Sunday, December 30, 2018

A Guerra da Autoridade Palestina Contra a Venda de Imóveis - 30/12/2018


No mês passado, uma série de eventos aparentemente sem relação escancararam a questão do comércio de terras entre judeus e árabes na Judéia e Samaria.

No começo de novembro um acidente de carro na Rota 90, a mais longa estrada de Israel, matou Ala Qirsch, um árabe de Jerusalém. Após sua morte, o mufti de Jerusalém decidiu que Qirsch não seria enterrado em um cemitério muçulmano porque ele era suspeito de vender propriedades situadas no lado leste da cidade para judeus. Depois da família ser proibida de enterra-lo em qualquer cemitério muçulmano, o Rabino Chefe de Jerusalém, Aryeh Stern, teve misericórdia de Qirsch e permitiu seu enterro em um cemitério judeu.

Vou repetir: ele era apenas suspeito de ter participado de vendas de propriedades a judeus. Ele nunca foi acusado, julgado ou qualquer prova apresentada. Mas a “justiça” islâmica é impiedosa.

Alguns dias depois, um residente árabe de Jerusalem, Isam Aaqel, de 53 anos, foi preso pela Autoridade Palestina. Aaqel tem carteira de identidade israelense e cidadania americana. Um mês e meio depois, ele continua na custódia da polícia palestina, e de acordo com algumas fontes está sendo sistematicamente torturado.

Ainda em novembro, um tribunal palestino sentenciou dois palestinos a 15 anos de trabalhos forçados por terem participado numa venda de terras a judeus.

No começo de dezembro, Ahmad Salama Badawi, de 58 anos, um comerciante palestino de terra, do vilarejo de Jaljulya no centro de Israel, foi assassinado ao entrar na cidade. Os atiradores não foram pegos, mas a indicação mais forte é que o assassinato foi ordenado pela Autoridade Palestina.  

Autoridade Palestina lançou uma verdadeira batalha contra os moradores de Jerusalém Oriental que eles suspeitam, vendem propriedades para judeus. Isso vai contra uma lei palestina emprestada da Alemanha nazista que pune com a pena de morte a venda de imóveis para judeus. Desde 2006 Abbas não autorizou nenhuma pena de morte depois de ter sido severamente castigado pelo ocidente por fazê-lo.

Curiosamente (ou não), as vozes das organizações de direitos humanos até agora estão completamente mudas sobre esses casos. Um cidadão árabe israelense é detido e torturado, mas nenhuma das dezenas de organizações de direitos humanos atuantes em Israel faz qualquer menção do fato, ou mesmo pediu sua liberdade.

A mídia com poucas exceções também não se interessou por estes casos. Nem mesmo quando 52 árabes da Judéia e Samaria entraram com uma ação contra a Autoridade Palestina por causa da tortura que sofreram nos porões de suas prisões, depois de terem sido acusados de serem colaboradores com Israel por terem supostamente impedido ataques terroristas em Israel.

A hipocrisia é tanta que dói. Se a situação fosse invertida, e fosse Israel detendo e torturando árabes veríamos convulsões nervosas das ONGs e da mídia. Lembram o caso de Ahed Tamimi? A garota que foi presa após ter dado um tapa num soldado israelense para as câmeras das ONGs? Não houve organização que não tomasse a sua defesa fazendo dela um ícone até ela criticar a Autoridade Palestina.  

Muitos árabes na Judéia e Samaria querem vender suas terras para judeus porque conseguem preços mais altos. Mas muitos deles têm medo de fazê-lo por causa do risco envolvido. Alguns foram forçados a emigrar após a venda. E continuando com a hipocrisia, os próprios membros destas chamadas “organizações de direitos humanos” são aqueles que entregam aqueles que venderam ou querem vender terras a judeus e fugir.

Em 2016, Ezra Nawi, da organização Ta'ayush e Nasser Nawaja, do B'Tselem, foram gravados combinando fornecer para a Inteligência Palestina, nomes de árabes que queriam vender terras a judeus na área de Hebron. A gravação mostra que os dois tinham plena consciência de que a inteligência palestina usaria tortura para impedir a venda. Nasser Nawaja foi inclusive preso por planejar assassinar um destes árabes.

Histórias como estas atestam para o fato que essas organizações não estão aí para defender qualquer direito humano, mas são sim organizações anti-semitas, fazendo tudo - incluindo incentivar e a cooperar com assassinos e torturadores de árabes - para prejudicar o Estado de Israel e os assentamentos judaicos. Aqueles que realmente se importam com os direitos humanos precisam lutar contra as mentiras dessas organizações e proteger a população que realmente precisa de proteção e ajuda contra a Autoridade Palestina.

A mesma Autoridade Palestina que continua a pagar salários milionários aos terroristas e que está novamente procurando reconhecimento pela ONU como Estado pleno, nas fronteiras na linha de armistício de 1948, fora do contexto de qualquer acordo de paz final com Israel. Não basta que a ONU tenha reconhecido a Autoridade Palestina como um estado-não membro, ou que 137 países já reconheçam a Palestina, inclusive o Brasil desde 2010, sem que os palestinos tenham feito qualquer concessão ou compromisso de paz.

O que Abbas quer com este reconhecimento é a punição de Israel e de qualquer judeu que more além da linha de armistício de 48 como invasores do seu Estado, justificando os atos de terrorismo e até buscando alianças militares para expulsá-los. E foi exatamente à esta conclusão que chegou o entrevistador Tim Sebastian do programa Conflict Zone ao entrevistar o negociador palestino Saeb Erekat. Acuado pelas perguntas pontuais, Erekat disse que a Autoridade Palestina não era perfeita, ao que o entrevistador respondeu: está longe de ser perfeita. A entrevista está no youtube e recomendo a todos assistirem.

A Missão de Israel na ONU disse que o Conselho de Segurança debaterá o assunto no dia 15 de janeiro na reunião trimestral do órgão sobre Israel. Sim porque é imperativo para o Conselho de Segurança discutir Israel a cada três meses. É muito mais urgente que a situação no Iêmen, na Síria ou com os frustrados planos terroristas do Irã na Europa.

