Monday, January 29, 2018

O Ultimo Insulto da Polônia Nazista - 28/01/2018

Os legisladores da Polônia aprovaram nesta sexta-feira uma lei que criminaliza usar frases que podem sugerir que o país teve alguma responsabilidade por crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas. Daqui por diante, usar termos como “campos de extermínio poloneses” pode acarretar até três anos de prisão no país.

Esta lei foi aprovada um dia antes do Dia Internacional de Lembrança do Holocausto. Um verdadeiro tapa na cara. Realmente, os poloneses parecem ter embarcado no trem revisionista da história pilotado por Mahmoud Abbas.

A Polônia não aprovou esta lei no vácuo. O antissemitismo no mundo está em alta. Nos Estados Unidos, o suspeito pela morte do estudante judeu Blaze Bernstein, na Califórnia este mês, é um declarado neonazista.

Na Europa então nem se fala. As expressões e atos antissemitas nos últimos anos foram horrendos. Judeus foram mortos na França e Copenhagen, sinagogas e escolas foram atacadas com bombas incendiárias e invadidas. Há uma razão para a crescente emigração judaica da Europa: os judeus estão vendo a história se repetir!

Os alemães não construíram campos de concentração do dia para a noite. Começaram com propaganda do mesmo tipo que ouvimos hoje: que os judeus dominam a mídia, as finanças, o governo americano, querem dominar o mundo, são pão-duros e só ajudam uns aos outros, etc. Só depois de envenenarem a opinião pública, é que passaram a negar-lhes emprego, concentrá-los em guetos, confiscar suas propriedades, e por fim os levaram ao extermínio.

Mas aonde os governos locais e a população se recusaram a colaborar com os nazistas, eles tiveram muito pouco sucesso em exterminar os judeus. Foi o caso da Dinamarca, mas especialmente da Bulgária. Em março de 1943, o povo saiu às ruas de todo o país contra as leis raciais que afetavam os judeus e bloquearam os trilhos dos trens que deveriam leva-los à morte. Isto convenceu o governo a impedir o assassinato dos 48 mil judeus búlgaros. E isso apesar da Bulgária ter se aliado a Hitler durante a guerra!

A pergunta é, porque a Bulgária, que tinha 1/10 da população da Alemanha, conseguiu resistir à ideologia racista que cativou toda a Europa na primeira metade do século XX? Pode ser que depois de uma coexistência pacífica e benéfica com os judeus por mais de mil anos e depois de 500 anos de opressão turca, os búlgaros simplesmente não compraram o peixe que Hitler estava vendendo.

Mas o povo polonês comprou e hoje precisa assumir a responsabilidade por seus atos e por sua historia, por mais feia que ela seja. Não foi por acaso que os nazistas colocaram os campos de extermínio na Polônia. Tropas alemãs não teriam conseguido construir e gerenciar os campos transformando-os na eficiente máquina mortífera que massacrou 6 milhões de judeus, sem a ajuda e apoio da população local. E a população local, extremamente antissemita, estava mais do que ansiosa para ajudar.

Os nazistas construíram mais de 40 mil campos durante a guerra, mas a vasta maioria eram campos de trânsito e coleta de pessoas. Dos 10 campos de extermínio - aqueles com as câmaras de gás e fornos crematórios - sete estavam na Polônia: Auschwitz-Birkenau, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor, Treblinka e Varsóvia. Os outros três estavam localizados na Sérvia, Bielorrússia, e Ucrânia. Só em Auschwitz foram mais de um milhão e cem mil judeus mortos. Tirar a responsabilidade da Polônia, que matou 90% dos seus 3.2 milhões de judeus é um insulto.

Hoje, a população que mais cresce na Europa é a muçulmana que abraça muitos princípios da ideologia nazista como princípios islâmicos. Alguns especialistas dizem que a Suécia, a França e a Bélgica já estão perdidas e a Alemanha está a caminho de se tornar um grande polo de ataques antissemitas. E não há muito que fazer se os líderes europeus continuarem a defender o multiculturalismo, a não integração e assimilação desta população. Tudo o que a Europa pode fazer, tirando a educação e imposição dos valores ocidentais, é pura cosmética.

