Sunday, August 28, 2016

O Mundo À Deriva - 28/8/2016

O mundo está oficialmente à deriva. Nossos líderes se encontram amarrados e amordaçados pelo politicamente correto, e não conseguem programar políticas para garantir nossa segurança e liberdades.

A França passou a semana numa discussão débil sobre o uso do burquini, uma burca de praia que permite às muçulmanas religiosas frequentarem os elegantes balneários do sul do país como Nice e Cannes. Prefeitos locais baniram o uso do burquini alegando serem ofensivos à cultura e ao secularismo franceses. Mas para onde foram as liberdades de culto e liberdades individuais de você vestir o que quiser?  Parece que os prefeitos locais estão procurando mais é evitar que os ricos turistas se espantem com praias que lembram as da Arábia Saudita!

Enquanto isso, Angela Merkel disse ao povo alemão que a onda de refugiados nada tem a ver com o aumento de ataques terroristas na Europa. Mas admitiu que grupos terroristas, incluindo o Estado Islâmico, tenham se infiltrado ou estejam recrutando membros entre os refugiados. Ela parece ter esquecido que no Ano Novo dezenas de jovens alemãs foram estupradas por grupos de refugiados e entre os quatro ataques na Alemanha em Julho, dois deles foram perpetrados por refugiados. Com outros 300 mil novos refugiados procurando asilo na Alemanha este ano, não é de espantar que a aprovação do seu governo tenha ido para o fundo do poço. Ou ela está delirando, ou está mentindo para seus constituintes para levar à frente sua agenda.

Na Ásia, a Coreia do Norte lançou esta semana um míssil a partir de um submarino que invadiu o espaço aéreo do Japão. De acordo com a imprensa oficial de Pyongyang, o míssil continha tecnologia capaz de levar uma nano ogiva nuclear. O fato de o míssil ter sido lançado de um submarino é muito preocupante. Só seis nações no mundo possuem tal tecnologia. Este é o resultado do “brilhante” acordo para remover sanções contra a Coreia do Norte negociado por Bill Clinton em 1999.

Isto nos lembra do Irã, que continua seus ataques contra o ocidente e está ativamente procurando desenvolver seu programa balístico com o qual poderá lançar uma ogiva nuclear aonde quiser no mundo. Em contrapartida, estamos levantando aos poucos as sanções econômicas contra os Aiatolás. Isto apesar de vários iranianos expatriados que tentaram fazer negócios no país terem sido presos. A mensagem é da guarda revolucionária iraniana que abocanhou para si todos os contratos importantes garantindo que não haverá uma mudança de regime num futuro próximo.

Ainda nesta semana, a Turquia resolveu invadir a Síria supostamente para desalojar o Estado Islâmico dos vilarejos fronteiriços. A razão real, no entanto, foi outra. A Turquia quer impedir que os curdos sírios estabeleçam um governo autônomo em sua fronteira e fortaleçam o sentimento de independência de seus próprios curdos. Os curdos são a maior nação sem estado do mundo. Sua população está espalhada entre a Turquia, a Síria, o Iraque e o Irã. São 32 milhões de curdos que há décadas procuram a autodeterminação, mas o mundo não se importa. Só a autodeterminação palestina importa, especialmente quando ela mina a existência do Estado de Israel.

E falando dela, a ONU e a União Européia estão levantando 2.1 milhões de dólares para ajudar a Autoridade Palestina a montar uma campanha global contra o Estado judeu, incluindo indiciamentos por “crimes de guerra” na Corte Internacional de Justiça.

Nos Estados Unidos, a esquerda está promovendo uma campanha feroz de demonização de Donald Trump, o candidato republicano à presidência. A mídia, atores e ativistas chegam a caricaturar qualquer um que não apoie Hillary Clinton como ignorante, atrasado e intolerante. Estamos vendo um esforço da esquerda em todos os fronts defendendo suas políticas e agendas.

Quem assistiu a CNN, a BBC, a France 24 neste final de semana, viu um festival pró-Dilma, digno do João Santana. Comentaristas chegaram a dizer que o processo de impeachment no Brasil era hipócrita, pois todos os políticos brasileiros são corruptos!! Imagens dela abraçando crianças e sendo aplaudida, abundaram. Nenhuma menção sobre as pedaladas fiscais, o processo que correu no Congresso ou as manifestações em massa do povo que saiu às ruas para ser ouvido.

