Sunday, September 29, 2019

A Corrupção de Biden e as Próximas Eleições nos EUA - 29/09/2019


A síndrome Trump que infectou o partido democrata desde a eleição de 2016 parece não querer abater. Os membros mais jovens e radicais do partido conseguiram que seu ódio, febre irracional e ignorância contaminasse o resto do partido levando seus membros mais seniores a começar um processo de impeachment contra Donald Trump.
Mas no fundo, esta decisão tem mais a ver com a próxima eleição do que com qualquer transgressão Trump teria alegadamente cometido.

Está claro que nenhum dos mais de 20 candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos tem qualquer condição de ganhar de Trump nas urnas. Os que estão na liderança das pesquisas de opinião, Joe Biden, Bernie Sanders e Elizabeth Warren parecem três velhos decrépitos que não conseguem nem um terço do eleitorado. Eles repetem as promessas mentirosas dos socialistas-comunistas dos anos 50 como saúde gratuita, universidade gratuita e outros benefícios sem explicar como irão pagar por tudo isto. E também sem explicar porque querem mudar a politica de Trump que está trazendo tanta prosperidade para a classe média americana.

Talvez a liderança democrata acredite que um processo de impeachment, a um ano da próxima eleição seja uma boa maneira de arrecadar dinheiro e manter a base energizada para não perderem tão feio.

Mas o efeito desta tentativa de impeachment, sem querer é que os democratas estão garantindo a reeleição do presidente Trump.

Já vimos esta novela. A investigação da interferência russa nas eleições que durou dois anos deveria terminar em impeachment. Isso não aconteceu. Depois, as alegações feitas no livro de Michael Wolff "Fire and Fury" sobre os bastidores da Casa Branca nos primeiros nove meses de governo, deveriam terminar com a presidência de Trump. Isto também não aconteceu. Nem as histórias obscenas da atriz pornô Stormy Daniels, nem o testemunho do ex-advogado de Trump, Michael Cohen conseguiram remover Trump. Nem qualquer outra das absurdas alegações, calúnias e estórias que surgem imediatamente quando a anterior dá errado. E ainda, os índices de aprovação desta presidência vem aumentando mais ou menos de modo constante desde que ele assumiu o cargo.

A esquerda americana agora está apostando que a conversa inócua entre Trump e Volodymyr Zelensky o recém-eleito presidente da Ucrânia, levará ao impeachment. Mas ainda desta vez não será diferente. E democratas calejados de quase 80 anos de idade como Nancy Pelosi sabem disso.

Nancy foi pressionada a buscar o impeachment por seus colegas mais jovens, radicais e frustrados como Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Ayaan Presley e Rashida Tlaib, junto com outros ativistas do Congresso e muitos dos candidatos à presidência do partido. Mas a frustração e a raiva levam a más decisões. Decisões que provavelmente custarão muito aos democratas.

Por estar liderando entre os democratas, Joe Biden assume o maior risco político. Além das gafes, das confusões e de tocar mulheres inapropriadamente, o ex-vice-presidente está lidando com alegações de ter pressionado o governo da Ucrânia a demitir um promotor que estava investigando a companhia que havia engajado seu filho Hunter, usando a ajuda americana àquele país.

Em uma entrevista em 2014, Biden se gabou de ter forçado a demissão do promotor usando a liberação de um bilhão de dólares de ajuda econômica à Ucrânia. O que é importante é que Hunter Biden, que nunca teve qualquer experiência em energia, estava recebendo $50 mil por mês ($200mil reais) para fazer parte da diretoria da empresa Burisma, produtora de gás natural. Se o seu nome fosse Hunter da Silva duvido que pudesse ganhar uma bolada destas para fazer nada. 
  
Claro que o governo de Obama logo foi dizendo que o promotor era corrupto, etc., e esperavam que tudo isso morresse alí. Mas o governo na Ucrânia mudou. Um comediante judeu ganhou a presidência e prometeu acabar com a corrupção. Trump ligou para ele como é de costume para congratula-lo e entre os vários tópicos de cooperação, Trump mencionou que gostaria de saber o que aconteceu com a demissão do promotor e o que isto teria a ver com Biden.  

