Como todos
aprendemos nos últimos meses, o corona vírus não é apenas contagioso e mortal.
Mas ele é igualitário. Qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode contraí-lo. Tom
Hanks o pegou na Austrália. Boris Johnson, o primeiro ministro do Reino Unido,
foi internado na UTI. O dinheiro e o poder deles não os protegeram. Eles
adoeceram como todos os outros infectados com Covid-19.
Esse
sentimento de igualdade na doença é algo muito familiar para aqueles que passam
longos períodos nas enfermarias do hospital. Os heróis sem nome que tratam dos
doentes ao risco de sua própria vida que sabem que todos lá estão no mesmo
barco. Alguns mais doentes, outros menos, mas todos vivendo sob a nuvem de
incerteza e preocupação. Ser cristão, muçulmano, judeu, brasileiro, americano
ou chinês não faz diferença, especialmente quando estão em hospitais. A
identidade que todos nós carregamos fica sem importância quando compartilhamos
a dor ou a piada ocasional.
Com mais de
203 mil mortes no mundo, 16 mil delas só aqui em Nova Iorque, fica difícil imaginar
como será a volta à normalidade. 26
milhões de americanos perderam seu emprego, mais do que Trump conseguiu gerar
durante sua presidência.
O que vai
diferenciar as pessoas e o que acontecerá no seu futuro vai depender de como os
governos lidarão não só com a pandemia, mas com a recuperação da economia de
seus países.
Aqui nos
Estados Unidos, enquanto os heróis sem nome - enfermeiros, médicos, paramédicos,
bombeiros e policiais continuam a trabalhar, a líder do Congresso, a
esquerdista democrata Nancy Pelosi ordenou que os deputados fossem para a casa.
Mas ela não ficou parada. De sua mansão em São Francisco, Pelosi saiu dando
entrevistas e mostrando a todos a gama de sorvetes ao custo de R$70 cada por
menos de meio litro em sua geladeira que custa $24 mil dólares ou R$135 mil
reais. Isto enquanto o povo espera ansioso por um cheque do governo de $1,200
para poder pagar o aluguel.
Mas pior do
que perder todo o contato com a realidade, foi Nancy se aproveitar da situação
para espremer dinheiro do governo para seus projetos. Depois que o programa de
Trump de 8.3 Bilhões de dólares para salvaguardar empregos se esgotou, Nancy bloqueou
seu reabastecimento de $250 bilhões se não recebesse vejam só, 35 milhões de
dólares para o Centro de Artes John Kennedy, 300 milhões para o Fundo Nacional
das Artes, $300 milhões para o Fundo Nacional das Ciências Humanas e mais $300 milhões’
para assistir migrantes.
Um Senador
Republicano falou bem quando disse que “em vez de tomar essa legislação -
legislação urgente e necessária - e aprová-la rapidamente, os democratas
decidiram permitir que a presidente Pelosi a bloqueie através de procuradores
aqui no Senado, para que ela possa reescrever o projeto com uma tonelada de
porcaria que não tem absolutamente nada a ver com a situação de emergência de
saúde pública que enfrentamos neste momento”.
Mesmo assim, Trump
não se deixou abater. Trump conseguiu assinar um pacote de recuperação econômica
de 2.2 trilhões de dólares especialmente para pequenas e médias empresas,
hospitais e indivíduos autônomos.
Além disso, o
empresário americano vai poder contar com um sistema justo de tributação e de
livre barganha entre empregador e empregado que sempre ajudou a gerar empregos.
Em Israel
também o governo está fazendo de tudo para reabrir a economia com o alerta de
que qualquer aumento de casos de corona, limitarão outra vez o movimento dos
cidadãos. Milhares de israelenses ficaram desempregados, mas a grande maioria
não desanimou. E Israel pode contar não só com um governo pró-ativo, mas com
uma população solidária.
Soube da estória
de Michel Zrian que havia sido dispensado de seu trabalho e decidiu ser
voluntário em período integral como mensageiro de órgãos para transplantes.
Como este trabalho é internacional, para escapar às regras de quarentena,
Michel fica na área de transito do aeroporto, pegando pacotes de órgãos, indo e
voltando de vôo em vôo.
Li também a
estória de Igor Rubin, de Haifa, que tem um filho de seis anos que mora na
Bielorrusia. Seu filho ia para Israel a cada 6-7 semanas para visitar o pai. Mas
com as restrições de voos internacionais, Igor achou que não veria o filho por
muito tempo. Quando Igor viu um voo
direto de Minsk para Tel Aviv, ele comprou a passagem. Mas chegando ao
aeroporto, a companhia aérea não quis embarca-lo porque não tinha como garantir
que o menino obedeceria a quarentena.
Ao buscar uma
solução, Igor viu que o ministro dos transportes Betzalel Smotrich havia
colocado seu numero de celular particular no Facebook para quem precisasse.
Igor ligou e recebeu uma resposta em minutos. Smotrich colocou Igor em contato
com Itay Hershkovitz do Ministério da Defesa e Hershkovitz rapidamente obteve
as permissões para o menino viajar além de entrar em contato com o embaixador
de Israel em Minsk que então ligou para o presidente da companhia aérea, que
ligou para a recepção de embarque e deixaram o garoto entrar no voo.
Smotrich e
Hershkovitz não ajudaram Igor Rubin porque ele é politicamente conectado ou
rico. Eles fizeram o que fizeram porque é assim que os que trabalham para o
povo devem agir em tempos como esses. É assim que todos nós devemos agir em
tempos como estes. Deixando de lado nossas diferenças, e agindo como uma nação
unida.
Aumentar impostos,
impor demandas onerosas a empreendedores, aprovar limitações ao emprego, não
são vitórias do trabalhador. São vitórias efêmeras dos políticos demagógicos que
só causam dano a longo prazo. Chegou a hora de passar leis de emergência
suspendendo estas leis malucas para aquecer a economia e reduzir o desemprego.
Como disse na
semana passada, este vírus causou muita dor e desesperança mas também abriu a
porta para uma oportunidade - uma oportunidade para reparar o que há de errado
com a nossa sociedade, consertar o que está quebrado, diminuir a divisão entre
as pessoas e fazer com que os governos se preocupem menos com ganhos políticos
e mais com os ganhos para o povo.