Sunday, July 28, 2019

Um Heroi Palestino e a Verdadeira "Ocupação" - 28/07/2019


Em meu comentário do dia 10 de julho de 2016, falei sobre a falência moral da comunidade internacional ao emitir um relatório que equiparou os ataques terroristas palestinos com a construção de casas por judeus na Judeia e Samaria. Ou como gostam de dizer, com a “ocupação”. O relatório foi publicado no mesmo dia do enterro da pequena Hallel, de 13 anos, brutalmente esfaqueada na cama em que dormia em sua casa em Hebron. E no mesmo dia em que o carro da família do rabino Mark foi crivado de balas. O rabino, de 48 anos sangrou até a morte em frente a sua filha de 14 anos que levou um tiro no estômago e de seu filho de 15 anos que também foi ferido enquanto sua mãe inconsciente entrava em estado crítico.

Naquele comentário descrevi a explosão de celebrações dos assassinatos e dos assassinos nos territórios palestinos. O governador de Hebron visitou e prestou homenagem à família do assassino de Hallel e a mídia palestina festejou os ataques tocando musicas comemorativas o dia todo.  

Mas a história não parou aí. Os sobreviventes da família Mark foram inicialmente salvos por um palestino que parou para socorrer as vítimas, achando que tinha sido um acidente de automóvel.

Por sua ação rápida e humana, este palestino de Hebron recebeu profundos agradecimentos da família Mark. Ele, junto com um médico palestino que chegou em seguida, receberam o prêmio de "excelente cidadania e coragem" pelo Centro de Direito Shurat Hadin-Israel durante um grande evento em Jerusalém.

Numa entrevista, este palestino (que precisa se manter anônimo) descreveu a cena: "Eu tentei abrir a porta do carro, mas ela estava emperrada”. “Eu vi duas crianças gritando e me pedindo ajuda. Eu estendi minha mão e por dois minutos, tentei abrir a porta para chegar às crianças que estavam sufocando no carro. Eu acho que se tivessem ficado lá um pouco mais, elas teriam sufocado. Fora do choque que ela sentiu, a menina me agarrou espontaneamente e pulou em cima de mim. Imediatamente coloquei minha mão na cabeça dela e falei com ela em hebraico, claro. Eu disse a ela: "Não tenha medo, não tenha medo, eu vou te ajudar. Não se preocupe. "Eu fiz o que fiz de humanidade. Estas são crianças. Havia crianças lá dentro. Havia pessoas dentro. Eu não hesitei em nada.

Mas o poder em Ramallah sabia exatamente quem era este palestino e prontamente o penalizaram por resgatar os judeus feridos. Como os israelenses o elogiaram - não apenas por ter sido um bom samaritano, mas por mostrar que a ajuda mútua e coexistência são possíveis – ele foi imediatamente demitido de seu emprego na Autoridade Palestina.

O palestino procurou outros empregos, mas toda vez que alguém considerava contrata-lo, os vizinhos diziam que ele era um colaborador com Israel, porque tinha ajudado judeus. “Toda a sociedade te boicota [ao ponto de não] dizerem olá. Em um caso, vieram na minha casa, atiraram na minha direção e jogaram um coquetel Molotov. A Autoridade Palestina invadiu minha casa e assustou minha família. Se eu voltar, sei que serei executado”. Ele contou.

Sem meios de sustentar sua esposa e bebê, ou protegê-los da ira dos vizinhos hostis, o palestino finalmente recorreu o Conselho Regional de Hebron, para tentar obter uma permissão de trabalho em Israel.

O presidente do conselho Yochai Damari disse que “em situações como essas, é nosso dever como nação judaica demonstrar gratidão às pessoas que se comportam como seres humanos”. “Especificamente é importante enviar uma mensagem clara que um comportamento positivo resultará em uma recompensa positiva de nossa parte”.

Este herói palestino recebeu permissão para residir temporariamente em Israel, mas por algum erro burocrático, não recebeu autorização de trabalho. Para evitar ser morto, ele tem acampado numa praia em Tel Aviv e faz biscates para sobreviver. Sua família continua a sofrer o inferno por ele ter ido ao auxílio da família Mark.