Esta ligação ocorreu em 25 de julho último. Algumas semanas depois, um denunciante anônimo protocolou uma ação dizendo que Trump pressionou o novo presidente da Ucrânia a investigar o filho de Biden. A única coisa que Trump diz é: “Há muita conversa sobre o filho de Biden, que Biden interrompeu a acusação e muitas pessoas querem saber sobre isso, então o que puder com o procurador-geral seria ótimo. Biden se gabou de ter bloqueado a promotoria, então se você puder investigar ... Parece horrível para mim.

Nisto e apenas nisto, os democratas veem uma ofensa impensável. Muitas outras pessoas veem um chefe de estado pedindo a outro um esclarecimento sobre o envolvimento de um ex-vice-presidente e seu filho, nos assuntos internos de outro país. Além disso, Hunter foi para a China com seu pai, no avião presidencial, aonde conseguiu contratos bilionários do governo chinês. Outra vez, se seu nome fosse da Silva duvido que ele conseguisse fechar mais estes contratos.

Os democratas querem uma investigação, querem audiências e as conseguirão. Mas não podem evitar que os Bidens sejam investigados no processo.

Talvez os democratas tenham desistido de Biden e não tenham qualquer problema em joga-lo pra baixo do ônibus. Mas impeachment é uma questão de extrema importância nacional, e seu sucesso requer amplo apoio público. O voto na Câmara para abrir um processo de impeachment contra Richard Nixon foi de 410-4; contra Bill Clinton foi de 258-176. Mesmo com todos os democratas votando pelo impeachment, o que é duvidável, não chegaríamos a este numero hoje. E depois, o impeachment precisa ser aprovado pelo Senado. Certamente Pelosi sabe que não há 67 votos no Senado para condenar o Presidente Trump de qualquer coisa relacionada a sua ligação telefônica com o Presidente Zelensky.

Tudo isso então, como é de praxe com a esquerda, se resume a um teatro político. Não haverá impeachment e Trump não irá resignar. Mas haverá uma eleição. E, ao não largar esta obsessão que eles têm com Trump, os democratas estão perdendo a oportunidade de falar sobre salários, empregos, ou qualquer outra coisa que motive os eleitores normais. Após dois anos e meio de investigação sobre Rússia, Rússia e Rússia, ninguém quer passar os próximos 13 meses ouvindo sobre a Ucrânia, Ucrânia e Ucrânia.

Tudo isso é um sinal de desespero dos democratas e da esquerda. Um reconhecimento de que não há candidato deles capaz de derrotar Trump em questões como a China, salários e imigração. Eles resolveram que se não podem derrota-lo nas urnas, vão tentar derrota-lo no berro. Como o berro daquela garota Greta na ONU que mais parecia uma coitada.  O americano trabalhador não quer isso.

Esta tática não parece que irá ganhar para mim.

Sunday, September 22, 2019

Israel e os Ataques do Irã à Arabia Saudita - 22/10/2019


A notícia que dominou esta semana foi o ataque contra a maior instalação de processamento de petróleo do mundo localizado na Arábia Saudita. O ataque enviou ondas de choque através dos mercados mundiais de petróleo e deixou os Estados Unidos e seus aliados coçando a cabeça sobre como lidar com a ameaça crescente do Irã.

Imediatamente após o ataque, os rebeldes Houthis do Iêmen reclamaram sua autoria que incluiu o uso de drones sofisticados e mísseis de cruzeiro. Todos fabricados no Irã. Os Houthis são como a Hezbollah, um braço armado do Irã.

Esta é a crise que o Irã estava esperando com seus lideres twitando sobre o "ataque sem precedentes" e culpando a Arábia Saudita por se inserir na guerra civil do Iêmen. Em outras palavras, o Irã disse que o ataque contra a instalação saudita foi merecido.

O Secretário de Estado americano Mike Pompeo, no entanto, afirmou categoricamente que o Irã estava por trás do ataque, e funcionários da União Europeia mostraram imagens de satélite e mostraram as armas de precisão guiadas do Irã.

Esta é uma ameaça que vem crescendo há anos. Nesta semana, o Congresso recebeu um relatório sobre o programa de mísseis balísticos e drones do Irã. Israel, no início de setembro, também advertiu sobre ameaças semelhantes como a transferência de mísseis de precisão guiados para a Hezbollah no Líbano. 

