Nesta última
quinta-feira à noite, Israel
lançou a Operação Leão Que Se Levanta atingindo diversos alvos militares e
nucleares no Irã (sei que a mídia colocou o nome de Leão
Ascendente mas no Hebraico a palavra é que se levanta como está em Números
23:24).
A mídia internacional parecia estar confusa e a
pergunta de todos era porque Israel teria atacado agora, em meio às negociações
entre o Irã e os Estados Unidos. Sim, parece que eles perderam a última
resposta do Irã que rejeitou categoricamente a posição americana recusando qualquer
restrição ao seu suposto “direito” de enriquecer urânio. Além disso, a Agência
Internacional de Energia Atômica noticiou esta semana que Teerã estaria
violando flagrantemente suas obrigações em relação ao enriquecimento e caminhando
rapidamente para uma bomba juntamente com a crescente ameaça dos aiatolás ao Estado judeu
levaram Israel a decidir tomar a situação em suas próprias mãos.
Ao longo do conflito, Teerã forneceu suprimentos e
treinamento a grupos terroristas e milicias da região para atacar Israel,
incluindo os Houthis no Iêmen, a Hezbollah na Síria e no Líbano, as milicias
xiitas do Iraque e o
Hamas em Gaza.
A República
Islâmica não entrou nesta negociação com a América para resolver qualquer
conflito. Está negociando para sobrevivê-lo. No começo deste mês, quando o
Supremo Líder Ali Khamenei publicamente rejeitou a proposta de reduzir o
enriquecimento de urânio, ele fez isso para mostrar força, desmoralizar seus
adversários e reforçar a coesão interna ao mesmo tempo que adiava qualquer
resposta para os negociadores, uma tática repetidamente usada pelo Irã para garantir a sobrevivência do regime.
A diplomacia
com o Irã não é um processo linear. Eles não levam o tempo em consideração
mesmo após Trump ter imposto o prazo de 60 dias para entrarem num acordo. Cada
dia que permitimos ao regime de Teerã manobrar através de atrasos e adiamentos,
ele fortalece seus sistemas para sobreviver a qualquer colapso, resistir
inspeções e projetar perigo. Enquanto negociadores vem e vão, o regime iraniano
sobrevive. Seus diplomatas não negociam, eles gerenciam o confronto
O programa
nuclear não é o centro da questão. Depois de todos estes anos e com dezenas de
usinas nucleares, o Irã não produziu um kilovate sequer de energia elétrica.
Está mais do que claro para quê o regime quer enriquecer urânio.
E pior,
apesar de todas as ameaças de morte à America, morte a Israel, vamos varrer
Israel do mapa, etc., nenhum país ou organização, ou a ONU, jamais condenou o
Irã. Assim, Israel, sozinha, decidiu destruir o programa nuclear do Irã,
alvejando com precisão não só as usinas, mas as fábricas de mísseis balísticos
e drones, e toda a cúpula militar e da Guarda Revolucionária iraniana,
objetivos claramente militares. Como é de sua conduta, Israel enviou mensagens
em farsi para o povo iraniano ficar longe de bases militares, depósitos de
armas, etc., para não se ferirem.
A resposta do
Irã era esperada. Desde a última quinta-feira estamos sob ataque, passando a
maioria do tempo nos abrigos ou muito próximos a eles. A cada onda de mísseis
enviados do Irã, nos protegemos porque diferentemente de Israel, o Irã almeja
matar nossos civis.
Mas dessa
vez, estamos todos unidos, rezando para que ao final haja uma queda deste
regime pernicioso, fanático e violento. A questão agora é se os sofridos
cidadãos do Irã estão prontos para aproveitar uma oportunidade paralela para
sua própria liberdade.
Por 46 longos
anos – desde que o aiatolá Khomeini sequestrou uma revolução popular e erigiu a
República Islâmica – o povo iraniano tem vivido sob um regime que se alimenta
do medo.
Mas nas
últimas 48 horas, esse medo passou do povo para os homens desta ditadura em
Teerã e depois para as equipes de mísseis que descobriram o que acontece quando
Israel decide agir.
Mais de 100 aviões
de combate de Israel atingiram os locais subterrâneos de enriquecimento de
urânio em Natanz, bases aéreas em Tabriz e Hamdan e centros de comando na
própria Teerã. Simultaneamente, agentes do Mossad sabotaram bases de defesa
aérea e depósitos de mísseis nas profundezas da República Islâmica. O chefe da
Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, Mohammad
Bagheri, e uma série de cientistas nucleares foram eliminados.
