Em meu comentário do dia 10 de
julho de 2016, falei sobre a falência
moral da comunidade internacional ao emitir um relatório que equiparou os
ataques terroristas palestinos com a construção de casas por judeus na Judeia
e Samaria. Ou como gostam de dizer, com a “ocupação”. O relatório foi publicado
no mesmo dia do enterro da pequena Hallel, de 13 anos, brutalmente esfaqueada
na cama em que dormia em sua casa em Hebron. E no mesmo dia em que o carro da família
do rabino Mark foi crivado de balas. O rabino, de 48 anos sangrou até a morte em
frente a sua filha de 14 anos que levou um tiro no estômago e de seu filho de
15 anos que também foi ferido enquanto sua mãe inconsciente entrava em estado
crítico.
Naquele
comentário descrevi a explosão de celebrações dos assassinatos e dos
assassinos nos territórios palestinos. O governador de Hebron visitou e prestou
homenagem à família do assassino de Hallel e a mídia palestina festejou os
ataques tocando musicas comemorativas o dia todo.
Mas a
história não parou aí. Os sobreviventes da família Mark foram inicialmente salvos
por um palestino que parou para socorrer as vítimas, achando que tinha sido um
acidente de automóvel.
Por sua ação
rápida e humana, este palestino de Hebron recebeu profundos agradecimentos da
família Mark. Ele, junto com um médico palestino que chegou em seguida,
receberam o prêmio de "excelente cidadania e coragem" pelo Centro de
Direito Shurat Hadin-Israel durante um grande evento em Jerusalém.
Numa
entrevista, este palestino (que precisa se manter anônimo) descreveu a cena: "Eu
tentei abrir a porta do carro, mas ela estava emperrada”. “Eu vi duas crianças
gritando e me pedindo ajuda. Eu estendi minha mão e por dois minutos, tentei
abrir a porta para chegar às crianças que estavam sufocando no carro. Eu acho
que se tivessem ficado lá um pouco mais, elas teriam sufocado. Fora do choque
que ela sentiu, a menina me agarrou espontaneamente e pulou em cima de mim.
Imediatamente coloquei minha mão na cabeça dela e falei com ela em hebraico,
claro. Eu disse a ela: "Não tenha medo, não tenha medo, eu vou te ajudar.
Não se preocupe. "Eu fiz o que fiz de humanidade. Estas são crianças.
Havia crianças lá dentro. Havia pessoas dentro. Eu não hesitei em nada.
Mas o poder em
Ramallah sabia exatamente quem era este palestino e prontamente o penalizaram
por resgatar os judeus feridos. Como os israelenses o elogiaram - não apenas
por ter sido um bom samaritano, mas por mostrar que a ajuda mútua e coexistência são
possíveis – ele foi imediatamente demitido de seu emprego na Autoridade
Palestina.
O palestino
procurou outros empregos, mas toda vez que alguém considerava contrata-lo, os
vizinhos diziam que ele era um colaborador com Israel, porque tinha ajudado judeus.
“Toda a sociedade te boicota [ao ponto de não] dizerem olá. Em um caso, vieram
na minha casa, atiraram na minha direção e jogaram um coquetel Molotov. A Autoridade
Palestina invadiu minha casa e assustou minha família. Se eu voltar, sei que
serei executado”. Ele contou.
Sem meios de
sustentar sua esposa e bebê, ou protegê-los da ira dos vizinhos hostis, o
palestino finalmente recorreu o Conselho Regional de Hebron, para tentar obter
uma permissão de trabalho em Israel.
O presidente
do conselho Yochai Damari disse que “em situações como essas, é nosso dever
como nação judaica demonstrar gratidão às pessoas que se comportam como seres
humanos”. “Especificamente é importante enviar uma mensagem clara que um
comportamento positivo resultará em uma recompensa positiva de nossa parte”.