Pois é, o Irã vem se vangloriando de seu programa de drones, mísseis de cruzeiro, e munições de precisão desde o maciço treinamento militar que conduziu em Março. Mas também é só isso. Em ameaças eles são os mestres. O resto é só covardia. O Irã não quer agir diretamente e se meter numa guerra. Também não pode arriscar a ser bombardeado, que deixaria os aiatolás vulneráveis a uma revolta interna. Afinal com o retorno das sanções a economia iraniana está à beira do colapso e sua infraestrutura está se deteriorando rapidamente. Então eles agem através de terceiros transferindo armas para seus agentes no Iêmen e no Líbano e comandando suas ações.


Após os Estados Unidos terem se retirado do acordo com o Irã em maio do ano passado, Teerã ameaçou recomeçar a o enriquecimento de urânio se os europeus e outros países não arrumassem um jeito para contornarem as sanções de Washington. Mas em maio deste ano, Teerã mudou de tática. Enquanto as sanções mordiam, seu presidente Rouhani sugeriu que se o Irã não pudesse exportar petróleo, os outros países também não poderiam.

Washington acusou o Irã de estar por trás da sabotagem de seis navios em maio e junho, bem como da derrubada de um drone americano em junho. Mísseis caíram perto das bases dos EUA no Iraque. Pompeo diz que o Irã está por trás de pelo menos 100 ataques originados no Iêmen.

Tudo isso foi apenas petisco para o ataque de longo alcance mais maciço que veio na semana passada. Nas primeiras horas do dia 14 de setembro incêndios e explosões em Abqaiq foram ouvidos. Imagens de satélite revelaram danos a quase 20 edifícios, incluindo tanques de armazenamento de gás natural liquefeito. Mas o dano não foi caótico, como teria sido se alguém jogasse explosivos e esperasse que atingisse sua marca. Pelo contrário, foram muito precisos; uma imagem mostra quatro tanques de armazenamento atingidos no mesmo local.

O problema é que quando olhamos para o mapa, Abqaiq fica do meio para cima da Arábia Saudita, perto de Bahrain não muito longe da base naval dos EUA naquele país e da base Al-Udeid no Catar, bem como das bases dos EUA nos Emirados Árabes e no Kuwait.

Se formos ver, o Iêmen está há mais de 1.500km de distancia das instalações de Albqaia e todos os sistemas de defesa sauditas estão voltados para sua fronteira sul. Então, se acreditarmos na inteligência dos EUA, este foi o primeiro grande ataque do Irã, ao seu inimigo.

A suspeita é que Teerã tenha enviado seus mísseis numa rota tortuosa através do espaço aéreo iraquiano, o que lhe permitiu escapar com sucesso dos sofisticados radares sauditas.

O ataque foi tão preciso que escapou os sistemas de defesa aérea no leste da Arábia Saudita.

Mas quer o ataque tenha se originado diretamente do Irã ou dos houthis apoiados pelos aiatolás, os dois cenários mostram quão extremamente proficiente o Irã e seus aliados se tornaram com drones e mísseis. Este é um programa de armas indígenas que ultrapassa os vizinhos mais próximos do Irã, com exceção de Israel. É uma ameaça que exige a ajuda os EUA para enfrentar.

A questão maior para o governo Trump não é apenas a defesa de aliados, mas também a questão de saber se deseja tentar impedir o Irã. Apesar dos avisos desde maio de que as ações iranianas sofreriam retaliação, Washington tem sido reticente em retaliar militarmente, preferindo uma campanha de "pressão máxima". É difícil ignorar os pronunciamentos do regime iraniano em 10 de setembro de que a saída do conselheiro de Segurança Nacional John Bolton mostrou que os EUA fracassaram em sua campanha de pressão. Também é difícil acreditar que o sofisticado ataque de Abqaiq foi planejado em apenas quatro dias.

Teerã sabia que um ataque sem precedentes contra as principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita por tantos drones levantaria dúvidas sobre as alegações de que os pobres e isolados rebeldes houthis estavam por trás disso.

Apesar de negar sua autoria, o ataque envia uma mensagem clara ao mundo: isso pode piorar; encerre as sanções e não arrisque o suprimento mundial de petróleo. E se for atacado, mesmo como retaliação, o Irã deixou claro que a primeira a sofrer será Israel. Por isso que Bibi está atacando os iranianos na Síria, no Líbano e no Iraque.