Está claro que estamos perdendo a guerra das ideias. Isto se deve ao fato de estarmos sempre na defensiva enquanto que os que promovem a agenda de esquerda, os islamistas e os antissemitas, são consistemente proativos. Eles não descansam um dia para demonizar o ocidente, o conservantismo econômico, Israel e os judeus.

No caso especifico de Israel, desde os acordos de Oslo, os governos sucessivos se sentiram obrigados a fechar os olhos para o terrorismo palestino e ao ódio disseminado em sua mídia par manter o apoio público para políticas que sabiam estar destinadas a não dar certo. Exatamente o que Merkel está fazendo hoje.

No começo, Yasser Arafat disse ao seu povo que seu objetivo era de acabar com a soberania judaica. Israel não deu ouvidos dizendo que isso eram palavras vazias apenas para agradar os radicais. Mas o fato do governo israelense repetidamente elogiar Arafat e Abbas como parceiros da paz, levou o mundo a aceita-los como “moderados” e “parceiros genuínos para uma solução pacífica de dois estados”.

Isto era exatamente o que os palestinos queriam para destruir Israel em fases. Eles imediatamente aceitaram toda e qualquer concessão sem fazer qualquer uma de seu lado e continuaram a demonizar e desafiar a legitimidade da existência de Israel.

Estas concessões, elogios e mostras de deferência a Arafat e Abbas foi o que permitiu a edificação da cultura de morte que hoje satura a população palestina e todos os aspectos de sua vida. Os palestinos declaram abertamente, e o mundo aplaude, sua exigência de ter um estado livre da presença física de qualquer judeu, mesmo daqueles que aceitariam viver baixo a um governo palestino. Eles também impuseram a pena de morte a qualquer um que vendesse uma propriedade a um judeu.

A Autoridade Palestina se tornou uma sociedade criminosa, comparável à sociedade alemã antes da segunda Guerra. Igual aos nazistas, os palestinos caricaturam judeus como descendentes de porcos e macacos e clamam por sua exterminação. E isto é feito em alto e bom tom inclusive por crianças de dois ou três anos de idade que declaram ser seu maior objetivo na vida o de alcançar o martírio ao matar judeus. Isto só pode ser descrito como criminoso! E agora podemos ver os mesmos discursos sendo pronunciados por jovens muçulmanos europeus.

O triste é que Joseph Goebbels teve razão: uma mentira repetida suficientemente vezes se torna verdade na cabeça do povo. O ocidente absorveu a narrativa mentirosa e distorcida dos palestinos, que Israel é um estado racista, um ocupador e uma nação que nasceu de um erro. E para apaziguar o mundo, Israel preferiu se calar, não apontando para a natureza bárbara e criminosa do seu suposto "parceiro da paz".

Se Israel tivesse desde o princípio montado campanhas para expor os horrores perpetrados por seus vizinhos, teria no mínimo influenciado uma parte do mundo que hoje a condena. Israel deve imediatamente começar a expor a barbaridade dos palestinos em vez de toda semana tentar justificar a existência de assentamentos que não passam de 2% do seu território. O mesmo deve acontecer com a Europa e a América que ainda encobrem a natureza vil do islamismo radical, dos estupros em massa, dos assassinatos por honra.

Se tomarmos a ofensiva e passarmos a documentar e expor a natureza vil da sociedade palestina e do radicalismo islâmico, isto tornará mais difícil para os Americanos e europeus exercerem pressão sobre Israel para criar um estado que fatalmente será mais um estado criminoso no mundo e eles próprios terão que finalmente confrontar o perigo que se recusam a reconhecer e continuam a trazer para o seu meio.



Sunday, August 14, 2016

O Antissemitismo e a Fraude da Ajuda Humanitária aos Palestinos - 14/8/2016

Em julho deste ano um evento passou despercebido pela mídia mundial. Um muçulmano refugiado em Veneza entrou na Igreja de São Jeremias, se dirigiu para a estátua de Jesus na cruz, um artefato de 300 anos, e a jogou ao chão, quebrando um dos seus braços.

