Hoje vamos
começar com 4 alegrias e 2 tristezas. Primeiro, o resgate ontem de Noa Argamani
de 26 anos, Almog Meir Jan de 21, Andrey Koslov de 27 e Shlomo Ziv de 40 anos
foi a boa notícia que esperávamos ouvir nos últimos 8 meses. A operação, nomeada Arnon, foi algo saído dos
filmes de ação mais elaborados. Finalmente, a mãe de Noa, Liora, que está com
um câncer terminal no hospital, poderá realizar seu último pedido de abraçar a
filha antes de morrer. Os 4 reféns, foram heroicamente salvos das mãos do Hamas
em Gaza, ou melhor, das mãos das famílias de civis “inocentes” que só estavam
sendo pagos pelo Hamas para manter os 4 presos em suas casas. Mas estes
resgates tiveram um preço alto para Israel. Primeiro foi a perda do oficial
Arnon Zamora que morreu durante a operação.
A segunda, e
uma notícia ainda mais triste, foi o falecimento do pai do refém Almog Meir
Jan, que morreu um dia antes do resgate, sem esperança de reencontrar o filho.
Quando o exército contatou a família, não conseguiu falar com ele. Logo em
seguida a família o encontrou morto em seu apartamento, de acordo com eles, de
tristeza.
O resgate dos
quatro reféns deu um novo ímpeto para Israel para apertar o cerco sobre o Hamas
e tentar resgatar os outros cativos. Mas no exterior a história foi contada
diferentemente. Israel foi obviamente condenada pela morte destes “civis
inocentes” que atiraram nos soldados para evitar que levassem os reféns, sem
relacionar estas mortes com o resgate dos prisioneiros.
Ninguém
criticou o Hamas ou responsabilizou o grupo por manterem reféns na residência
de supostos “civis inocentes”. Noa Argamani foi encontrada em um apartamento e
os outros 3 em outro em Nuseirat no centro de Gaza. O que não contam é que a
família que prendeu Noa, era a do jornalista da Al-Jazeera Abdullah Al-Jamal
que foi morto durante o resgate.
Eu repito: se
a maioria da população de Gaza é formada por civis inocentes, porque ninguém
coopera com Israel para encontrar os 120 reféns que ainda estão no cativeiro?
Será que não há um residente de Gaza que não pensa em salvar as vidas de outros
palestinos se contasse para Israel onde estão os reféns?
O Hamas se
recusa a divulgar a lista de pessoas que mantém cativos e não permite visitas
por parte da Cruz Vermelha. É problemático chegar a um acordo de libertação de
reféns – em troca da libertação de terroristas e de um cessar-fogo – sem saber
quantos reféns estão vivos e quantos estão mortos.
Somente
agora, 8 meses depois verificamos que Dolev Yehud, um paramédico que
acreditávamos ter sido feito refém, de fato morreu no dia 7 de outubro. Seu
corpo estava tão carbonizado que precisaram fazer testes muito especiais para
identificá-lo. No mesmo dia em que o
destino de Yehud foi noticiado, também ficamos sabendo que quatro reféns idosos
– Chaim Peri, de 80 anos; Amiram Cooper, de 84; Yoram Metzger, de 80; e Nadav
Popplewell, de 51 anos – foram mortos em cativeiro. Todos os quatro já haviam
sido vistos em vídeos divulgados pelo Hamas então sabemos que foram levados
vivos.
Nos vídeos, o
Hamas e o Jihad Islâmico obrigaram os prisioneiros a declarar que Netanyahu era
o único responsável por seu estado e a incentivar mais protestos contra o
governo numa tentativa barata de semear a divisão em Israel. Este é o plano estratégico do Irã e dos seus
representantes terroristas.
Ada Sagi, de
75 anos, que foi mantida em cativeiro em Gaza até à sua libertação em novembro,
contou que seus captores também foram pagos para mantê-la prisioneira. Os
estudantes que a vigiavam recebiam 70 NIS por dia, um valor elevado para os
padrões de Gaza, e a família em cuja casa ela estava detida ficou feliz quando
recebeu outro prisioneiro, pois isso significava mais dinheiro.
O pai da
família que manteve Ada como refém durante 54 dias disse a ela que ele não era
cúmplice das atrocidades. Ao que Ada respondeu: ‘Como você não é cúmplice, se
você tirou minha liberdade e eu estou presa contra a minha vontade, na sua
casa? Você é cúmplice. Isso é dinheiro do Hamas.’
Vamos deixar
algo claro: o Hamas, e somente o Hamas é responsável por todas as mortes
ocorridas nesta guerra. De judeus e de palestinos. Mas o mundo só se revolta e se
escandaliza se quem está atirando é um judeu.
Mas este
resgate também nos mostrou outra coisa: toda interferência americana foi em prejuizo
de Israel em tempo e recursos. Primeiro os EUA pediram a Israel para não entrar
em Gaza, mas depois de muito debate, Israel entrou. Depois pediram para não
entrar no hospital Shifah, Israel não teve escolha e entrou, depois em Khan
Yunis, Israel tomou o bairro, e agora pedem para não entrar em Rafah. Alguém
duvida ainda que Israel irá entrar em Rafah?
