Sunday, August 19, 2018

A Tragédia do Fim da Turquia - 18/08/2018

O presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan, pirou! Não só comprou briga com Donald Trump, mas ordenou os turcos a trocarem os “dólares, euros ou ouro sob os seus travesseiros” por sua lira, a moeda que só este mês perdeu um terço de seu valor e cerca de 50% desde o começo do ano.

A resposta do mercado foi outro tombo da lira. Um tombo que ressaltou as tragédias de Erdogan, como homem e a Turquia, como país. Mas a maior tragédia mesmo está no fracasso histórico do mundo muçulmano em produzir economias modernas.

Erdogan ultrapassou a arrogância dos Sultões, a paranoia de Stalin, a esquizofrenia de Hitler e até a piromania de Nero. Ele se transformou num ditador absoluto, prendendo milhares de inimigos e críticos antes de incendiar a lira e destruir a economia turca.

Em 2005, em seu primeiro mandato como primeiro ministro ele eliminou seis zeros da antiga lira, que havia entrado no livro de recordes Guinness como a moeda de menor valor do mundo. Erdogan na ocasião disse que: “Estava muito feliz em livrar a Turquia dessa vergonha, de notas multi-zeradas”. Mas agora ele não só defende o dinheiro barato, mas nomeou seu genro como ministro das Finanças, e ordenou o banco central a não elevar as taxas de juros da moeda.

E tudo isso por causa de seu monstruoso ego.

Vou fazer um pequeno resumo da história. Na sua ascensão política Erdogan recebeu o apoio de um clérigo muçulmano chamado Fettullah Güllen. Este clérigo tem ideias radicais e é contra uma Republica Turca secular e moderna. Seguindo a filosofia do comunista Antonio Gramsci ele colocou crianças inteligentes, mas pobres em sua rede de escolas, programando-as para entrar em todos os níveis da sociedade turca como no exército, no judiciário, na política, na mídia, nos sindicatos. Mas ele não parou por aí. Ele começou a exportar suas ideias e construiu um império com relacionamentos tanto no ocidente como na Ásia. Em 2001 Güllen conseguiu a residência nos Estados Unidos aonde mora até hoje e de onde prega via mídia social.

Em dezembro de 2013, quando Erdogan estava fora do país, promotores, juízes e chefes de polícia seguidores de Güllen soltaram fitas gravadas que revelavam um grande esquema de corrupção que levaram à acusação de 14 ministros por propina, fraude, lavagem de dinheiro e contrabando de ouro.

Güllen assim se tornou inimigo numero 1 de Erdogan. Logo Erdogan demitiu centenas de funcionários públicos simpatizantes de Güllen. Em 2015, 122 suspeitos junto com Güllen foram indiciados por supostamente criarem um grupo terrorista. E assim a Turquia pediu a extradição de Güllen, negada pelos Estados Unidos. Em 2016, veio então o suposto golpe contra Erdogan enquanto ele estava de férias.

Na época, eu disse aqui que o chamado “golpe” parecia algo planejado e coordenado por Erdogan. Incrível que hoje ninguém contesta o golpe. A chamada do povo às ruas através da mídia social e a prisão simultânea de milhares de militares, juízes e acadêmicos em apenas dois dias? Como ele conseguiu indicações de culpa de 36 mil pessoas em 48 horas, incluindo 99 generais? Para um país membro da OTAN, ter 99 generais que não conseguiram executar um golpe quando o chefe estava fora da cidade, é mais vergonhoso do que os zeros na moeda!  O número de pessoas presas por Erdogan nos dias e meses seguintes subiu para 160 mil pessoas! Uma verdadeira limpeza de qualquer um que chegou a pensar em criticar o novo sultão.

Vendo que os Estados Unidos não entregavam Güllen, Erdogan resolveu então prender o pastor evangélico Andrew Brunson que por 20 anos liderou uma pequena igreja na cidade de Izmir na costa oeste da Turquia. Brunson foi acusado de espionagem e de tentar converter muçulmanos curdos ao cristianismo. Brunson nega categoricamente as acusações que podem acarretar em até 35 anos de prisão.