Danny Danon, o embaixador de Israel na ONU descreveu a situação bem:  “Em vez de se concentrar em construir um futuro melhor e mais esperançoso para os palestinos e ajudar a garantir a estabilidade na região, a liderança palestina continua suas políticas destrutivas que encorajaram os recentes ataques terroristas, incluindo o assassinato do bebê de quatro dias de idade".

Agora que Bibi Netanyahu está no Brasil para a posse do nosso presidente Jair Bolsonaro, vamos esperar que as promessas de campanha sejam cumpridas e que finalmente o Brasil fique do lado de Israel contra a tirania desta Autoridade Palestino e junte-se aos que estão do lado justo da História.

Um Feliz Ano Novo a todos os ouvintes. E que juntos com o novo governo possamos fazer de 2019 um ano de revolução no Brasil, um ano de sucesso, de prosperidade, de combate à corrupção, ao crime e elevar nosso país rapidamente ao primeiro mundo.



Sunday, December 23, 2018

A Repentina Decisão de Sair da Síria - 23/12/2018


O repentino anúncio do presidente Donald Trump na quarta-feira de retirar as forças americanas da Síria chocou a mídia mundial trazendo-a a um novo nível de histeria. Mas já em abril Trump prometera retornar os 2 mil soldados para casa, após terem cumprido o mandato especifico do Congresso de erradicar o Estado Islâmico. Quando seu anúncio provocou oposição interna e dos principais aliados, Trump deu seis meses ao Pentágono para completar a missão. E após este prazo, como esperado, Trump cumpriu o prometido.

A decisão do presidente americano terá muitas consequências negativas longamente explicadas nos programas de política internacional. Mas menos faladas são as consequências positivas. Mas é importante falar de ambas para concluirmos se esta foi ou não apenas mais uma decisão aparentemente impulsiva de Trump.

Do lado negativo, as vítimas mais imediatas são os curdos, as únicas forças leais aos Estados Unidos contra o Estado Islâmico na Síria.

Esta parceria com os curdos colocou as forças americanas na linha de fogo da Turquia que quer simplesmente erradicar esta minoria que há tantos anos procura sua independência. Como disse a revista Newsweek em julho, Erdogan fez sua campanha demonizando os curdos porque eles são um empecilho para ele recriar o Império Otomano. Só na semana passada, o ditador turco, prometeu uma larga ofensiva militar dentro da Síria. Mas aí Trump falou com ele na segunda-feira e Trump fez o anúncio da retirada das forças na terça. De acordo com a mídia, Trump estaria abandonando os curdos à sua sorte. Pode ser, a não ser que os Estados Unidos tenham deixado claro a Erdogan que irão armar e dar assistência aos curdos. Se isso não acontecer, no entanto, os curdos sírios terão que enfrentar a Turquia sozinhos ou procurar proteção da Rússia ou pior, dos iranianos que irá sem dúvida complicar a situação na região. 

Apesar de pequenas, as forças dos EUA, estacionadas na fronteira entre a Síria, o Iraque e a Jordânia, tiveram um enorme impacto estratégico bloqueando o avanço do Irã e protegendo a Jordânia de infiltrações e ataques dos xiitas iranianos.

E aí temos a Rússia. Desde janeiro a Síria concordou em transferir o controle do petróleo e gás da Síria para a Rússia. Um mês depois, a Rússia tentou tomar um campo da empresa Conoco que está em território curdo. As forças americanas e curdas evitaram a ofensiva.  

Para Israel, a presença dos EUA na Síria serviu como impedimento contra agressões diretas da Hezbollah e do Irã. Ninguém queria o envolvimento americano numa ofensiva contra Israel especialmente a Rússia que limitou sua aliança com o Irã na Síria, coordenando com Israel as ações militares contra a Hezbollah.

Assim, o anúncio da retirada das tropas americanas da Síria por Trump pode realmente aumentar as expectativas de uma possível guerra entre Israel, o Líbano, a Síria, a Hezbollah e o Irã.

Isso, então, nos leva às implicações positivas da decisão de Trump.

Do ponto de vista dos EUA, é bastante claro que, se uma guerra total irromper entre Israel e a Hezbollah/Irã no Líbano e na Síria, os 2 mil soldados americanos não farão qualquer diferença para Israel. Ao contrario, haveria pressão sobre Israel para não escalar sua ofensiva para não colocar estas tropas em perigo.  

Como Trump não quer ser sugado numa guerra que colocaria os EUA em conflito direto com a Rússia, manter as forças americanas na região é problemático. E ele tem suas razões. O Pentágono e outras agências do governo americano, continuam a ser gerenciados por membros nomeados por Obama que efetivamente impedem a ampliação do mandato das forças americanas na Síria.

O mesmo ocorre com o Líbano. Apesar de estar escancarado o fato da Hezbollah controlar tanto o governo libanês quanto as Forças Armadas Libanesas (LAF), o Pentágono continua a se opor ao fim do apoio dos EUA ao exército libanês apesar de repetidos pedidos de Israel. E assim, nos últimos dois anos, a administração Trump continuou a financiar e treinar o exército e a apoiar o governo libanês.

Parece que a única solução para Trump se livrar da política pró-iraniana de Obama na Síria é sair completamente do país. O problema é que ele não tem aparentemente nenhuma alternativa para combater o crescente poder e influência do Irã na região.

Conforme noticiado na mídia israelense, autoridades americanas informaram Israel na quarta-feira, que se a Hezbollah assegurar uma posição mais poderosa no próximo governo libanês, os EUA terminarão seu apoio ao exército e pedirão um embargo econômico do governo libanês. Ao que parece, na quinta-feira a Hezbollah já havia arrebatado os ministérios com os maiores orçamentos do Líbano. Agora é esperar para ver o que Trump irá fazer com isso.

Do ponto de vista de Israel, o apoio contínuo dos EUA ao governo e às forças armadas libanesas, controlado pelo Hezbollah, tem sido uma grande preocupação. Em 2006, devido ao apoio do governo Bush ao governo libanês, a então secretária de Estado, Condoleezza Rice, proibiu Israel de atacar a infra-estrutura do Líbano e outros recursos críticos para o esforço de guerra da Hezbollah.

