Sunday, May 11, 2025

A Fraqueza Moral do Ocidente Desmascarada - 11/5/2025

 

Hoje começamos com uma notícia verdadeiramente feliz. Depois de 43 anos, o Mossad e o exército de Israel conseguiram identificar e recuperar os restos mortais de Zvi Feldman que morreu na primeira guerra do Líbano.

Feldman, desapareceu na batalha de Sultan Yacoub, em 1982, junto com outros dois soldados: Yehuda Katz e Zachary Baumel, cujos restos mortais foram devolvidos a Israel em 2019. O corpo de Feldman estava no coração da Síria.

A batalha de Sultan Yacoub, há quase 43 anos, foi um confronto entre as Forças de Israel e o exército sírio no Vale do Bekaa, no Líbano. A batalha custou a vida de 21 israelenses e deixou mais de 30 feridos. Infelizmente os pais de Feldman, Avraham e Pnina já faleceram, mas seus irmãos e sobrinhos continuaram seus esforços para localizá-lo.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu foi pessoalmente ao apartamento da família Feldman para dar a notícia. Netanyahu afirmou que não irá sossegar até que o corpo de Yehudah Katz também seja devolvido.

Esse é o DNA de Israel. Nunca desistir de encontrar seus filhos para um enterro digno na terra de seus ancestrais. Ninguém fica para trás. Mesmo depois de 43 anos. E é por isso que continuamos nossa batalha para retornar os 59 reféns ainda em Gaza, os vivos e os mortos. E com certeza não esquecemos e continuamos a procurar nosso piloto Ron Arad que está desaparecido há 38 anos.

Neste fim de semana, equipes de negociação americanas e iranianas desembarcarão novamente em Muscat, no sultanato de Omã para a quarta rodada de negociações nucleares entre os países.

Os iranianos têm se mostrado irritados com as mudanças percebidas na abordagem da Casa Branca às negociações. Os EUA parecem ter endurecido sua posição, exigindo que o programa nuclear iraniano seja completamente desmantelado.

O Irã insiste ter o direito de enriquecer urânio para objetivos puramente civis. Eles acham que somos idiotas. Desde quando o 7º produtor de petróleo do mundo e o 2º em produção de gás natural, precisa de energia nuclear para gerar eletricidade?

Depois de amanhã Trump estará na Arabia Saudita em sua viagem à região, que não inclui Israel. É claro, Trump quer mostrar que ele defende primeiro os interesses americanos e não virá para defender os de Israel. Talvez por isso ele tenha assinado um acordo com os Houthis, se comprometendo a não mais atacar o Iêmen se os Houthis cessassem seus ataques ao transporte marítimo. Os Houthis deixaram bem claro que este acordo não os impedia de atacar Israel.

E aí temos a prova do que é este conflito verdadeiramente. E ele não tem nada a ver com território. O Iêmen não faz fronteira com Israel, longe disso. O mesmo vale para o Irã, que patrocina os Houthis, o Hamas, a Hezbollah e o Jihad Islâmico.

Esta é uma guerra contra a existência de Israel. Contra a existência de um Estado judeu. O Hamas tem a destruição de Israel como objetivo em sua constituição. Os Houthis são ainda menos sutis; sua bandeira ostenta o slogan: "Alá é o Maior, Morte à América, Morte a Israel, Maldição aos Judeus, Vitória ao Islão".

O Hamas em Gaza e a Hezbollah no Líbano gastaram bilhões na construção de túneis subterrâneos e armamento às custas da população. Para quê exatamente senão para começar uma guerra com Israel? Nas áreas controladas pelos Houthis no Iêmen, há uma epidemia de fome, mas estes terroristas jihadistas preferem investir em armas a aliviar a pobreza.

Por que fariam isso, se não para lhes dar a capacidade de atacar? Por que o Hamas rejeita qualquer sugestão de desarmamento? Porque o Irã precisa de mais de 20 centros de produção nuclear? Ninguém no mundo estará seguro se o Irã puder acoplar ogivas nucleares ao seu arsenal de mísseis.