O Irã está apostando que a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo não vão arriscar um conflito, e resolveram desafiar Trump. No dia 14 de setembro os aiatolás aumentaram sua aposta, colocando na mesa seus drones sofisticados e guiados por precisão e seus misseis de cruzeiro que podem alcançar todos os países da região, especialmente Israel. 


Sunday, September 15, 2019

As Lições não Aprendidas do 11 de Setembro - 15/9/2019


No dia 11 de setembro de 2001 acordei mais cedo que de costume. Eu tinha que passar no banco aonde era a chefe do jurídico para resolver um monte de pendencias e depois passar no meu escritório de advocacia para reuniões antes de voltar para casa para pegar minha mala e ir para o aeroporto. Estava com passagem marcada para o Brasil para assistir ao casamento da minha irmã dois dias depois.

Lembro que era uma daquelas manhãs de outono, sem uma nuvem no céu, o ar frio e seco. Quando atravessei a quinta avenida na altura da rua 45, no meio da ilha de Manhattan pensei: nossa, o ar está tão claro que dá para ver as torres gêmeas daqui!

Às 8:50, no meio de uma reunião, alguém entrou na sala e disse que um avião havia batido em uma das torres. Fomos então para a sala da corretora que tinha vários televisores pendurados. Eu fiquei surpresa porque o piloto deveria ser cego para não ver as torres de 110 andares cada uma, num dia tão claro. E a mídia dizia ter sido um acidente. Doze minutos depois a dúvida desapareceu quando assistimos ao vivo, o outro avião bater na torre sul.

O resto do dia foi surreal. O ataque ao Pentágono, e outro que deveria atingir o Congresso. O colapso das duas torres e outros 13 edifícios adjacentes que caíram ou pegaram fogo. A ilha de Nova Iorque foi fechada. Quem estava dentro não podia sair e quem estava fora não podia entrar. Ficamos sem comunicação durante horas, mas isso não importou porque o silêncio que desceu sobre todos e na cidade foi algo inesquecível. Os carros e ônibus parados. As pessoas mudas assistindo em tempo real o massacre de mais de 3 mil inocentes.

E a cada lembrança, a cada aniversário, o tremor, a angústia e a sensação de vulnerabilidade voltam.

Para mim, o que ficou mais gravado na memória não foram os ataques em si porque parecia um filme, algo irreal. Mas os dias subsequentes. O cheiro de queimado, de carne queimada e molhada que penetrou nas roupas, no cabelo. E as pessoas nas ruas. Pais, mães, irmãos, esposos, filhos, amigos, com os rostos molhados de lágrimas, fotos nas mãos implorando a cada um, no metrô, nos ônibus, nas esquinas, se não havíamos visto seus entes queridos que provavelmente já estavam mortos. E os funerais. Centenas de policiais e bombeiros velados na Catedral de St. Patrick e seus cortejos que durante meses bloquearam as ruas por horas sem fim. Fielmente, a cada ano desde 2002 repetimos os nomes dos mortos e juramos não esquecer.

Sim, até hoje eu tremo quando me lembro. Mas 18 anos depois tremo mais pelas lições que não aprendemos com aquele dia fatídico. Com o esforço sobre-humano para não apontar o dedo para os perpetradores deste crime ou para a nauseante ideologia islâmica que os motivou.

A mídia e os políticos falam de um “ataque contra nossa liberdade” e Osama Bin Laden está morto – assim como seu filho Hamza morto neste final de semana. Mas as ideias imorais deles vivem e se recusam a desaparecer.

Foram elas que levaram homens com mentes torcidas a cometerem massacres em hotéis na Índia, em boates em Bali e em Paris, em shows em Londres, nos metrôs de Madri, Londres, Mumbai e Moscou, em escolas em Beslan, Toulouse e Peshawar, numa ponte em Londres, em prédios do governo no Canadá, na maratona de Boston, em missões diplomáticas em Nairóbi, Dar-es-Salam e Bengazi, numa missa de Páscoa no Sri Lanka e contra igrejas coptas no Egito, contra pedestres em Estocolmo e Nice. Enfim, em todas as áreas da vida de qualquer um em qualquer lugar. E isto sem falar dos milhares de ataques contra israelenses e judeus em Israel, na América e na Europa. Eles usaram armas, facas, carros e bombas para causarem o máximo de perda de vidas e terror.

