Sunday, May 26, 2019

O Plano de Paz de Trump e a Rejeição Palestina - 26/05/2019


No domingo passado, a administração Trump anunciou a primeira etapa da implantação do seu plano de paz entre Israel e os palestinos. Um plano que tem sido estudado e pesquisado há mais de 2 anos e que se der certo, será para Trump, o “acordo do século”. Confirmando seu gênio em negociação, Trump decidiu começar o processo com uma conferência econômica que acontecerá em Bahrein no final de junho. Esta conferência chamada de Paz e Prosperidade contará com a presença dos Estados Unidos, vários países europeus, da Asia, Estados árabes do Golfo e parceiros árabes de toda a região além de empresários palestinos.

O objetivo deste encontro é o de construir alianças de paz e relacionamentos  para levar à frente grandes investimentos econômicos na Judeia e Samária e na Faixa de Gaza, com o apoio dos Estados Unidos e do mundo árabe. Jared Kushner, genro do presidente e conselheiro sênior deste projeto disse que “o povo palestino merece, junto com os outros povos do Oriente Médio, um futuro com dignidade e a oportunidade de melhorarem suas vidas.” O Secretário do Tesouro, Steven Menuchin disse que ele está ansioso em participar das discussões e que esta visão dará aos palestinos oportunidades emocionantes novas para realizarem seu potencial.” Positivo, não? Não.

A resposta da Autoridade Palestina foi imediata. Já na segunda-feira várias facções palestinas exigiram o boicote à conferência dizendo que ela faz parte de um esquema para liquidar a causa palestina. A Frente Popular da OLP para a Libertação da Palestina (FPLP) alertou contra a participação na conferência “venenosa”.

O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh, disse que os palestinos e seus líderes não buscam melhorar as condições de vida "sob a ocupação" e que os "palestinos não se entregam à chantagem e não trocam seus direitos nacionais por dinheiro". O negociador palestino Saeb Erekat disse que “todos os esforços para fazer o opressor e os oprimidos coexistirem estão fadados ao fracasso. Tentativas de promover uma normalização econômica da ocupação israelense serão rejeitadas. E que não se trata de melhorar as condições de vida sob ocupação, mas de acabar com a ocupação israelense”. E aí temos a verdade pessoal. Eles não querem melhorar a vida do povo. Como sempre, o povo que se dane. O que eles querem é se manter no poder, com uma retórica absurda de querer acabar com algo etéreo ou irreal, como a ocupação de Gaza.

 O empresário bilionário Bashar Masri, que recebeu um convite da Casa Branca para participar do encontro, disse que os palestinos são capazes de avançar sua economia sem intervenções estrangeiras”  e da mesma forma "que o povo rejeitou estas ideias no passado, eles as rejeitam agora”. Ok. Vamos lembrar desta declaração arrogante a próxima vez que o mundo histericamente declarar que há uma crise humanitária em Gaza.

Na quinta-feira a Autoridade Palestina apresentava uma lista de 15 empresários palestinos que teriam recusado o convite alguns através da mídia social. Esta é uma forma de pressão que Mahmoud Abbas está fazendo em sua campanha para controlar toda a ajuda econômica dada aos palestinos, inclusive o dinheiro que Qatar envia para Gaza. Em vez de promover a economia e os negócios e construir um estado de baixo para cima, Abbas prefere continuar a ser o mendigo do mundo, pulando de capital em capital com a mão estendida, derramando lágrimas de crocodilo sobre o desemprego e a pobreza causados e promovidos por ele próprio.

São estes tipos de reação que provam mais uma vez os palestinos não perdem uma oportunidade de perderem uma oportunidade. Mas nem tudo está perdido.

O ex-ministro da Informação da AP, Nabil Amr, saudou a decisão da administração americana de começar com a parte econômica dizendo ser um "passo importante na direção certa".

O primeiro a declarar que irá ignorar o boicote da Autoridade Palestina é o empresário palestino de Hebron, Ashraf Jabari. Na manhã de segunda-feira, ele recebeu e aceitou o convite de Trump. Jabari será um dos representantes da Câmara de Comércio da Judéia e Samaria formada por israelenses e palestinos.

Ele disse que o importante era ver quais oportunidades econômicas seriam apresentadas independentemente de qualquer acordo político.  