Trump exigiu a soltura do pastor americano, mas Erdogan deixou claro que quer Güllen em troca. Trump então dobrou o imposto de importação do alumínio e aço da Turquia causando a moeda turca despencar. Erdogan tentou retaliar dobrando as tarifas de importações de carros, álcool e tabaco americanos, mas isso foi um tiro no próprio pé, pois os importados já estão pela hora da morte na Turquia.

Mas como disse, a grande tragédia da Turquia é algo bem maior que o homem Erdogan. O que está se desfazendo é a esperança de que a Turquia inspirasse a modernidade econômica em outros países muçulmanos.

O mau desempenho econômico do mundo muçulmano é um fato estatístico. O PIB per capita é de apenas US$ 16 mil dólares, contra US $ 27.330 de 50 países europeus e $38.877 de 36 estados membros do OECD.

E se tirarmos deste numero baixo os PIBS astronômicos dos petro-estados como Qatar e Kuwait, o nível da crise das economias muçulmanas se torna evidente, forçando a questão: por que eles estão para trás?

A Revolução Industrial aconteceu na Europa e a colocou à frente. No entanto, outros países logo tentaram recuperar o atraso: o Japão fez isso no século 19, depois vieram a Coréia, o Brasil, a China, a Índia e outros. O mundo muçulmano ficou para trás, com uma exceção: a Turquia.

Desde a queda dos otomanos, a Turquia tornou-se gradualmente uma sociedade totalmente industrializada, um respeitado fabricante e exportador de produtos automotivos, e a 17ª maior economia do mundo. A Turquia, assim, sempre foi excluída dos estudos sobre a crise econômica dos países muçulmanos. Alguns destes estudos culpam a falta de liberdade de imprensa, como uma ameaça à fé; outros pela demora da lei islâmica em reconhecer corporações como uma entidade legal, outros a impossibilidade das empresas de transcenderem os clãs e as tribos.

O denominador comum entre todos é a recusa em compartilhar poder.

A Turquia do século passado construiu uma democracia funcional com um poder judiciário independente, uma imprensa livre, leis pró-negócios, grandes bancos, seguradoras e corporações industriais, pesquisando livremente universidades e uma comunidade vibrante de romancistas opinativos, poetas, cineastas e críticos sociais.

Muito disso já se foi, pois Erdogan, no espírito das normas muçulmanas medievais, se recusa a tolerar a independência de qualquer instituição. É por isso que depois de decapitar as forças armadas, os tribunais, a mídia, o parlamento e o gabinete, ele se voltou para a última agência independente, o banco central, cuja desativação acabou de acontecer.

Infelizmente, para Erdogan é insuportável ceder o poder. E assim, como os sultões medievais, Erdogan cala os especialistas, sufoca a independência institucional e inspira uma cultura de obediência e nepotismo, que são tão bons para a economia quanto o colesterol é para o coração.

Mas Erdogan não pode esquecer que foi eleito em grande parte por causa do sucesso da economia turca. E que ao tentar restaurar a glória do império otomano, ele a está empurrando para o precipício.

Os mesmos líderes árabes que rejeitaram o exemplo econômico da Turquia acabaram enfrentando a ira social que derrubou os líderes do Egito, Tunísia, Líbia e Iêmen e desencadearam várias guerras civis. Agora, não tendo conseguido influenciar o Oriente Médio árabe, a Turquia o está imitando, marchando para um abismo de dívidas, déficits, falências e demissões.

A violência, a julgar pelos precedentes regionais, é apenas uma questão de tempo. É triste e uma tragédia que líderes como Erdogan acabem destruindo suas nações por causa de suas batalhas pessoais de orgulho e ego.

Sunday, August 12, 2018

A Ofensiva Politica de Corbyn e as Nefastas Consequencias Para Israel - 12/08/2018


Esta semana a violência entre Israel e o regime terrorista Hamas em Gaza chegou à beira de se transformar em uma guerra em grande escala. Mais de 180 mísseis foram lançados da Faixa sobre as comunidades do sul de Israel. E se esta guerra acontecer, uma coisa será certa: teremos milhares de manifestantes nas maiores cidades do ocidente, marchando em apoio ao Hamas e seu objetivo de aniquilar Israel.