Tudo isto foi mostrado numa entrevista da televisão israelense há três semanas. Desde então israelenses de todo o país ofereceram ajuda e doaram dinheiro. Dezenas de milhares de shekels, bem como roupas e brinquedos, tanto de fontes anônimas quanto de figuras mais conhecidas, chegaram ao palestino. E em menos de uma semana depois da reportagem, o problema foi resolvido. O palestino foi reunido à sua esposa e filho, num apartamento limpo e equipado em Israel, e o processo de residência permanente está sendo finalizado. Um final feliz para uma trágica estória de um herói palestino.

Em uma tentativa hipócrita de fingir inocência, a Autoridade Palestina declarou que o palestino é bem-vindo para voltar para casa a qualquer momento.

Provavelmente para dar sumiço nele.

Eu digo isso porque qualquer ato de humanidade feito em relação a judeus vai contra a campanha palestina de desumanizar os judeus. Aqueles descendentes de porcos e macacos. Por isso, Mahmoud Abbas não desiste de pagar prêmios e salários aos terroristas. Esta é o fundamento de sua manutenção no poder. Há duas semanas, ele dobrou o salario de Husam al-Qawasme, o planejador do sequestro e assassinato dos três adolescentes Gilad Shaar, Eyal Yifrach e Naftali Frankel, que levou à guerra em Gaza em 2014. Sentado na cadeia, este sanguinário ganha mais de $4.400 reais por mês.

Este é o mesmo ódio que levou palestinos na semana passada a cuspirem num blogueiro saudita que visitou Jerusalem. Como bom muçulmano, ele quis ir rezar na Mesquita de Al-Aqsa, mas só o fato dele ter recebido um visto de Israel para a visita, foi considerado como traidor por “normalizar” relações com Israel, merecendo cuspes e até cadeiras jogadas nele.

Os racistas, sem-moral, sem humanidade, antissemitas palestinos conseguiram angariar o apoio internacional e até o boicote de Israel por causa do chamado “sofrimento palestino baixo à ocupação”. A lógica é simples: Israel persegue os palestinos e os palestinos são as vítimas. Este é o resumo de sua campanha para de eliminar Israel.

A consequência é que nos últimos 25 anos, desde os acordos de Oslo, na tentativa de trazer a paz na região, Israel e a comunidade internacional permitiram o florescimento de uma ditadura corrupta, violenta, terrorista, que não produziu qualquer coisa de valor para a humanidade, e que subjugou seu próprio povo, roubando deles o que lhes resta de humanidade.  Esta é a ocupação real. E é aí que deve começar a “libertação palestina” e o “fim da ocupação”.

“A ocupação” só vai terminar quando os palestinos e seus líderes aceitarem o direito de Israel de existir e preferirem enviar seus filhos à escola, em vez de treiná-los para se tornarem “mártires” suicidas. A construção de casas por judeus na Judeia e Samaria nada tem a ver com a falência moral e falta de humanidade propagada pelos palestinos.

A contínua procura pela condenação de Israel é só uma distração para o mundo não olhar para o fracasso dos palestinos como povo e francamente, como seres humanos.

Este conflito só vai terminar quando a Autoridade Palestina e o Hamas derem fim aos programas de ódio, incitamento e apoio ao terrorismo. Só vai terminar quando os palestinos decidirem abandonar seu sonho genocida de extermínio do povo judeu - como prometeram nos Acordos de Oslo.

Só vai terminar quando eles desenvolverem seus recursos humanos para o bem de todos, em vez de promoverem uma ideologia antissemita e francamente anti-humana para matar judeus.


Sunday, July 21, 2019

O Racismo ou Patriotismo de Trump e Bolsonaro - 21/07/2019


Esta semana foi muito interessante na história da América. E não foi por causa de algum fenômeno da natureza, apesar da onda de calor ter conseguido suspender o serviço de metrô em NY. Toda a comoção se deu por causa de um twit do presidente Trump.

