Sunday, June 8, 2025

Deixar Gaza Morrer de Fome se for Israel Que Fornecer o Alimento - 8/6/2025

 

Ontem marcamos 20 meses desde que o Hamas iniciou a guerra que nós, em Israel, estamos vivenciando – uma guerra que parece não ter fim. Nossos reféns permanecem em cativeiro nas condições mais terríveis possíveis, comparadas aos campos de concentração nazistas – uma realidade comprovada por aqueles que foram libertados.

Israel continua a sofrer o doloroso custo desta guerra, que só nesta semana levou a vida de 8 soldados. 8 familias que não serão as mesmas para sempre. Muitos reservistas já estão servindo há mais de um ano, perdendo seus meios de subsistência. Há milhares de israelenses ainda deslocados de suas casas além do dano à economia do país.

E pela primeira vez na história da humanidade, um país atacado sem provocação, num dia santo, que teve mais de 1200 de seus civis mortos, mutilados, queimados e outros 250 raptados, agora tem que alimentar seu inimigo. Um inimigo que não usa uniforme, que ataca de centros civis - hospitais, mesquitas, escolas e residências para forçar a condenação da vítima.

Mas pior ainda, toda a ajuda humanitária entregue até agora foi direto para as mãos do grupo terrorista Hamas, que a vendeu aos moradores de Gaza a preços exorbitantes para financiar seus tuneis, misseis e recrutas para continuar a atacar Israel.

E por causa da pressão do mundo, Israel teve que novamente enviar ajuda humanitária a seus inimigos, mas dessa vez a coisa foi diferente. Israel decidiu alimentar os moradores e fazer o Hamas passar fome.

Israel fez a coordenação com a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização sem fins lucrativos registrada na Suíça até então desconhecida, patrocinada por grupos privados americanos e facilitada por Israel. A GHF começou a distribuir alimentos e outra ajuda diretamente ao povo. Dois centros de distribuição foram montados e em dois dias, eles conseguiram entregar cerca de 15 mil caixas de alimentos – cada uma contendo itens básicos capazes de sustentar de cinco a seis pessoas por 3,5 dias.

Sim, o que aconteceu no início foi caótico. Houve atrasos, rumores, ameaças e até violência. Mas também houve algo novo: pela primeira vez, os moradores de Gaza ignoraram as ordens do Hamas e aceitaram ajuda de um grupo não afiliado a ele.

Para muitos em Israel, isto era muito esperado. Mas para os hipócritas e críticos do novo sistema na comunidade internacional, a uma mudança é inaceitável. E quem dera uma ajuda similar pudesse ser enviada aos famintos no Sudão onde as pessoas não têm condição de ficar de pé para recebê-la? E porque será?

Mas a questão aqui não se resume aos alimentos básicos. A verdadeira questão aqui é o controle. E o Hamas sabe disso, e é por isso que a reação do grupo terrorista foi furiosa.

O Hamas ameaçou a população para não pegar a ajuda, circulou notícias falsas de que a distribuição havia sido interrompida ou suspensa e chegou até a montar barreiras para dificultar o acesso aos pontos de distribuição. Mas todo este esforço foi em vão.

Os moradores de Gaza foram pegar os alimentos, alguns pisoteando as barricadas do Hamas para alcançar os americanos e protegidos ao longo do perímetro por soldados israelenses. Um vídeo capturou um pai de Gaza agradecendo a "todos que nos ajudaram – muçulmanos, infiéis, americanos", enquanto seus filhos ao redor carregavam os pacotes de comida nos ombros. A mensagem foi inequívoca: o monopólio do Hamas sobre a distribuição da ajuda estava chegando ao fim e, com ele, o controle sobre os civis de Gaza.

Um oficial sênior do exército de Israel disse que eles se prepararam para cenários muito piores, após as cenas iniciais de distúrbios. “A barreira do medo foi quebrada. O Hamas está em seu ponto mais baixo em termos de controle.” Mas este controle ainda não chegou ao fim precisamente porque o Hamas sequestrou a ajuda humanitária até agora.

“O Hamas ficou com uma boa parte para si e vendeu o restante para a população civil a preços exorbitantes”. “E, assim, financiaram novos recrutas. Eles precisam reabastecer sua máquina de guerra, sua máquina terrorista, seu exército terrorista. Então, eles usaram a ajuda humanitária para continuar a guerra. E Israel disse: isso tem que parar.”

Dessa perspectiva, o novo sistema rompeu o vínculo entre a ajuda e o Hamas, minando seu controle e mostrando aos moradores de Gaza que existem alternativas.

Mas nem todos veem isso como uma solução. Os críticos como a ONU e outras organizações argumentaram que colocar a distribuição de ajuda sob o controle de fato de Israel vai contra décadas de normas humanitárias que proíbem a entrega da ajuda por uma das partes em conflito.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou a medida, afirmando que ela viola os princípios humanitários. Países doadores – incluindo Canadá, Austrália, Inglaterra e a maior parte da Europa – alegaram a ajuda foi politizada, não para ajudar civis, mas para promover os objetivos de guerra israelenses.

Que incrível! É de passar mal. Quer dizer, quando o Hamas, um grupo terrorista sequestra a ajuda e extorque o povo durante décadas, isso tudo bem. Quando Israel coloca a casa em ordem e entrega de fato os alimentos diretamente às famílias – por meio de centros seguros, monitorados e protegidos militarmente – isso de repente se tornou inaceitável? Israel está promovendo seus objetivos de guerra? Sério? Traduzindo: o objetivo da hipócrita comunidade internacional não é o de alimentar o povo de Gaza, mas o de contribuir com o esforço de guerra do Hamas. Finalmente a máscara caiu.

Durante décadas, o mundo ignorou o fato de o Hamas fazer da assistência humanitária uma ferramenta de repressão. Enquanto a UNRWA e outras ONGs que estavam envolvidas com o Hamas, entregavam a ajuda, o Hamas a tomava – taxando, revendendo, desviando e usando os lucros para recrutar combatentes, cavar túneis e financiar sua máquina de guerra. Esse modus operandi continuou durante toda a guerra, e não houve alvoroço algum no mundo sobre como isso era uma "armamentização da assistência".

Agora o Hamas está mais fraco do que nunca. Militarmente, Israel continua a desmantelar suas capacidades. Politicamente, a perda de controle sobre a distribuição da ajuda atinge o cerne do que restou da sua autoridade. Cada família que recebe comida sem a bênção do Hamas é um pequeno ato de rebelião. E cada dia que o novo modelo continua é mais uma rachadura no muro de controle do Hamas.

O novo método de distribuição – apoiado, financiado e protegido por Israel e pelos EUA – foi projetado para quebrar esse ciclo.

Se for bem-sucedido, este novo método fará mais do que apenas alimentar as pessoas. Ele minará a autoridade do Hamas. Empoderará os moradores de Gaza a buscar liderança em outro lugar. E ajudará a responder à pergunta com a qual Israel vem lutando há mais de 600 dias: como derrotar não apenas o exército do Hamas, mas também seu domínio sobre a sociedade?

E só então poderemos pensar como será o “dia seguinte” em Gaza.

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