Não menos
impressionante foi a velocidade com que todo o aparato político de Israel se
uniu. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou os líderes da oposição
Yair Lapid e Benny Gantz antes da decolagem dos primeiros jatos. Ambos deram declarações
de apoio inequívoco. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o líder
trabalhista, Merav Michaeli, que raramente aparecem juntos, na sexta-feira, os
dois, lado a lado elogiaram o profissionalismo do exército e da aeronáutica, rezando
por seu sucesso.
A Knesset, que
está sempre debatendo, se levantou em uníssono para aplaudir os pilotos. Quando
o Comando da Frente Interna ordenou que os cidadãos se abrigassem, eles se
uniram – esquerda, direita, seculares, religiosos, árabes, drusos e judeus.
Essa unidade
é um trunfo estratégico. As maiores vitórias de Israel – 1948, 1967, Entebbe, o
ataque a Osirak em 1981 – nasceram de momentos em que o povo disse aos seus
soldados: "Vão e nós os apoiaremos". Mais uma vez, vemos o poder de
uma sociedade que discute ferozmente uns com os outros na quinta-feira e luta
ombro a ombro na sexta-feira.
Voltemo-nos
agora para Teerã, Shiraz, Mashhad e Tabriz. O regime investiu a riqueza do povo
iraniano em milícias, de Gaza até Sanaa, em fábricas de mísseis balísticos e
planos terroristas, de Buenos Aires a Burgas. Prometeu glória e entregou
isolamento, inflação, rios contaminados e a maior taxa de execução per capita
do mundo. Em 2022, vocês gritaram "Zan, Zendegi, Azadi" –
"Mulher, Vida, Liberdade" – e a Guarda Revolucionária respondeu com
balas. Agora, a guarda descobriu que eles também sangram.
Povo do Irã,
saibam que Israel é sua amiga. Antes dos aiatolás tínhamos um relacionamento
muito estreito. E como Israel que se levantou, aproveitem este momento e
levantem-se.
Na noite de
sexta-feira milhões de israelenses passaram em abrigos trocando mensagens de
WhatsApp com amigos dentro do Irã, oferecendo orações e solidariedade. Israel
não está em guerra com o povo iraniano; está em guerra com uma cambada fanática
que assassina sírios, iemenitas, israelenses, mas principalmente iranianos –
todos os dias. Chegou a hora de retomarem sua dignidade.
O caminho
será difícil – tiranias raramente se rendem da noite para o dia – mas Israel
expôs as fraquezas do regime. Suas defesas aéreas falharam; seus mísseis
tiveram pouco sucesso; seus mitos foram destruídos. Os líderes que sobraram
estão enviando suas famílias para fora do país. Até o Líder Supremo, Aiatolá
Ali Khamenei, se sentiu compelido a prometer vingança "no momento que
escolhermos" – uma formulação que quase sempre significa fraqueza.
A Operação Leoa
que se Levanta não acabou; Netanyahu prometeu continuar "até que a ameaça
iraniana seja removida". Ele continuou dizendo: “A esperança que
estendemos agora é ao povo iraniano: não tenham medo. Os 46 anos que vocês
sofreram já são longos o suficiente. O eixo do mal que ligava o Hamas, o
Hezbollah e a Força Quds está muito mais fraco hoje do que na quinta-feira.
Ajudem-se e vocês encontrarão parceiros em toda a região, de Riad a Rabat e –
sim – Jerusalém.
O herdeiro do
trono iraniano Reza Pahlavi, o filho do último Xá do Irã, declarou no X que
está pronto para conduzir o país durante o período de transição para a
democracia. Ele que há 46 anos vive nos Estados Unidos, sabe o que é ter um
país livre com uma economia próspera e em paz.
Talvez seja
coincidência para quem acredita nelas, mas a bandeira do Irã antes dos
aiatolás, tinha um leão no centro. Como a Leoa que se levanta, o povo do Irã
tem que se levantar como o leão e restaurá-lo a seu lugar de honra.
Quanto a
Israel, posso dizer que demos um basta a darmos desculpas por nossa força.
Vamos parar de dar o microfone àqueles que são contra nós e querem nossa
capitulação através de concessões absurdas. O próximo capítulo da nossa
história não será escrito por profetas da destruição. Será escrito pelos
milhões de israelenses orgulhosos que acreditam no nosso país, que amam nosso
país e sabem que seus melhores dias ainda estão por vir.
Somos
fortes, somos orgulhosos, somos unidos, e estamos aquí para ficar.
“Am Yisrael
Chai” – a Nação de Israel Vive