Sunday, June 15, 2025

O Leão que se Levantou 15/06/2025

 

Nesta última quinta-feira à noite, Israel lançou a Operação Leão Que Se Levanta atingindo diversos alvos militares e nucleares no Irã (sei que a mídia colocou o nome de Leão Ascendente mas no Hebraico a palavra é que se levanta como está em Números 23:24).

A mídia internacional parecia estar confusa e a pergunta de todos era porque Israel teria atacado agora, em meio às negociações entre o Irã e os Estados Unidos. Sim, parece que eles perderam a última resposta do Irã que rejeitou categoricamente a posição americana recusando qualquer restrição ao seu suposto “direito” de enriquecer urânio. Além disso, a Agência Internacional de Energia Atômica noticiou esta semana que Teerã estaria violando flagrantemente suas obrigações em relação ao enriquecimento e caminhando rapidamente para uma bomba juntamente com a crescente ameaça dos aiatolás ao Estado judeu levaram Israel a decidir tomar a situação em suas próprias mãos.

Ao longo do conflito, Teerã forneceu suprimentos e treinamento a grupos terroristas e milicias da região para atacar Israel, incluindo os Houthis no Iêmen, a Hezbollah na Síria e no Líbano, as milicias xiitas do Iraque e o Hamas em Gaza.

A República Islâmica não entrou nesta negociação com a América para resolver qualquer conflito. Está negociando para sobrevivê-lo. No começo deste mês, quando o Supremo Líder Ali Khamenei publicamente rejeitou a proposta de reduzir o enriquecimento de urânio, ele fez isso para mostrar força, desmoralizar seus adversários e reforçar a coesão interna ao mesmo tempo que adiava qualquer resposta para os negociadores, uma tática repetidamente usada pelo Irã  para garantir a sobrevivência do regime.

A diplomacia com o Irã não é um processo linear. Eles não levam o tempo em consideração mesmo após Trump ter imposto o prazo de 60 dias para entrarem num acordo. Cada dia que permitimos ao regime de Teerã manobrar através de atrasos e adiamentos, ele fortalece seus sistemas para sobreviver a qualquer colapso, resistir inspeções e projetar perigo. Enquanto negociadores vem e vão, o regime iraniano sobrevive. Seus diplomatas não negociam, eles gerenciam o confronto

O programa nuclear não é o centro da questão. Depois de todos estes anos e com dezenas de usinas nucleares, o Irã não produziu um kilovate sequer de energia elétrica. Está mais do que claro para quê o regime quer enriquecer urânio.

E pior, apesar de todas as ameaças de morte à America, morte a Israel, vamos varrer Israel do mapa, etc., nenhum país ou organização, ou a ONU, jamais condenou o Irã. Assim, Israel, sozinha, decidiu destruir o programa nuclear do Irã, alvejando com precisão não só as usinas, mas as fábricas de mísseis balísticos e drones, e toda a cúpula militar e da Guarda Revolucionária iraniana, objetivos claramente militares. Como é de sua conduta, Israel enviou mensagens em farsi para o povo iraniano ficar longe de bases militares, depósitos de armas, etc., para não se ferirem.

A resposta do Irã era esperada. Desde a última quinta-feira estamos sob ataque, passando a maioria do tempo nos abrigos ou muito próximos a eles. A cada onda de mísseis enviados do Irã, nos protegemos porque diferentemente de Israel, o Irã almeja matar nossos civis.

Mas dessa vez, estamos todos unidos, rezando para que ao final haja uma queda deste regime pernicioso, fanático e violento. A questão agora é se os sofridos cidadãos do Irã estão prontos para aproveitar uma oportunidade paralela para sua própria liberdade.

Por 46 longos anos – desde que o aiatolá Khomeini sequestrou uma revolução popular e erigiu a República Islâmica – o povo iraniano tem vivido sob um regime que se alimenta do medo.

Mas nas últimas 48 horas, esse medo passou do povo para os homens desta ditadura em Teerã e depois para as equipes de mísseis que descobriram o que acontece quando Israel decide agir.