A vantagem que Israel ganha se os Estados Unidos deixarem de apoiar o governo libanês e seu exército, é muito maior que o impacto da retirada de 2 mil soldados da Siria. Ela dará à Israel a possiblidade de derrotar decisivamente a Hezbollah, o de facto exército do Irã no Líbano, numa próxima guerra.

Comentando sobre o anúncio de Trump na quinta-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse: “Continuaremos a agir na Síria para evitar que o Irã se fortaleça militarmente contra nós. Não estamos reduzindo nossos esforços, vamos aumentar nossos esforços”.

E acrescentou: "Sei que o fazemos com o total apoio e suporte dos EUA".

O tempo dirá se a decisão de Trump de remover as forças dos EUA da Síria foi um desastre para seus aliados, ou não. Mas sem dúvida, ao se distanciar das políticas pró-Irã de Obama na Síria e no Líbano e ao dar seu completo apoio a Israel para que ela derrote seus inimigos, a administração Trump está de fato fazendo Israel mais forte e mais segura.



Sunday, December 16, 2018

O Nojento e Covarde Ataque Palestino - 16/12/2018


Confesso que esta semana foi muito difícil para mim pessoalmente. No domingo passado, enquanto comemorávamos a última vela de Hanukah e a luz emanando das Hanukiot totalmente acesas, fomos arrancados do nosso encantamento e submersos em três dias de preces, suporte e lágrimas. Meu amigo de anos, Chaim Silberstein estava com a esposa no hospital ao lado da filha e do genro, ambos na UTI, vitimas de um ataque terrorista.

Em Março com muita alegria estivemos no casamento de Shira e Amichai Ish-Ran. Shira estava grávida de 7 meses, esperando não só seu primeiro filho mas o primeiro neto da família. Seu pai Chaim e eu estivemos em Belo Horizonte em agosto palestrando na Igreja Batista da Lagoinha contra a divisão de Jerusalem, na comemoração dos 70 anos de independência de Israel. Sempre sofremos ao ouvir sobre um ataque terrorista e a perda de vidas sem sentido. Mas quando acontece com alguém que conhecemos de perto, as emoções tomam outra dimensão.

Shira e Amichai estavam num ponto de ônibus esperando a condução para voltarem para casa. Ela foi alvejada na barriga e Amichai levou 3 tiros nas pernas. Por milagre as balas não alcançaram órgãos vitais. Mas a bala que entrou na barriga de Shira causou uma perda de sangue enorme fazendo com que ela entrasse em choque antes de chegar ao hospital. O bebê ficou sem oxigênio durante vários minutos. Depois da cesárea de emergência, um lindo menino, fisicamente saudável e forte nasceu, mas neurologicamente sem reação. Ele viveu três dias. O suficiente para que sua mãe de apenas 21 anos de idade, pudesse acordar, sair do coma induzido e respiradouro e ser levada até a intensiva do neo-natal. Ela conseguiu ainda pegá-lo em seus braços, dizer a ele o quanto ela o amava e estar do lado dele quando faleceu. Shira e Amichai escolheram o nome de Amiad Israel que quer dizer Meu Povo Eterno Israel.

Nenhuma mãe merece enterrar um filho, mas especialmente uma jovem enterrar seu primeiro filho, que morreu pela única razão de ser um judeu vivendo na Terra de Israel.
Na mídia internacional apenas uma linha sobre o bebê que ‘não resistiu” como se ele tivesse tido alguma doença incurável. Nada do escândalo exibido quando da bebê palestina que teria supostamente sido morta por gás lacrimogênio na cerca de Gaza. Quando na verdade ela tinha morrido de distúrbios genéticos mas a família aceitou 2 mil dólares do Hamas para leva-la à cerca e dizer que foram os judeus que a mataram.

O mesmo silencio que a mídia internacional adotou quando a bebê Chaia Zissel Braun de 3 meses foi morta em Outubro de 2014 quando um palestino jogou seu carro num ponto de ônibus em Jerusalem. Ou em 2001 quando Shalhevet Paz de 10 meses foi morta enquanto dormia em seu carrinho por um atirador palestino que mirou na sua cabeça. E tantos, tantos outros mortos e aleijados pelo resto de suas vidas. 20% das vítimas dos ataques terroristas contra judeus em Israel são crianças e adolescentes.

Mas às vezes o silencio é melhor do que a hipócrita comparação feita por alguns veículos de mídia. Há 3 dias, o jornal inglês The Independent tinha a seguinte manchete: Criança palestina morre de ferimentos em Gaza enquanto bebê israelense nascido prematuramente morre depois de um tiroteio na Cisjordânia”. O foco dado é para a criança palestina que morreu devido a uma infecção causada por estilhaço de bala. Nenhuma condenação aos pais que a levaram irresponsavelmente até a cerca para servir de bucha de canhão ou de escudo humano durante manifestações do Hamas. O bebê israelense é dado como morto por ter nascido prematuramente e por estar no meio de um “tiroteio” e não em uma emboscada contra civis inocentes num ponto de ônibus. 

Aliás, a única referência ao local foi para dizer que os pais estavam num assentamento ilegal na Cisjordania. E Ofrah não é um assentamento ilegal. Assim a culpa fica sendo sempre de Israel pela morte das duas crianças.

A mídia ama mostrar crianças árabes mortas por judeus, especialmente as mortas em Gaza. São elas que angariam a simpatia, a dor e a consternação do mundo.

Ninguém fala da doutrinação ininterrupta dessas crianças para odiar, matar e morrer por Allah. Dos programas de televisão que as ensinam como é glorioso morrer como um mártir e como é honroso matar judeus. Os palestinos sentem orgulho de publicar fotos e vídeos de crianças pequenas, ainda em suas fraldas, carregando facas, armas e usando cintos de suicídio de brinquedo cantando canções e poemas com veneno, ódio e sede de sangue.

Desde a mais tenra idade elas aprendem que a morte é mais gloriosa do que a vida e que imensas recompensas aguardam aqueles que morrem pelo jihad. Ser mártir por Allah dá uma entrada direta no paraíso, mas é só valida se for acompanhada pelo assassinato de outros, de preferência judeus.