18 anos depois e continuamos a varrer esta ideologia e tudo o que ela causa para baixo do tapete. Não há nada pior do que minimizar ou denegrir o sofrimento de alguém que sofreu uma perda sem sentido desta. No começo deste ano, a congressista Ilhan Omar descreveu os ataques de 11 de setembro como “alguma coisa que algumas pessoas fizeram” e por causa disto os direitos dela como muçulmana foram afetados. Apesar das críticas ela foi apoiada pela esquerda festiva e ignorante do partido democrata. E ficou por isto mesmo. Mas neste 11 de setembro, não um politico ou celebridade, mas o filho de uma vitima decidiu não ficar quieto.

Nicolas Haros Jr. foi convidado para o memorial para ler o nome de algumas vítimas e o de sua mãe.  Ele foi vestido com uma camiseta que dizia “algumas pessoas fizeram algo”. E ele disse: “Estou aqui hoje para explicar exatamente quem fez o quê contra quem”. “Neste dia, 19 terroristas islâmicos, membros da Al-Qaeda, mataram mais de 3 mil pessoas e causaram bilhões de dólares em danos. Está claro?” E contra quem? Eu fui atacado. Meus familiares e amigos foram atacados e os princípios judeu-cristãos nos quais esta nação foi fundada, foram atacados. Isto é o que algumas pessoas fizeram”. “Entendeu agora?” É isso que estamos fazendo aqui hoje. Mostre algum respeito pelos mortos, por favor”.

A mídia convencional de esquerda reportou o fato acusando Nicolas de usar o momento solene para fazer uma demonstração política, usando as palavras que republicanos usam contra Ilhan Omar que é muçulmana e negra – como se isto fosse relevante. Este é o resultado do esforço da administração Obama de esterilizar o nosso vocabulário impedindo que possamos efetivamente nos defender daqueles que querem nos matar. Querem nos forçar a abraçar e cantar o Kum Ba Ya com os assassinos para provarmos que não temos fobias, que não somos racistas e para isso, minimizam, denigrem e fazem a monumental tragédia deste evento parecer algo como um desastre natural, um mero infortúnio. E ao que parece esta cretinice não se restringe somente aos Estados Unidos.

Meu amigo Everton (como sempre posso contar com ele), me enviou o clip do noticiário da Globo News no qual a apresentadora Leila Sterenberg decidiu fazer uma piada dos ataques dizendo que já tinham 18 anos e portanto poderiam tirar título de eleitor e votar. Será mesmo que ela achou que este comentário era inteligente? ou achou que era engraçado? ou fez de propósito para confirmar o mito da loura burra? A Globo teve a sabedoria de retirar esta porção do vídeo online. Mas alguém precisaria lembrar a ela, que não se incomodou de pesquisar, que mais de 3 mil pessoas morreram naquele dia ou como consequência dele.

Mais uma prova que a cretinice desta mídia de esquerda não conhece limites.


Sunday, September 8, 2019

Os Drones e o Irã - 8/9/2019

Em 1968, um major da Inteligência Militar do Exercito de Israel, Shabtai Brill, e o coronel Avraham Arnan tentavam entender as imagens de uma foto vinda do Egito, que um espião israelense havia enviado. A foto mostrava algo que vagamente parecia uma ponte. E era. Os egípcios tinham movido uma ponte militar a menos de uma milha do Canal de Suez, a passagem marítima que conectava o mundo do comércio, mas separava o Egito do Sinai, o território que perdeu durante a Guerra dos Seis Dias. A ponte poderia ser usada para enviar tanques e soldados através do Canal e invadir Israel.

Mas antes de enviar o espião ao Egito, Israel tentou outros meios para conseguir inteligência sobre o que o inimigo estava fazendo ao redor do canal de Suez. Uma foi a construção de uma plataforma acoplada em cima dos tanques aonde soldados de pé poderiam observar o que estava acontecendo do outro lado da fronteira. Esta ideia funcionou até que estes soldados se tornaram alvos dos atiradores de elite egípcios.

Depois Israel enviou aviões de reconhecimento para sobrevoar a fronteira, mas para evitar as baterias antiaéreas, tinham que voar muito alto, inutilizando as imagens. Isto só deixou a alternativa de enviar espiões. Brill no entanto não pôde deixar de pensar que tinha que ter outro jeito.

Aí ele se lembrou de um filme que ele havia visto sobre um menino americano que havia recebido um aviãozinho de brinquedo que ele pilotava com um controle remoto. Depois de apresentar a ideia para a força aérea e ser rejeitado, ele convenceu seu chefe a comprar alguns destes aviõezinhos, acopla-los com as câmeras e faze-los voar sobre o canal de Suez.