Na semana passada, na mesma cidade, o patriarca Francesco Moraglia da Igreja de São Juliano, que fica próxima à famosa Praça de São Marcos, disse que incidentes desrespeitosos ocorrem diariamente em sua igreja. São grupos de muçulmanos, com mulheres usando véus cobrindo seus rostos, que entram na igreja para tirar fotos fazendo gestos obscenos junto às estátuas, cospem em hóstias e outras condutas vulgares. Há três semanas, dois muçulmanos entraram na igreja, estenderam seus tapetes e começaram a rezar. Quando interpelados pelo sacristão, rindo, disseram que tinham a permissão do Papa. Quase nada sobre estes eventos foi publicado fora da imprensa local.

O que foi publicado foi o degolamento do padre Jacques Hamel de 86 anos, no meio da missa, por dois muçulmanos franceses que estavam sendo investigados pela polícia. Uma foto publicada pela Agencia Reuters mostrou policiais franceses armados até os dentes nas portas das igrejas onde cerimônias de homenagem ao padre estavam sendo conduzidas. Fotos idênticas à de sinagogas que há anos precisam de segurança especial contra o terror islâmico.

O que começa com os judeus, nunca termina com os judeus. A ironia é que este terror foi um que a Europa convidou. Depois do Holocausto os europeus não podiam mais expressar seu antissemitismo abertamente, então, fizeram a segunda melhor coisa: cortejaram os inimigos declarados dos judeus no mundo muçulmano.

Não foi coincidência que depois de ter votado a partilha em 1947 para limpar sua consciência, o mundo abandonou Israel à mercê dos exércitos árabes que tinham equipado e treinado. E daí por diante. Desde sua fundação Israel foi condenada pela ONU mais vezes do que todos os outros países do mundo juntos.

E este ódio tem evoluído. Nas universidades, nas associações de profissionais, no movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções. E também nas organizações não governamentais, que apesar de quatro milhões de refugiados sírios, iraquianos, iemenitas, querem o seu dinheiro para ajudar os pobres palestinos oprimidos.

Na semana passada tivemos dois escândalos envolvendo organizações de ajuda aos palestinos. No primeiro, um engenheiro da ONU que gerenciava a reconstrução de casas em Gaza foi pego enviando material de construção para as instalações militares do Hamas. No segundo, um gerente da organização World Vision teria transferido $50 milhões de dólares de doações obtidas através do globo para as atividades pouco caridosas do Hamas.

A reação inicial tanto da ONU como da World Vision foi de negação. Depois vieram as expressões de choque com as provas apresentadas por Israel. E se pensam que estes casos são exceção, estão enganados.

A mesma coisa ocorreu com uma organização internacional pública e com uma organização de assistência privada. Isto não é coincidência, mas o fruto de uma cultura política da região. Roubar dinheiro que deveria ser usado para fins humanitários é endêmico, não só por aqueles empregados por agências internacionais, mas também por aqueles que governam. O Hamas lidera a mesma cleptocracia em Gaza que a Autoridade Palestina na Judeia e Samaria.  Ambos são poços de roubo e corrupção.

O que é interessante é que estes fatos não incomodam nem o mundo nem as organizações filantrópicas internacionais. Apesar de outros povos sofrerem mais e receberem menos, os palestinos são o objeto de mais atenção que qualquer outra causa humanitária. A ONU tem uma agência para todos os refugiados do mundo e uma outra só para os palestinos. A UNRWA faz mais para perpetuar o problema dos palestinos do que resolvê-lo. Em 2011 o orçamento da UNRWA era de 1 bilhão, 230 milhões de dólares fora de todas as doações privadas! A agência da ONU para todos os outros refugiados do mundo foi menos que um bilhão de dólares a mais.

Por que será que o mundo fecha os olhos para a corrupção palestina? A única resposta é que o status deles como vítimas de judeus lhes dá prioridade sobre qualquer outro grupo no mundo.