Por exemplo, há seis meses o Parlamento Europeu resolveu adotar uma definição de antissemitismo que havia sido descartada em 2013 pela Agencia dos Direitos Fundamentais da União Europeia cedendo a pressões da população muçulmana e do movimento BDS de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel. Aquela definição incluía o anti-sionismo, isto é, a crítica partidária e injusta de Israel como expressão de antissemitismo. A força da definição estava no fato de reconhecer o foco do antissemitismo moderno: O Estado de Israel. Além de incluir a demonização do Estado judeu e padrões duplos, ela também caracterizava a deslegitimação de Israel, isto é, negar o direito de auto-determinação do povo judeu, como antissemita.    

O fato de Agência ter removido o antissionismo da definição de antissemitismo teve um efeito prático imediato: todos os atos perpetrados contra judeus na Europa supostamente em protesto contra as politicas de Israel, foram removidos das estatísticas dos ataques antissemitas.

A decisão do Parlamento Europeu de retornar à antiga definição foi muito aplaudida por judeus, fez todo o mundo se sentir bem consigo mesmo, mas na prática não resolveu nada.

Nós sabemos o que resolve: mudar a atitude complacente das autoridades quando se trata de ataques a judeus. É debater o problema nas escolas e com as autoridades policiais. O exemplo deve vir de cima e as autoridades políticas devem impor o tom e encorajar todos a combaterem o antissemitismo. A sociedade civil e os empresários, educadores e jornalistas, líderes religiosos e estudantes, promotores e juristas, advogados e polícia, pais e filhos, todos devem se unir nesta batalha.

Mas hoje gostaria de discutir um outro assunto aqui.  Nesta última quinta-feira o poder executivo do Brasil autorizou a União a doar recursos ao Estado da Palestina – que ainda não é um estado – para a restauração da Basílica da Natividade em Belém. O montante que o Brasil resolveu doar foi de quase R$800 mil reais. Uma atitude altruísta não? Bem, o jornalista Roberto Grobman que está em Israel, foi a Belém neste final de semana e ficou surpreso ao saber que a restauração da Igreja já terminou há tempo e foi totalmente paga por organizações cristãs italianas. Quer dizer, isso foi uma desculpa esfarrapada do Sr. Rodrigo Maia, que assinou a Medida Provisória, para enviar dinheiro à Autoridade Palestina.

Num momento em que Donald Trump está chamando os palestinos a assumirem a responsabilidade e voltarem à mesa de negociações, outros países como o Brasil estão minando esta iniciativa. Não adianta doar milhares de reais aos palestinos se seu propósito não é fazer a paz mas destruir Israel. Os palestinos receberam mais de 25 vezes o que toda a Europa recebeu em ajuda depois da Segunda Guerra e o que eles fizeram com todo este dinheiro? Aperfeiçoaram sua máquina de guerra, sua propaganda antissemita e um sistema corrupto só equivalente ao do Brasil!

O contribuinte brasileiro que trabalha tão duro e paga somas absurdas de impostos tem o direito de saber aonde este dinheiro vai. R$800 mil reais é café pequeno? Perguntem para os hospitais do SUS o que eles poderiam fazer com este dinheiro. Quantas macas e remédios poderiam comprar. Perguntem também às escolas do interior que nem lousa têm, quantos cadernos, livros e canetas poderiam comprar com R$800 mil reais.

E será que este dinheiro foi mesmo para a Autoridade Palestina?

O que é mais frustrante é que nenhuma investigação, nenhuma Lava-Jato parece ter mudado a cabeça dos nossos dirigentes. Não tem jeito. Eles não aprendem...