Na segunda-feira, ele twitou que “nunca seremos um país socialista ou comunista. Se você não está feliz aqui, você pode ir embora! Isto é sobre amar a América. Algumas pessoas odeiam nosso país. Elas são anti-Israel, pró Al-Qaeda, e sobre os ataques de 11 de setembro, dizem: algumas pessoas fizeram algo”. Democratas radicais de esquerda querem fronteiras abertas que significam drogas, crimes, trafego humano e muito mais”. Ele ainda disse, que aqueles que só criticam a América e não têm nada de bom a dizer sobre o país que voltassem de onde vieram, que consertassem seus países de origem e depois voltassem para a América e ensinar os americanos como faze-lo”.

As quatro novatas do Congresso que se auto denominam “a Esquadra”, vestiram a carapuça e convocaram uma coletiva de imprensa para denunciar o suposto racismo de Trump. As quatro vomitaram veneno exigindo o impeachment do presidente que elas disseram é um fora da lei, racista, xenofóbico, e só lixo sai da sua boca. No Congresso, uma resolução contra o “racismo” de Trump, foi aprovada pelos democratas apesar de Trump nunca ter se referido uma única vez a pigmentação da pele, origem étnica, religião ou país de origem de qualquer pessoa.

A hipocrisia dos democratas é tanta que não querem nem ouvir sobre a resolução que se recusaram a aprovar há alguns meses contra uma das quatro, Ilhan Omar, por seus twits frontalmente antissemitas, como “Israel ter hipnotizado o mundo”, que tudo na América é por causa dos Benjamins e mais recentemente, duvidar da lealdade dos Congressistas que apoiam Israel. Ou que o principal candidato democrata à presidência, e que foi vice-presidente de Obama, Joe Biden, trabalhou próximo e discursou no funeral do líder do grupo anti-negro, anti-judeu, anti-estrangeiro, Ku Klux Klan Robert Byrd. Mas hoje o politicamente correto manda chamar de racista qualquer um que discorda das ideias destas congressistas, apesar de duas delas serem brancas.

Na segunda-feira Ilhan Omar e Rashida Tlaib, em vez de trabalharem em prol dos eleitores de seu distrito nos estados de Minnesota e Michigan,  introduziram uma resolução apoiando o movimento BDS, de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel comparando o Estado judeu aos nazistas ou à União Soviética.

Todo o problema é que a imprensa adora estas quatro porque são anti-Trump. Para a mídia é totalmente aceitável o fato de elas denegrirem uma religião, uma etnia, um povo, um país inteiro: os judeus, os israelenses e Israel. Aliás, desde que Ocasio-Cortez foi eleita por Nova Iorque, ataques antissemitas no Estado quase dobraram do ano passado para este ano. E não vamos esquecer que mais de 60% dos ataques racistas em toda a America são contra judeus.

Elas são abertamente antissemitas, mas chamam o presidente de racista por dizer que quem não está feliz com a América, pode ir embora.

O slogan America, ame-a ou deixe-a não é novo. Foi criado em 1970 por um cantor country, Ernest Tubb cansado de ver hippies queimando escolas e pisando na bandeira americana.  Em 1973 o slogan foi adotado no Brasil. Como eram slogans que transmitiam a excepcionalidade da América e do Brasil foram impiedosamente atacados pela esquerda.

A esquerda não quer o sucesso do país. Quer a sua dominação. Não considera os trabalhadores honestos como eleitores inteligentes, mas deploráveis - como disse Hillary Clinton.

Com exceção de Ocasio-Cortez com sua proposta insana e demente do Novo Negocio Verde que quer acabar com as emissões de carbono em 10 anos, incluindo a eliminação das vacas e seus gases, estas congressistas  antissemitas até agora não fizeram nada em prol dos eleitores de seus distritos ou por pessoas de cor, ou muçulmanos, que elas dizem defender.