Como podemos ficar chocados quando pessoas desviam para o terrorismo milhões de dólares e materiais que deveriam ser usados para aliviar a situação de indivíduos comuns? E é exatamente isso que ambos, o Hamas e o Sr. Mahmoud Abbas fazem de modo regular e rotineiro. Os membros do entourage de Abbas se tornaram extremamente ricos enquanto o mundo continua a pintar os palestinos como indigentes, sem teto. Vários deles, incluindo o filho de Abbas figuram nos Papéis do Panamá com empresas e contas offshore milionárias.

Um grupo que paga pensões a assassinos terroristas e para as famílias dos que morreram tentando matar judeus (e se gaba no Facebook de ter matado 11 mil israelenses) não poderia reclamar pobreza, mas é exatamente isso o que os palestinos fazem.

Os islâmicos supostamente mais radicais e puritanos como o Hamas, também são culpados desta corrupção. Até hoje não conseguiram reconstruir casas destruídas em 2014 e Ban Ki Moon culpa Israel pela sorte das crianças palestinas que moram nas ruas. Mas o Hamas chama a imprensa para mostrar suas realizações na reconstrução dos túneis que foram reconstituídos e fortalecidos para abrigar armamentos, terroristas e líderes com o único fim de atacar Israel. Os túneis se tornaram inclusive atração turística neste verão. Isto enquanto a população não tem sequer um abrigo contra bombas.

Mas alguém ouviu algum país reclamar ou passar alguma resolução contra o Hamas?

A ONU e a World Vision e todos aqueles que contribuem para agências de ajuda aos palestinos deveriam nos poupar suas expressões de choque e negações sobre estes escândalos. Enquanto sabemos que os palestinos têm necessidades reais – e uma delas são empregos que não envolvam explodir ou matar alguém - qualquer um que lhes dê dinheiro deve faze-lo sabendo que está contribuindo para financiar a pensão de algum terrorista, um túnel ou um abrigo para o Hamas, no lugar de alimentar uma criança ou construir uma casa.



Sunday, August 7, 2016

O Desande do Black Lives Matter - 7/8/2016

A organização Black Lives Matter, ou em português, Vidas Negras Importam, tomou a liderança da batalha pela justiça racial nos Estados Unidos.

Este movimento surgiu em 2013 após George Zimmerman, um hispano (apesar do nome) ter matado Trayvon Martin, um adolescente negro que passava pelo bairro de Zimmerman usando um capuz. Mas o movimento tomou mesmo impulso após a morte do traficante Freddie Gray em Baltimore enquanto ele se encontrava em custodia da policia. E se espalhou por todos os estados da América.

O fato da violência entre os negros nos Estados Unidos ser a maior causa de mortes entre eles, e o fato de mais brancos do que negros serem mortos na custodia da polícia nunca foi relevante.

Todos concordamos ser importante abordarmos as disparidades raciais em todos os âmbitos da sociedade, incluindo o tratamento que policiais dão aos cidadãos. Mas enquanto as razões da criação do movimento foram meritórias, as expressões do movimento estão se tornando cada vez mais violentas e discriminatórias. Em Nova Iorque e em outras cidades tivemos passeatas incitando o assassinato de policiais que de fato começaram a ocorrer em todo o país incluindo recentemente em Dallas.

Isto não deteve Obama de convidar os representantes do movimento para a Casa Branca e colocar o aparato do governo à sua disposição. O despropósito do BLM chegou a tal ponto que o ex-Governador de Maryland, Martin O’Malley teve que se desculpar por seu atrevimento ao dizer que não só as vidas negras importavam, mas que todas as vidas importam. Vejam aonde chegamos!!

Com esta rápida ascensão, apesar dos policiais envolvidos com Freddy Gray terem sido inocentados, o movimento decidiu agora internacionalizar.

Declarando que todos os povos oprimidos devem se unir, esta semana o BLM acusou Israel de ser um estado apartheid e de cometer genocídio contra os palestinos. O BLM também conclamou os americanos a aderirem ao boicote e desinvestimento do Estado judeu.

Os negros esqueceram que foram os judeus que lideraram o movimento dos Direitos Civis que acabou com as leis de segregação nos Estados Unidos. O BLM criou um novo movimento que não só exclui os judeus mas lhes nega o direito à autodeterminação e libertação nacional.

