Esta semana
Joe Biden e seu partido democrata sofreram mais uma vergonhosa derrota no
Congresso. E esta foi dupla. O partido tentou passar uma reforma que iria
destruir o sistema eleitoral americano. O projeto de lei criaria um registro automático
nacional de eleitores, permitiria que todos os votos fossem enviados pelo
correio, e relaxaria a necessidade de identificação, supostamente para garantir
o direito dos eleitores menos favorecidos como os afro-americanos e latinos. Além
disso, os democratas queriam acabar com o filibuster que é uma prática ancorada
na tradição do Congresso de permitir o debate ilimitado dos congressistas para
cada projeto de lei.
A mentira, a hipocrisia,
a traição é tanta do partido democrata que fica até difícil descrever. Sobre o
filibuster, o próprio Joe Biden em 2005 defendeu apaixonadamente a prática
quando os Republicanos tentaram limitá-lo para nomeações judiciais apenas. Na
época Biden disso que isso era “um exemplo da arrogância do poder”, “uma tentativa
de controlar o poder, eviscerando o Senado”. Agora, ele queria acabar com o
filibuster para tudo.
Sobre a
votação, está claro. Quanta fraude pode ocorrer quando votos são enviados pelo
correio sem qualquer identificação? Imigrantes ilegais, votos duplos ou triplos
seriam contados e a aposta dos democratas é que seriam a seu favor. Mas
coitadas das minorias, que não sabem onde conseguir identificação, não é? Só
que os estados democratas agora exigem que todos que queiram entrar em bares, restaurantes,
ou outros locais públicos, mostrem seu cartão de vacinação junto com sua
identificação. Para tomar uma cerveja ou comer um hamburger, você precisa
mostrar identificação, mas para votar, a mesma exigência é racismo e
discriminação. Até para entrar no Congresso ou qualquer repartição pública você
precisa mostrar identificação com foto. Mas não para votar. Isto faz sentido
aonde?
Outra derrota
no começo do ano foi o mandato de vacinação que Biden queria impor ao setor
privado através do qual, empregadores teriam que despedir empregados que não se
vacinassem. Sem levar em conta pessoas que se tratam por outras doenças e não
podem tomas a vacina, aqueles que já pegaram Covid, os que tem objeções
religiosas, etc. Felizmente, o Supremo Tribunal americano decidiu que isto era
inconstitucional. Mas empregados públicos, que trabalham para o governo, podem
ser despedidos se não tomarem a vacina. Onde está o clamor da esquerda que nos
últimos 43 anos tem vociferado “meu corpo minha decisão?” Quando se trata de
aborto, tudo bem? Seu corpo, sua decisão, mas quando se trata de vacina, é “seu
corpo, nossa decisão?”
Esta é a
definição de estado totalitário. Não há outra. E ainda temos a situação na fronteira
sul com o tráfico de drogas e de meninas, a logística dos portos, a criminalidade
incontrolada nas maiores cidades e o Covid.
E se tudo
isso estivesse ocorrendo, mas a economia estivesse uma maravilha, a mídia teria
varrido tudo para baixo do tapete. Mas esta não é a situação. A inflação nunca esteve
tão alta desde os anos 80. O preço da gasolina, prontificado pela política
verde de Biden de acabar com a prospecção de petróleo e com as minas de carvão,
subiu substancialmente em todo o país, encarecendo todos os produtos. E é isso
que vai levar os democratas a perderem as próximas eleições do Congresso em novembro
e é por isso que Biden queria mudar as regras das eleições agora, já ameaçando
que se o resultado não for de seu gosto, será o resultado de fraude. A mesma
fraude que ele negou ter havido quando ganhou de Trump.
E aí vamos
para o que está acontecendo no mundo com Biden.
Depois dele
ter dado o ok para Putin construir o segundo gasoduto entre a Rússia e a
Alemanha depois de fechar a indústria de energia americana, e da vergonhosa, desastrosa
saída do Afeganistão, onde milhares de americanos e residentes ficaram para trás,
sofrendo todas as limitações e tortura social dos Talibãs, os ditadores do
mundo, a Russia, a China e a Koreia do Norte estão botando as mangas de fora.
