Nesta semana o presidente Donald Trump tomou ações concretas para impedir que o Irã se torne ainda mais perigoso para Israel e o resto do mundo ao pedir a extensão do embargo de armas para os aiatolás.
Em 2007, o
Conselho de Segurança da ONU reconheceu o perigo de um Irã nuclear e suas
atividades terroristas ao redor do mundo. Naquele ano impôs um embargo de armas
e congelamento de fundos porque o Irã havia rejeitado a demanda de suspensão de
enriquecimento de urânio que os levaria à bomba nuclear. O embargo de armas
tinha como objetivo proibir o Irã de comprar e vender armas, incluindo jatos e
tanques.
Em 2015,
Obama assinou o desastroso acordo nuclear com os mulás de Teerã que previa o
fim do embargo daqui a dois meses, no próximo dia 18 de outubro.
Mas nos
últimos anos, o mundo se enfraqueceu e a subida dos partidos de esquerda na
Europa mostrou bem isso.
Temendo o fim
do embargo, há 10 dias, os Estados Unidos pediram sua extensão e vejam só: dos
15 países do Conselho de Segurança, somente um, a Republica Dominicana,
juntou-se aos Estados Unidos. Outros 11, incluindo os maiores aliados
americanos, a Inglaterra, a França e a Alemanha, se abstiveram tornando desnecessário
o veto prometido pela Rússia e China que votaram contra.
Os Europeus
disseram que também estavam preocupados com o acesso do Irã a armamentos, mas
que o veto russo ou da China iria invalidar a extensão do embargo de qualquer
jeito. Mas o que pesou na balança mesmo destes hipócritas apaziguadores foram
os contratos milionários que não querem perder com o Irã. Especialmente após a
China ter abocanhando todos os maiores projetos de infraestrutura do Irã,
contra petróleo e gás.
Aí os Estados
Unidos anunciaram que iriam provocar a volta das sanções previstas no acordo de
2015. Mas em 2018, Trump retirou os Estados Unidos deste acordo e reimpôs,
unilateralmente, drásticas sanções contra o Irã. Desde então, como retaliação, o
Irã tem violado o acordo de modo aberto, retomando o enriquecimento ilícito de
uranio.
Agora, os
outros países membros do acordo nuclear de 2015 alegam que os Estados Unidos
não podem pedir a volta das sanções precisamente por ter saído. E ainda que tivesse
ficado, o mecanismo para retomar as sanções bolado por Obama, é tão complicado
que claramente foi incluído para inglês ver e nunca para ser levado à frente.
A retomada
das sanções da ONU agora exigiria que o Irã suspendesse todas as atividades
relacionadas ao enriquecimento e reprocessamento nuclear, incluindo pesquisa e
desenvolvimento, e proibiria as importações de qualquer coisa que pudesse
contribuir para essas atividades ou para o desenvolvimento de sistemas de
lançamento de armas nucleares.
Reimporia o
embargo de armas, proibindo o Irã de desenvolver mísseis balísticos capazes de
lançar armas nucleares e reimporia sanções direcionadas a dezenas de indivíduos
e entidades. Os países também seriam instados a inspecionar as remessas de e
para o Irã e autorizados a apreender qualquer carga proibida.
Para alcançar
este objetivo, os Estados Unidos teriam de apresentar ao Conselho de Segurança
uma queixa sobre a violação do acordo nuclear pelo Irã. O Conselho de Segurança
teria então que votar em 30 dias uma resolução para não retomar as sanções. Se
tal resolução não for adotada dentro do prazo, todas as sanções da ONU em vigor
antes do acordo nuclear de 2015 seriam automaticamente reimpostas.
Vários países
já disseram que os Estados Unidos não podem legalmente pedir o retorno das
sanções da ONU e, eles simplesmente não têm interesse em reimpor as medidas contra
o Irã.
Parece que
somente os Estados Unidos (e a Republica Dominicana), e Israel, o maior
interessado, estão do lado correto da História, novamente.
A hipocrisia
dos Europeus chega a ser nauseante. Mas a dos iranianos é de tirar o fôlego apesar
de sua busca pela supremacia e dominação do Oriente Médio a qualquer preço não
ser um choque. O acordo bilionário que os Mulás assinaram com a China mostra
que por detrás dos tapinhas nas costas e sorrizinhos, o Irã está praticando a
Taqyiah, um preceito religioso que sanciona a dissimulação, para alcançar seus
objetivos. O verso principal que autoriza a dissimulação com respeito a não
muçulmanos diz: “Aos que creem no Islão, não tomem infiéis como amigos, a não
ser quando os infiéis estiverem em posição de superior à vocês”. Neste caso é
permitido, mas somente até as posições virarem.
O cúmulo é
que a China é hoje o país que mais persegue muçulmanos no mundo! A China tem
uma minoria étnica que se chama Uighur que desde a década de 30 ela tenta
assimilar. Eles não são chineses. São de uma etnia mais próxima das nações
centro asiáticas. Além do partido comunista da China, creio que ninguém tenha
os números reais, mas um artigo da BBC.com de 20 de julho último, afirma que há
mais que um milhão de Uighurs internados em campos de reeducação (mais conhecidos
como campos de trabalhos forçados). São quase 10% da população Uighur,
calculada em 12 milhões. Há fortes indícios que o governo da China tem
praticado a esterilização forçosa das mulheres, a proibição de práticas
religiosas, comerciais e culturais além de um programa de troca de população no
qual Uighurs são forçosamente relocados para outras partes da China enquanto
que chineses étnicos são encorajados a se mudarem para a província Uighur de
Xinjiang.
A perseguição
implacável de Xijinping faria inveja a qualquer Hitler da história.
Pois é. É
muita hipocrisia do Irã, que se auto-intitula o defensor do verdadeiro Islão, o
xiismo, fazer um acordo com um país que está tentando destruir qualquer vestígio
do Islamismo internamente. Mas tudo vale para os aiatolás quando se trata de
alcançar a hegemonia no Oriente Médio. E esta é a China, o país que procura dominar
e impor seu comunismo mundo afora, escravizando países endividados e destruindo
todo sistema de crenças que não seja o catecismo maoista corrupto.
Há mais de
2.500 anos, a China criou o Go, um jogo de estratégia, que permite um sem
numero de movimentos. O Irã aperfeiçoou o xadrez, vindo da India. Os dois jogos
exigem concentração, muita paciência e uma capacidade muito grande de prever o
que o adversário irá fazer.
No jogo de
hoje, a China e o Irã parecem estar do mesmo lado do tabuleiro. Mas logo, logo,
quando um não mais precisar do outro e a dissimulação não será mais necessária,
vamos ver quem vai virar a mesa. Um deles irá sofrer uma grande surpresa.