Os ataques desta semana que ainda tiraram a vida de outros dois recrutas israelenses foram comemorados em Gaza e pela Autoridade Palestina que distribuiu doces pela imensa felicidade de terem derramado o sangue de bebês e jovens judeus.

Como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse no início desta semana: “Não há razão para esperar uma condenação da Autoridade Palestina. Ela só contribui para o incitamento”. A Autoridade pagou mais de US$ 338,7 milhões em salários a terroristas e suas famílias em 2018. E o pior é que mais de 50% da ajuda internacional dada à AP no ano passado foi usada para pagar estes salários. A mensagem que o presidente Mahmoud Abbas está enviando aos palestinos é clara: Aleije e assassine judeus, e você e sua família viverão uma vida muito mais luxuosa do que qualquer palestino comum.
Só para terem uma ideia, o assassino da pequena Shalhevet Paz, Mahmud Amru, que cumpre várias sentenças de prisão perpétua, recebe cerca de 10 mil NIS por mês, quase cinco vezes o salário médio dos palestinos. Não há outra maneira de explicar isso além da AP pagar pessoas para assassinar bebês.

O mundo precisa reexaminar sua ajuda aos palestinos e exigir saber para onde está indo o seu dinheiro. Como atirar um bebê na barriga de sua mãe ajuda os palestinos ou traz paz? As nações do mundo estão dispostas a continuar seu apoio, mesmo sabendo para o que seus recursos são usados para recompensar a barbárie?

Alguém acha sinceramente que uma paz assinada com este povo sedento de sangue, doutrinado já por duas gerações irá cumprir qualquer acordo de paz? Como confiar em alguém que vê sua honra e recompensa celestial não na sua palavra ou na sua contribuição para uma sociedade melhor, mas no aleijamento e morte de outro ser humano?  São estas as perguntas que temos que fazer aos nossos dirigentes e àqueles que suportam com tanto fervor esta infame causa palestina.

Sunday, December 9, 2018

O Novo Antissemitismo e Sua Influencia na Mídia - 09/12/2018


Na semana passada falei sobre a arrogância e desaforo do Hamas que enviou uma carta à presidente da Assembleia Geral da ONU pedindo que a organização reconhecesse o direito do grupo terrorista a continuar a aterrorizar Israel. Esta carta foi em antecipação a uma resolução submetida pelos Estados Unidos e votada na última quinta-feira, condenando o lançamento indiscriminado de mísseis pelo Hamas sobre Israel. Especificamente, a resolução condenava ainda a incitação à violência e o uso dos recursos em Gaza para a construção de tuneis de infiltração e a fabricação de mísseis. 

Uma resolução como esta parece mais do que razoável e esperaríamos que fosse aprovada com uma margem maior do que os 2/3 necessários.

Mas não na Assembleia Geral da ONU! Neste organismo (não vou chamar isto de organização) a resolução conseguiu um pouco menos da metade dos votos. Foram 87 a favor, 58 contra e 32 abstenções.

O Brasil, pela primeira vez votou a favor da resolução condenando o Hamas. Talvez como tentativa de redenção por seu voto a favor de seis resoluções condenando Israel aprovadas em novembro.

A sessão deste ano da Assembleia Geral refletiu exatamente o que se passa a cada ano. São 20 resoluções condenando Israel e outras 6 resoluções condenando outros países como os direitos humanos no Irã, a guerra civil na Síria, direitos humanos na Coreia do Norte e em Myanmar, uma resolução contra a Crimeia e outra contra o embargo americano à Cuba.  Nenhuma resolução sobre a situação catastrófica no Iêmen ou na Venezuela. Nada sobre os direitos humanos na China, Paquistão, Turquia – o país com mais jornalistas presos do mundo e outros. Absolutamente nada.

É claro que o Hamas comemorou o resultado. Seus líderes agradeceram a organização e declararam que o voto foi uma vitória e que a resistência armada contra Israel irá continuar.

O que difere esta votação das outras é que no último ano muitos países do Oriente Médio e da África têm sido obrigados a lutar contra grupos extremistas. Isso inclui grupos que usam os mesmos métodos que o Hamas. Mas parece que isto não é suficiente para que estes estados comecem a romper uns com os outros sobre a questão palestina na ONU. O Egito, por exemplo, tem reprimido a Irmandade Muçulmana que tem laços com o Hamas. A Arábia Saudita declarou o Hamas um grupo terrorista em agosto de 2017, mas também votou contra a resolução.

Parece que quando se trata de uma condenação na ONU, esses estados, com o apoio da Liga Árabe e da OLP, veem uma condenação do Hamas como uma condenação dos palestinos.

Mesmo suas inimigas, a OLP e a Autoridade Palestina que impuseram as mais duras sanções contra o Hamas há mais de um ano, elogiaram o fracasso da resolução, declarando que não consideram nenhum grupo de resistência palestino como terrorista. E aí temos novamente a palavra “resistência” sempre utilizada para justificar ou substituir a palavra “terrorismo”.

Outro que usou a palavra frequentemente foi o comentarista Marc Lamont Hill que foi despedido da CNN esta semana por um discurso antissemita no qual exigiu a destruição do Estado de Israel. E aonde foi isso? Na ONU.

Ao se ver na rua, Hill emitiu um rápido e muito falso “pedido de desculpas” por ter exigido uma Palestina “do rio para o mar”. Mas neste pedido esfarrapado, em vez de mostrar onde ele estava errado, ele acabou fortalecendo ainda mais sua posição absurda. Ele disse que não queria a destruição de Israel - mas estava simplesmente defendendo a solução de um único estado – de apenas um estado palestino - que ele acredita promoverá a “justiça” na região!

Ele nunca expressou preocupação sobre o que tal solução faria para os moradores judeus das fronteiras antes de 1967, que também vivem entre o Jordão e o Mediterrâneo. Em sua "desculpa", ele reiterou tudo o que Israel fez para "oprimir" os palestinos, nunca atribuindo qualquer responsabilidade aos árabes palestinos da Judeia, Samaria ou de Gaza. É uma visão unilateral do conflito profundamente antissemita, pois atribui direitos somente àqueles que não são judeus.