Putin tem o
sonho de restaurar o domínio da falida União Soviética e está concentrando
tropas no leste da Ucrânia. Em 2014, no governo Obama, ele invadiu e anexou a península
da Crimeia e agora quer colocar em Kyiv um governo marionete que sirva aos seus
interesses. Putin não quer mesmo que a Ucrânia se una à OTAN e não quer que se ocidentalize.
Uma invasão está para acontecer a qualquer momento porque mesmo com as ameaças
de sanções dos Estados Unidos, Putin sabe que hoje a América está fraca, sua
moeda está fraca e sua influência está no esgoto.
A China, por
seu lado, está ameaçando invadir Taiwan, a República Democrática da China,
fazendo incursões quase que diárias sobre seu território e usando de retórica
agressiva e ameaçadora sobre uma reunificação com a ilha que ela considera
rebelde. Ninguém pode confiar na palavra da China e de seu ditador Xi Jin Pin. Suas
promessas em relação a Hong Kong, sobre deixar a província ter uma independência
executiva, legislativa e judiciária pelo menos até 2047, foram completamente
quebradas. Além disso, a China continua a
perseguir a hegemonia do Mar do Sul da China construindo ilhas para expandir sua
fronteira marítima ameaçando as Filipinas e Malásia.
A Coreia do
Norte não ficou para trás também. No dia 10 de janeiro último, vôos da costa
oeste americana, foram suspensos temporariamente por causa do lançamento de um
míssil balístico pela Coreia do Norte no mar do leste. Os aeroportos afetados
foram de San Diego, Ontario, Oakland e Portland.
O governo
americano condenou o lançamento do míssil mas o governo da Coreia do Norte não
só não negou mas se gabou do lançamento dizendo ter sido um míssil hipersônico
com alcance de mais de mil quilômetros.
E porque tudo
isso é importante?
Sabemos que a
Coreia do Norte colabora com o Irã no programa de mísseis balísticos. Se até
agora o Irã não pode enviar uma ogiva nuclear em seus mísseis é que ela não tem
a capacidade nem os testes. Quem está fazendo isso para ela é a Coreia do Norte.
Além disso, a
posição fraca de Biden está aproximando a China da Russia que estão cooperando
em vários níveis incluindo em inteligência. O Irã é um grande cliente da Rússia
e a China tem interesses nas minas de minérios e na indústria petrolífera do
Irã. A China realmente não se importa com sanções americanas, tratando com o Irã
diretamente com trocas de mercadorias por petróleo, escapando das sanções.
Isto está
dando ao Irã muita segurança e é por isso que a oferta de retomada do acordo
nuclear bateu numa parede. O Irã hoje não tem mais interesse em negociar. Ela
quer sua bomba. E depois ameaçar o Ocidente se suas demandas não forem aceitas.
Vendo a virada
radical, de 180 graus, da política americana, os Estados árabes no Golfo
começaram a rever suas políticas. Vemos altos representantes dos governos dos Emirados
Árabes e do Bahrain, além da Arabia Saudita, viajarem para Teerã para esquentar
as relações com os aiatolás e apaziguá-los. O Irã por seu lado, atacou
diretamente as usinas de petróleo da Arabia Saudita e no começo do ano usou suas
milicias no Iêmen para atacar os Emirados Árabes. E isso veio com reivindicação
e tudo.
E isso nos
leva a Israel. Quem achou que os Acordos de Abraão são inquebrantáveis estão
muito enganados. Israel hoje, com este governo americano, está mais vulnerável
do que nunca. O antagonismo de Biden para com Israel foi refletido nesta semana
quando seu governo informou Israel, a Grécia e Chipre que não mais apoia o gasoduto
EastMed que levaria gás natural de Israel para a Europa.
Enfim, a
situação não só dos Estados Unidos, mas do mundo, ficou muito mais perigosa, mais
instável economicamente, mais vulnerável a ditadores e tudo isso por causa de
um governo americano irresponsavelmente inclinado para a esquerda, que vive na
bolha de uma equidade utópica e que só levará a mais sofrimento e pobreza a
todos. Estas poucas vitórias no Congresso não são suficientes. Biden não tem
capacidade para ser o presidente dos Estados Unidos. O povo americano tem que
acordar e rápido.