E aí vamos aos incêndios florestais nas Colinas da Judeia. Vários incêndios eclodiram no Dia da Lembrança, um dia antes das comemorações dos 77 anos de Independência de Israel. Alguns árabes do leste de Jerusalem rapidamente se aproveitaram da situação para cometer ataques incendiários seguindo a mensagem do Hamas no seu canal do Telegram incentivando os árabes a "queimarem tudo o que puderem bosques, florestas e casas de colonos". "Jovens da Cisjordânia, jovens de Jerusalém e aqueles dentro de Israel, incendeiem seus carros... Gaza aguarda a vingança dos livres", escreveu o Hamas. É assim que os árabes se relacionam com a terra que eles dizem amar? E morrer por ela? Queimando tudo o que podem?

E alguém ouviu algum protesto dos ativistas climáticos e ecológicos? Onde está Greta Thunberg? Será que ela está doente? Eu não ouvi nada nem dela nem de outros. 

Mas a maior hipocrisia é o que está acontecendo no conflito entre a India e o Paquistão.

No dia 22 de abril último, 19 dias atrás, terroristas muçulmanos apoiados pelo Paquistão abriram fogo contra turistas indianos, na região do Cashmir, matando 26 pessoas – pais, maridos, avôs e filhos em frente de suas famílias. Uma mulher com deficiência teve que rastejar montanha abaixo para se salvar. Os assassinos pediram às vítimas que recitassem versos islâmicos para provar que não eram hindus e forçaram os homens a baixar as calças para provarem serem circuncidados antes de executá-los.

As mesmas vozes que irrompem quando Israel se defende do terror estão em silêncio agora. Os mesmos campi universitários que se transformaram em zonas de protesto 24 horas por dia, 7 dias por semana, depois de 7 de outubro não têm nada a dizer sobre o 22 de abril.

Porque, desta vez, as vítimas são civis indianos – a maioria hindus – executados a sangue frio por terroristas paquistaneses. E, de repente, o mundo se calou. Não há tendas. Não há hashtags. Nem solidariedade. Nem indignação. Nem vigílias. Nem manchetes. Apenas silêncio.

Há 19 dias que o Ocidente parece não conseguir encontrar sua voz. Quando o Hamas massacrou judeus em 7 de outubro, o mundo não conseguia parar de vociferar sobre condenar os açougueiros ou os massacrados. Agora, não consegue nem mesmo falar a respeito. Apenas silêncio.

A Índia não se calou. Ela respondeu. Em poucos dias, o exército indiano lançou ataques através da fronteira, destruindo nove instalações de infraestrutura terrorista no Paquistão. Foram retaliações precisas contra centros de treinamento conhecidos do Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammed.

O Paquistão, previsivelmente, negou tudo. Depois, alegou ser vítima. Depois, intensificou a violência. Seguiram-se ataques de drones, fechamentos do espaço aéreo e ameaças de guerra. Mas o mundo só ficou olhando. Nenhuma sanção foi aprovada. Nenhuma reunião de urgência foi chamada. Nenhum ganhador do Prêmio Nobel pediu moderação ou “contenção de ambos os lados”.

Já vimos esse roteiro antes. Porque nós, israelenses, o vivemos todos os dias. A Índia é Israel nesta história. Uma democracia lutando pela vida de seus cidadãos, acusada de "escalar" simplesmente por se recusar a morrer em silêncio. E o Paquistão, como o Hamas, se esconde atrás de uma negação furada enquanto exporta o terror impunemente.

Após o 7 de outubro, a Índia foi um dos poucos países que ficou do lado de Israel e do seu direito de se defender. E agora quando a Índia se defende, Israel não ganha apenas um aliado. Ganha um espelho.  O triste é ver a indiferença do mundo quando não se trata de judeus se defendendo.

Não esperem de pé ver estudantes e manifestantes protestarem quando os terroristas forem paquistaneses muçulmanos e as vítimas forem indianos, porque aí a narrativa fica inconveniente.

Para estes hipócritas, a indignação seletiva é fácil. A coerência moral, por outro lado, é muito mais difícil e ainda está longe do alcance dos antissemitas.

 

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