Sabendo
disso, na semana passada, Joe Biden decidiu apresentar um plano que ele disse ter sido elaborado pelo gabinete de
guerra de Israel com o aval do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
É muito estranho que ele tenha revelado um plano de outro chefe de estado sem
que aquele chefe de estado estivesse presente e ainda, tê-lo publicado numa
sexta-feira à noite nos Estados Unidos, quando já era madrugada em Israel. Claramente
Biden decidiu colocar Israel contra a parede para aceitar um acordo a qualquer
preço. Sempre foi muito mais fácil pressionar Israel por concessões do que
forçar os palestinos, principalmente o Hamas, uma organização terrorista, a um
acordo.
Apesar de
toda a conversa americana sobre um cessar-fogo, o Irã e os grupos terroristas
que apoiam continuam a pregar a eliminação do Estado Judeu, custe o que custar
– mais mísseis, mais massacres, mais ataques cibernéticos e o isolamento
internacional através da guerra e da pressão. O objetivo final é fazer com que Israel
saia definitivamente – do rio ao mar.
A próxima vez
que você ouvir falar de “civis inocentes de Gaza”, pergunte: eles mantiveram
pessoas em cativeiro? Eles sabem onde os reféns estão sendo mantidos e estão
protegendo os captores? Eles participaram na invasão, nos massacres, nos
estupros e nos saques que ocorreram em 7 de Outubro, quer diretamente
juntamente com os milhares que invadiram Israel nesse dia, quer indiretamente,
celebrando o banho de sangue e os raptos?
Durante a limitada
incursão de Israel em Rafah, que provocou a ira internacional, foram
descobertos mais de 20 túneis, atravessando o reduto do Hamas em Gaza e
chegando até o Egito. Enormes quantidades de armas, mísseis, combustível e
outros produtos são contrabandeados através destes túneis. E isso ao mesmo
tempo em que Israel é forçada a fornecer “ajuda humanitária” aos seus
agressores.
O plano de
Biden parece ser pressionar Israel para que ela assine qualquer acordo e deixar
que o Egito e o Qatar tentem fazer o Hamas cumprir seu lado. Desculpe meu
ceticismo. Tenho problemas de confiança – especialmente com os “cessar-fogos”
do Hamas: Israel cessa, o Hamas dispara.
A campanha
nas redes sociais “TODOS os olhos voltados para Rafah” demonstrou que o mundo
está olhando na direção errada: A atenção deveria estar voltada para o Irã, o
principal patrocinador dos terroristas; o Catar, que hospeda líderes do Hamas
com luxo; e a Turquia, onde o regime de Erdogan também fomenta o ódio.
A propósito,
enquanto todos os olhos estavam voltados para Gaza, na semana passada as forças
dos EUA e do Reino Unido atacaram alvos Houthi no Iémen, na sequência de
ataques crescentes apoiados pelo Irã ao transporte marítimo internacional. Os
Houthis alegaram que todas as 16 pessoas mortas na operação eram civis. E agora
hein? Será que as duas potencias também vão entrar na lista do Antonio Guterrez
daqueles que matam crianças?
Por seu lado,
a Hezbollah intensificou os seus ataques com mísseis e drones ao norte de
Israel, causando incêndios massivos nas reservas florestais. Onde estão os
ativistas verdes, a Greta com sua raiva climática? Os ataques do Hezbollah, em violação das
resoluções e acordos da ONU, são outra razão pela qual Israel não confia na
palavra dos terroristas.
Na Judeia e
Samária, tivemos um ataque na semana passada do estilo de 7 de outubro que saiu
de Tulkarem contra Bat Hefer, no centro de Israel. Os terroristas, alguns deles
usando bandanas do Hamas, fizeram selfies enquanto atiravam contra a comunidade
israelense.
É difícil
contar o número de frentes de onde Israel está sendo atacada: Gaza, Líbano,
Síria, territórios controlados pela AP na Judeia e Samaria, Iémen, Iraque e
Irã.
Mas qual é o
plano de Biden? Ninguém entendeu o que ele disse mas pelo contexto pareceu ser
o mesmo plano de fevereiro, em que o Hamas soltaria reféns em etapas, não todos
de uma vez, contra uma segurança internacional de que Israel não mais atacaria
o grupo, que Israel daria o dinheiro para reconstruir Gaza e deixaria o Hamas
no poder. Só rindo mesmo...
Biden tem uma
visão de um Oriente Médio pacífico “no dia seguinte a Gaza”. Como se estivesse
negociando um acordo entre a Suécia e a Suiça. Se ao menos os inimigos de
Israel partilhassem da mesma visão. Mas não. Os terroristas continuam mais
inspirados pela “vitória” do Hamas do que pelas belas palavras de Biden. E
vimos isso na passeata palestina frente à Casa Branca neste final de semana: os
cartazes diziam: a Vitória ou o Martirio. Quer dizer, estão prontos todos a
morrer para destruir Israel.
É contra isso
que estamos lutando. E é por isso que temos que erradicar estes grupos e sua
ideologia. Se a liderança do Hamas ou do Jihad Islâmico sobreviverem, o sonho
de paz de Biden poderá prolongar em muito o pesadelo de guerra em vez de acabar
com ele.
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