As manifestações anti-Israel desta vez vão ofuscar todas as anteriores.

Podemos também esperar ataques a instituições judaicas e a judeus em todas as maiores cidades do mundo como aconteceu em 2014 na última guerra contra o Hamas. Mas desta vez os ataques serão piores. Nos últimos quatro anos o antissemitismo e extremismo de esquerda se espalhou como fogo no ocidente.

Não há quem seja pró-Israel, que não seja chamado de racista. Se alguém defende o direito de Israel de existir, é atacado virulentamente. O professor de direito de Harvard Alan Dershowitz, uma estrela democrata, apoiador de Hillary Clinton, foi banido dos circulos da elite liberal americana por apoiar Israel e dizer que não há base legal para o impeachment do presidente Trump.

Vejam a situação da Inglaterra. Quando Trump visitou este aliado americano no mês passado, a esquerda e os muçulmanos decidiram agir. Membros e ativistas gays, feministas, jihadistas e defensores dos direitos dos animais se uniram para organizar uma grande manifestação contra Trump em Londres.

Mas a manifestação ao final foi quase exclusivamente anti-americana e especialmente anti-Israel. A multidão dos manifestantes saiu gritando coisas como “do rio para o mar, a Palestina será livre”. Banners e posters de apoio ao Hamas também abundaram.

A pergunta é porque manifestantes contra Trump adotaram uma mensagem anti-americana e antissemita? O que possui feministas inglesas a apoiarem um regime jihadista que rotineiramente ataca Israel sem motivo e trata as mulheres como propriedade?
Nos últimos 15 a 20 anos, o ódio a Israel e o apoio a seus inimigos, incluindo o Irã, o Hamas e o Hezbollah, saíram das franjas radicais da esquerda para se tornarem sua posição padrão em todo o mundo ocidental.
Duas semanas atrás, em um movimento sem precedentes, os três maiores jornais judaicos britânicos decidiram publicar em conjunto o mesmo editorial de primeira página sobre os perigos de um governo trabalhista de Jeremy Corbyn. Os jornais se referiam a essa possibilidade como "uma ameaça existencial à vida judaica neste país".

Os jornais da comunidade judaica foram levados a publicar este aviso conjunto por que o Partido Trabalhista se recusara a adotar a mesma definição de anti-semitismo que o governo britânico. A definição, elaborada pela Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), enumera onze exemplos de anti-semitismo para permitir às autoridades identificar adequadamente a discriminação antijudaica.

Entre elas está a acusação de que Israel é um país racista e compara-la à Alemanha nazista. Mas o Partido Trabalhista recusa estes exemplos. Isto prova que hoje o partido trabalhista vê como normal comparar Israel à Alemanha nazista. E de fato, Corbyn e seus conselheiros foram repetidamente documentados expressando estas visões.

Isto também mostra a intenção do partido trabalhista de justificar a discriminação aberta e a perseguição dos judeus. Os judeus ingleses não são os únicos que precisam ficar alarmados com a ascensão de Corbyn e com o crescente anti-semitismo da esquerda. Israel também precisa estar profundamente preocupada.

Há pouco tempo, Corbyn se referiu a terroristas do Hamas e do Hezbollah como “seus amigos". Ele também colocou flores no túmulo do terrorista que perpetrou o assassinato dos atletas israelenses em Munique. Se ele se tornar primeiro-ministro, é possível que ele não só suspenda toda a cooperação de segurança com Israel mas financie e transfira informações significativas - para os "seus amigos".

Mas pode haver algo ainda pior. O relacionamento estreito entre a Inglaterra e os Estados Unidos permite uma influencia muito grande de Londres sobre Washington.

Imediatamente após os ataques de 11 de setembro, o então primeiro-ministro inglês, Tony Blair, convenceu o presidente George Bush a limitar a sua campanha antiterror contra grupos terroristas que não atuavam contra israelenses. Graças à influência de Blair, os terroristas palestinos receberam apoio político, militar e financeiro de todos os cantos do mundo.

