No domingo passado, a administração Trump
anunciou a primeira etapa da implantação do seu plano de paz entre Israel e os
palestinos. Um plano que tem sido estudado e pesquisado há mais de 2 anos e que
se der certo, será para Trump, o “acordo do século”. Confirmando seu gênio em
negociação, Trump decidiu começar o processo com uma conferência econômica que
acontecerá em Bahrein no final de junho. Esta conferência chamada de Paz e
Prosperidade contará com a presença dos Estados Unidos, vários países europeus,
da Asia, Estados árabes do Golfo e parceiros árabes de toda a região além de empresários
palestinos.
O objetivo deste encontro é o de construir
alianças de paz e relacionamentos para levar
à frente grandes investimentos econômicos na Judeia e Samária e na Faixa de
Gaza, com o apoio dos Estados Unidos e do mundo árabe. Jared Kushner, genro do
presidente e conselheiro sênior deste projeto disse que “o povo palestino
merece, junto com os outros povos do Oriente Médio, um futuro com dignidade e a
oportunidade de melhorarem suas vidas.” O Secretário do Tesouro, Steven
Menuchin disse que ele está ansioso em participar das discussões e que esta
visão dará aos palestinos oportunidades emocionantes novas para realizarem seu
potencial.” Positivo, não? Não.
A resposta da Autoridade Palestina foi
imediata. Já na segunda-feira várias facções palestinas exigiram o boicote à
conferência dizendo que ela faz parte de um esquema para liquidar a causa
palestina. A Frente Popular da OLP para a Libertação da Palestina (FPLP)
alertou contra a participação na conferência “venenosa”.
O primeiro-ministro da Autoridade
Palestina, Mohammed Shtayyeh, disse que os palestinos e seus líderes não buscam
melhorar as condições de vida "sob a ocupação" e que os "palestinos
não se entregam à chantagem e não trocam seus direitos nacionais por dinheiro".
O negociador palestino Saeb Erekat disse que “todos os esforços para fazer o
opressor e os oprimidos coexistirem estão fadados ao fracasso. Tentativas de
promover uma normalização econômica da ocupação israelense serão rejeitadas. E
que não se trata de melhorar as condições de vida sob ocupação, mas de acabar com
a ocupação israelense”. E aí temos a verdade pessoal. Eles não querem melhorar
a vida do povo. Como sempre, o povo que se dane. O que eles querem é se manter
no poder, com uma retórica absurda de querer acabar com algo etéreo ou irreal,
como a ocupação de Gaza.
O empresário
bilionário Bashar Masri, que recebeu um convite da Casa Branca para participar
do encontro, disse que os palestinos são capazes de avançar sua economia sem
intervenções estrangeiras” e da mesma
forma "que o povo rejeitou estas ideias no passado, eles as rejeitam agora”.
Ok. Vamos lembrar desta declaração arrogante a próxima vez que o mundo
histericamente declarar que há uma crise humanitária em Gaza.
Na quinta-feira a Autoridade Palestina
apresentava uma lista de 15 empresários palestinos que teriam recusado o
convite alguns através da mídia social. Esta é uma forma de pressão que Mahmoud
Abbas está fazendo em sua campanha para controlar toda a ajuda econômica dada
aos palestinos, inclusive o dinheiro que Qatar envia para Gaza. Em vez de
promover a economia e os negócios e construir um estado de baixo para cima,
Abbas prefere continuar a ser o mendigo do mundo, pulando de capital em capital
com a mão estendida, derramando lágrimas de crocodilo sobre o desemprego e a
pobreza causados e promovidos por ele próprio.
São estes tipos de reação que provam mais
uma vez os palestinos não perdem uma oportunidade de perderem uma oportunidade.
Mas nem tudo está perdido.
O ex-ministro da Informação da AP, Nabil
Amr, saudou a decisão da administração americana de começar com a parte
econômica dizendo ser um "passo importante na direção certa".
O primeiro a declarar que irá ignorar o
boicote da Autoridade Palestina é o empresário palestino de Hebron, Ashraf
Jabari. Na manhã de segunda-feira, ele recebeu e aceitou o convite de Trump. Jabari
será um dos representantes da Câmara de Comércio da Judéia e Samaria formada
por israelenses e palestinos.
Ele disse que o importante era ver quais
oportunidades econômicas seriam apresentadas independentemente de qualquer
acordo político.
Enquanto isso, os Emirados Árabes, a Arábia
Saudita e o Egito anunciaram que participarão da conferencia no Bahrein, e Omã
também deve confirmar a sua presença. Enorme pressão está sendo colocada na
Jordânia para participar, especialmente pela Arábia Saudita.
O ministro das Relações Exteriores do
Bahrein, Khalid Khalifa, twittou que seu país está determinado a apoiar os
direitos constitucionais e justificados dos palestinos, mas o objetivo agora é
melhorar sua condição econômica e construir uma infraestrutura para um futuro
estado.
Com esta conferência, o presidente Trump deu
um chapéu na máfia islâmica que até agora manteve como reféns o mundo árabe e a
paz no Oriente Médio.
Mas também expôs a verdade do que está por
detrás da política palestina. Se os palestinos quisessem mesmo ter um país,
eles teriam aceito a partilha de 1947, ou o teriam criado quando a Judeia,
Samária e Gaza estavam nas mãos da Jordânia e do Egito entre 1948 e 1967. Naqueles
anos eles teriam tido exatamente o que reivindicam hoje: um estado na linha de armistício
de 1948 com Jerusalem como capital. Mas não.
Na ocasião Arafat explicitamente declarou
na Constituição da OLP que ele queria liberar os territórios dos judeus excetuando
a Judeia, Samaria e Gaza.
Em 1993 com os Acordos de Oslo, mais uma
vez foi dada aos palestinos uma chance de um estado, mas outra vez eles violaram
seus termos, especialmente quando promoveram o terrorismo e a incitação.
Estas declarações dos líderes palestinos de
que eles não têm qualquer interesse de melhorar a situação econômica de seu
povo, é prova de que eles não têm um estado em mente. Eles continuam a viver o
sonho que levou a criação da OLP em 1964 e do Hamas em 1987 de simplesmente
destruir o Estado de Israel.
E é por isso que os palestinos, com uma
população de um pouco mais de 4 milhões, depois de terem recebido desde 1948
mais de 25 vezes o que toda a Europa recebeu para sua reconstrução depois da
Segunda Grande Guerra, não conseguiram edificar uma só estação elétrica, uma só
estação de tratamento de água ou esgotos, suas ruas estão todas entupidas e
esburacadas e seu sistema de educação e saúde é todo pago pela ONU.
Enquanto muitos ainda cegamente defendem
esta suposta “causa palestina”, o presidente Trump com sua clareza moral colocou
as cartas na mesa. Com o reconhecimento de Jerusalem como a capital de Israel, a
transferência da embaixada, e o reconhecimento da anexação dos Altos do Golan,
Trump tirou da equação pontos de contenção importantes. Ao se concentrar na
melhora da economia, ele desmascarou e escancarou as intenções dos líderes
palestinos inclusive para o próprio povo.
E mesmo que as chances de paz continuem
a ser improváveis, o presidente Trump está tentando devagar e firmemente
superar cada um dos desafios e sem dúvida colocará o Oriente Médio num caminho mais correto
da paz.