Enquanto isso, os Emirados Árabes, a Arábia Saudita e o Egito anunciaram que participarão da conferencia no Bahrein, e Omã também deve confirmar a sua presença. Enorme pressão está sendo colocada na Jordânia para participar, especialmente pela Arábia Saudita.

O ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Khalid Khalifa, twittou que seu país está determinado a apoiar os direitos constitucionais e justificados dos palestinos, mas o objetivo agora é melhorar sua condição econômica e construir uma infraestrutura para um futuro estado.

Com esta conferência, o presidente Trump deu um chapéu na máfia islâmica que até agora manteve como reféns o mundo árabe e a paz no Oriente Médio.

Mas também expôs a verdade do que está por detrás da política palestina. Se os palestinos quisessem mesmo ter um país, eles teriam aceito a partilha de 1947, ou o teriam criado quando a Judeia, Samária e Gaza estavam nas mãos da Jordânia e do Egito entre 1948 e 1967. Naqueles anos eles teriam tido exatamente o que reivindicam hoje: um estado na linha de armistício de 1948 com Jerusalem como capital. Mas não.
Na ocasião Arafat explicitamente declarou na Constituição da OLP que ele queria liberar os territórios dos judeus excetuando a Judeia, Samaria e Gaza.

Em 1993 com os Acordos de Oslo, mais uma vez foi dada aos palestinos uma chance de um estado, mas outra vez eles violaram seus termos, especialmente quando promoveram o terrorismo e a incitação.

Estas declarações dos líderes palestinos de que eles não têm qualquer interesse de melhorar a situação econômica de seu povo, é prova de que eles não têm um estado em mente. Eles continuam a viver o sonho que levou a criação da OLP em 1964 e do Hamas em 1987 de simplesmente destruir o Estado de Israel.

E é por isso que os palestinos, com uma população de um pouco mais de 4 milhões, depois de terem recebido desde 1948 mais de 25 vezes o que toda a Europa recebeu para sua reconstrução depois da Segunda Grande Guerra, não conseguiram edificar uma só estação elétrica, uma só estação de tratamento de água ou esgotos, suas ruas estão todas entupidas e esburacadas e seu sistema de educação e saúde é todo pago pela ONU.

Enquanto muitos ainda cegamente defendem esta suposta “causa palestina”, o presidente Trump com sua clareza moral colocou as cartas na mesa. Com o reconhecimento de Jerusalem como a capital de Israel, a transferência da embaixada, e o reconhecimento da anexação dos Altos do Golan, Trump tirou da equação pontos de contenção importantes. Ao se concentrar na melhora da economia, ele desmascarou e escancarou as intenções dos líderes palestinos inclusive para o próprio povo. 

E mesmo que as chances de paz continuem a ser improváveis, o presidente Trump está tentando devagar e firmemente superar cada um dos desafios e sem dúvida colocará o Oriente Médio num caminho mais correto da paz.



Sunday, May 19, 2019

Uma Lição Necessária para o Irã - 19/05/2019


Enquanto cerca de 700 mísseis caíam sobre o sul de Israel no último fim de semana - deixando quatro israelenses mortos, 234 feridos, e traumatizando milhares de adultos e crianças inocentes, a mídia ocidental de esquerda estava fazendo o que sempre faz: desconsiderando o que é o jornalismo – a reportagem dos fatos - para distorcê-lo, adultera-lo ou simplesmente mentir.

Novamente vimos a reversão dos papeis de agressor e vítima incluindo inferências de equivalência moral entre os ataques árabes e a defesa de Israel. Como se uma coisa fosse equivalente à outra. Repetidamente falou-se da “ocupação” de Gaza, algo que sempre me surpreende, depois de Israel ter retirado todos os moradores judeus e soldados da Faixa em 2005.

Houve também a imediata aceitação da propaganda mentirosa do Hamas e Jihad Islâmico e a minimização da situação das vítimas israelenses.

Isto incluiu a falsa acusação de que uma mulher grávida de Gaza e seu bebê de 14 meses haviam sido mortos pelos ataques israelenses. De fato, como o Jihad Islâmico teve que acabar admitindo, eles foram mortos por um míssil defeituoso disparado de Gaza. Foi um “acidente de trabalho” como eles costumam dizer.