Mais de 100 aviões de combate de Israel atingiram os locais subterrâneos de enriquecimento de urânio em Natanz, bases aéreas em Tabriz e Hamdan e centros de comando na própria Teerã. Simultaneamente, agentes do Mossad sabotaram bases de defesa aérea e depósitos de mísseis nas profundezas da República Islâmica. O chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e uma série de cientistas nucleares foram eliminados.

Não menos impressionante foi a velocidade com que todo o aparato político de Israel se uniu. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou os líderes da oposição Yair Lapid e Benny Gantz antes da decolagem dos primeiros jatos. Ambos deram declarações de apoio inequívoco. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o líder trabalhista, Merav Michaeli, que raramente aparecem juntos, na sexta-feira, os dois, lado a lado elogiaram o profissionalismo do exército e da aeronáutica, rezando por seu sucesso.

A Knesset, que está sempre debatendo, se levantou em uníssono para aplaudir os pilotos. Quando o Comando da Frente Interna ordenou que os cidadãos se abrigassem, eles se uniram – esquerda, direita, seculares, religiosos, árabes, drusos e judeus.

Essa unidade é um trunfo estratégico. As maiores vitórias de Israel – 1948, 1967, Entebbe, o ataque a Osirak em 1981 – nasceram de momentos em que o povo disse aos seus soldados: "Vão e nós os apoiaremos". Mais uma vez, vemos o poder de uma sociedade que discute ferozmente uns com os outros na quinta-feira e luta ombro a ombro na sexta-feira.

Voltemo-nos agora para Teerã, Shiraz, Mashhad e Tabriz. O regime investiu a riqueza do povo iraniano em milícias, de Gaza até Sanaa, em fábricas de mísseis balísticos e planos terroristas, de Buenos Aires a Burgas. Prometeu glória e entregou isolamento, inflação, rios contaminados e a maior taxa de execução per capita do mundo. Em 2022, vocês gritaram "Zan, Zendegi, Azadi" – "Mulher, Vida, Liberdade" – e a Guarda Revolucionária respondeu com balas. Agora, a guarda descobriu que eles também sangram.

Povo do Irã, saibam que Israel é sua amiga. Antes dos aiatolás tínhamos um relacionamento muito estreito. E como Israel que se levantou, aproveitem este momento e levantem-se.

Na noite de sexta-feira milhões de israelenses passaram em abrigos trocando mensagens de WhatsApp com amigos dentro do Irã, oferecendo orações e solidariedade. Israel não está em guerra com o povo iraniano; está em guerra com uma cambada fanática que assassina sírios, iemenitas, israelenses, mas principalmente iranianos – todos os dias. Chegou a hora de retomarem sua dignidade.

O caminho será difícil – tiranias raramente se rendem da noite para o dia – mas Israel expôs as fraquezas do regime. Suas defesas aéreas falharam; seus mísseis tiveram pouco sucesso; seus mitos foram destruídos. Os líderes que sobraram estão enviando suas famílias para fora do país. Até o Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, se sentiu compelido a prometer vingança "no momento que escolhermos" – uma formulação que quase sempre significa fraqueza.

A Operação Leoa que se Levanta não acabou; Netanyahu prometeu continuar "até que a ameaça iraniana seja removida". Ele continuou dizendo: “A esperança que estendemos agora é ao povo iraniano: não tenham medo. Os 46 anos que vocês sofreram já são longos o suficiente. O eixo do mal que ligava o Hamas, o Hezbollah e a Força Quds está muito mais fraco hoje do que na quinta-feira. Ajudem-se e vocês encontrarão parceiros em toda a região, de Riad a Rabat e – sim – Jerusalém.

O herdeiro do trono iraniano Reza Pahlavi, o filho do último Xá do Irã, declarou no X que está pronto para conduzir o país durante o período de transição para a democracia. Ele que há 46 anos vive nos Estados Unidos, sabe o que é ter um país livre com uma economia próspera e em paz.