Sunday, January 21, 2018

A Verdadeira Cara de Abbas - 21/01/2018

Às vezes, somente após uma tragédia é que as vidas de pessoas especiais são reveladas ao público. Este foi o caso do Rabino Raziel Shevach de 35 anos. Educador, mohel, voluntário do Magen David Adom, a Cruz Vermelha de Israel, do Kav L’Chaim, uma organização que ajuda crianças com câncer, distrofia muscular e problemas cerebrais e de outras organizações. Ele também era pai de seis crianças pequenas e um marido exemplar. Rav Shevach usou seu tempo aqui na terra para fazer o máximo de bem aos outros.

Há duas semanas, ele foi assassinado por islamistas que crivaram seu carro de balas perto de sua casa em Havat Gilad. Em seu funeral dezenas de pessoas falaram de sua bondade, carinho, senso de humor e sua inestimável contribuição para um mundo melhor. Pequena consolação para uma perda tão grande.

Há três dias, Israel encontrou os terroristas que mataram o Rabino. Dois foram presos e outro, filho de um líder do Hamas, foi morto no tiroteio com o exército. O Hamas elogiou os terroristas dando a entender que eram membros do grupo, mas sem reclamar a autoria do assassinato. Não é nem preciso dizer que os que puxaram o gatilho estavam agindo estritamente dentro de um clima religioso e cultural diariamente promovido pela supostamente “moderada” Autoridade Palestina.

O embaixador americano em Israel, David Friedman disse em seu tweet que “o Hamas louva os assassinos e a Autoridade Palestina os premia com dinheiro”.

Isto mostra a divisão de tarefas entre o Hamas e a AP. Enquanto o primeiro apoia ataques contra civis, a Autoridade diz ser contra o uso de violência para alcançar objetivos políticos. Mas ela só diz isto para manter sua legitimidade internacional. No entanto, ela recompensa os terroristas que matam civis ou que estão na cadeia por participarem de atividades terroristas com salários milionários.

Como os Estados Unidos dão à Autoridade Palestina centenas de milhões de dólares anualmente, os contribuintes americanos estão diretamente patrocinando o terrorismo palestino. E Israel está fazendo o mesmo. Israel transfere para a Autoridade Palestina todo o mês, milhões de shekels em impostos retidos na fonte de palestinos que trabalham em Israel, ou seja, para uma entidade que ativamente encoraja ataques contra israelenses.

A administração americana hoje se dá conta deste absurdo e está tomando passos para acabar com isso. O Taylor Force Act, um ato do Congresso feito em nome de um turista americano de 28 anos, morto em Tel Aviv por um terrorista palestino, já foi aprovado. De acordo com esta lei, os Estados Unidos não mais poderão transferir dinheiro para a Autoridade Palestina enquanto ela continuar a pagar os terroristas. Há também uma iniciativa de Trump de cortar pela metade a ajuda à UNRWA, a agência da ONU específica para os refugiados palestinos.

É claro que Mahmoud Abbas não está nada contente com estas medidas dos Estados Unidos. No domingo passado, ao discursar frente ao Conselho Central da OLP, Abbas resolveu tirar a máscara e não mediu as palavras ao falar de Trump. Repetiu várias vezes o insulto em árabe “Yikhrab Beito”, que significa que a sua casa seja destruída, e seu dinheiro seja amaldiçoado. Alguns comentaristas classificaram o discurso de Abbas como desafiador. Para mim desafiou a lógica, isto sim!

Abbas, que se diz historiador, conseguiu falar de história por 2 horas. É muito fácil fazer isso quando é só inventar fatos. Ele primeiro declarou que a ideia do retorno dos judeus à terra prometida foi de Oliver Cromwell, o Lorde Protetor inglês do século 17, antes de culpar os Holandeses e Napoleão. Ao mesmo tempo, Abbas negou qualquer elo judaico com Jerusalem dizendo que “Israel é uma empresa colonialista que nada tem a ver com o judaísmo!” Ele repetiu esta mesma frase três dias depois no Cairo.