Vamos ver o que Trump fez até agora em prol das pessoas de cor nos Estados Unidos e no exterior: 1. Ele atacou a Síria para impedir Bashar Assad de usar gás contra a população civil de muçulmanos brancos e de cor, mulheres e crianças; foi este presidente, não Obama. 2. Foi Trump quem ordenou a exterminação do Estado Islâmico que estava degolando, crucificando e escravizando muçulmanos, cristãos e outras pessoas de cor; 3. É este presidente quem mantém tropas no Afeganistão para proteger muçulmanos do Talibã; 4. Na fronteira com o México, este presidente ofereceu dar cidadania a 1.2 milhões de imigrantes ilegais (o dobro do que os democratas queriam), se chegassem a um consenso sobre a reforma da imigração. Os democratas recusaram. Pergunto: é este presidente que é o racista? 5. Hoje a América tem o menor índice de desemprego de sua história especialmente entre negros, latinos e principalmente mulheres. 6. As mulheres estão também ganhando mais, diminuindo a diferença do salários dos homens. 7. A bolsa de valores quebrou tantos recordes que a imprensa nem dá mais a noticia. Não vamos esquecer que contas de aposentadoria e de poupança estão ligadas à bolsa.

Trump foi eleito para isso. Não para promover o politicamente correto. O que está deixando a esquerda e a mídia loucos é que de um jeito ou de outro, Trump está conseguindo cumprir suas promessas de campanha e sua política está dando certo! O país está indo bem. Mais que bem.

Mas você não saberia disto se dependesse da mídia convencional. E isso também vale para o Brasil. Somente pela mídia social ficamos sabendo das conquistas do governo de Bolsonaro. Você não vai ouvir em lugar nenhum que em 100 dias de governo, o presidente do Brasil já cumpriu 1/5 de suas promessas de campanha.

Bolsonaro reduziu as alíquotas de importação e barreiras não tarifárias. Fez entrar em vigor o acordo de livre comércio de automóveis com o México. Fez com que os preços da Petrobrás seguissem os mercados internacionais. Acabou com vários ministérios e cortou mais de 21 mil cargos do Executivo. Bolsonaro também fez o Brasil aderir a vários tratados internacionais melhorando a posição do país entre os países desenvolvidos.

Mas tanto Trump como Bolsonaro são constantemente atacados e vilificados pela mídia com os mesmos insultos de racismo, misoginia e xenofobia um rótulo que eles querem de qualquer jeito grudar para que não sejam reeleitos.

A tragédia toda aqui se reduz à mídia. Ela tem um alto nível de tolerância quando se trata de racismo e antissemitismo vindos da esquerda. Ela tem memória curta quando as decisões que provocaram problemas insolúveis foram tomadas pela esquerda. A mídia prefere culpar aquele que hoje ocupa o cargo e tem dificuldade em resolve-los. 

A boa noticia é que os índices de aprovação das quatro congressistas americanas está no ralo e provavelmente não serão reeleitas em 2020. Enquanto isso, a aprovação de Trump nunca esteve tão alta.

Trump não é um racista ou xenófobo. Assim como Bolsonaro não é misógino ou anti-LGBT. Os dois trabalham incessantemente para melhorar seus países. O que os dois são, se reduz a uma palavra: patriotas. E é esta mensagem que temos que levar à frente.


Sunday, July 14, 2019

Deletando a Bíblia com o Tweeter - 14/07/2019


A ativista muçulmana-palestina de NY, Linda Sarsour provocou uma avalanche de controvérsia na semana passada quando usou o Twitter para declarar que “Jesus era um palestino de Nazaré e é descrito no Corão como um homem de pele cor de cobre com o cabelo crespo.” Depois de várias respostas chamando-a de ignorante, ela piorou a situação dizendo que “Palestino é uma nacionalidade e não religião. Judeus viveram com palestinos em coexistência pacifica antes da criação do Estado de Israel”. Isso provocou outro tsunami de respostas e aí ela soltou esta: “Porque estão todos aborrecidos com a verdade? Jesus nasceu em Belém... Belém fica na Palestina. Está hoje ocupada por Israel e é o lar de uma comunidade predominantemente cristã. Sim, o local de nascimento de Jesus está sob ocupação militar”.