Se Corbyn subir ao poder enquanto Trump ainda estiver na Casa Branca, ele dará legitimidade para a radicalização e antissemitismo do Partido Democrata. Mas terá um efeito limitado na política dos EUA em relação a Israel.

Mas se Corbyn for primeiro ministro junto com um presidente americano democrata, isto poderá ter um efeito devastador sobre as relações americanas com Israel.

Contra isso há algumas coisas a fazer. Os judeus do mundo precisam denunciar e criticar ferozmente Corbyn e suas posições. Não é preciso ser diplomata. Muito pelo contrario. Temos que tirar as luvas. O partido trabalhista e Corbyn nunca mediram palavras para derramarem seu veneno antissemita.
Como os três jornais judaicos notaram, até recentemente, o Partido Trabalhista “era o lar natural de comunidade judaica”, mas “o desprezo dos corbynitas por judeus e Israel” corroeu “seus valores e integridade”.
Ainda, Israel precisa se preparar agora para a possibilidade de Corbyn vencer a próxima eleição geral. Qualquer projeto estratégico de longo prazo que Israel possa ter com o Reino Unido deve ser desativado e novos projetos não devem ser nem considerados.

As atividades das ONGs financiadas ou com laços com o Partido Trabalhista inglês que atuam em Israel devem ser seguidas muito de perto.

Finalmente, Israel deve acabar com sua dependência militar dos Estados Unidos. Ela deve transformá-la em uma parceria militar. E com Trump isto é possível. Israel deve trocar a ajuda militar em investimentos americanos em projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento de armamentos. Ao transformar o relacionamento em parceria, haverá uma menor chance de que um próximo presidente democrata afaste Israel para agradar as bases radicais do seu partido e com Corbyn.

O crescimento e escalada do anti-semitismo na esquerda ocidental é uma ameaça estratégica para Israel e para todas as comunidades judaicas nos países ocidentais. Para o futuro dos judeus ocidentais e de Israel, precisamos reconhecer a ameaça agora, denunciá-la agressivamente e tomar todas as ações necessárias para limitar suas conseqüências.



Monday, August 6, 2018

O Doentio Apaziguamento da Hezbollah pela Europa - 5/8/2018


Em maio deste ano foi publicado um relatório pela consultoria Asymmetrica e pela ONG Counter Extremism Project mostrando que a milícia libanesa Hezbollah, designada pelos Estados Unidos como um grupo terrorista, está formando um miniestado de lavagem de dinheiro na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. E que isto representa um risco cada vez maior à segurança nacional americana.

De acordo com a análise, a crise na Venezuela e a inflação na Argentina, junto com a corrupção enraizada na região e a fiscalização negligente, estão ajudando a impulsionar uma economia ilícita estimada em US$ 43 bilhões por ano. Isto é mais do que o orçamento de 170 países do mundo e é mais que três vezes o orçamento do Líbano.

Junto com este relatório, outro publicado pela União Européia sobre o terrorismo, afirma que cidadãos europeus de origem libanesa trabalharam com organizações do crime organizado para financiar as atividades terroristas da Hezbollah.

O Relatório sobre a Situação e Tendências do Terrorismo da União Europeia de 2018 disse que em 2017, os Estados-Membros realizaram várias investigações sobre o financiamento do terrorismo e descobriram uma grande rede de cidadãos libaneses oferecendo serviços de lavagem de dinheiro para grupos do crime organizado na Europa em que parte dos lucros era destinada a financiar atividades relacionadas ao terrorismo da ala militar do Hezbollah libanês.”

Em 2013, e só depois de um ataque na Bulgária, a União Europeia designou a chamada ala militar da Hezbollah como uma entidade terrorista. Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e as administrações americanas anteriores tem pedido para a Europa designar toda a Hezbollah como organização terrorista - sem sucesso.

O Irã é o principal patrocinador financeiro da Hezbollah, dando ao grupo  US$700 milhões por ano. E a Alemanha, é uma das principais fontes de fundos e de recrutamento de membros para o grupo na Europa.