Alguns veículos de mídia fizeram a correção, mas outros não. Nenhum deles, no entanto, notou que essas mortes são prova de que os terroristas de Gaza não só estavam procurar alvejar a população civil de Israel mas estavam usando sua própria população como escudo humano, lançando mísseis do meio de civis. Isto se constitui um duplo crime de guerra.  

Nos EUA, enquanto o presidente Donald Trump e o vice-presidente Mike Pence twittavam seu apoio a Israel e condenavam os ataques do Hamas e do Jihad Islâmico, nenhum dos 21 candidatos à presidência pelo partido democrata achou apropriado fazer o mesmo.

Mas ouvimos das duas congressistas muçulmanas, Ilhan Omar e Rashida Tlaib. Omar twittou que Gaza estava ocupada e sofrendo uma “crise humanitária”. Ela escreveu: “Quantos manifestantes ainda devem ser mortos, foguetes disparados e crianças pequenas mortas até o ciclo interminável de violência terminar?”

Mas Gaza não está ocupada; a crise humanitária é causada pelo terrorismo, corrupção e tirania dos governantes de Gaza em Gaza; e não há "ciclo de violência". Há um esforço interminável e incessante dos líderes destes grupos de assassinar israelenses e as correspondentes respostas de Israel para defender seu povo contra esses ataques.

Gaza poderia ter se tornado a Cingapura do Mediterrâneo, com seu porto e localização, como havia dito Ariel Sharon para justificar a evacuação dos judeus em 2005. Os israelenses deixaram para trás estufas e outras instalações que traziam bilhões de dólares de renda todo ano. Depois da evacuação dos judeus, a Europa e o Qatar despejaram bilhões de dólares na Faixa de Gaza.

Mas o Hamas – que tomou o controle da Faixa - decidiu transformá-la em uma grande plataforma de lançamento de mísseis. Em vez de usar os recursos para proporcionar benefícios humanitários aos seus moradores, eles os usaram para abrigar fábricas de mísseis e cavar túneis terroristas com o único propósito de alvejar civis israelenses. Isso forçou Israel a tomar medidas para proteger seus cidadãos.

Mas fatos não interessam, não é?

Surpreendentemente, o jornal The New York Times, pela primeira vez, publicou uma manchete factual e aparentemente equilibrada dizendo: “Militantes de Gaza disparam 250 foguetes e Israel responde com ataques aéreos”. No entanto, a deputada Rashida Tlaib discordou veementemente dizendo que o jornal estava procurando “desumanizar o nosso povo palestino que apenas quer ser livre”.

Trump culpou o Hamas e o Jihad Islâmico e por trás deles, o Irã. A Europa, reiterou o direito de Israel de se defender, mas, deixou subentendido que Israel tinha alguma responsabilidade pelos ataques pela falta de uma solução “politica” para o conflito. Traduzindo, pela falta de vontade de Israel de se “render” aos palestinos.

Em Ramallah Mahmoud Abbas deu aos criminosos de guerra de Gaza seu total apoio. A Fatah, partido de Abbas, referiu-se a toda Israel como "ocupada" e a todos os israelenses como "colonos", reiterando que a destruição de Israel é seu verdadeiro objetivo.

É com esta gente que Israel assinou os acordos de Oslo há 26 anos!

A racionalização da mídia e de políticos que ataques a civis com mísseis letais são de alguma forma justificáveis ou a culpa das vítimas - somente quando se trata de Israel-, isto é puro antissemitismo.

E quem pensa que o antissemitismo está restrito à Europa, tem que pensar duas vezes. Ele está cada vez mais profundo nos EUA, especialmente nos campus universitários.  Imaginem que o corpo estudantil do famoso Williams College rejeitou na semana passada, a formação de um grupo pró-Israel no campus. O Departamento de Análise Social e Cultural da Universidade de Nova York votou pelo boicote de seu próprio campus satélite em Tel Aviv.

E ainda, tivemos o recente cartoon publicado no The New York Times descrevendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um cão com a estrela de Davi na coleira, liderando um presidente Trump cego, vestindo uma kippah, - uma exibição de antissemitismo crasso tirada diretamente dos jornais alemães da década de 30.

Estamos vendo a bússola moral do Ocidente em queda livre. A adoção das falsidades assassinas dos árabes sobre Israel é a causa principal desta queda. Ironicamente, a própria bússola moral dada ao mundo pelos judeus.