Na semana passada o grupo publicou sua plataforma intitulada: “Uma Visão para as Vidas Negras: Exigências Políticas pelo Poder Negro, Liberdade e Justiça”. É uma mistura de demandas de reparação pela escravidão e investimentos na educação e igualdade econômica, mas repentinamente, a plataforma se volta para os palestinos que “vivem sob um regime imperialista”.

Uma líder do grupo que está de visita a Israel disse ao Jerusalem Post que “nenhum deles estará livre até que todos estejam livres” e por isso sua solidariedade com os irmãos palestinos em Israel e nos Estados Unidos”.

Isto é um tapa na cara direto no legado de Martin Luther King. O grande pregador disse a uma assembleia de rabinos em 1968 que a paz de Israel significa segurança e que “devemos nos manter firmes e usar de toda nossa força para proteger seu direito de existir, sua integridade territorial e seu direito de defesa”. Ele disse que “Israel é um dos grandes postos da democracia do mundo e um exemplo maravilhoso do que pode ser feito. Como o deserto pode ser transformado num oásis de irmandade e democracia”. Que “a paz para Israel significa uma segurança que deve se tornar uma realidade”.

Martin Luther King terminou seu discurso afirmando que quando as pessoas criticam os sionistas, eles na verdade expressam seu antissemitismo.

A ligação entre o movimento antissionista e o BLM é evidente nos pôsteres que vimos em seus protestos. “De Ferguson para a Palestina”, expressando a falsa equivalência entre a brutalidade policial na América e o conflito entre Israel e os palestinos. Os ativistas do BLM dizem que as ruas da Palestina ocupada são iguais as de Ferguson aonde a policia atirou em Michael Brown, num adolescente negro em 2014.

O rabino Ari Hart, fundador de uma organização judaica ortodoxa por justiça social disse estar chocado que a voz mais proeminente de justiça racial nos Estados Unidos tenha adotado uma posição de ódio, parcial e totalmente sem relação com a realidade de Israel chamando o estado judeu de genocida e de apartheid, ignorando as enormes violações de direitos humanos do grupo terrorista Hamas.

Será que os organizadores do Movimento pelas Vidas Negras sabe que hoje, na Mauritânia, Somália, Eritreia e Sudão há mais de um milhão de pessoas escravizadas, acorrentadas, chicoteadas e obrigadas a trabalhos forçados? Acusar Israel falsamente de ser um estado racista só perpetua a incitação antissemita e coloca em perigo as vidas dos Israelenses e judeus que também são importantes. Ou não?

O tipo de incitação que leva até atletas a agirem contra todos os valores e espirito do esporte internacional de camaradagem, respeito e fair play.

O time libanês se vangloriou neste final de semana de ter chutado o time israelense do ônibus que deveria carregar ambos à cerimonia de abertura dos jogos olímpicos. Para não criar um incidente, as autoridades brasileiras primeiro tentaram dividir os atletas em outros ônibus, mas ao final, trouxeram um veículo para o time que ficou esperando mais de uma hora na calçada da concentração, contra todas as regras de segurança.

Primeiro, se o time libanês não queria dividir o ônibus com judeus e israelenses, ele deveria ter descido e esperado outra condução. Mas não. Melhor humilhar os israelenses.

Eu tive a felicidade de participar da Olimpíada de Los Angeles em 1984 representando o Brasil. Doze anos após o massacre dos atletas israelenses de Munique. A segurança do time israelense era muito acirrada, mas não impediu que todos nós atletas confraternizássemos, incluindo com atletas de países considerados inimigos como Arábia Saudita, Kuwait, Egito e Líbano.

Hoje não existe mais este Espírito Olímpico. Um evento que deveria trazer os melhores do mundo para se conhecerem, trocarem experiências e formarem amizades ficou jogado no lixo da política, racismo e puro antissemitismo.


O Brasil conseguiu o feito de ficar conhecido pela pior organização dos jogos olímpicos, com obras inacabadas, atletas assaltados na própria vila olímpica, água tão suja na baia da Guanabara que houve um programa na tv sobre as roupas especiais desenvolvidas para os velejadores e canoeiros não contraírem uma superbactéria que o Rio conseguiu criar com a sujeira. Mas infelizmente, esta olimpíada também será lembrada por judeus mais uma vez jogados de ônibus, separados como nas filas dos campos de concentração e tratados como sub-humanos.