sua visão de uma Palestina livre de judeus é ensinada em todas as instituições educacionais da Autoridade junto com a necessidade de um conflito armado. Ambos se tornaram num ideal para os estudantes árabes.

Em 4 de janeiro de 2013, Mahmoud Abbas, elogiou profusamente o legado da Eminência Parda da OLP, o Mufti de Jerusalém, num discurso via vídeo link para as massas em Gaza, por ocasião do aniversário da fundação da OLP/Fatah.

Abbas elogiou o Mufti como um homem a ser copiado por todos os árabes.

Imaginem um líder dizendo hoje que Hitler é um homem a ser copiado!!!


A verdade nunca é retórica incendiária como entende Obama. O que Netanyahu disse foi importante para corrigir uma percepção errônea do papel que os árabes tiveram na Segunda Guerra e no seu envolvimento no Holocausto. Por razões políticas o Mufti foi simplesmente eliminado dos livros de história e de tudo o que tem a ver com o Holocausto. A verdade é que o Mufti era considerado um criminoso nazista mais importante que Eichmann, São seus sucessores e admiradores, incluindo Sr. Abbas e sua negação do holocausto, que têm que ser condenados pelo mundo por sua retórica inflamatória e mentirosa.

Sunday, October 18, 2015

O Mentiroso "Ciclo de Violência" - 18/10/2015

Cada um de nós tem seu sonho de como envelhecer. Alguns querem se aposentar cedo e viajar o mundo, outros nem pensam em parar de trabalhar. Alguns almejam viver bem e deixar uma grande herança a seus filhos. Mas outros querem apenas envelhecer quietamente com seus cônjuges, ter algum lugar modesto para chamar de seu e tirar prazer nos filhos e netos que criaram. Tal era o sonho de Haim Haviv, de 78 anos e de sua esposa Shoshana. Mas não era para ser.
Cinco dias atrás, quando voltava de um exame médico de rotina, Haim foi assassinado por dois terroristas sanguinários, que entraram num ônibus em Jerusalém armados com facas e uma arma. De acordo com a descrição dos sobreviventes, um pouco após 10 da manhã, depois o ônibus ter partido de uma estação e ter suas portas fechadas, os dois árabes residentes de Jerusalém se levantaram e começaram a atirar e a esfaquear os passageiros. Um segurança civil conseguiu subjugar e atirar em um dos terroristas. O outro trancou as portas do ônibus para impedir os passageiros de fugirem e de forças de segurança e médicos de entrarem. Os policiais tiveram que atirar de fora.
Haim imigrou para Israel do Iraque com seus pais e 10 irmãos com a idade de 11 anos, fugindo antissemitismo e violência. Trabalhou na construção civil desde os 13 anos até se tornar um ourives.
Seu filho Yoram, contou no enterro, que seu pai nunca teve muito dinheiro mas se sentia rico com a vida que levava. Ele criara cinco filhos com valores de família e trabalho duro. Ele só queria paz. Um sobrinho o descreveu como um homem simples, honesto e que vivia para sua família. Sua esposa de mais de 50 anos foi gravemente ferida. Está em coma e no respiradouro desde o ataque e não sabe ainda que perdeu seu companheiro.
Quando lemos sobre ataques terroristas na mídia, não somos informados do trauma pessoal que as vítimas passam e as cicatrizes que nunca desaparecem. Especialmente quando as vítimas são judeus que moram em Israel.
Qualquer um que seguiu a mídia nos últimos dias teve a impressão que a “violência” era do governo israelense contra os palestinos. As manchetes liam “Palestino morto enquanto a violência continua” ou seu primeiro parágrafo: “violência e derramamento de sangue radiando de pontos de confronto em Jerusalém e na Cisjordânia parece estar mudando de direção e expandindo com o aumento de envolvimento de Gaza”. Outros jornais, outras manchetes nos dão uma ideia de quem é responsável pela “violência” como “Dois palestinos adolescentes sofrem tiros da polícia israelense” ou “ações de retaliação de Israel em Gaza mata mulher, criança, palestinos dizem”.
Esta é a maneira pela qual a mídia tem descrito duas semanas de ataques de palestinos, que começou quando uma célula do Hamas assassinou o casal Henkin na frente de seus quatro filhos. Dois dias depois, um adolescente palestino matou dois israelenses na Cidade Velha de Jerusalém e esfaquearam uma mulher e seu filho de dois anos. Palestinos que assistiram a cena cuspiram na mulher ferida quando ela pediu ajuda. Algumas horas depois, um palestino esfaqueou um menino israelense de 15 anos no peito e nas costas.
Vários outros ataques levaram à morte quase uma dezena de israelenses e mais de 70 feridos. Sobre as causas destes ataques, os veículos de mídia têm recitado os mantras que todos conhecemos: a falta de esperança com o processo de paz – não se incomodem que Abbas e não Netanyahu tenha declarado os acordos de Oslo nulos. Que Israel quer mudar o status quo no Monte do Templo, independente das declarações de Netanyahu do contrário. Há sempre uma formula de  “ciclo de violência” que equaliza vítima e agressor e nunca exige prestação de contas do agressor.
O que nunca é mencionado é o que os líderes palestinos têm a dizer. No mês passado Abbas declarou que a mesquita é nossa. Os judeus não têm qualquer direito de profaná-la com seus pés imundos. Logo depois ele declarou que “nós abençoamos cada gota de sangue derramada por Jerusalém, que é um sangue puro e limpa, um sangue derramado por Alá”.
Depois, há as diatribes do clero muçulmano. "Irmãos, é por isso que hoje recordamos o que Deus fez com os judeus", disse um imã em Gaza na sexta-feira. "Hoje, percebemos por que os judeus constroem muros. Eles não fazem isso para evitar mísseis, mas para evitar o corte de suas gargantas."
Em seguida, brandindo uma faca de seis polegadas, ele acrescentou: "Meu irmão , na Cisjordânia : Esfaqueie ! "
Imagine se um padre ou pastor no Brasil pregasse algo similar sobre algum outro grupo religioso no Brasil, com faca e tudo : Será que a mídia iria reportá-lo ? Será que iriamos ouvir o tipo de jornalismo que é pró forma quando se trata de israelenses e palestinos, com peças longas explicando e justificando esta violência – como, por exemplo, que este pastor ou padre tem um sentimento de que seus seguidores estão sendo roubados dele? Acho que não.
Tratados foram escritos sobre a cabeça da mídia quando se trata de contar a história de Israel. Vamos deixar isso de lado hoje. A questão principal é por que palestinos foram de repente tomados por uma psicose comum que os levam a mergulhar facas no pescoço de mulheres judias, crianças, soldados e civis como um dever religioso e patriótico? Como uma realização moral?