O primeiro voo aconteceu em Julho de 1969, há exatamente 50 anos na fronteira egípcia. Quando o aviãozinho voltou, Brill e Aman ficaram chocados com a qualidade das fotos e as informações precisas sobre os movimentos egípcios. Assim nascia o drone, da imaginação de um israelense, e que nos leva ao que se passa hoje, ao uso do drone na guerra.

Na sexta-feira, o Hamas lançou um drone carregado de explosivos que deixou cair sobre um veículo do exercito de Israel. Israel respondeu atacando a célula que havia lançado o ataque e outras posições do Hamas.

O que no começo foi usado somente para vigilância e para coletar informações hoje se tornou uma arma que tem até seu próprio nome: drone warfare ou guerra dos drones. E tem sido usado especialmente pelos inimigos de Israel.

Em 2004 a Hezbollah mandou um drone feito no Irã, que voou por 5 minutos dentro do espaço aéreo israelense antes de cair no oceano. Em 2005, outro drone iraniano conduziu o reconhecimento de cidades da Galileia. Em 2006, durante a guerra do Líbano, a Hezbollah colocou explosivos num drone que jogou contra um navio militar israelense causando um incêndio enorme.  De lá para cá o Irã tem desenvolvido drones mais avançados que têm não só uma configuração para vigilância, para filmar e enviar informações, mas também para descarregar explosivos quando bater no alvo.

E isso nos leva ao impasse entre os Estados Unidos e o Irã. Ontem, o Irã anunciou que estava usando um sem-número de centrifugas avançadas proibidas pelo acordo nuclear de 2015 e que pode enriquecer urânio muito mais além dos níveis atuais de material para uso de armas. O Irã também avisou que a Europa tem muito pouco tempo para lhe oferecer alivio econômico e levantar as sanções impostas ao país.

O que está acontecendo é uma extorsão pura e simples e do mais baixo nível: os mulás estão dizendo ao ocidente: ou vocês me dão dinheiro ou vou produzir uma bomba nuclear. A situação econômica no Irã está desesperadora, sem inclusive água potável em grandes cidades. Mas se fosse só este toma lá dá cá, estava fácil.

O problema é que as sanções foram impostas ao Irã não só por sua ameaça nuclear, mas por causa das inúmeras guerras e ataques que o Irã patrocina ao redor do mundo, mas especialmente no Oriente Médio. Em vez destes terroristas de camisola - que querem provocar o fim do mundo, usarem seus recursos para melhorar sua economia e o bem estar do povo, eles usam todo o dinheiro para desenvolver drones, mísseis balísticos e seu programa nuclear. E um país com uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo, precisa de energia nuclear para quê se não for para uma bomba? 

Além disso, pagam para promover ataques no Afeganistão, no Iraque, na Síria, no Líbano com a Hezbollah, no Iêmen com os Houtis, em Gaza com o Hamas, e tem fomentado instabilidade na Arábia Saudita, no Bahrain, nos Emirados Árabes, e até na região do Caxemira na Índia. O Irã também esteve atrás dos ataques no Amia e da embaixada israelense na Argentina, do ataque a um ônibus de turistas israelenses na Bulgária e em várias tentativas desbaratadas por Israel na França e Dinamarca no ano passado.

Mas isto os iranianos negam. Não querem nem discutir.

Neste ano, a inteligência israelense também revelou estoques de mísseis balísticos iranianos no Iraque, prontos para atingir alvos americanos. Isto fez com que Trump enviasse navios de guerra e caças para o Golfo Pérsico o que deixou os aiatolás fumegando.  

E isso nos leva ao problema real que o governo Trump enfrenta agora. Embora uma guerra em larga escala com o Irã não pareça provável em um futuro próximo, conflitos de baixa intensidade contra o Ocidente e seus aliados já estão sendo travados por procuradores do Irã em todo o mundo.

As milícias xiitas e organizações terroristas apoiadas pelo Irã têm cometido atrocidades muito além do Oriente Médio sem qualquer punição para o Irã. Israel está na linha de frente desse incessante ataque de guerrilha, vindos do Hamas em Gaza, a Hezbollah no Líbano e dos membros da Guarda Revolucionária Islâmica na Síria.  