Às vezes a gente não sabe nem por onde começar apesar desta não ser a primeira vez que ouvimos esta burrice que Jesus era palestino. Em 2014 Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina declarou que o Natal comemorava o nascimento de Jesus, um mensageiro palestino de amor, justiça e paz, que tem guiado milhões há mais de 2 mil anos”. Muitos cristãos que visitam a Terra Santa e vão a Belém são bombardeados com declarações como estas proferidas por guias muçulmanos, incluindo que Jesus tenha sido o primeiro mártir palestino. Isto levou a praticamente a remoção de Belém como ponto turístico especialmente entre evangélicos.

Chamar Jesus de palestino é uma aberração. A Terra Santa aonde Jesus nasceu, cresceu e morreu chamava-se Judeia. Palestina foi o nome que o imperador Adriano deu à Judeia 102 anos depois da morte de Jesus, no ano de 135. Adriano queria não só apagar a história e a memória dos judeus na região, mas tentou substitui-la ressuscitando os antigos Filisteus, um povo que havia desaparecido séculos antes e que os romanos sabiam não iriam voltar e disputar a soberania romana. Nunca houve uma “nacionalidade palestina” e aliás, até 1948, nos documentos de identidade do mandato britânico, os judeus eram denominados “palestinos” e os muçulmanos e cristãos eram apenas “árabes”.

Esta aberração pode ser comparada a dizer que Maomé era Saudita. Ele viveu na península árabe mas a família de Saud só deu seu nome à região em 1932. Ou dizer que os czares da Russia eram soviéticos. Ou que os incas tinham nacionalidade peruana. Ou que tal imperador da Babilônia era na verdade um iraquiano.

Sarsour disse que judeus viveram com palestinos em coexistência pacifica antes da criação do Estado de Israel. Mas então judeus eram separados dos palestinos. Então Jesus era judeu ou era palestino? E que coexistência pacífica foi esta antes da criação de Israel? Somente entre 1920 e 1948 houveram mais de 55 ataques contra judeus na “Palestina”, incluindo os massacres de 1929 em Hebron e Tsfat quando 133 judeus foram mortos; o ataque ao comboio do Hospital Hadassah aonde 78 enfermeiras, médicos e pacientes judeus foram assassinados; o massacre de Kfar Etzion aonde 157 agricultores judeus foram mortos, e o bombardeamento da rua Ben Yehuda quando 55 judeus perderam suas vidas, todos  em 1948. É, realmente uma coexistência super pacífica.

Finalmente, Belém não está ocupada por Israel. Ela é governada pela Autoridade Palestina e não é mais o lar de uma comunidade predominantemente cristã. Desde 1995 quando Israel transferiu o controle, milhares de cristãos emigraram por causa da pressão muçulmana e hoje a cidade está completamente islamizada, os locais santos cristãos como a Igreja da Natividade controlados por muçulmanos.

O que Sarsour tentou fazer com seu tweet foi parte de um esforço deliberado para reescrever a história e a substitui-la com uma “narrativa” palestina. Tentar minar os laços dos judeus com a terra de Israel através do tweeter é ótimo. É seguro, não custa nada e se espalha o mundo afora. Mas não deixa de ser a negação da história judaica. É uma tentativa agressiva de substituição teológica, aonde a Bíblia perde credibilidade em favor do Corão e de uma história imaginária de palestinos no lugar de judeus.

De fato, o site Palestinian Media Watch compilou dezenas de declarações, de cartoons, sobre o tema “Jesus como palestino”, incluindo nos sites dos Ministérios da Autoridade Palestina e da Fatah no Facebook e Tweeter.

Mas isso não é apenas sobre a história judaica. Isso também altera o contexto do cristianismo. Se Jesus não é mais um judeu, mas um palestino, e o templo não é mais judeu, mas sempre foi de alguma forma um lugar sagrado muçulmano, mesmo séculos antes do nascimento de Maomé e do Islã, onde isso deixa os Evangélios e a Bíblia?