Desespero no estado do processo de paz, a economia? Por favor, me poupem. É hora de parar de dar desculpas aos palestinos que eles mal se incomodam de fazer eles mesmos.

Os palestinos vivem na mentira e vivem de mentira. Nunca assumem responsabilidade por seus atos e são as vítimas eternas. Sem qualquer indicação ou justificação, Mahmoud Abbas mentiu para tentar manter alguma relevância especialmente com os jovens palestinos que não votaram nele. Ele mentiu sobre Israel querer mudar o status quo no Monte do Templo. Ele continuou mentindo quando disse que o exército de Israel tinha “executado” o menino de 13 anos que junto com seu primo de 15 anos esfaquearam um menino judeu de 13 anos, 11 vezes. O palestino está vivo, sendo tratado por ferimentos leves num hospital israelense à custa dos contribuintes que ele tentou matar.

Acima de tudo, é hora de dar nomes aos bois. Ódio é ódio. Nós até podemos entender seu poder explicativo quando se trata de escravidão americana, ou do Holocausto. Entendemos que, especialmente quando é o ódio dos poderosos contra os fracos. No entanto, não conseguimos entender quando a mídia nos diz que os palestinos são basicamente pessoas boas que estão apenas lutando para seus filhos terem um futuro melhor.  

Hoje, em Israel, os palestinos estão no meio de uma campanha de faca para levar judeus à morte, um de cada vez. Isto é psicótico. É o mal. Chamá-lo de qualquer coisa menor é servir como um apologista, e um cúmplice desta violência.


Como Shoshanah Haviv, o menino judeu de 13 anos ainda está em coma e no respiradouro. Se D-us quiser, quando ele acordar, ele só deve lembrar que entrou numa loja para comprar balas. Mas suas cicatrizes estarão aí perguntando que papel ele teve no “ciclo de violência” desta mídia irresponsável e antissemita.

