Sunday, August 3, 2025

Premiando o Terrorismo - 3/8/2025

 

Hoje faz 667 dias do ataque de 7 de outubro de 2023. Um ano e 10 meses de cativeiro para os 20 reféns presumidamente vivos e 30 mortos. Hoje também é o dia 9 do mês de Av no calendário judaico. O dia mais triste do ano quando choramos e jejuamos enlutados pelas maiores tragédias que ocorreram para o povo judeu nesta data. A destruição do primeiro e do segundo templos, foi neste dia. O massacre de mais de um milhão de judeus na Europa durante a primeira cruzada em 1096 começou neste dia. A expulsão dos judeus da Inglaterra em 1290, da França em 1306 e da Espanha de 1492 também. O massacre de 300 mil judeus pelos cossacos de Chmelnitski, homens, mulheres, e crianças ocorreu no dia 9 de Av de 1648 e muitas outras tragédias relacionadas a este dia. Mais recentemente, o desengajamento, quando o então governo de Ariel Sharon expulsou 8 mil judeus de suas casas da Faixa de Gaza chegando até a desenterrar os mortos também neste dia.

E ontem à noite, outro golpe doloroso. Quando perguntam se há fome em Gaza, respondemos sim. Há uma fome indescritível em Gaza, mas não dos árabes. Dos nossos reféns. O grupo terrorista Hamas publicou um vídeo ontem de Evyatar David de 24 anos. Ele está irreconhecível, se comparado às suas fotos de antes de 7 de outubro. Um esqueleto vivo. Só pelo sobre ossos. Isso é como a fome se parece, não estes hipócritas de Gaza que mostram filhos com doenças genéticas graves no colo de mães e irmãos bem alimentados dizendo que a criança está passando fome.

Mas pior ainda, em uma parte do vídeo, os terroristas do Hamas forçaram Evyatar a cavar sua própria cova no túnel e ele com os olhos vidrados dizendo que Israel acharia o corpo dele lá.

E nós temos que continuar a sustentar esta cambada de terroristas alimentando aqueles que só tem um objetivo na vida: nos matar e destruir Israel.

Dizemos que uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda está colocando o sapato. Em nenhum lugar isso é mais óbvio do que na mídia, onde imagens viralizam e permanecem na mente do público por meses. Esta semana, foi novamente a vez do The New York Times dar ao mundo uma lição de como fazer um péssimo jornalismo.

O jornal publicou em sua primeira página uma matéria sobre a alegada fome em Gaza. O artigo trouxe uma foto de uma criança de um ano e meio emaciada, aninhada nos braços de sua mãe. A legenda afirmava que a criança havia nascido saudável, mas agora sofria de desnutrição grave. Compartilhada na página principal do jornal, o artigo alcançou 55 milhões de acesso, se tornando o símbolo do sofrimento de Gaza. Líderes mundiais citaram a imagem, comentaristas a compartilharam e a implicação era clara. Que o objetivo de Israel nesta guerra era matar crianças de fome.

Ninguém foi procurar saber por que o pequeno irmão desta criança que também estava na fotografia, estava bem alimentado e a mãe não tinha sinais de desnutrição.

Só mais tarde médicos esclareceram que o menino havia nascido com paralisia cerebral e distúrbios musculares que o impediam de engolir alimentos normalmente. Há um índice muito grande em Gaza de crianças que nascem com doenças congênitas. Isso porque os árabes têm o costume de se casar com membros de primeiro grau de sua própria família geralmente primos. Depois que foi revelado que a criança já está há mais de um ano num hospital na Italia tendo ganhado peso e estar bem melhor, o New York Times resolveu publicar uma nota do editor reconhecendo o erro.

Erros são inevitáveis, mas quando cursei a faculdade de jornalismo, aprendi que todo esclarecimento deveria ser publicado no mesmo lugar e com a mesma visibilidade do artigo errado. Quer dizer, se o artigo foi publicado na primeira página do jornal, a correção deve ser feita também na primeira página e com a mesma visibilidade.