Este herói
palestino recebeu permissão para residir temporariamente em Israel, mas por
algum erro burocrático, não recebeu autorização de trabalho. Para evitar ser
morto, ele tem acampado numa praia em Tel Aviv e faz biscates para sobreviver.
Sua família continua a sofrer o inferno por ele ter ido ao auxílio da família Mark.
Tudo isto foi
mostrado numa entrevista da televisão israelense há três semanas. Desde então israelenses
de todo o país ofereceram ajuda e doaram dinheiro. Dezenas de milhares de
shekels, bem como roupas e brinquedos, tanto de fontes anônimas quanto de
figuras mais conhecidas, chegaram ao palestino. E em menos de uma semana depois
da reportagem, o problema foi resolvido. O palestino foi reunido à sua esposa e
filho, num apartamento limpo e equipado em Israel, e o processo de residência
permanente está sendo finalizado. Um final feliz para uma trágica estória de um
herói palestino.
Em uma
tentativa hipócrita de fingir inocência, a Autoridade Palestina declarou que o
palestino é bem-vindo para voltar para casa a qualquer momento.
Provavelmente
para dar sumiço nele.
Eu digo isso
porque qualquer ato de humanidade feito em relação a judeus vai contra a
campanha palestina de desumanizar os judeus. Aqueles descendentes de porcos
e macacos. Por isso, Mahmoud Abbas não desiste de pagar prêmios e salários aos
terroristas. Esta é o fundamento de sua manutenção no poder. Há duas semanas,
ele dobrou o salario de Husam al-Qawasme, o planejador do sequestro e
assassinato dos três adolescentes Gilad Shaar, Eyal Yifrach e Naftali Frankel,
que levou à guerra em Gaza em 2014. Sentado na cadeia, este sanguinário ganha mais de
$4.400 reais por mês.
Este é o
mesmo ódio que levou palestinos na semana passada a cuspirem num blogueiro
saudita que visitou Jerusalem. Como bom muçulmano, ele quis ir rezar na
Mesquita de Al-Aqsa, mas só o fato dele ter recebido um visto de Israel para a
visita, foi considerado como traidor por “normalizar” relações com Israel,
merecendo cuspes e até cadeiras jogadas nele.
Os racistas,
sem-moral, sem humanidade, antissemitas palestinos conseguiram angariar o apoio
internacional e até o boicote de Israel por causa do chamado “sofrimento palestino
baixo à ocupação”. A lógica é simples: Israel persegue os palestinos e os
palestinos são as vítimas. Este é o resumo de sua campanha para de eliminar Israel.
A consequência
é que nos últimos 25 anos, desde os acordos de Oslo, na tentativa de trazer a
paz na região, Israel e a comunidade internacional permitiram o florescimento
de uma ditadura corrupta, violenta, terrorista, que não produziu qualquer coisa
de valor para a humanidade, e que subjugou seu próprio povo, roubando deles o
que lhes resta de humanidade. Esta é a
ocupação real. E é aí que deve começar a “libertação palestina” e o “fim da
ocupação”.
“A
ocupação” só vai terminar quando os palestinos e seus líderes aceitarem o
direito de Israel de existir e preferirem enviar seus filhos à escola, em vez
de treiná-los para se tornarem “mártires” suicidas. A construção de casas por judeus
na Judeia e Samaria nada tem a ver com a falência moral e falta de humanidade
propagada pelos palestinos.
A contínua procura
pela condenação de Israel é só uma distração para o mundo não olhar para o fracasso
dos palestinos como povo e francamente, como seres humanos.
Este conflito
só vai terminar quando a Autoridade Palestina e o Hamas derem fim aos programas
de ódio, incitamento e apoio ao terrorismo. Só vai terminar quando os
palestinos decidirem abandonar seu sonho genocida de extermínio do povo judeu -
como prometeram nos Acordos de Oslo.
Só vai terminar
quando eles desenvolverem seus recursos humanos para o bem de todos, em vez de promoverem
uma ideologia antissemita e francamente anti-humana para matar judeus.