Sunday, October 11, 2015

A Incitação Palestina - 11/10/2015


Os livros de história no futuro talvez contem que a terceira guerra mundial começou no dia 30 de setembro de 2015. Em 1914, a Primeira Guerra Mundial começou no dia 28 de junho pelo assassinato em Sarajevo, do arquiduque Ferdinando da Áustria. Na época, ninguém imaginava que este atentado, perpetrado longe das grandes capitais europeias, iria conduzir à carnificina da Grande Guerra.

É a combinação de jogo de alianças e ações irresponsáveis que levaram as grandes potências ao abismo e a « belle époque » num massacre em massa nunca antes visto na história da humanidade.

Da mesma maneira, estamos assistindo pasmos aos primeiros ataques russos na Síria. Damasco está bem longe de Washington, Moscou e Paris, mas as ações de Putin podem tornar um conflito regional em uma conflagração mundial.  Não é apenas uma pequena base em Tartus e um punhado de “conselheiros” russos na Síria. Agora vemos porta-aviões com caças avançados atracarem numa base russa nova em Latakia e centenas de russos desembarcarem para operá-la. É sobre a Rússia violar o espaço aéreo turco sem pedir desculpas e enviar mísseis que atravessam o espaço aéreo iraniano e iraquiano livremente. É a Rússia expandindo sua área de influência preenchendo todo o vácuo deixado por esta deplorável administração Obama.

Putin vê o assassino de seu próprio povo, Bashar Al-Assad, como aliado. Foi ele também quem vendeu e instalou as usinas nucleares no Irã. Para garantir sua presença na Síria e bases no Mediterrâneo para contrapor os países da OTAN, ele tem que primeiro eliminar a oposição síria a Assad e só depois ele irá se ocupar do Estado Islâmico. Por isso vimos em 30 de setembro, bombardeamentos russos em Homs, Hama e outras cidades que nada têm a ver com o Estado Islâmico, mas são bases da oposição. Putin mostrou seus músculos quando viu Obama capitular nas negociações com o Irã. E ele teve razão. A reação da Casa Branca à ofensiva russa foi apenas de declarar “sua preocupação” e cancelar seu fracassado programa de treinamento de membros da oposição ao custo de 500 milhões de dólares.

O problema do fortalecimento de Assad é o consequente fortalecimento do Irã e de seu rebento, a Hezbollah, diretamente na fronteira com Israel. Além dos tumultos internos e os recentes ataques de mísseis de Gaza, o Estado Judeu não precisa de mais um front no norte.

Somente neste final de semana 10 israelenses foram feridos em ataques na capital. Nos dias anteriores além de Jerusalém, tivemos ataques em Afula, Nazaret Ilit, Yaffo, Petah Tikva e Kyriat Gat, todas cidades parte de Israel desde a sua criação em 1948. Isto não é surpresa.

Líderes palestinos constantemente doutrinam os árabes de que Yaffo - que é parte de Tel Aviv - e todo o resto de Israel são territórios ocupados e serão eventualmente liberados e passarão para o controle palestino. Se o mundo se incomodasse em ouvir o que o “parceiro para a paz” Mahmoud Abbas e seus comparsas andam dizendo há anos, não ficariam surpresos com esta onda de esfaqueamentos. Diariamente nas escolas, universidades, pela tv, rádio, internet e em canções, cidades israelenses são reclamadas como palestinas fazendo deste “processo de paz” uma zombaria.

Uma famosa apresentadora de um programa de crianças da TV oficial palestina em maio deste ano, falando através um boneco, disse sobre Yaffo: “meus amiguinhos, eu digo a vocês que com certeza, Yaffo, e não só Yaffo, mas Haifa, Acco, Nazaret e todas as cidades palestinas ocupadas em 1948 retornarão a nós um dia”. Assim, de acordo com a ideologia promovida pela Autoridade Palestina, Yaffo era Palestina, hoje é “ocupada” e no futuro voltará a ser palestina.