A falsidade dele também está no fato dele ter dito que passou a vida se opondo ao antissemitismo, quando há dezenas de declarações, citações e discursos dele que mostram um antissemitismo e anti-israelismo mordaz.

Mas apesar de ter sido demitido da CNN, Hill continua a ser professor na Universidade de Temple, onde a sua nomeação foi reafirmada logo após o seu "pedido de desculpas". Sua total falta de preocupação com os direitos dos judeus e seu suposto “choque” pela resposta que seu chamado de uma Palestina “do rio para o mar” gerou, deveria desqualificá-lo do ensino. E a universidade deveria ter vergonha de tê-lo em seu quadro de professores quando há tantos judeus que lá estudam.

O resultado da sua nomeação será o mesmo que o resultado da votação contra o Hamas. Hill continuará a espalhar sua retórica cheia de ódio a alunos impressionáveis em uma época em que o antissemitismo está em ascensão nos campos universitários. Alunos que ​​merecem ouvir apresentações objetivas de todos os lados dessas questões importantes e chegarem às suas próprias conclusões. Permitir a Hill continuar apresentando o mundo como ele o vê e moldar mentes jovens é irresponsável.

Da mesma forma, o Hamas tomou este voto da Assembleia Geral como uma permissão do mundo para sua violência e terrorismo e veremos muito mais deles daqui para frente.

Parece que a falta de vontade de aparecer do lado de Israel ainda é algo que une países e antissemitas do mundo que podem discordar em todo o resto. Talvez seja difícil vermos ainda em nossas vidas uma derrota para os palestinos na ONU. Trazer a verdade à tona, parar de minimizar atos de terrorismo rotulando-os de “resistência”, acusando seus perpetradores por nome, isto sim, seria um grande acontecimento histórico.


Sunday, December 2, 2018

Outra Patética Votação na ONU Contra Israel - 02/12/2018


Ontem fiquei tentando verificar a votação que aconteceu na Assembleia Geral da ONU na sexta-feira. A página de busca de resoluções da organização é complicada e você tem que colocar o número da resolução com os símbolos apropriados, se não a busca não dá resultados. Aí fui na busca avançada e tentei várias coisas até colocar somente Israel como palavra-chave. Para minha surpresa, surgiu um aviso dizendo que o site não podia indexar os resultados porque o numero máximo havia sido excedido. Em outras palavras, o número de resoluções envolvendo Israel implode o próprio site da Assembleia Geral da ONU.

Isto porque Israel, desde a sua criação, foi alvo de mais resoluções do que todos os outros países do mundo. E nesta sexta-feira foram aprovadas outras 6 resoluções. É o circo anual que passa aqui por Nova Iorque e nem é mais noticia. Mas precisaria ser.

Mais uma vez a Assembleia Geral das Nações Unidas negou a soberania israelense sobre Jerusalém e ignorou os laços judeus com o local mais sagrado, o Monte do Templo. Não é preciso lembrar que ao negar os laços judaicos com Jerusalem, a ONU está também negando os laços cristãos com a cidade santa. Jesus nasceu, cresceu, pregou e morreu como judeu. As escavações arqueológicas provam a presença judaica na cidade e no Monte do Templo, mas o mundo, incluindo o Brasil, querem o "respeito pelo status quo histórico nos locais sagrados de Jerusalém, incluindo o Haram al-Sharif, na palavra e na prática". Este foi o texto de uma das resoluções da sexta. Até o ano passado, eles usavam o termo Monte do Templo/Haram al-Sharif. Mas este ano resolveram parar com o seu pc e passar a chamar o local só pela designação islâmica.

Aliás, vamos falar um pouco sobre este nome. Haram al-Sharif significa o Nobre Santuário. Este Nobre Santuário não é a mesma coisa que a Mesquita Al-Aqsa que foi construída no local. Os muçulmanos recentemente começaram a dizer que este é o terceiro mais sagrado local do islamismo e porque? Por que de acordo com o Al-Corão na Sura 17:1 está escrito que Maomé fez uma jornada à noite da sagrada mesquita, isto é, de Meca, até a mais longínqua mesquita. Longínqua em árabe é al-aqsa. Só que durante a vida de Maomé não haviam mesquitas fora da Arabia e esta em Jerusalem começou a ser construída no ano de 705. Só que Maomé morreu em 8 de junho de 632! Ou seja a suposta mesquita para a qual ele teria viajado em seu sonho, iria começar a ser construída 73 anos após a sua morte. Temos esta estória do Corão contra as milhares de descobertas arqueológicas físicas, remontando ao primeiro templo de Salomão e quem o mundo escolhe acreditar?   

A resolução também declara que “quaisquer ações tomadas por Israel, a potência de ocupação, para impor suas leis, jurisdição e administração na Cidade Santa de Jerusalém são ilegais e, portanto, nulas e sem validade. Finalmente, o texto conclama "a Israel a cessar imediatamente todas essas medidas ilegais e unilaterais". Então gente. Entendem agora quando os palestinos dizem que a designação de Jerusalem como capital de Israel é contra a lei internacional? É essa porcaria aí... Sim porque uma votação de países antissemitas, anti-Israel, anti-ocidente são sempre a maioria e absurdos como este são aprovados ano após ano.

Aceitar se submeter a isto seria para qualquer país uma desistência de sua própria soberania. E o que acontece com Israel nunca para com Israel. Imaginem se amanhã a ONU decidir internacionalizar a Amazônia porque é como dizem, o pulmão do mundo? O Brasil vai dizer: claro, venham pegar? Acho que não...

Outra resolução aprovada na sexta foi o texto sobre o boicote dos assentamentos pedindo aos Estados membros que “não prestem ajuda ou assistência a atividades ilegais de assentamento, inclusive para não fornecer assistência a Israel para ser usado especificamente em assentamentos nos territórios ocupados. Enfim, foram aprovadas seis resoluções pró-palestina e anti-Israel incluindo uma mandando Israel se retirar dos Altos do Golan para deixar, vejam só, a Síria retomar o território. Chega a ser kafkiano.