Talvez seja coincidência para quem acredita nelas, mas a bandeira do Irã antes dos aiatolás, tinha um leão no centro. Como a Leoa que se levanta, o povo do Irã tem que se levantar como o leão e restaurá-lo a seu lugar de honra.

Quanto a Israel, posso dizer que demos um basta a darmos desculpas por nossa força. Vamos parar de dar o microfone àqueles que são contra nós e querem nossa capitulação através de concessões absurdas. O próximo capítulo da nossa história não será escrito por profetas da destruição. Será escrito pelos milhões de israelenses orgulhosos que acreditam no nosso país, que amam nosso país e sabem que seus melhores dias ainda estão por vir.

Somos fortes, somos orgulhosos, somos unidos, e estamos aquí para ficar.

“Am Yisrael Chai” – a Nação de Israel Vive

Sunday, June 8, 2025

Deixar Gaza Morrer de Fome se for Israel Que Fornecer o Alimento - 8/6/2025

 

Ontem marcamos 20 meses desde que o Hamas iniciou a guerra que nós, em Israel, estamos vivenciando – uma guerra que parece não ter fim. Nossos reféns permanecem em cativeiro nas condições mais terríveis possíveis, comparadas aos campos de concentração nazistas – uma realidade comprovada por aqueles que foram libertados.

Israel continua a sofrer o doloroso custo desta guerra, que só nesta semana levou a vida de 8 soldados. 8 familias que não serão as mesmas para sempre. Muitos reservistas já estão servindo há mais de um ano, perdendo seus meios de subsistência. Há milhares de israelenses ainda deslocados de suas casas além do dano à economia do país.

E pela primeira vez na história da humanidade, um país atacado sem provocação, num dia santo, que teve mais de 1200 de seus civis mortos, mutilados, queimados e outros 250 raptados, agora tem que alimentar seu inimigo. Um inimigo que não usa uniforme, que ataca de centros civis - hospitais, mesquitas, escolas e residências para forçar a condenação da vítima.

Mas pior ainda, toda a ajuda humanitária entregue até agora foi direto para as mãos do grupo terrorista Hamas, que a vendeu aos moradores de Gaza a preços exorbitantes para financiar seus tuneis, misseis e recrutas para continuar a atacar Israel.

E por causa da pressão do mundo, Israel teve que novamente enviar ajuda humanitária a seus inimigos, mas dessa vez a coisa foi diferente. Israel decidiu alimentar os moradores e fazer o Hamas passar fome.

Israel fez a coordenação com a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização sem fins lucrativos registrada na Suíça até então desconhecida, patrocinada por grupos privados americanos e facilitada por Israel. A GHF começou a distribuir alimentos e outra ajuda diretamente ao povo. Dois centros de distribuição foram montados e em dois dias, eles conseguiram entregar cerca de 15 mil caixas de alimentos – cada uma contendo itens básicos capazes de sustentar de cinco a seis pessoas por 3,5 dias.

Sim, o que aconteceu no início foi caótico. Houve atrasos, rumores, ameaças e até violência. Mas também houve algo novo: pela primeira vez, os moradores de Gaza ignoraram as ordens do Hamas e aceitaram ajuda de um grupo não afiliado a ele.

Para muitos em Israel, isto era muito esperado. Mas para os hipócritas e críticos do novo sistema na comunidade internacional, a uma mudança é inaceitável. E quem dera uma ajuda similar pudesse ser enviada aos famintos no Sudão onde as pessoas não têm condição de ficar de pé para recebê-la? E porque será?

Mas a questão aqui não se resume aos alimentos básicos. A verdadeira questão aqui é o controle. E o Hamas sabe disso, e é por isso que a reação do grupo terrorista foi furiosa.

O Hamas ameaçou a população para não pegar a ajuda, circulou notícias falsas de que a distribuição havia sido interrompida ou suspensa e chegou até a montar barreiras para dificultar o acesso aos pontos de distribuição. Mas todo este esforço foi em vão.