Um vídeo produzido pelo “Projeto Pergunte” publicado no Youtube mostra que os palestinos acreditam piamente que nunca nenhum judeu viveu na Terra Santa antes de 1948. Um chegou a comparar os palestinos aos índios americanos e os israelenses aos colonos europeus que de repente aportaram na praia e fundaram um estado. Eles se dizem os nativos e os israelenses estrangeiros que nunca tiveram qualquer ligação com esta terra.  Este foi o tema predominante das duas ultimas intifadas.

Neste contexto, esta última onda, no entanto, têm uma característica diferente. Os terroristas acreditam que ao atacarem judeus eles estão protegendo a mesquita de Al-Aksa de ser destruída.

E por que não deveriam eles acreditar nesta obscenidade? Nos últimos meses, aonde quer que vão, cada vez que ligam suas televisões, leem o jornal, nas escola ou nas mesquita eles ouvem que os judeus estão destruindo al-Aksa. Al-Aksa está em perigo. Eles devem pegar em armas para defendê-la dos judeus, a qualquer custo.

Um homem está no centro deste libelo de sangue. O homem que dissemina essas mentiras assassinas e orquestra a morte e confusão não é outro que o favorito “palestino moderado” do Ocidente: o chefe da OLP e presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Em 16 de Setembro, Abbas fez um discurso na televisão e que ele postou em sua página no Facebook incitando os palestinos a matarem judeus. Em suas palavras, "Al-Aqsa é nossa. Eles [os judeus] não têm o direito de profaná-la com seus pés imundos. Nós não vamos permitir que eles façam isso e nós faremos tudo em nosso poder para defender Jerusalém ".

Abbas acrescentou, "Nós abençoamos cada gota de sangue derramada por Jerusalém. Este é um sangue limpo e puro derramado por Deus. É a vontade de Deus que cada mártir irá para o céu e cada [terrorista] ferido, receberá a recompensa de Deus”.

Duas semanas depois, Abbas abriu seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU com as mesmas mentiras, ameaças e incitação. Quase exatamente um ano atrás, Abbas vomitou o mesmo discurso, com as mesmas consequências assassinas. Em um discurso perante o comitê executivo da Fatah em outubro passado, Abbas disse: "Devemos impedir que eles [os judeus] entrem nos lugares santos a todo o custo. Estes são nossos lugares santos, esta é a nossa al-Aksa, nossa Igreja do Santo Sepulcro. Eles não têm o direito de entrar. Eles não têm o direito de profana-las. Temos que bloquear a entrada dos judeus 'com nossos corpos para defender os nossos locais sagrados ".

Nas semanas subsequentes, as palavras de Abbas foram retransmitidas 19 vezes na tv palestina. Durante esse período, os terroristas árabes massacraram rabinos rezando em uma sinagoga em Jerusalém, assassinaram passageiros esperando em estações de ônibus -inclusive uma recém-nascida- e tentaram assassinar o ativista de direitos humanos Yehuda Glick. Ao todo, onze israelenses foram massacrados naquela onda terrorista.

Todos os anos, a mesma Autoridade Palestina que chora pobreza perpétua, paga mais de 100 milhões de dólares a terroristas em prisões israelenses e às suas famílias. Paga mais quando o terrorista morreu matando judeus. Quanto mais revoltante e repulsivo o ataque mais alto é o salário.  

A média paga a terroristas é sete vezes o salário médio de um funcionário público palestino. Abbas sabe que o dinheiro é o principal motivador para palestinos atacarem judeus mas não é o único motivo. Todo aspirante a terrorista sabe que ele será glorificado nos meios de comunicação árabes e sua família terá seu status elevado inclusive com visitas do próprio Abbas.

Nos últimos dias o jornalista israelense Gal Berger conseguiu cópias das planilhas de pagamento aos terroristas e suas famílias. O surpreendente é que Abbas não só financia os assassinos da sua Fatah. Ele financia os do Hamas e se recusa a condenar seus ataques por pior que sejam, como o da família Henkin na semana passada.

Quando ele hipocritamente diz coordenar suas forças de segurança com o exército de Israel, é somente para ele se manter no poder e evitar um golpe do Hamas. Isto lhe dá a segurança para prosseguir com sua guerra diplomática e prejudicar a economia de Israel e negar-lhe o direito de autodefesa. Neste ano, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente Obama nem mencionou o conflito árabe-israelense. Isto deixou Abbas possesso. Então para ele voltar a ter alguma relevância, precisa extrair um número de vítimas em Israel.