Em tal guerra assimétrica, a vitória definitiva é ilusória, se não impossível. E é aqui que reside a vantagem real do Irã sobre os Estados Unidos.

Em um artigo publicado na sexta-feira no diário libanês pró-Hezbollah, Al-Akhbaron - traduzido pelo Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio - o editor Ibrahim Al-Amin descreveu os tentáculos globais de Teerã comparando o regime islâmico com o regime comunista de Stalin na União Soviética: Ele disse que “o Irã não apenas “possui um arsenal que ameaça as extremidades da Europa Ocidental, mas também pode destruir todos os centros de influência do Oriente Médio”, e “tem aliados que se juntarão a ele na guerra: um verdadeiro exército no Afeganistão; uma força influente na Síria, inúmeras milícias no Iraque; a Hezbollah, um partido com poderes estatais; e vastas capacidades no Iêmen, bem como aliados na Palestina e em outras partes do mundo árabe que sentirão a necessidade de vir em sua ajuda."

A boa notícia é que a União Soviética acabou sendo derrotada pelos Estados Unidos sem guerra. A má notícia é que isso levou quase 40 anos após a morte de Stalin. Com o rápido desenvolvimento da tecnologia não podemos esperar este tempo todo. Temos que fazer tudo para derrubar este regime maligno dos aiatolás o mais rápido possível. Nossas vidas dependem disso.

Sunday, September 1, 2019

O Verdadeiro Insulto de Macron - 1/9/2019


Desde as eleições em novembro último não tivemos tanto noticiário sobre o Brasil no exterior como nesta semana. Mas de lá para cá o tom agressivo contra nosso país e o nosso presidente se tornou ainda mais ácido. Tudo por causa das queimadas na Amazônia.

Na mídia social não foi diferente. Postagens afirmando o fim da humanidade, o dano irreparável ao meio ambiente, a extinção irreversível de espécies de animais e vegetais e é claro, o slogan: nossos pulmões estão queimando, ajudaram a dar o spin que - sem nenhuma sutileza - revelou a verdadeira agenda destes Nostradamus de meia pataca: perseguir e minar um governo de direita que a esquerda não admite.

Mas quem provocou esta situação não foi o agricultor que aproveitou a estação seca para limpar o terreno para o plantio.  Foi o ridículo presidente da França Emmanuel Macron.

Vamos começar dando um pano de fundo para ele. Macron foi eleito presidente em 2017 não por causa de suas ideias ou um passado político impressionante. Ele só entrou na política em 2012 quando foi nomeado conselheiro do presidente François Hollande. Ele ganhou a eleição por que os franceses - que são de esquerda e extrema esquerda - de repente se viram frente a uma possível vitória da candidata de direita Marine Le Pen. Não foi um voto para ele, mas contra Le Pen. Desde então, a aprovação de Macron caiu abismalmente a míseros 23%.

Com a controvérsia gerada com o Brasil, sua aprovação subiu para 34% nesta semana. Coincidência? Acho que não.

Amigos, desde que me conheço como gente, e isso já faz tempo, o Brasil sempre foi inserido no terceiro mundo - no chamado grupo de países “em desenvolvimento” por acadêmicos do chamado “primeiro mundo”. E não importa quantos megaprojetos de infraestrutura construíssemos, ou quantos problemas resolvêssemos com garra e criatividade como o programa do álcool, isto não mudava. Do meu segundo ano primário ao terceiro colegial, sempre foi a mesma ladainha.

Não é a primeira vez que um presidente francês tenta usar o Brasil para seus próprios propósitos. Em 1964, o general De Gaulle em visita ao país disse que o “Brasil não era um país sério”. Mais tarde ele foi ainda mais ofensivo dizendo que no Brasil as frutas não tinham gosto, as flores não tinham cheiro, as mulheres não tinham pudor e os homens não tinham honra. Em francês todas estas palavras rimam.

Macron, que não consegue resolver seus problemas internos, nem as manifestações dos jalecos amarelos, da imigração descontrolada, da fuga das empresas, da alta dos impostos na França, resolveu colocar seu nariz no Brasil porque como toda esquerda festiva, é sexy levantar a bandeira do aquecimento global, da defesa do meio ambiente, porque o faz parecer o paladino do clima, salvador do mundo.