Os moradores de Gaza foram pegar os alimentos, alguns pisoteando as barricadas do Hamas para alcançar os americanos e protegidos ao longo do perímetro por soldados israelenses. Um vídeo capturou um pai de Gaza agradecendo a "todos que nos ajudaram – muçulmanos, infiéis, americanos", enquanto seus filhos ao redor carregavam os pacotes de comida nos ombros. A mensagem foi inequívoca: o monopólio do Hamas sobre a distribuição da ajuda estava chegando ao fim e, com ele, o controle sobre os civis de Gaza.

Um oficial sênior do exército de Israel disse que eles se prepararam para cenários muito piores, após as cenas iniciais de distúrbios. “A barreira do medo foi quebrada. O Hamas está em seu ponto mais baixo em termos de controle.” Mas este controle ainda não chegou ao fim precisamente porque o Hamas sequestrou a ajuda humanitária até agora.

“O Hamas ficou com uma boa parte para si e vendeu o restante para a população civil a preços exorbitantes”. “E, assim, financiaram novos recrutas. Eles precisam reabastecer sua máquina de guerra, sua máquina terrorista, seu exército terrorista. Então, eles usaram a ajuda humanitária para continuar a guerra. E Israel disse: isso tem que parar.”

Dessa perspectiva, o novo sistema rompeu o vínculo entre a ajuda e o Hamas, minando seu controle e mostrando aos moradores de Gaza que existem alternativas.

Mas nem todos veem isso como uma solução. Os críticos como a ONU e outras organizações argumentaram que colocar a distribuição de ajuda sob o controle de fato de Israel vai contra décadas de normas humanitárias que proíbem a entrega da ajuda por uma das partes em conflito.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou a medida, afirmando que ela viola os princípios humanitários. Países doadores – incluindo Canadá, Austrália, Inglaterra e a maior parte da Europa – alegaram a ajuda foi politizada, não para ajudar civis, mas para promover os objetivos de guerra israelenses.

Que incrível! É de passar mal. Quer dizer, quando o Hamas, um grupo terrorista sequestra a ajuda e extorque o povo durante décadas, isso tudo bem. Quando Israel coloca a casa em ordem e entrega de fato os alimentos diretamente às famílias – por meio de centros seguros, monitorados e protegidos militarmente – isso de repente se tornou inaceitável? Israel está promovendo seus objetivos de guerra? Sério? Traduzindo: o objetivo da hipócrita comunidade internacional não é o de alimentar o povo de Gaza, mas o de contribuir com o esforço de guerra do Hamas. Finalmente a máscara caiu.

Durante décadas, o mundo ignorou o fato de o Hamas fazer da assistência humanitária uma ferramenta de repressão. Enquanto a UNRWA e outras ONGs que estavam envolvidas com o Hamas, entregavam a ajuda, o Hamas a tomava – taxando, revendendo, desviando e usando os lucros para recrutar combatentes, cavar túneis e financiar sua máquina de guerra. Esse modus operandi continuou durante toda a guerra, e não houve alvoroço algum no mundo sobre como isso era uma "armamentização da assistência".

Agora o Hamas está mais fraco do que nunca. Militarmente, Israel continua a desmantelar suas capacidades. Politicamente, a perda de controle sobre a distribuição da ajuda atinge o cerne do que restou da sua autoridade. Cada família que recebe comida sem a bênção do Hamas é um pequeno ato de rebelião. E cada dia que o novo modelo continua é mais uma rachadura no muro de controle do Hamas.

O novo método de distribuição – apoiado, financiado e protegido por Israel e pelos EUA – foi projetado para quebrar esse ciclo.

Se for bem-sucedido, este novo método fará mais do que apenas alimentar as pessoas. Ele minará a autoridade do Hamas. Empoderará os moradores de Gaza a buscar liderança em outro lugar. E ajudará a responder à pergunta com a qual Israel vem lutando há mais de 600 dias: como derrotar não apenas o exército do Hamas, mas também seu domínio sobre a sociedade?

E só então poderemos pensar como será o “dia seguinte” em Gaza.