Israel tem que quebrar esta prática. Primeiro, Israel pode confiscar toda a propriedade pertencente aos terroristas, inclusive contas bancárias e transferi-las para as famílias das vítimas. Segundo, pode bloquear os canais de tv e rádio palestinos cada vez que haja incitação mentirosa que possa causar violência. E terceiro, em vez de restringir o acesso ao Monte do Templo, Netanyahu deveria sim, estabelecer um dia de preces de judeus na esplanada, mostrando quem tem a soberania no local e reafirmando o direito de judeus de rezarem no seu local mais sagrado. Isto trará respeito e restaurará o poder de dissuasão. Sim, ouviremos muitas condenações e protestos, mas como vimos, o mundo está preocupado com outras coisas mais urgentes do que as alucinações histéricas do Sr. Abbas. Nada menos do que isso nos dará somente períodos de calma temporários entre ondas de carnificinas orquestradas pelo Sr. Abbas.

Sunday, October 4, 2015

A Terceira Intifada - 04/10/2015

Nesta época a cada ano, discutimos do que ocorre na Assembleia Geral das Nações Unidas, discutindo os diversos discursos e seus respectivos impactos na política internacional. Ou então, às vésperas de Hoshanah Rabah e Simchat Torah, falamos sobre as esperanças por um ano melhor e mais seguro para Israel. Esta era a minha ideia quando comecei a preparar esta audição.

No entanto, este ano, juntamente com toda a hipocrisia e mentiras diariamente proferidas na ONU contra Israel, com toda a cobertura de respeitabilidade, a escalada da violência física contra o estado judeu, externa, mas também internamente é muito preocupante.

Se não estivéssemos no final das festas, todos nós deveríamos sentar em luto pelas duas famílias israelenses brutalmente atacadas e mortas nesta semana, como resultado direto do incitamento de Mahmoud Abbas na mídia palestina.

Logo após o discurso de Abbas na ONU e do patético hasteamento da bandeira do seu estado inexistente, a violência de árabes contra judeus em Jerusalém e subúrbios redobrou. Na quinta-feira à noite, um jovem casal com quatro filhos pequenos no carro, incluindo um bebê recém-nascido, foi selvagemente assassinado. Naama Henkin e seu marido Eitam que ainda conseguiu sair do carro para tentar salvar seus filhos morreram na frente das crianças. Seu filho mais velho de 9 anos foi quem teve que falar Kadish ou a prece dos mortos nos seus enterros.

Um mês antes, quando a família Dawabshe teve sua casa incendiada, os judeus de Israel e do mundo condenaram o ataque aceitando inclusive a responsabilidade por ele e pedindo perdão, antes mesmo da investigação ter começado e apesar da família estar envolvida em uma séria disputa com outra no mesmo vilarejo.

Mas ninguém da liderança palestina saiu para condenar o assassinato dos Henkins. Muito pelo contrário. O grupo terrorista Hamas elogiou os perpetradores clamando por mais “operações de qualidade” como esta. De fato, não precisaria nem mencionar o Hamas. Quem reivindicou o crime foi a Fatah. O presidente da Fatah é não outro que o próprio Mahmoud Abbas.

Ontem à noite, outro casal com uma bebê foi atacado na cidade velha de Jerusalem. Parece que os terroristas preferem matar os pais na frente dos filhos. Aharon Benett de 21 anos e sua mulher foram esfaqueados no caminho do Kotel. Nehemia Lavi, um professor de 41 anos correu para ajudar o casal e também foi esfaqueado. Depois de alguns minutos Aharon e Nehemia estariam mortos. A mãe e a bebê que sofreu ferimentos na perna foram levadas ao hospital.

Durante a noite e pela manhã em Israel foram registrados vários incidentes. Os árabes em seu mundo fantasioso que perpetra seu papel mentiroso de vítimas, dizem estarem lutando contra a tomada da mesquita de Al-Aqsa pelos judeus. Alguém viu alguma imagem ou reportagem na Al-Jazeera que isto estivesse acontecendo? Não. Mas não importa. Eles se convenceram disto e o derramamento de sangue judeu inocente então está justificado.
E assim, está declarada a terceira intifada.