Estas resoluções são parte do encontro anual para comemorar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino que ocorre no dia 29 de novembro a cada ano. Ora, no dia 29 de Novembro de 1947 foi quando a ONU, liderada por nosso gaúcho Oswaldo Aranha votou a partilha da Palestina em um estado judeu e outro árabe. Votação essa categoricamente rejeitada unanimemente pelos árabes. Então vejam só. O dia em que os árabes rejeitaram, denunciaram e avisaram que iriam violar a resolução da ONU se tornou o dia em que a ONU comemora a cada ano, sua solidariedade a eles. Não dá para acreditar.

Mas os árabes, ao longo dos anos, reconheceram a palhaçada que é a ONU e a usam ao seu bel-prazer. Não é de espantar, apesar de sim espantar, que o Hamas – sim, o grupo terrorista que comanda Gaza - na semana passada, tenha pedido às Nações Unidas que apoiem ​​seu direito de usar armas contra Israel em uma carta que o líder do grupo terrorista Ismail Haniyeh escreveu à presidente da Assembleia Geral da ONU, Maria Fernanda Spinosa. Ele falou sobre uma resolução dos EUA condenando o lançamento de foguetes do Hamas contra Israel. “Reiteramos o direito de nosso povo se defender e resistir à ocupação, por todos os meios disponíveis, incluindo a resistência armada, garantida pela lei internacional”, escreveu Haniyeh.

Em sua carta Hanyiah diz que “a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou dezenas de resoluções que afirmam o direito dos povos à independência, autodeterminação e luta por todos os meios disponíveis, pacíficos e não pacíficos. A ONU destacou o povo palestino em dezenas de resoluções relevantes, incluindo 2621, 2649, 2787 e 3236 ”, disse ele.

O embaixador de Israel na ONU Danny Danon disse em resposta: "O Hamas fala sobre o direito internacional enquanto dispara foguetes contra populações civis, detém os corpos de soldados e cidadãos israelenses e usa seu próprio povo como escudos humanos". "O Hamas pedir a assistência da ONU é como um assassino em série pedir assistência da polícia para continuar matando disse Danon. E pior, em sua carta, o Hamas se apresentou como um representante legítimo do povo palestino e também falou sobre a rejeição de qualquer reivindicação israelense a qualquer parte do território, seja na Judeia ou Samaria ou em Israel própria, dizendo que os palestinos tem o direito de se defender da ocupação racista e contínua por mais de 70 anos.

Como dizemos aqui, a chutzpah, a cara de pau, não tem limites e é tudo visto de modo mundo mundano pela ONU. É normal hoje que um grupo terrorista procure a ONU para legitimar seu terrorismo contra um estado constituído.

Uma hipocrisia revoltante. Enquanto o Irã continua suas manobras para dominar o Oriente Médio, lançando guerras e organizando ataques de terror na Europa, os europeus se reúnem para planejarem meios de contornar as sanções americanas contra os ayatolás. A Síria, com o apoio do Irã continua a massacrar seu povo, a Hezbollah, do Irã, continua a ameaçar o norte de Israel, e o Hamas, financiado pelo Irã, continua a atacar o sul do país. Isto sem falar do Iêmen e o que o Irã está fazendo na Venezuela e outros países da America do Sul inclusive no Brasil. Milhares de conflitos e refugiados ao redor do mundo, ainda assim, o que ocupa a ONU é atacar Israel, atacar sua legitimidade e os próprios fundamentos da existência do povo judeu.

Nestes momentos revoltantes, a única coisa que podemos esperar é que no ano que vem a voz do Brasil mude. Que ela se una aos que denunciam esta hipocrisia e coloque o país do lado correto da história.



Sunday, November 18, 2018

A Europa Sem os Judeus - 18/11/2018


O chanceler austríaco, Sebastian Kurz declarou recentemente que "a Europa sem judeus não pode ser a Europa". A Austria hoje ocupa a presidência do Conselho da União Européia até o final deste ano e está organizando uma conferência sobre anti-semitismo em 20 e 21 de novembro junto com o Congresso Judaico Europeu em Viena.

Precisamos dissecar esta declaração do chanceler. Desde a Segunda Guerra Mundial, os judeus voltaram a ocupar algumas posições importantes em vários países da Europa Ocidental. A França, a Áustria e a Suíça tiveram primeiros-ministros judeus. A Bélgica teve um vice-primeiro ministro judeu. Houve ministros judeus no Reino Unido, França, Irlanda, Itália, Dinamarca e Holanda. O Reino Unido e a França atualmente têm ministros judeus. No Reino Unido, tanto os partidos conservadores quanto os trabalhistas tiveram líderes judeus enquanto seu partido estava na oposição. E a pergunta que fazem é se houve algo “judaico” que estas pessoas fizeram para chegar nestes postos.

É claro que para nós esta é uma pergunta absurda. Sabemos que se todos os judeus deixassem a Europa, seus empregos, cargos, casas e negócios seriam substituidos por outros imediatamente. Isto ficou provado durante o Holocausto e hoje a saída dos judeus seria menos repentina e mais gradual.

Agora, para entender a declaração que a Europa sem judeus não continuará a ser a Europa precisamos olhar em outras direções. Sim, a Europa ficará sem seu tradicional bode expiatório. Isto seria dificil substituir e os muçulmanos radicais e os radicais da extrema direita teriam que encontrar outro grupo para jogar seu ódio.

A presença de judeus na Europa facilita os ataques antissemitas. Mas há países sem judeus ou com uma comunidade ínfima, como a Islandia, por exemplo que conta apenas com 250 judeus, que passa meses discutindo a proibição de circuncisão e da venda de carne kosher no parlamento.  

Além disso, estereótipos e mentiras anti-semitas são agora projetados em Israel. Os nomes e significados de Shylock e Rothschild estão fortemente embutidos na cultura européia e permanecerão por muito tempo após a partida hipotética do último judeu da Europa.

Outro importante papel simbólico que os judeus desempenham na Europa é como indicador da saúde democrática de um país. Isso é mais forte na Alemanha. Se todos os judeus deixassem o país, isso significaria que a sociedade alemã e sua cultura estão em apuros. A presença de mais de cem mil judeus legitima a democracia alemã. Em 2015 e 2016, o primeiro-ministro francês Emanuel Valls - então ainda socialista - disse: "Sem os judeus franceses, a França não será a França".