Nenhum povo contribuiu mais para o avanço da humanidade como o povo judeu; e nenhum país contribuiu mais ao mundo em tão pouco tempo como Israel.

Em vez de apontar o dedo acusador para ela, o mundo deveria se unir a Israel para comemorar seus 71 anos. E finalmente reconhecer que somente se seus inimigos baixassem as armas, haveria paz e prosperidade para ambos os lados. Não preciso descrever o que aconteceria se fosse Israel que tivesse que baixar as suas armas.



Sunday, May 12, 2019

Os 800 Mísseis de Gaza e a Reação da Mídia - 12/05/2019


Enquanto cerca de 700 mísseis caíam sobre o sul de Israel no último fim de semana - deixando quatro israelenses mortos, 234 feridos, e traumatizando milhares de adultos e crianças inocentes, a mídia ocidental de esquerda estava fazendo o que sempre faz: desconsiderando o que é o jornalismo – a reportagem dos fatos - para distorcê-lo, adultera-lo ou simplesmente mentir.

Novamente vimos a reversão dos papeis de agressor e vítima incluindo inferências de equivalência moral entre os ataques árabes e a defesa de Israel. Como se uma coisa fosse equivalente à outra. Repetidamente falou-se da “ocupação” de Gaza, algo que sempre me surpreende, depois de Israel ter retirado todos os moradores judeus e soldados da Faixa em 2005.

Houve também a imediata aceitação da propaganda mentirosa do Hamas e Jihad Islâmico e a minimização da situação das vítimas israelenses.

Isto incluiu a falsa acusação de que uma mulher grávida de Gaza e seu bebê de 14 meses haviam sido mortos pelos ataques israelenses. De fato, como o Jihad Islâmico teve que acabar admitindo, eles foram mortos por um míssil defeituoso disparado de Gaza. Foi um “acidente de trabalho” como eles costumam dizer.

Alguns veículos de mídia fizeram a correção, mas outros não. Nenhum deles, no entanto, notou que essas mortes são prova de que os terroristas de Gaza não só estavam procurar alvejar a população civil de Israel mas estavam usando sua própria população como escudo humano, lançando mísseis do meio de civis. Isto se constitui um duplo crime de guerra.  

Nos EUA, enquanto o presidente Donald Trump e o vice-presidente Mike Pence twittavam seu apoio a Israel e condenavam os ataques do Hamas e do Jihad Islâmico, nenhum dos 21 candidatos à presidência pelo partido democrata achou apropriado fazer o mesmo.

Mas ouvimos das duas congressistas muçulmanas, Ilhan Omar e Rashida Tlaib. Omar twittou que Gaza estava ocupada e sofrendo uma “crise humanitária”. Ela escreveu: “Quantos manifestantes ainda devem ser mortos, foguetes disparados e crianças pequenas mortas até o ciclo interminável de violência terminar?”

Mas Gaza não está ocupada; a crise humanitária é causada pelo terrorismo, corrupção e tirania dos governantes de Gaza em Gaza; e não há "ciclo de violência". Há um esforço interminável e incessante dos líderes destes grupos de assassinar israelenses e as correspondentes respostas de Israel para defender seu povo contra esses ataques.

Gaza poderia ter se tornado a Cingapura do Mediterrâneo, com seu porto e localização, como havia dito Ariel Sharon para justificar a evacuação dos judeus em 2005. Os israelenses deixaram para trás estufas e outras instalações que traziam bilhões de dólares de renda todo ano. Depois da evacuação dos judeus, a Europa e o Qatar despejaram bilhões de dólares na Faixa de Gaza.

Mas o Hamas – que tomou o controle da Faixa - decidiu transformá-la em uma grande plataforma de lançamento de mísseis. Em vez de usar os recursos para proporcionar benefícios humanitários aos seus moradores, eles os usaram para abrigar fábricas de mísseis e cavar túneis terroristas com o único propósito de alvejar civis israelenses. Isso forçou Israel a tomar medidas para proteger seus cidadãos.

Mas fatos não interessam, não é?

Surpreendentemente, o jornal The New York Times, pela primeira vez, publicou uma manchete factual e aparentemente equilibrada dizendo: “Militantes de Gaza disparam 250 foguetes e Israel responde com ataques aéreos”. No entanto, a deputada Rashida Tlaib discordou veementemente dizendo que o jornal estava procurando “desumanizar o nosso povo palestino que apenas quer ser livre”.