O Sr. Abbas disse na ONU que não está mais obrigado a cumprir os acordos de Oslo e que daqui por diante ele é presidente de um país ocupado ilegalmente. Bem, não estar mais obrigado a um acordo que ele nunca cumpriu parece ser redundante, mas seu objetivo foi outro.

Hoje pela manhã, como era de se esperar, Israel fechou a cidade velha a árabes não- residentes e limitou por dois dias o acesso dos muçulmanos à mesquita aos maiores de 50 anos de idade. Imediatamente Abbas denunciou a agressão israelense e pediu a proteção da comunidade internacional! Quer dizer, eles matam e querem que o mundo corra com tropas para evitar a reação israelense.

Mas a diferença desta intifada com as outras é a situação externa. Nos últimos dias Israel tem respondido a misseis vindos não só de Gaza, mas de posições da Hezbollah na Siria. Com o vácuo deixado pela administração americana, a Russia entrou na Síria juntamente com forças do Irã para proteger Bashar Al-Assad e consolidar sua agenda de restaurar a influência que os russos tinham no auge da União Soviética.

Putin então declarou que estava “preocupado” com as ações de Israel. Quer dizer, a Hezbollah a mando do Irã envia mísseis ao norte do estado judeu e Israel não pode responder. Já vimos este filme antes. O Hamas envia mísseis e quando Israel responde é condenada.

Alguém poderia pensar que numa situação como esta, uma organização supra-nacional com legitimidade, pudesse intervir e trazer algum sentido de justiça. Mas se alguém está contando com a ONU, esqueça.

Somente na semana passada, o secretário-geral Ban Ki Moon recebeu o presidente do Irã, Hassan Rouhani, junto com seu ministro do exterior Javad Zarif para discutir como poderiam encurtar o caminho da normalização de relações com o resto do mundo. Assim, o líder da organização criada para prevenir outro holocausto, abraça e recebe com todas as honras o governo que jurou que Israel não existirá daqui a 25 anos pois será apagada do mapa!

O absurdo vai ainda além. Há duas semanas, a ONU nomeou para ser presidente do Conselho de Direitos Humanos, nada menos do que a Arábia Saudita! Não importa que ela tenha sido o resultado de uma rotação de membros. É um escândalo ter um país com uma das piores fichas em direitos humanos, que só neste ano já decepou mais cabeças do que o Estado Islâmico, ser presidente do Conselho. Isto para não falar dos outros flagelos como corte de mãos, pés, e chibatadas, por crimes como mágica e feitiçaria, insulto aos clérigos muçulmanos e apostasia. Um país aonde uma igreja ou sinagoga não podem existir, aonde uma bíblia não pode entrar. Aonde mulheres são propriedade que não podem dirigir automóveis, votar ou sair de casa desacompanhadas. Tudo isso cortesia da progressiva lei islâmica.

E talvez seja por isso que Bibi Netanyahu, em seu discurso na ONU esta semana, ficou calado por 45 segundos. Netanyahu é um orador brilhante com um inglês perfeito. Mas todo seu carisma não foi o suficiente para evitar este desastroso acordo nuclear com o Irã ou convencer Abbas a parar o incitamento.

O Oriente Médio está se tornando cada vez mais perigoso e desafios de segurança estão crescendo a cada dia. Israel está cansada do mundo que se cala, que é indiferente à sua situação. Netanyahu não estava na ONU para vender fantasias, que o mundo tanto ama, sobre uma ilusória retomada das  negociações  e paz com os palestinos.

Todos nós teríamos preferido um discurso diferente.  Um que elogiasse um Irã sem usinas nucleares e um mundo menos hipócrita. "As pessoas não acreditam mentiras porque elas são obrigadas, mas porque querem", disse o jornalista britânico Malcolm Muggeridge. Isto é exatamente o que o mundo está fazendo hasteando a bandeira de Abbas e legitimando as usinas nucleares do Irã. É tão na cara que não há o que dizer.  E foi precisamente por isso Netanyahu ficou em silêncio por 45 segundos.


Eu podia aproveitar os minutos que tenho aqui para expressar minha sincera dor e condolências às famílias Henkin, Benett e Lavin. Chag Sameach