Esta declaração veio após o assassinato de quatro judeus por um muçulmano num supermercado kasher de Paris. Mas já naquela época, dezenas de milhares de judeus haviam emigrado do país escancarando o insolúvel anti-semitismo da França.

Na Inglaterra, uma pesquisa do Jewish Chronicle descobriu que 40% dos judeus britânicos considerariam seriamente deixar o Reino Unido se o líder trabalhista e simpatizante do terrorismo Jeremy Corbyn se tornasse primeiro-ministro.

Os judeus representam menos de 0,2% da população da Suécia, mas mostram o estado lamentável da aplicação da lei neste país ultra-liberal. A Suécia é o único país da Europa onde uma comunidade judaica, a da cidade de Umea, decidiu se dissolver devido a ameaças neonazistas. E isto sem contar com o antisemitismo muçulmano que escorraçou os judeus de Malmo e até de bairros de Estocolmo.

Sempre que acontece alguma desgraça, os líderes europeus correm com suas condenações Isso pode até fazer alguns judeus se sentirem bem. Mas estas declarações não têm significado nada na prática. De fato, parece que os europeus, amordaçados pelo politicamente correto, decidiram importar uma população antissemita que pode vocalizar seus sentimentos.

A declaração do chanceler Kurz pode ter sido bem intencionada. Mas a verdade é que se e quando o último judeu deixar a Europa ou morrer, ainda assim, o antissemitismo continuaria no continente.

Mas infelizmente isto não está acontecendo somente na Europa. No ultimo ano, ataques antissemitas em todos os Estados Unidos aumentaram em 60%! E o resultado das últimas eleições para o congresso também foi afetado por esta onda.

Um “esquadrão” de quatro congressistas calouras atraiu a atenção nacional por sua juventude, diversidade e suposto empoderamento das mulheres. Mas cada uma destas quatro representa um desafio ao apoio de longa data a Israel dentro do Partido Democrata.

Elas são: Ilhan Omar de Minnesota, Alexandria Ocasio-Cortez de Nova York, Ayanna Pressley de Massachusetts e Rashida Tlaib de Michigan. Em sua primeira visita ao Capitólio desde sua vitória, elas não perderam tempo a desafiar as normas convencionais, participando em protestos na porta do gabinete da líder do partido e finalmente assumindo seu apoio ao Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel .

Essas quatro legisladoras se apresentam nas mídias sociais como uma “onda sonhadora” - de mulheres progressistas se preparando para abalar Washington. E Israel é uma das muitas questões que as unem. Durante toda a campanha de 2018, todas as quatro hipocritamente se recusaram a endossar o BDS. Isso começou a mudar esta semana.

Ilhan Omar, uma muçulmana-americana nascida na Somália que conseguiu asilo nos Estados Unidos disse que ela “acredita e apóia o movimento BDS e lutará para garantir que o direito das pessoas de apoiá-lo não seja criminalizado”. Durante sua campanha ela disse ser a favor de uma solução de dois Estados entre israelenses e palestinos e caracterizou o BDS como algo inútil. Ela também atacou Israel tuitando que "Israel hipnotizou o mundo" e está engajado em "atos malignos".

Ayanna Pressley por seu lado prometeu se opor à ajuda militar dos EUA a Israel e recusou tomar uma posição definitiva sobre o BDS. E o mesmo aconteceu com Ocasio-Cortez. Apenas Rashida Tlaib, uma palestina-americana, abertamente apoiou o BDS durante sua campanha. Ela vacilou em seu apoio a uma solução de dois estados e perdeu o endosso do grupo radical de esquerda J Street.

Estas quatro novas legisladoras se unem a uma bancada da Câmara dos Deputados que está ansiosa a aprovar legislação mais agressiva em relação a Israel. Há três meses, um projeto de lei sobre os direitos humanos palestinos - com Israel como opressor - ganhou 28 co-patrocinadores da bancada.

Esta política em relação a Israel pode afetar as primárias presidenciais democratas de 2020. De todos os senadores americanos que estão concorrendo à nomeação do partido - incluindo os senadores Kamala Harris, da Califórnia, Cory Booker, de Nova Jersey, Elizabeth Warren, de Massachusetts, Bernie Sanders, de Vermont, e Kirsten Gillibrand, de Nova York -, nenhum deles se juntou a 57 de seus colegas para co-patrocinar a Lei Anti-Boicote de Israel.

Estamos vendo uma radicalização sem precedentes do partido democrata e da esquerda em geral. Esta “resistência” que eles construiram há dois anos, com a vitória de Donald Trump, é mostra do desespero que estão sentindo com a perda do poder no ocidente. E o indicador mais poderoso é o que acontece com é Israel e o antissemitismo.

Com a vitória democrata no Congresso Trump terá muita dificuldade em implementar sua agenda. O òdio é tanto que eles só querem saber em destruir Trump. Já estamos há dois anos nesta insanidade.

E porque estou falando isto? Porque a esquerda no Brasil já está agindo com a mesma esquizofrenia. Já entraram no CNJ contra a exoneração do juiz Sergio Moro para impedi-lo de assumir o Ministério da Justiça, marretaram a nomeação de Ernesto Fraga Araújo como chanceler, sem falar das críticas absurdas contra Paulo Guedes, próximo ministro da economia. Peço aos brasileiros que vejam o que está se passando na Europa e nos Estados Unidos e não deixem que isto aconteça no Brasil. Temos que dar todas as possibilidades para que o governo de Jair Bolsonaro seja bem sucedido e o único meio de faze-lo é colocar um ponto final nesta esquerda.




Sunday, November 11, 2018

Não Há Boa Ação Que Fique Impune - 11/11/2018


Como disse Clare Booth Luce, dramaturga americana e a primeira mulher embaixadora dos Estados Unidos, não há boa ação que fique impune. E é o que vimos esta semana tanto em Israel como nos Estados Unidos.