É aqui que a credibilidade do New York Times vai para o buraco. O jornal resolveu colocar a correção num feed de relações públicas do jornal, que tem apenas 90 mil seguidores, muito longe dos 55 milhões da sua conta principal.

Por que isso importa? Porque os conflitos hoje são travados tão ou mais ferozmente no campo da opinião pública do que no de batalha. Imagens e artigos moldam debates políticos e influenciam negociações diplomáticas. A publicação da foto da criança aparentemente morrendo de fome gerou consequências imediatas. E a retratação não adiantou a nada. O dano estava feito.

Meia dúzia de líderes de países ocidentais correram para anunciar o reconhecimento do estado palestino, sem negociação com Israel e com nossos reféns ainda no cativeiro. Entre eles, a França, a Inglaterra, Portugal, Canadá e Austrália.

E qual foi a consequência da declaração destes líderes iluminados? O Hamas simplesmente abandonou a mesa de negociação dizendo que não devolveria os reféns até que o Estado Palestino fosse criado com sua capital Jerusalem. E aí temos. Sem rodeos. Os palestinos querem tudo. Querem desmantelar Israel por completo. Do rio ao mar é exatamente o que eles querem. Não um estado ao lado de Israel, mas um em vez de Israel.

E é assim que o terrorismo é recompensado. Depois dos trogloditas do Hamas terem massacrado, estuprado, queimado, ferido e sequestrado israelenses em seu “passeio” pelo sul de Israel, a comunidade internacional está respondendo concedendo-lhes um Estado próprio.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o reconhecimento será anunciado em setembro, a menos que Israel tome "medidas substanciais para pôr fim à terrível situação em Gaza", e que Israel também deve cumprir outras condições, incluindo concordar com um cessar-fogo, comprometer-se com uma paz sustentável de longo prazo que leve à solução de dois Estados e permitir que as Nações Unidas reiniciem o fornecimento de ajuda (diga-se o Hamas), ou o Reino Unido tomaria essa medida na Assembleia Geral da ONU em setembro.

Esta é a estratégia: quando não conseguem convencer um grupo terrorista de absolutamente nada, eles pressionam Israel. E agora, com essa a nova demanda do Hamas?

Nós já tentamos dezenas de vezes dar a estes terroristas um Estado. Tentamos em 1937, em 1948, em 1967, em 1993 com os acordos de Oslo criando a Autoridade Palestina, em 2001 com Barak, em 2005 com a retirada de Gaza e 2008 com Ehud Olmert. Todas as propostas foram rejeitadas. Novamente, eles não querem um estado ao lado de Israel mas um estado em vez de Israel.

Em 2005 Sharon tentou nos convencer que os palestinos criariam a Cingapura do Oriente Médio. Eles poderiam facilmente ter criado a Dubai do Mediterraneo, mas preferiram investir em sua máquina de guerra.

Estamos mais conscientes do que nunca de que o que acontece agora afetará o que vem a seguir. O número de terroristas que o Hamas quer que sejam libertados em troca de reféns após quase dois anos de cativeiro só dará mais ímpeto à sua motivação para realizar outros sequestros.

Sair de Gaza, prometer um cessar-fogo unilateral, e a volta de terroristas para a região a apenas algumas centenas de metros das comunidades judaicas praticamente garantirá novas invasões. E esqueçam da ideia de que iremos remover à força 700 mil judeus de suas casas na Judeia e Samaria em troca de promessas internacionais de paz sem qualquer sentido.

O Hamas não está nos deixando alternativa a não ser continuarmos a atacar e eliminar seus terroristas, mesmo às custas das vidas dos reféns. E para deixar claro: Não estamos fazendo isso para dar uma lição ao Hamas. Mas porque finalmente aprendemos a nossa.

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