Na Universidade Al-Azhar, que é o centro de estudos do sunismo islâmico, Abbas repetiu o que se tornou seu mantra: que os palestinos são descendentes dos Canaanitas e, portanto estavam em Jerusalem antes dos judeus e mesmo antes do patriarca Abraão!

Sua lógica e conhecimento histórico são tão distorcidos que não sabemos se os atribuímos à senilidade ou à pobreza de estudos da Universidade Patrice Lumumba de Moscow aonde ele ganhou seu doutorado com a tese que a liderança sionista estava em conluio com os nazistas para matarem judeus durante a Segunda Guerra.

Mas somente a título de argumento, se fosse possível identificar os ancestrais de Abbas aos Jebusitas-Cananitas-Palestinos conquistados pelo rei David, isso tornaria o caso dos palestinos ainda mais patético, senão cômico: quer dizer que durante milhares de anos, mesmo de posse da terra e de Jerusalem, os palestinos forma tão incompetentes que não conseguiram fundar um estado com sua capital na cidade?

Abbas nega que houve dois Templos em Jerusalem, apesar de todas as confirmações arqueológicas. Aonde estavam estes cananitas-jebusitas-palestinos durante estes séculos que não deixaram qualquer marca de sua presença no chão? Não, Abbas não quer lidar com fatos. Ele prefere exigir desculpas dos ingleses pela declaração Balfour de 100 anos atrás. E em seu revisionismo do holocausto, Abbas diz que os judeus preferiram ficar na Europa durante a Shoah. Claro, não é interessante ele trazer o fato que os ingleses, a pedido dos árabes, não permitiram aos judeus imigrarem para a Terra Santa, mesmo os que procuravam refugio da Solução Final nazista.

Esta e outras invenções históricas absurdas ele cria e publica diariamente para justificar sua manutenção no poder.

Se até agora Abbas era considerado um parceiro da paz e o rosto da moderação, esta semana ele mostrou seu lado feio, o lado que jorra ódio e mentiras. Para ele, insultar Trump não tem qualquer consequência. Ele já se arrumou com bilhões de dólares roubados das contribuições aos palestinos e enviados para contas na Europa gerenciadas por seus filhos.

Mas o fato é que ele não deveria ter jogado pedras na casa de Trump quando a sua tem teto de vidro. Abbas está no 13º ano de governo do que deveria ter sido um termo de quatro anos. Ele não fez nada para reduzir a corrupção que o cerca e cada vez mais se aproveita das doações do exterior para pagar seus capangas e nada para melhorar a vida dos palestinos que estão sob sua responsabilidade.

Ele não larga o osso por que teme que o Hamas ganhe a eleição, se houver uma. Enfim, ele prefere se manter em sua zona de conforto de pregar a destruição de Israel a construir um Estado palestino aonde os árabes possam viver e se desenvolver.

Abbas precisa sair, ser demitido ou removido.

Israel não para de construir desvios, instalar câmeras e construir muralhas para proteger a vida de meio milhão de israelenses que moram na Judeia, Samaria e Jerusalem. O exercito e as agências de inteligência têm redobrado esforços para confiscar as montanhas de armamentos ilegais em lugares como Nablus e Jenin para que nenhum terrorista possa atirar 22 balas num homem como o Rabino Shevach. Mas a habilidade de Israel é limitada enquanto a Autoridade Palestina continuar a oferecer prêmios para os assassinos.

Mas por outro lado, não fazer nada é um preço muito alto a continuar a pagar pela vida de pessoas como o Rav Shevach.




Sunday, January 14, 2018

O Fechamanto da UNRWA e a Volta à Realidade Para os Palestinos - 14/01/2018

Imaginem acordar em seu quarto de hotel na Paradisíaca ilha de Oahu com um alarme avisando a chegada de um míssil balístico; e que você precisa procurar abrigo imediatamente e que esta mensagem não é um treinamento, mas de verdade.