Como comentei na semana passada, a inauguração da Rota da Peregrinação, uma escadaria antiga para ascensão ao Segundo Templo, causou uma enxurrada de tweets, comentários e acusações. Arqueólogos identificaram a rota como o caminho usado por milhões de judeus nos tempos antigos, cumprindo o mandamento de subir ao Templo para trazer sacrifícios nos festivais da Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Os palestinos imediatamente reagiram, por um lado condenando todos que participaram da inauguração e por outro dizendo que esta rota era um “mito”. Se é um mito, porque enfuriar-se com a inauguração?  

Eu acho que Israel deveria começar qualquer visita oficial na Cidade de David, antes do Museu do Holocausto, Yad Vashem. Isto colocaria em perspectiva o fato de Jerusalém ter sido somente a capital de estados judeus e deixa claro que Israel não começou a partir do Holocausto, como Sarsour e outros pregam. Jerusalém foi o lugar que o rei Davi escolheu como sua capital há milhares de anos. E se precisássemos pedir desculpas a alguém por “judaizar a cidade”, seria só aos Jebuseus, um povo cananita de quem David conquistou a cidade. Talvez na próxima rodada, os palestinos digam que eles são na verdade Jebuseus.

O tweet de Linda Sarsour sobre Jesus ter sido palestino é definitivamente parte de uma tendência. Mas sua razão para acirrar a discussão é que foi surpreendente. Ela finalmente tweetou que: “pessoas reportaram meu tweet ao Tweeter, que Jesus era um palestino. O Twitter obviamente disse que isso não viola seus padrões. Também é verdade. Jesus nasceu em Belém, que fica na Palestina. Vamos em frente."

Bem, aí está. A nova Bíblia para acompanhar a revisada história bíblica é o Twitter. Se o Twitter permite sua publicação então é verdade.

Isso é tão preocupante quanto o tweet original. Alguém como Sarsour pode lançar uma ideia - por mais absurda que seja - e ver como se sai no espaço cibernético. Não há necessidade de checagem de fatos. Não há necessidade de responsabilidade. Quanto mais seguidores tiver, mais real esta ideia se tornará.

Esta não é uma guerra sobre a história, mas uma guerra contra a história - uma batalha politica e estratégica muito bem pensada e concebida. E se houver pressão contra, é só apagar a porção ofensiva, colocar uma desculpa esfarrapada reclamando ser vitima de islamofobia dos que protestam, e tudo bem.

Mas aqui está uma lição para Sarsour e seus seguidores: se você não respeita a história, está fadado a desaparecer da história.

Como o povo judeu provou em dois mil anos de diáspora, de preces e de esperanças, Israel, a Judeia, a Samaria, Jerusalém não são meros Tweets. Eles não podem ser apagados, ou como dizem deletados por mais que os palestinos repitam suas mentiras. Elas junto com seu comportamento miserável, incitação e antissemitismo não podem ser tolerados. E é por isso que não devemos parar de denunciá-los.





Sunday, July 7, 2019

Jerusalem e a Histéria Palestina - 7/7/2019


Em 2004, um cano de esgoto explodiu no meio do bairro de Siluan, no sudeste de Jerusalém. A prefeitura enviou uma equipe para consertar o vazamento, e como é sempre o caso em bairros adjacentes à Cidade Velha, eles foram acompanhados por uma equipe de arqueólogos.

Ao abrirem o local para chegarem ao cano estourado, eles tropeçaram em alguns degraus largos a uma dezena de metros de uma antiga piscina na qual os peregrinos judeus se purificavam antes de ascenderem ao Templo, até sua destruição no ano 70 EC. Os degraus tinham exatamente o mesmo formato da escadaria do lado sul do Templo, hoje bloqueadas pelo Waqf muçulmano.  

