Hoje
começamos com uma notícia verdadeiramente feliz. Depois de 43 anos, o Mossad e
o exército de Israel conseguiram identificar e recuperar os restos mortais de
Zvi Feldman que morreu na primeira guerra do Líbano.
Feldman,
desapareceu na batalha de Sultan Yacoub, em 1982, junto com outros dois
soldados: Yehuda Katz e Zachary Baumel, cujos restos mortais foram devolvidos a
Israel em 2019. O corpo de Feldman estava no coração da Síria.
A batalha de
Sultan Yacoub, há quase 43 anos, foi um confronto entre as Forças de Israel e o
exército sírio no Vale do Bekaa, no Líbano. A batalha custou a vida de 21
israelenses e deixou mais de 30 feridos. Infelizmente os pais de Feldman,
Avraham e Pnina já faleceram, mas seus irmãos e sobrinhos continuaram seus
esforços para localizá-lo.
O
primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu foi pessoalmente ao apartamento da
família Feldman para dar a notícia. Netanyahu afirmou que não irá sossegar até
que o corpo de Yehudah Katz também seja devolvido.
Esse é o DNA
de Israel. Nunca desistir de encontrar seus filhos para um enterro digno na
terra de seus ancestrais. Ninguém fica para trás. Mesmo depois de 43 anos. E é
por isso que continuamos nossa batalha para retornar os 59 reféns ainda em
Gaza, os vivos e os mortos. E com certeza não esquecemos e continuamos a
procurar nosso piloto Ron Arad que está desaparecido há 38 anos.
Neste fim de
semana, equipes de negociação americanas e iranianas desembarcarão novamente em
Muscat, no sultanato de Omã para a quarta rodada de negociações nucleares entre
os países.
Os iranianos
têm se mostrado irritados com as mudanças percebidas na abordagem da Casa
Branca às negociações. Os EUA parecem ter endurecido sua posição, exigindo que
o programa nuclear iraniano seja completamente desmantelado.
O Irã insiste
ter o direito de enriquecer urânio para objetivos puramente civis. Eles acham
que somos idiotas. Desde quando o 7º produtor de petróleo do mundo e o 2º em
produção de gás natural, precisa de energia nuclear para gerar eletricidade?
Depois de
amanhã Trump estará na Arabia Saudita em sua viagem à região, que não inclui
Israel. É claro, Trump quer mostrar que ele defende primeiro os interesses
americanos e não virá para defender os de Israel. Talvez por isso ele tenha
assinado um acordo com os Houthis, se comprometendo a não mais atacar o Iêmen
se os Houthis cessassem seus ataques ao transporte marítimo. Os Houthis
deixaram bem claro que este acordo não os impedia de atacar Israel.
E aí temos a
prova do que é este conflito verdadeiramente. E ele não tem nada a ver com
território. O Iêmen não faz fronteira com Israel, longe disso. O mesmo vale
para o Irã, que patrocina os Houthis, o Hamas, a Hezbollah e o Jihad Islâmico.
Esta é uma
guerra contra a existência de Israel. Contra a existência de um Estado judeu. O
Hamas tem a destruição de Israel como objetivo em sua constituição. Os Houthis
são ainda menos sutis; sua bandeira ostenta o slogan: "Alá é o Maior,
Morte à América, Morte a Israel, Maldição aos Judeus, Vitória ao Islão".
O Hamas em
Gaza e a Hezbollah no Líbano gastaram bilhões na construção de túneis
subterrâneos e armamento às custas da população. Para quê exatamente senão para
começar uma guerra com Israel? Nas áreas controladas pelos Houthis no Iêmen, há
uma epidemia de fome, mas estes terroristas jihadistas preferem investir em
armas a aliviar a pobreza.
Por que
fariam isso, se não para lhes dar a capacidade de atacar? Por que o Hamas
rejeita qualquer sugestão de desarmamento? Porque o Irã precisa de mais de 20
centros de produção nuclear? Ninguém no mundo estará seguro se o Irã puder
acoplar ogivas nucleares ao seu arsenal de mísseis.