Parece uma cena de abertura de um filme de ação, mas foi exatamente o que aconteceu ontem no Estado do Hawaii. Por 38 minutos, até o ataque ser desmentido pelas autoridades, 1.7 milhões de residentes e turistas entraram em pânico, sem saber o que fazer. Pessoas entraram em banheiras e se cobriram com colchões, passageiros no aeroporto se jogaram no chão, como se isso fosse ajudar contra radiação. Enfim, foi uma mostra patética de como os Estados Unidos estão despreparados para um ataque da Coreia do Norte.

A verdade é que não há um só abrigo contra bombas no Hawaii ou em Guam, ou qualquer outro território americano do Pacífico. Os poucos abrigos na Califórnia estão fechados há décadas. Se os governos estaduais alocarem fundos para construir abrigos, pelo menos algo positivo terá resultado deste erro. E com certeza a liderança na Coreia do Norte e no Irã devem ter seguido as reações do publico e mídia americanas com muito interesse e trocado congratulações por terem feito os americanos se ajoelharem sem fazerem nada. 

Mas o assunto hoje é a UNRWA. A agência da ONU especificamente destinada a refugiados palestinos, criada em 1949 depois da milagrosa vitória de Israel contra os exércitos de oito países árabes e duas forças irregulares. Foi muito nobre da ONU ter criado esta agência para os palestinos enquanto centenas de milhares de judeus dos países árabes fugiam dos pogroms no Oriente Médio.

O absurdo é que a agência da ONU para todos os outros refugiados do mundo - o Alto Comissariado para Refugiados - foi só criada em 1950 e hoje lida com mais de 57 milhões de pessoas. A UNRWA diz que tem 5 milhões de palestinos sob seus cuidados, descendentes e adotados dos que se registraram no passar dos anos. E para se registrar é só afirmar que alguém da familia estava morando na Palestina entre 1946 e 1948, mesmo sendo de outras nacionalidades.

A UNRWA é a maior agencia da ONU com orçamento de quase 2 bilhões de dólares anuais e continua a crescer pois aceita bisnetos de refugiados como refugiados, mesmo estando já instalados em outros países. A UNRWA tem mais de 30 mil empregados e divide sua sede entre Gaza e Aman. O Comissariado para todos os outros 50 milhões de refugiados tem 6,300 empregados em 117 países com um orçamento de pouco mais de 7 bilhões de dólares.

Um dos maiores patrocinadores da UNRWA são os Estados Unidos. Neste cenário, o presidente Donald Trump está reconsiderando a lógica de continuar a pagar por esta agência especialmente do modo que ela opera hoje.

Trump já mandou congelar $125 milhões, ou um terço dos fundos destinados à UNRWA e ele quer saber que destino é dado às outras centenas de milhões do dinheiro do contribuinte americano. Trump já declarou em seu Twitter, que ele quer tornar o patrocínio contingente à cooperação palestina na resolução do conflito com Israel.

A preocupação de Trump é legítima. A UNRWA tinha que ter sido uma solução temporária, para acomodar aqueles que saíram de suas casas conclamados pelos países árabes que prometeram destruir Israel e jogar os judeus no mar. Mas com a recusa dos palestinos em cooperar ou mesmo sentar na mesa de negociações, não há razão para a América continuar a manter esta agência indefinidamente.

Hoje a UNRWA é o maior empregador em Gaza com mais de 11.500 empregados somente na Faixa. A liderança palestina não se envolve em educação, saúde e empréstimos porque estes são os serviços fornecidos pela UNRWA. Os palestinos não dizem querer um Estado? Não parece pois não estão interessados em fornecer os serviços mais básicos.

Mas o principal problema é que a UNRWA perpetua o conflito entre Israel e os palestinos. Enquanto que os refugiados originais de 1948, os que saíram voluntariamente e os que foram forçados, poderiam ter o status de refugiados, porque 70 anos depois seus netos e bisnetos têm direito à este rótulo e aos beneficios? Todos os outros 50 milhões de refugiados espalhados pelo mundo sob os cuidados do Alto Comissariado dos Refugiados não passam seu status para frente!