O que ele e a imprensa cúmplice não conta é que apesar de haver muitas queimadas na Amazônia, este ano não está nem perto do record alcançado em anos passados.

De acordo com o jornal O Globo, que convenhamos não é pró-Bolsonaro, noticiou que um pouco mais de 39 mil focos de queimadas foram registrados desde 1º de janeiro até hoje.
Agora, o pico das queimadas foi em 2004 e 2005, com mais de 75 mil focos por ano! Mas era o início do governo Lula. Em 2006 caiu para 33 mil mas em 2007 subiu para 47 mil. No último ano do governo Lula, em 2010, houveram 44 mil focos de queimadas e com a Dilma, os focos aumentaram. Eles caíram com o governo Temer para 16 mil em 2018 até o salto para 39 mil agora.
Eu procurei no Google, no Bing e quase não encontrei artigos sobre as queimadas em 2004 ou 2005 e com certeza, os poucos artigos não jogavam a culpa em Lula. Do mesmo modo que o incêndio no parque de Yosemite na Califórnia, em 1988, ou das florestas gregas em 2007 ou da Austrália em 2009 não foram culpa de seus presidentes. Então, o Macron deveria ouvir a  a nova musica da Taylor Swift, Você Precisa Se Acalmar. Mas não.

Insatisfeito com a crise com o Brasil, ele resolveu convidar o Ministro do Exterior do Irã, Javad Zarif para a reunião do G-7 tentando provocar uma situação em que Trump se encontraria com ele. Macron pareceu completamente anestesiado e inconsciente para as tensões entre Israel e o Irã durante a semana e as constantes provocações dos aiatolás na região.

De Beirute a Bagdá, de Teerã até Jerusalém, os comentários inflamatórios abundaram sobre uma “guerra iminente”. O descaso europeu pode ser explicado por noticias mais importantes como a saída da Inglaterra da Comunidade Europeia, o furacão Dorian, a ausência da Russia no G-7 ou se Trump compraria a Groenlândia. Há também os protestos em massa em Hong Kong e uma crise na província indiana de Caxemir.

Mas um suposto ataque aéreo de Israel a instalações de mísseis de precisão da Hezbollah no Líbano e outros ataques aéreos israelenses contra posições iranianas no Iraque e contra o Hamas em Gaza são preocupantes.

Essas tensões se relacionam com outras no Golfo Pérsico, bem como entre os rebeldes da Arábia Saudita e Houthi no Iêmen. Os Houthis que são xiitas e o braço do Irã na península, tentaram usar drones com explosivos contra alvos na Arábia Saudita quase todos os dias na última semana. Tudo isso está sendo coordenado pelos mulás do Irã para desestabilizar o Oriente Médio. E Macron, em sua infinita sabedoria e inteligência, acha que agora é o momento de oferecer a mão para estes terroristas.

Macron ficou insultado com a resposta do Presidente a uma brincadeira de um brasileiro comparando a mulher dele Brigitte com a nossa primeira dama Michelle. Não houve qualquer insulto. Houve apenas uma constatação. Brigitte Macron não é uma mulher atraente ou jovem. Ela tem 25 anos a mais que o marido. Idade suficiente para ser mãe dele e parece! E vai dizer que depois de 12 anos de casado é a primeira vez que ele houve um comentário sobre a diferença de idade dele com a mulher?

Por isto esta história para mim não cola. É uma desculpa esfarrapada para tentar colocar na mesa uma proposta antiga de internacionalizar a Amazonia. Como se as colônias francesas (como a Guyana Francesa que tem fronteira com o Brasil) fossem exemplos de avanço e desenvolvimento.

A Amazônia é do Brasil e dos outros 8 países que tem parte da floresta. Apenas deles. Os problemas com as queimadas podem ser resolvidos com educação, supervisão e planejamento para que os recursos desta vasta região amazônica sejam aproveitados para o benefício de todos os brasileiros sem afetar a integridade da floresta.

Alguém acredita que as enormes reservas de petróleo da Venezuela secam na fronteira com o Brasil?

Mas tudo isso tem que ser feito com o respeito internacional e sem ameaças contra o nosso território. Macron, do alto de sua arrogância deveria se curvar ante a majestade do Brasil e saber que o povo brasileiro sabe sim responder a violações à sua soberania. E os Estados Unidos e Israel sabem muito melhor do que a França como lidar com os bullies e terroristas do mundo como os aiatolás do Irã.