E aí vamos aos
incêndios florestais nas Colinas da Judeia. Vários incêndios eclodiram no Dia
da Lembrança, um dia antes das comemorações dos 77 anos de Independência de
Israel. Alguns árabes do leste de Jerusalem rapidamente se aproveitaram da
situação para cometer ataques incendiários seguindo a mensagem do Hamas no seu
canal do Telegram incentivando os árabes a "queimarem tudo o que puderem
bosques, florestas e casas de colonos". "Jovens da Cisjordânia,
jovens de Jerusalém e aqueles dentro de Israel, incendeiem seus carros... Gaza
aguarda a vingança dos livres", escreveu o Hamas. É assim que os árabes se
relacionam com a terra que eles dizem amar? E morrer por ela? Queimando tudo o
que podem?
E alguém
ouviu algum protesto dos ativistas climáticos e ecológicos? Onde está Greta
Thunberg? Será que ela está doente? Eu não ouvi nada nem dela nem de outros.
Mas a maior hipocrisia
é o que está acontecendo no conflito entre a India e o Paquistão.
No dia 22 de
abril último, 19 dias atrás, terroristas muçulmanos apoiados pelo Paquistão
abriram fogo contra turistas indianos, na região do Cashmir, matando 26 pessoas
– pais, maridos, avôs e filhos em frente de suas famílias. Uma mulher com
deficiência teve que rastejar montanha abaixo para se salvar. Os assassinos
pediram às vítimas que recitassem versos islâmicos para provar que não eram
hindus e forçaram os homens a baixar as calças para provarem serem
circuncidados antes de executá-los.
As mesmas
vozes que irrompem quando Israel se defende do terror estão em silêncio agora.
Os mesmos campi universitários que se transformaram em zonas de protesto 24
horas por dia, 7 dias por semana, depois de 7 de outubro não têm nada a dizer
sobre o 22 de abril.
Porque, desta
vez, as vítimas são civis indianos – a maioria hindus – executados a sangue
frio por terroristas paquistaneses. E, de repente, o mundo se calou. Não há
tendas. Não há hashtags. Nem solidariedade. Nem indignação. Nem vigílias. Nem
manchetes. Apenas silêncio.
Há 19 dias
que o Ocidente parece não conseguir encontrar sua voz. Quando o Hamas massacrou
judeus em 7 de outubro, o mundo não conseguia parar de vociferar sobre condenar
os açougueiros ou os massacrados. Agora, não consegue nem mesmo falar a
respeito. Apenas silêncio.
A Índia não
se calou. Ela respondeu. Em poucos dias, o exército indiano lançou ataques
através da fronteira, destruindo nove instalações de infraestrutura terrorista
no Paquistão. Foram retaliações precisas contra centros de treinamento conhecidos
do Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammed.
O Paquistão,
previsivelmente, negou tudo. Depois, alegou ser vítima. Depois, intensificou a
violência. Seguiram-se ataques de drones, fechamentos do espaço aéreo e ameaças
de guerra. Mas o mundo só ficou olhando. Nenhuma sanção foi aprovada. Nenhuma
reunião de urgência foi chamada. Nenhum ganhador do Prêmio Nobel pediu
moderação ou “contenção de ambos os lados”.
Já vimos esse
roteiro antes. Porque nós, israelenses, o vivemos todos os dias. A Índia é
Israel nesta história. Uma democracia lutando pela vida de seus cidadãos,
acusada de "escalar" simplesmente por se recusar a morrer em
silêncio. E o Paquistão, como o Hamas, se esconde atrás de uma negação furada
enquanto exporta o terror impunemente.
Após o 7 de
outubro, a Índia foi um dos poucos países que ficou do lado de Israel e do seu direito
de se defender. E agora quando a Índia se defende, Israel não ganha apenas um
aliado. Ganha um espelho. O triste é ver
a indiferença do mundo quando não se trata de judeus se defendendo.
Não esperem
de pé ver estudantes e manifestantes protestarem quando os terroristas forem paquistaneses
muçulmanos e as vítimas forem indianos, porque aí a narrativa fica
inconveniente.
Para estes
hipócritas, a indignação seletiva é fácil. A coerência moral, por outro lado, é
muito mais difícil e ainda está longe do alcance dos antissemitas.
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