Mas os palestinos têm sua própria agência da ONU!

Em vez de incentivarem os palestinos a tomarem o leme de seu destino , a UNRWA continua a fomentar a ilusão de que eles sairão de Gaza e irão para Jaffa, Haifa ou Jerusalem. É ela também que fomenta o apartheid que existe no Líbano contra os palestinos aonde mais de um milhão nascidos no país não têm direito à nacionalidade libanesa, não podem exercer muitas profissões ou ter acesso à educação. Isso além de estarem confinados a campos de refugiados aonde o radicalismo, crime e violência regem. Mas por serem refugiados da UNRWA, o governo libanês pode lavar suas mãos e se recusar a integrá-los na sociedade.

Tudo isso pode mudar se a UNRWA fechar. Se a agência diz ter como objetivo ajudar os refugiados a se tornarem autossuficientes, ela tem conseguido torna-los totalmente dependentes de sua ajuda perpetuando o mito do “direito de retorno”. Alguém tem que dar uma dose de realidade para este pessoal.

Além disso, a UNRWA perpetua a cultura de direitos. Por gerações os palestinos em Gaza, na Jordânia, na Judeia, Samária e Líbano têm recebido dinheiro e serviços da agência como um direito, não um favor. Ela deveria promover a iniciativa pessoal e não mina-la através da distribuição de esmolas.

Já fazem doze anos que Israel removeu todas as comunidades judaicas e posições militares da Faixa de Gaza. Mas doze anos mais tarde, a UNRWA continua a tratar os palestinos de Gaza como refugiados. E porque?? Não estão em sua terra? E porque os palestinos governados pela Autoridade Palestina na Judeia e Samaria continuam a ser considerados refugiados? Qual a diferença entre os que são refugiados e outros palestinos que não o são?? Existe algum palestino que não seja refugiado? E porque o status de refugiado palestino é transmitido hereditariamente, algo que é negado a todos os outros refugiados do mundo?

Residentes árabes de Gaza e da Judeia e Samaria têm o direito de voto em eleições palestinas, quando elas acontecerão. Mas com os palestinos continuando a preferir a retórica inflamatória e belicosa do Hamas, eles são culpados por não escolherem uma liderança mais prática, uma liderança que queira realmente construir um estado e não só destruir Israel.

E é por isso que os palestinos continuam a ser uma sociedade fracassada. A pergunta de Trump é até quando os Estados Unidos têm que pagar para manter uma sociedade fracassada? Especialmente quando metade do dinheiro dado aos palestinos é usado para pagar salários de terroristas e suas famílias?

Donald Trump tem razão em questionar se o dinheiro do contribuinte americano está sendo usado sabiamente neste caso. Muitos defendem a redução gradual da ajuda para a UNRWA para não causar um problema humanitário em Gaza. Mas de acordo com todas as acusações contra Israel, o problema humanitário já existe.

E talvez o fechamento da UNRWA de uma vez por todas, seja o balde de água fria necessário para acordar os palestinos para a realidade.    



Sunday, January 7, 2018

Trump e a Brilhante Estratégia do Twitter - 07/01/2018

Quando o lider da Coreia do Norte Kim Jong Un proclamou em seu discurso de Ano Novo que ele guardava o botão nuclear em sua mesa e que seu arsenal de mísseis poderia atingir todos os Estados Unidos, não esperava uma reação tão pronta do presidente Trump.

O Donald respondeu como se deve a qualquer bully: que ele também tinha um botão, que era maior que o do líder norte-coreano e que seu botão americano “funciona”. Imediatamente a mídia enlouqueceu, chamando a resposta de Trump de irresponsável, infantil, insana, que não se brinca com “botões nucleares”, e até que sua insegurança sexual iria causar a destruição do mundo!

