Hoje vamos começar com um
escândalo no mundo dos esportes que foi simplesmente ignorado pela mídia
mundial.
Na semana passada ocorreu o Campeonato
Mundial de Judô em Abu Dhabi, com a participação de 47 países. Abu Dhabi é um
dos sete Emirados Árabes, que está agressivamente gastando bilhões de dólares
para trazer seu país para dentro da comunidade internacional e se tornar um
destino atraente para turistas e eventos internacionais. E isso seria uma coisa
boa, se seu objetivo não fosse somente o prestígio e o reconhecimento cosmético.
Os Emirados se recusam a fazer qualquer modernização social que realmente os trariam
ao seio das nações.
Chibatadas, apedrejamentos,
amputações e penas de morte por apostasia e homossexualidade são parte do dia a
dia nos Emirados. Organizações de direitos humanos denunciaram desaparecimentos
e tortura em prisões secretas. Eu mesma, ao visitar uma família relacionada com
o emir de Dubai vi a presença de escravas na casa. Não em correntes, mas
sentadas no chão, em volta da cadeira da senhora da casa.
Apesar de tudo isso, e o fato de
não serem signatários da maioria dos tratados internacionais de Direitos
Humanos, os Emirados foram eleitos como membros do Conselho de Direitos Humanos
da ONU. O mesmo que tem a agenda numero 7 que obriga a discussão e inevitável condenação
de Israel a cada sessão, por alegadas violações de direitos humanos contra os
palestinos.
E os Emirados tomaram seu
papel seriamente votando em condenar Israel a cada sessão e submetendo
resoluções contra o estado judeu acusando-o de apartheid.
Bem, voltando ao campeonato
mundial de judô na semana passada, os Emirados não tiveram como impedir a
participação de Israel, mas conseguiram ostracizar e humilhar seus atletas ao
silêncio do mundo e da Federação Internacional de Judô.
Primeiro o time israelense foi
avisado que só poderia entrar em Abu Dhabi vindos da Jordânia. Isto depois de
terem avisado que viriam pela Turquia. Depois, ao chegar em Abu Dhabi, foram
proibidos de usar qualquer insígnia que mostrasse seu país, usando, em vez
disso, o símbolo da Federação Internacional de Judô. Mas como todo o mundo
sabia o país que eles representavam, atletas muçulmanos se recusaram a apertar
as mãos dos israelenses sem qualquer repercussão. O vídeo do
representante dos próprios Emirados, Rashad Almashjari virando as costas a
Tohar Butbul depois de perder para ele, está disponível na internet. E para
finalizar, quando Tal Flicker ganhou a medalha de ouro na categoria meio-leve,
a bandeira de Israel não foi hasteada e em vez disso, ele teve que cantar
a Hatikva sozinho, em voz baixa, em cima da cacofonia do hino da Federação.
Quando Gili Cohen ganhou a
medalha de bronze na categoria meio-leve para mulheres, o mesmo ocorreu. Ela recebeu
a medalha, mas nenhum aperto de mão ou qualquer outro reconhecimento.
Dias antes da competição, depois
de receber um protesto do Congresso Mundial Judaico, a Federação Internacional
de Judô teria exigido aos Emirados que tratasse a delegação israelense com
completa igualdade a outros atletas, sem qualquer exceção. Mas hipocritamente o
próprio site
da Federação Internacional de Judô omite Israel entre os países competidores.
Inexplicavelmente ela inclui os atletas israelenses baixo a seu símbolo,
listando a Federação como um “país”.
Depois do encerramento, e com
a publicação do comportamento indecoroso dos atletas e da organização, o
presidente da Federação de Judô dos Emirados se desculpou e entre os dentes
congratulou o time de Israel. Ah, então, está tudo bem, não é?? Tudo esquecido. Que ótimo! Até a próxima vez.
Um verdadeiro absurdo, passado
em branco. O que se poderia fazer? Primeiro, países poderiam se recusar a
participar, boicotando o evento. Se isto não fosse possível, por mexer com o
calendário das competições qualificadoras, os países que quisessem protestar esta
discriminação, deveriam tomar a medida dinamarquesa e exigir usar também o
símbolo da Federação. Isto seria um tapa na cara dos Emirados mostrando que
este tipo de atitude não é aceita pelo mundo civilizado, em especial nos
esportes, tirando-lhes a legitimidade de hospedar uma competição verdadeiramente
internacional. Não haveria mais países, somente representantes da Federação e
eles. Seus atletas não saberiam quais eram os israelenses e seriam obrigados a
apertar a mão de todos.
Isto poderia ter sido a
posição do Brasil, que teve a segunda maior delegação na competição depois da Rússia.
Mas infelizmente isto parece estar longe das considerações da Federação Brasileira
de Judô. A única coisa seria uma repercussão maior da mídia e um protesto do
público que poderia ser feito através das mídias sociais para isso não
acontecer outra vez. Fica aqui meu
protesto. As imagens dos atletas israelenses serão publicadas no meu comentário
na Hora Israelita, no meu blog, facebook e Twitter que vocês podem seguir.
Aqui nos Estados Unidos, a
insanidade continua e me arrependo de não ter estudado psiquiatria. Estaria
fazendo uma fortuna. A ultima onda que a esquerda está tentando organizar é um
encontro no próximo dia 8 de Novembro, no primeiro aniversário da eleição de
Trump, aonde as pessoas poderão gritar impotentemente aos céus.
Não é só gritar aos céus, mas
gritar impotentemente aos céus. Estou tentando entender o que é isso?? Será que
é para não confundir com o movimento de chorar no travesseiro depois de comer
uma lata de sorvete? O que é isso? Até agora nove cidades irão participar neste
besteirol coletivo.
E que culpa tem o céu se a
Hillary perdeu?? Depois dela culpar dezenas de pessoas por perder a eleição,
incluindo Barack Obama, John Biden, Bernie Sanders, o New York Times, sexismo,
os americanos ignorantes, Vladimir Putin e outros, o que fez o céu para merecer
isto?
Seus simpatizantes não
deveriam estar gritando contra ela, que fez uma campanha miserável??
É, Trump não é um presidente classudo.
Ele não gosta da politicagem e restrições que ele acha descabidas. Por isso,
esta semana ele decidiu abrir todos os arquivos sobre o assassinato do
presidente Kennedy indo contra as agencias de segurança, porque acha que o
interesse público as sobrepuja depois de 54 anos.
Por outro lado, dá para
entender que os inconformados queiram gritar. O Estado Islâmico está derrotado,
o desemprego caindo vertiginosamente, a revogação de incontáveis regulamentos, a
redução de impostos, a bolsa batendo recordes, o crescimento da economia.
Enfim, tudo o que a esquerda não queria que acontecesse ainda mais em menos de
um ano.
Em outras palavras, está
provado que é melhor ter um presidente mal educado e bem sucedido do que um carismático
fracassado.
Fica aí meu recado.