Porque isto é importante? Porque em 2012 a Hezbollah explodiu um ônibus de turistas israelenses na Bulgária, assassinando cinco israelenses e seu motorista de ônibus muçulmano búlgaro. A Hezbollah também foi responsável pelo bombardeamento da embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992 matando 30, e pela morte de outros 85 inocentes no ataque contra a AMIA em 1994. E muitos outros ataques que não vamos descrever aqui.

Mas incrivelmente, a Hezbollah opera livremente na Europa, levantando fundos e ameaçando interesses americanos e aliados. Os europeus insistem em manter suas cabeças coletivas na areia mesmo tendo frustrado vários ataques da Hezbollah em solo europeu nos últimos anos.

O apaziguamento europeu da Hezbollah começa e termina com uma diferença criada na Europa entre uma ala política e outra militar. Isto é incrível porque a própria Hezbollah nunca fez esta distinção.
Particularmente, a história da Alemanha em capitular ao terrorismo é longa e pouco lisonjeira. Apenas um mês após o massacre palestino do Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique, todos os demais responsáveis ​​foram libertados pelo governo alemão sem mais nem menos. E a Alemanha nunca tentou processar ou mesmo prender os terroristas que mataram os atletas olímpicos israelenses desarmados.
O que a Europa não quer ver é que a Hezbollah de hoje é o Setembro Negro de ontem - mas exponencialmente mais poderosa. Ela literalmente controla um país inteiro, o Líbano, e é por sua vez controlada pelo Irã, o principal patrocinador do terrorismo mundial.

Apenas algumas semanas atrás, um diplomata iraniano Assadollah Assadi foi acusado pela polícia alemã de ter entregue uma bomba a um casal iraniano para detonar em um comício da oposição iraniana fora de Paris. E qual foi a resposta da União Europeia? Uma semana após a tentativa do ataque, legisladores europeus aprovaram planos para o Banco Europeu de Investimento fazer negócios com o Irã!

Os europeus estupidamente continuam achando que se continuarem a jogar bifes para o tigre ele vai se tornar um vegetariano.

Então o que pode ser feito? A América deve fundamentalmente mudar sua política em relação ao Líbano e reconhecer a triste realidade que hoje não há diferença entre o Líbano e a Hezbollah.

Assim como os EUA consideraram o ditador panamenho Manuel Noriega como um narcoterrorista nos anos 80 e agiram de forma decisiva, é preciso fazer o mesmo com a Hezbollah que financia seu terrorismo por meio de drogas e lavagem de dinheiro na Europa e na América do Sul, alimentando diretamente o comércio de cocaína nos Estados Unidos.

No momento em que a Europa designar a Hezbollah como organização terrorista inimiga, suas contas bancárias, negócios e finanças serão tratados como ilegais e serão altamente sancionados junto com seus membros. E isso afetaria diretamente sua operação na tríplice fronteira, diminuindo sua influencia junto a outros grupos criminosos como o PCC e o Comando Vermelho que atuam no Brasil.

Quanto ao relacionamento desagradável da Europa com o Hezbollah, assim como o endereço para fazer qualquer coisa na Síria é Moscou, o endereço para lidar com a Hezbollah na Europa é Angela Merkel. Merkel não pode alegar ignorância de quase mil agentes da Hezbollah e mais de 300 do Hamas operando na Alemanha.

Chega de acreditarmos nesta balela que proibir a Hezbollah na Europa irá prejudicar as negociações de paz entre Israel e os palestinos, ou o que a suprema inteligencia da Federica Mogherini gosta de dizer, que a Hezbollah contribui construtivamente para o dialogo na região. Ela é a mesma que vive abraçando Javad Zarif do Irã que defende a limpeza étnica de sunitas no Iraque, que arma os houtis no Yemen e que está pagando a construção de bases iranianas na fronteira com Israel.

Isto não é um assunto a ser deixado para depois. A América precisa liderar e exigir que a Europa a siga. Como disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, “este governo vai expor e perturbar a Hezbollah e as redes terroristas iranianas a cada momento, incluindo aqueles com ligações com o Banco Central do Irã”. Precisamos cortar imediatamente seus tentáculos. 

DoeA bola está agora na sua quadra, Chanceler Merkel.