Mas um dia depois do tweet de Trump, inexplicavelmente o lider da Coreia do Norte decidiu reabrir o canal de comunicações com a Coreia do Sul fechado há anos. Kim Jon Un deve ter realizado que era mais “seguro” falar com seus vizinhos diretamente do que continuar a cutucar o louco do Trump.

Absolutamente brilhante!

A mídia odeia o uso do Twitter por Trump porque ele a corta como intermediária e a faz parecer irrelevante. Ele prefere compartilhar suas opiniões diretamente com o público e consegue faze-lo melhor em 280 letras do que as longas e frequentemente erroneas analises,  do The New York Times.

No âmbito internacional, Trump não parou na Coreia do Norte e partiu para “limpar a casa” das velhas estratégias que não funcionam. Como parar com a mania da América de pagar centenas de milhões de dólares de dinheiro dos contribuintes para países hostís. E os primeiros da lista são o Paquistão e os palestinos.   

No dia 1º de janeiro, em seu primeiro twitt de 2018, Trump disse que “os Estados Unidos bobamente deram ao Paquistão mais de 33 bilhões de dólares em ajuda nos ultimos 15 anos e eles deram em troca somente mentiras e enganações, achando que nossos lideres são tolos”. Ele continuou acusando os paquistaneses de darem “asilo a terroristas que nós caçamos no Afeganistão. Não Mais!” 

Isto foi uma clarissima mensagem ao país que desde os ataques de 11 de setembro de 2001 tem dado refugio a membros do Talibã que continuam a promover a guerra contra Kabul. O Paquistão também continua a proteger lideres do grupo Haqqani que promove ataques contra as forças americanas no Afeganistão e que o governo Obama designou como terrorista em 2012.

Mas mesmo cuspindo nos olhos de Washington e colocando em perigo as tropas americanas, o Paquistão continua a ser um feliz recipiente de montanhas de dinheiro dos Estados Unidos. Trump merece uma comenda por advertir os paquistaneses que a America não está mais sujeita a ser enrolada como os turistas em seus bazares. 
  
A resposta paquistanesa foram protestos nas ruas e queima de bandeiras americanas como se tanta mostra de “amor” fosse mudar a ideia de Trump!

E aí Trump voltou sua atenção para os palestinos.

No dia 3 de janeiro, Trump escreveu “Não é só ao Paquistão que pagamos bilhões de dólares por nada, mas também muitos outros países e outras entidades. Como exemplo, pagamos aos palestinos Centenas de Milhões de Dólares por ano e não recebemos nem apreciação, nem respeito”. Ele adicionou dizendo “os palestinos não querem nem mesmo negociar uma paz que já deveria ter sido finalizada há muito tempo com Israel... Com os palestinos se recusando a discutir a paz, porque estamos obrigados a fazer estes pagamentos massivos para eles?”

Aaaah!!!!! Até que enfim!!! Esta é uma excelente pergunta, Sr. Presidente!

A ajuda americana aos palestinos ultrapassou os 5 bilhões de dólares nos últimos 20 anos apesar deles serem os maiores recipientes per capta do mundo de ajuda internacional. Só em 2016, Washington forneceu aos palestinos $357 milhões de ajuda na Judeia, Samaria e Gaza e outros $355 milhões para a UNRWA, a agência da ONU exclusiva para refugiados palestinos, baseada em Gaza.

Mas isso não foi o suficiente para deter os palestinos de desafiarem os Estados Unidos nos foruns internacionais, denunciando-a em tons ofensivos, invariavelmente expressando solidariedade aos inimigos da America.  Há apenas 5 meses, Mahmoud Abbas mandou um telegrama para o ditador do botão nuclear norte-coreano desejando-lhe “saude e felicidades” mesmo após ele ter ameaçado atacar os Estados Unidos com armas nucleares.