A descoberta da piscina de Shiloah ou Siloé levou a outra descoberta monumental - o canal central de drenagem de água que servira à antiga Jerusalém. Este canal é o túnel que os visitantes da Cidade de David - conhecido como Ir David - percorrem hoje, começando no Shiloah e emergindo próximo ao Muro das Lamentações.

Esta antiga escadaria escavada sob o bairro de Siluan e acima do canal de água é o lugar onde os rebeldes judeus fizeram sua resistência final contra os invasores romanos. Esta escadaria foi chamada de “Estrada da Peregrinação”, pois os arqueólogos estão convencidos de que esta foi a via que milhões de judeus tomaram três vezes por ano para subir até o Templo para trazer sacrifícios a Deus durante os três feriados principais do Judaísmo: Pessach, Shavuot e Sucot. Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos.

Flávius Josefus, o historiador do primeiro século, escreveu que 2,7 milhões de pessoas costumavam visitar Jerusalém durante os vários feriados judaicos, trazendo consigo cerca de 256.000 sacrifícios. E quase todos eles teriam entrado na cidade por este caminho. É sobre esta estrada que Hillel e Shammai, duas figuras proeminentes da Mishna, discutiram e provavelmente usaram. De acordo com o apóstolo João, Jesus teria curado o cego na piscina de Siloé. E esta estrada é a que Jesus quase certamente tomou para subir ao Templo, ao lado de muitos dos estudiosos famosos e líderes judeus daquele período.

Subindo por esta estrada, dá para imaginar a multidão de pessoas desfilando por ela há 2.000 anos. Jovens garotos caminhando ao lado de suas mães. Meninas nos ombros de seus pais. Até agora, resquícios de algumas das lojas foram descobertos, mas com imaginação você pode ouvir pessoas trocando couro por pele, sementes por mel, dinheiro por vinho. Milhares de moedas gravadas com as palavras "Sião Livre" foram encontradas no local.

E este foi o grito de guerra na luta contra os romanos. Os judeus fizeram moedas e não pontas de flecha, porque sabiam que não poderiam derrotar Roma, mas cunharam as moedas como uma mensagem para seus descendentes, que eles sabiam um dia voltariam. O povo foi exilado no ano 70, mas seu último suspiro ficou lá, naqueles degraus, e pode ser ouvido ainda hoje naquela escadaria.

Considerando as resoluções anti-Israel provenientes de organizações das Nações Unidas, como a UNESCO, que negam a conexão judaica com Jerusalém, a Estrada da Peregrinação tem muito mais importância para Israel do que a mera abertura de um novo local turístico na Cidade Santa. E os árabes sabem disso.

No domingo passado finalmente a estrada foi inaugurada e passa a ser um local de visita mandatório para judeus e cristãos do mundo inteiro. O enviado especial de Donald Trump, Jason Greenblatt e o embaixador dos EUA, David Friedman, participaram da cerimônia, e isso prontificou uma verborreia histérica e venenosa da Autoridade Palestina e seus representantes.

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina emitiu um comunicado dizendo: “Esta é uma nova imagem da agressão americana. A presença dos Estados Unidos na celebração das atividades de judaização na Jerusalém Oriental ocupada são um ato de hostilidade contra os palestinos”.

O negociador palestino Saeb Erekat, disse que a presença da América na inauguração promovia os interesses “coloniais racistas” e acusou o embaixador americano de ser um “colono israelense extremista”. Erekat ainda disse que o túnel era um projeto falso e nada tinha a ver com o judaísmo.

O Hamas é claro, condenou a administração americana por sua “política de agressão” contra o povo palestino. Abu Rudeineh, porta-voz de Abbas disse que os Estados Unidos estavam ajudando Israel a abrir túneis baseados em “mitos”.

Greenblatt respondeu no Twitter, chamando as alegações de “ridículas” e dizendo: “Não podemos 'judaizar' o que a história e a arqueologia provam. A paz só pode ser construída sobre a verdade.