Trump culpou o Hamas e o Jihad Islâmico e por trás deles, o Irã. A Europa, reiterou o direito de Israel de se defender, mas, deixou subentendido que Israel tinha alguma responsabilidade pelos ataques pela falta de uma solução “politica” para o conflito. Traduzindo, pela falta de vontade de Israel de se “render” aos palestinos.

Em Ramallah Mahmoud Abbas deu aos criminosos de guerra de Gaza seu total apoio. A Fatah, partido de Abbas, referiu-se a toda Israel como "ocupada" e a todos os israelenses como "colonos", reiterando que a destruição de Israel é seu verdadeiro objetivo.

É com esta gente que Israel assinou os acordos de Oslo há 26 anos!

A racionalização da mídia e de políticos que ataques a civis com mísseis letais são de alguma forma justificáveis ou a culpa das vítimas - somente quando se trata de Israel-, isto é puro antissemitismo.

E quem pensa que o antissemitismo está restrito à Europa, tem que pensar duas vezes. Ele está cada vez mais profundo nos EUA, especialmente nos campus universitários. 

Imaginem que o corpo estudantil do famoso Williams College rejeitou na semana passada, a formação de um grupo pró-Israel no campus. O Departamento de Análise Social e Cultural da Universidade de Nova York votou pelo boicote de seu próprio campus satélite em Tel Aviv.

E ainda, tivemos o recente cartoon publicado no The New York Times descrevendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um cão com a estrela de Davi na coleira, liderando um presidente Trump cego, vestindo uma kippah, - uma exibição de antissemitismo crasso tirada diretamente dos jornais alemães da década de 30.

Estamos vendo a bússola moral do Ocidente em queda livre. A adoção das falsidades assassinas dos árabes sobre Israel é a causa principal desta queda. Ironicamente, a própria bússola moral dada ao mundo pelos judeus.

Nenhum povo contribuiu mais para o avanço da humanidade como o povo judeu; e nenhum país contribuiu mais ao mundo em tão pouco tempo como Israel.

Em vez de apontar o dedo acusador para ela, o mundo deveria se unir a Israel para comemorar seus 71 anos. E finalmente reconhecer que somente se seus inimigos baixassem as armas, haveria paz e prosperidade para ambos os lados. Não preciso descrever o que aconteceria se fosse Israel que tivesse que baixar as suas armas.

Sunday, May 5, 2019

450 Mísseis de Gaza - 05/05/2019


Um dia, uma noite e outro dia de terror que continua no sul de Israel. Mais de 450 mísseis foram lançados da Faixa de Gaza desde ontem de manhã, 180 somente durante esta noite. Moshe Agadi de 58 anos, residente da cidade costeira de Ashkelon, se tornou a primeira de várias vítimas fatais destes mísseis às 2:45 desta manhã. Israel contou hoje outros dois mortos e vários feridos por estilhaços.

Às 6:10 da manhã o aplicativo red alert - que avisa quando mísseis estão sendo lançados em Israel – começou a soar furiosamente num inferno que durou mais de uma hora ininterruptamente. O alerta ainda está ligado e pode ser que ele toque durante esta transmissão.

Milhares de israelenses, especialmente crianças, estão desde ontem de manhã sem dormir com as constantes sirenes que lhes dão em alguns casos, apenas 15 segundos para correrem para os abrigos. Hoje as escolas foram canceladas (e graças a D-us porque um jardim de infância foi atingido) e o comércio fechado até a situação se acalmar ao custo de bilhões de dólares para a economia israelense.

Israel por seu lado, faz o que pode fazer: atacou mais de 220 alvos, entre eles depósitos de armas e casas de líderes do Jihad Islâmico e Hamas mas claro, avisando antes para os moradores saírem.

A pergunta é por que isto está acontecendo agora?

Todos conhecem as táticas de extorsão da máfia, não? Eles chegam e dizem que se não pagarem proteção, vão explodir seu negócio. Sim? então vamos lá.

A situação econômica de Gaza está um desastre. Não há dinheiro para salários, a energia elétrica é bastante racionada, água potável é rara, e a pobreza está aumentando, menos claro para a liderança do Hamas e do Jihad Islâmico. Esta foi a causa do maciço protesto popular que ocorreu na Faixa em março, brutalmente reprimido pelo Hamas - pela primeira vez causando consternação e condenações da mídia mundial.