Há 3 semanas, Abbas postou em sua conta Twitter uma foto de Trump ao lado de Adolf Hitler dizendo não haver diferença entre os dois. Isto não é o comportamento esperado de um recipiente de ajuda de centenas de milhões de dolares. Mas os palestinos têm se safado dele por tantos anos, que virou rotina.

Durante os últimos 25 anos, a posição de todas as administrações americanas foi de apoiar os palestinos incondicionalmente. A administração Obama não foi diferente da de George Bush neste aspecto. A maior diferença entre os presidentes foi a hostilidade aberta de Obama para com Israel e não o inconfortável apoio de Bush aos palestinos. 

As administrações Clinton, Bush e Obama mantiveram seu apoio incondicional aos palestinos apesar deles nunca cumprirem o prometido. Eles nunca, de modo algum, abraçaram a ideia de paz com Israel. De fato, a suposta moderada Fatah - que controla a OLP e a Autoridade Palestina - que tem aceito os bilhões de dolares em ajuda americana desde 1994, nem mesmo reconhece o direito de Israel de existir!

Quando os palestinos foram finalmente para as urnas em 2006, viraram as costas para a America e elegeram o Hamas para lidera-los. Mas em vez de aceitar a democrática decisão palestina de rejeitar a paz, Condoleeza Rice e Bush simplesmente fingiram que os palestinos tinham votado contra a corrupção da Fatah e continuaram com a ajuda financeira a eles aumentando-a ano a ano.

Então com todo este dinheiro Americano, europeu e árabe jorrando para os bolsos palestinos, o Hamas pode tranquilamente usar os $100 milhões de dólares alocados pelo Irã para continuar armando suas forças, cavar túneis e fabricar mísseis para sua próxima guerra com Israel.

E falando do Irã... Uma das razões para as manifestações que explodiram em várias de suas cidades foi um orçamento milionário para operações militares no exterior enquanto que o preço de produtos internos básicos subiu em até 40%. Tanto o Supremo Líder Ali Khamenei, como o Supremo Líder da Coreia do Norte, (todos adoram este título!) acham ok fazer seu povo passar necessidades para avançar suas ambições expansionistas.

Trump imediatamente entendeu o que estava se passando e twitou seu apoio aos manifestantes denunciando o desperdicio do dinheiro publico do Irã com grupos terroristas. Isto deixou o governo Rouhani tão possesso que  protocolou uma queixa formal junto à ONU, acusando os Estados Unidos de interferirem do modo “grotesco” em seus assuntos internos com twits absurdos”. O enviado iraniano pediu a condenação dos Estados Unidos pela ONU por “atravessar cada linha do direito internacional que governa a conduta civilizada das relações internacionais”.  Uau! Trump conseguiu tudo isso em menos de 280 letras!
E aí está a inteligência da estratégia de Trump.

Ao passar por cima da diplomacia tradicional, das conversas de pé de orelha nos bastidores, da retórica florida mas totalmente vazia de significado, Trump com seu Tweet, consegue mandar sua mensagem sem filtro, direto, da maneira mais efetiva falando para sua audiencia que ele está sério no que quer fazer e no que acredita.

Hoje ele bateu a bola para o campo dos recebem ajuda americana desafiando-os a escolherem entre o dinheiro e suas ideologias e estratégias nefastas.

Então, neste começo de 2018 vamos esperar que Trump continue a usar o tweeter e que a liderança palestina receba um choque suficientemente grande para lhe devolver a sanidade. Outros países parecem ter entendido a mensagem. O Egito já teria dito aos palestinos manterem sua capital em Ramallah e esquecerem de Jerusalem.


Sacudindo o status quo e mostrando que há um limite para a paciência Americana para ofensas e falta de agradecimento, Trump não está só trazendo um pouco de dose de moral de volta ao mundo. Está em poucos dias desatando todo um contexto geopolítico que estava travado há decadas, sem solução. 

Somente por isso, continue twittando Sr. Presidente! Continue twittando...