Há meses que o Hamas, o grupo terrorista que governa a Faixa de Gaza, tormenta os moradores do sul de Israel. Túneis, pipas em fogo, coquetéis molotov e centenas de mísseis lançados diariamente sobre a população civil.

E a cada sexta-feira a violência redobra após as supostas preces. Preces invariavelmente seguidas de sermões antissemitas e venenosos incitando a população a se dirigir à cerca de separação para corta-la e invadir Israel. E a falta de uma retaliação israelense séria tem sido objeto de muito debate entre a população do sul do país.

A comunidade internacional, como sempre, se atém na suposta crise humanitária de Gaza. Uma crise gerada por limites de energia elétrica, água potável e total abandono da infraestrutura deixada por Israel em 2005. Mas uma crise que surpreendentemente não diminui a capacidade do Hamas de produzir mísseis, de cavar túneis ou de chantagear Israel.

No final de outubro, já em meio à suposta crise, o Hamas exigiu que Israel transferisse 15 milhões de dólares em dinheiro a cada mês, pagos por Catar. Isto seria para contornar o controle e supervisão de Mahmoud Abbas sobre quanto e quem é pago na Faixa de Gaza.

Desde 2014, dezenas de milhares de funcionários públicos do Hamas têm sido pagos esporadicamente. Naquele ano a Autoridade Palestina bloqueou de sua folha de pagamento 40 mil funcionários do setor público do Hamas, contratados depois que os islamistas assumiram o controle de Gaza. Vamos lembrar que este bloqueio é parte de uma estratégia de sanções extremas adotadas por Abbas contra o Hamas que afetam a população da Faixa, mas são totalmente ignoradas pela mídia.

Assim, depois que o Hamas prometeu deter a violência ao longo da fronteira e o lançamento de mísseis e dispositivos incendiários de Gaza, na quinta-feira passada, numa cena que lembrou filmes da máfia, Netanyahu transferiu três malas recheadas de dinheiro para o Hamas.

E imediatamente vimos o resultado. O carro que levou o dinheiro, junto com o enviado de Catar Mohamed Al-Emadi, foi apedrejado por dezenas de jovens na saída, de volta a Israel aonde ele está estacionado. E quem achou que o Hamas iria cumprir sua palavra na sexta-feira, ficou desapontado.

Depois das preces, mais violência na fronteira irrompeu e um palestino conseguiu se infiltrar colocando fogo nas estufas da comunidade de Netiv Há’asara, causando um dano de milhões de shekels. Não só as plantações foram destruídas, mas equipamentos, sementes, as estufas, os insumos, as vendas e o trabalho de anos desta comunidade perdidas.  Fora a preocupação de como este árabe de Gaza conseguiu entrar em Israel e chegar numa comunidade civil.

É claro que isto gerou uma tremenda crítica a Netanyahu. Sua maior inimiga, Tzipi Livni, acusou o primeiro ministro de Israel de tentar subornar o Hamas e de vender a segurança do país. Sim, para os que pensam linearmente isto pode até parecer plausível.

Mas vejamos o que está acontecendo em outra fronteira de Israel. No Líbano e na Síria. Sabemos que o Irã está comandando as ações do governo Bashar al-Assad e de seu exército que retornou à fronteira em setembro. No Líbano, a Hezbollah, o grupo xiita apoiado pelo Irã está em total controle do país. Como os mulás não conseguiram transferir armamentos de precisão para a região por causa do trabalho de inteligência de Israel, eles instalaram uma fábrica bem no meio da capital do país, Beirute.

Ontem mesmo, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, condenou a normalização de Catar com Israel e disse que "a fonte de sua força são os mísseis porque o exército libanês não pode adquirir mísseis avançados", Ele continuou dizendo que Israel está cometendo um erro pois é o Hezbollah que tem o poder. E que ele irá responder a qualquer ataque israelense ao Líbano.

Está claro que Israel sabe algo que não sabemos. Na minha estimativa, o Irã está incitando os ataques de Gaza para provocar uma resposta de Israel. E assim que ela vier e o exercito estiver engajado contra o Hamas, a Síria e o Líbano atacarão ao norte, colocando Israel na posição difícil de ter que defender duas fronteiras ao mesmo tempo.

De qualquer maneira, os árabes continuam a não perder oportunidades de perderem oportunidades. Com esta recepção da quinta-feira e a violência da sexta, é pouco provável que Catar ou Netanyahu concordem em mais transferências de dinheiro.
Nos Estados Unidos, todo o progresso econômico, o menor desemprego em décadas, foi retribuído a Donald Trump com uma vitória dos democratas na Camara dos Deputados. Mas esta vitória ficou muito aquém da onda azul que a mídia e os institutos de pesquisa previram. Na câmara dos deputados os democratas ganharam 27 assentos o que lhes deu a maioria de apenas 2 votos. Mas perderam três assentos no Senado que tem muito mais peso.

Outro fato interessante destas eleições é que todos os candidatos para governador apoiados por Barack Obama perderam assim como outros apoiados por celebridades como Oprah, Beyonce, J-Zee e outros.

Os resultados desta eleição naturalmente colocará empecilhos para Trump cumprir a agenda prometida. Mas até Ronald Reagan, na eleição de 1982 perdeu 26 assentos na Câmara dos Deputados e ganhou apenas um no senado. Ele também teve que lidar com um Congresso dividido. Mas em 1984 Reagan foi reeleito por uma maioria esmagadora.

Vamos ver o que acontecerá daqui a dois anos.

E para finalizar, hoje os líderes do mundo comemoram os 100 anos da assinatura do armistício e o fim da Primeira Grande Guerra. A Guerra que na época foi definida como aquela que iria acabar com todas as guerras, tamanha a devastação causada. 

Entre civis e militares foram entre 15 e 19 milhões de mortos. Mas em vez de ter sido uma guerra para acabar com todas as guerras, o armistício foi uma paz que acabou com toda a paz, até hoje. A ganancia dos vencedores disputando os despojos em territórios e possessões levou o mundo à outra guerra mundial em apenas duas décadas.

E hoje, 100 anos do fim da primeira e 80 anos do começo da segunda, infelizmente não estamos mais perto de qualquer paz duradoura.