Friedman por seu lado disse que “a cidade de David traz a verdade e a ciência para um debate que tem sido marcado por muitos mitos e enganos. Suas descobertas, na maioria dos casos por arqueólogos seculares, põem fim aos esforços infundados para negar o fato histórico da antiga conexão de Jerusalém com o povo judeu”. “A Estrada da Peregrinação é uma evidência impressionante e tangível da presença judaica em Jerusalem durante a época do Segundo Templo.

Tentar apagar as histórias da Bíblia e os milhares de anos da história judaica, em torno de Jerusalém, o alvo das orações e anseios dos judeus, nada faz para acrescentar credibilidade à causa palestina. Assim como o judaísmo (e o cristianismo) precederam o nascimento do islamismo, também as ligações judaicas a Jerusalém.

Não adianta os árabes empurrarem a narrativa palestina para apagar evidências de laços judeus (ou cristãos) com Jerusalém, referindo-se, por exemplo, ao Monte do Templo exclusivamente em termos árabes / muçulmanos como “Mesquita Al-Aqsa / Al-Haram Al-Sharif." A cada centímetro escavado encontra-se escritos hebraicos. O mesmo hebraico que qualquer criança de 6 anos em Israel consegue ler. E não há semana que provas da veracidade da Bíblia judaica não são encontradas especialmente ao redor do Templo.

O que dói aos palestinos não é a presença de oficiais americanos na inauguração de um sítio arqueológico. Eles pouco se importam com a arqueologia. Tanto que em 2000 não tiveram qualquer problema em destruir toneladas de ruinas do Templo para ampliar uma mesquita nos Estábulos de Salomão e jogar o entulho no Vale do Kidron prontificando um dos maiores resgates arqueológicos da história que continua até hoje. O que dói neles é a verdade vir a tona e ser testemunhada por centenas de árabes que trabalham nestas escavações.

Eles culpam Israel pela judaização de Jerusalem, enquanto tentam encobrir a arabização da cidade que ocorreu nos 19 anos de ocupação jordaniana de 1948 a 1967. Desde o final do século XIX até 1948 Jerusalem tinha uma maioria judaica esmagadora. Todo o leste de Jerusalem, fora da cidade velha eram bairros judaicos. O próprio Siluan, onde se encontra a Estrada da Peregrinação, era um terreno vazio com algumas dezenas de casas pertencentes à comunidade judaica iemenita. Estes iemenitas foram evacuados com a ofensiva jordaniana, mas suas casas, muitas com as mezuzot intactas, ainda estão de pé, tomadas por muçulmanos que se instalaram no bairro, instigados pela Jordânia.

Quem é o colono então? Quem tentou e continua tentando arabizar uma cidade inteira que remonta sua história há mais de 5 mil anos, quando nem foram árabes que colonizaram a região, mas os turcos muçulmanos durante 432 anos até a Independência de Israel?

A presença de Friedman e Greenblatt na cerimônia foi significativa pela mensagem que transmitiu. Que os Estados Unidos reconhecem a verdade histórica. Quando perguntado sobre a possibilidade de Israel ter que desistir de Ir David ou Siluan em um futuro acordo de paz, Friedman disse que “a Cidade de David é um componente essencial da herança nacional do Estado de Israel. Seria semelhante a América devolver para a França a Estátua da Liberdade”.

Uma visita a Ir David é algo inesquecível. Uma coisa é ler a Bíblia e imaginar os lugares. Outra é colocar os pés naquelas pedras milenares e reconhecer os locais das narrativas com seus próprios olhos e senti-las com seu próprio coração.

Arafat tentou dizer, nas falhas negociações de Camp David, que nunca havia havido um Templo em Jerusalém e que o glorioso Muro das Lamentações tinha sido uma criação muçulmana. Arafat já se foi há muito tempo, mas seu fantasma, Mahmoud Abbas continua a repetir suas mentiras, que o Holocausto não existiu e que não há ligações históricas entre os judeus e Jerusalem. A verdade é que há só duas razões  para os palestinos não terem seu estado até hoje: Arafat e Abbas. O resto é só postulação.