Esta repressão fez mal à imagem do Qatar que estava financiando o governo do Hamas, enviando mensalmente malas com 30 milhões de dólares em dinheiro, com o objetivo de aliviar o problema econômico da Faixa. Só que o dinheiro não foi para isso. Como em toda a tirania que se preze, o dinheiro foi para comprar carros luxuosos para os filhos dos líderes da Faixa, e como estamos vendo, para financiar a produção de mísseis contra Israel.

O enviado de Qatar que deveria ter levado o dinheiro este mês não foi e o Hamas culpou Israel.

Amanhã ou depois, depende da lua aparecer, começa o mês do jejum muçulmano do Ramadan e do jeito que a situação está, o Hamas não sabe se conseguirá segurar o descontentamento da população. Assim, deu a luz verde para o Jihad Islâmico atacar Israel alcançando dois objetivos: pressionar Israel a cumprir suas exigências de dinheiro e liberação de restrições e desviar a atenção dos moradores de Gaza para o “objetivo maior” de guerra.

O Jihad Islâmico é o segundo grupo mais forte da Faixa de Gaza e é financiado pelo Irã. Mas não se mexe sem a permissão do Hamas. Os aiatolás continuam loucos para se vingarem de Israel pelos ataques às suas bases e soldados na Síria. Assim, quando o Hamas lhe dá a luz verde, o Jihad Islâmico não se faz de rogado e ataca Israel impiedosamente.

Desde o fim da Operação Borda de Proteção em 2014, o Hamas e o Jihad Islâmico tentam melhorar a precisão dos mísseis que produzem e como vimos em março, misseis de Gaza chegaram até Tel Aviv. Como disse na época, estes lançamentos pareciam mais como testes e de fato, o Hamas avisou que se Israel não atender às suas exigências imediatas, várias cidades israelenses, e não mais somente as comunidades do sul, estarão sujeitas a seus mísseis. O Jihad Islâmico foi mais especifico dizendo que irá atacar  o Centro de Pesquisas Nucleares Shimon Peres no Negev e o Aeroporto Ben-Gurion além de impedir que a competição de musica Eurovision ocorra em Tel Aviv neste mês.

O Egito está em meio às negociações dos termos de trégua entre Israel e o Hamas e o Jihad Islâmico. No entanto, o Jihad Islâmico avisou que estava perdendo a paciência com Israel.

A decisão de Israel na semana passada de reduzir a zona de pesca em Gaza em resposta a vários ataques de mísseis e pipas incendiárias por membros do Jihad Islâmico foi vista por eles como uma tentativa de torpedear os acordos de trégua patrocinados pelo Egito. Israel publicou mais tarde as fotos dos membros do grupo que estavam por trás dos ataques. E isto foi visto como um aviso de que Israel retomaria os assassinatos dirigidos aos principais agentes do Jihad Islâmico.

O momento deste último surto de violência também é um fator que precisa ser levado em consideração. O Hamas acredita que Israel não está interessada em uma guerra na véspera do Dia de Lembrança aos Soldados, do Dia da Independência e a duas semanas do concurso da Eurovision em Tel Aviv. O Hamas sente que este é o momento certo para extorquir concessões de Israel. Exatamente como a máfia.

Amigos, qual o país do mundo que aceitaria uma situação desta? Imaginem se algum país começasse a bombardear o Brasil com centenas de mísseis por dia causando mortos do nosso lado da fronteira e não reagíssemos. O problema é que Israel, com sua preocupação da situação humanitária da Faixa mandou a mensagem que ela está pronta a aguentar isto.

É claro que nestas circunstâncias uma guerra total trará muito sofrimento aos dois lados mas se Israel continuar a se recusar a tomar uma medida drástica para realmente ferir a liderança do Hamas e do Jihad Islâmico, ela nunca mais terá qualquer força de dissuasão. Israel ficará à mercê dos misseis cada vez mais precisos destes grupos terroristas e a população e a economia é que pagarão o preço. Parece que Israel, com o domo de ferro se colocou na situação do sapo. Se jogá-lo na água fervendo ele pula mas se coloca-lo na água fria e for esquentando, ele cozinha até morrer. Esperemos que não.

Parece que o historiador grego Tacitus é quem tinha razão: Uma paz ruim é pior que uma boa guerra.