Esta ingrata
guerra que Israel está travando em Gaza, infelizmente nunca trará o
reconhecimento internacional pelas medidas sem precedentes tomadas pelo Estado
judeu para proteger os civis.
E
infelizmente, para nós cada perda civil é uma tragédia, mas para o Hamas é só
estratégia. O defunto Ismail Hanyeh não poderia ter deixado mais claro quando
ele disse que “precisava do sangue das mulheres, das crianças e dos idosos para
acordar o espírito revolucionário”. Só para deixar claro, era o sangue das
mulheres, crianças e idosos dos outros palestinos, não dele ou de sua família,
sentados no conforto dos hotéis de luxo do Qatar.
Pela lei
internacional, se um edifício qualquer, e pode ser um hospital, uma escola, um
posto de saúde, uma casa é tomada pelo inimigo como base de operações, este
edifício ou construção perde toda imunidade, e se torna um alvo militar
legítimo. E é se escondendo em edifícios deste tipo que o Hamas pretende
proteger seus terroristas, usando civis como escudo humano.
Isto posto,
ontem, Sábado, pela manhã, Israel alvejou um centro de comando e controle
estabelecido dentro do complexo escolar Al-Taabin. De acordo com a inteligência
de Israel, pelo menos 19 terroristas do Hamas e do Jihad Islâmico foram mortos,
incluindo possivelmente, o comandante da Brigada Central do grupo terrorista
Jihad Islâmico, Ashraf Juda.
De acordo com
o exército israelense, o ataque foi executado usando três armas pequenas e
precisas e nenhum dano severo foi causado ao edifício.
Não importa a
informação fornecida por Israel, imediatamente choveram condenações do mundo
inteiro que novamente, aceitou as declarações do Hamas como verdadeiras. Al
Jazeera noticiou a morte de mais de 100 civis, a Reuters de quase 100. A CNN dá
o número de 90. O inglês The Guardian, 80, a BBC 70, a ABC fala de muitos
mortos. Mas todos citam o Hamas como fonte de sua informação.
Desta vez
Israel foi à frente e mostrou que a escola estava dividida em 3 seções. Uma de
mulheres, uma de crianças e a terceira de homens. Israel atacou apenas os
quartos do comando onde se encontravam os terroristas, na seção dos homens. E fotos de satélite e vídeos de antes e
depois do ataque comprovam que o complexo está intacto, e não há crateras ou
danos ao prédio principal.
Na mídia
social, os árabes não tiveram qualquer pudor em publicar fotos dos mortos,
todos homens, com títulos: “mais de 100 pessoas mortas em sua maioria mulheres
e crianças”. Não importa que a foto conte outra estória. É exatamente isso que
o mundo procura para culpar Israel.
E isso nos
leva à posição americana nesta guerra. A candidata democrata Kamala Harris já
deixou claro que ela quer um cessar fogo a qualquer preço. Ela não se importa
que em pouco tempo o Hamas poderá reparar sua infraestrutura e planejar outro 7
de outubro. O que lhe importa agora é ganhar o voto dos árabes nos Estados de
Michigan e Minnesota.
E isso é
muito preocupante.
A abordagem
de Harris à diplomacia internacional tem sido muito inconsistente e
contraproducente. Durante uma visita à George Mason University em 2021, um
estudante acusou Israel de conduzir um "genocídio étnico na
Palestina". Em vez de refutar essas alegações infundadas, Harris concordou
em ouvir a perspectiva do estudante. Na Conferência de Segurança de Munique em
fevereiro de 2023, Harris defendeu o estabelecimento de um estado palestino sem
mesmo mencionar a ameaça contínua de terrorismo de grupos como o Hamas.
Os
comentários públicos de Harris às vezes parecem minar a posição de negociação
de Israel. Em março deste ano, ela pediu "um cessar-fogo imediato" em
Gaza, o que teria sido efetivamente a salvação do Hamas.
A candidatura
de Harris reflete uma mudança mais ampla e preocupante dentro do Partido
Democrata. A ala progressista do partido, incluindo figuras como Bernie Sanders
e membros do "Squad", tem abraçado cada vez mais a retórica
anti-Israel. Sanders comparou o primeiro-ministro israelense Netanyahu aos
líderes do Hamas, chamando Netanyahu de "criminoso de guerra" e
questionando o apoio americano a Israel. Essa mudança não é apenas retórica.
Ela exige por exemplo, o fim da ajuda militar dos EUA a Israel e a adoção de
políticas hostis aos interesses israelenses. O alinhamento de Harris com essas
figuras levanta sérias preocupações sobre a direção da política externa dos EUA
sob sua liderança.
Ela mesma,
não tem qualquer experiência em política externa, e nem seu vice Tim Walz, um
progressista diplomado, que tornou seu estado de Minnesota num oásis para a
mutilação de crianças em cirurgias de trocas de sexo, do aborto até o nono mês,
carteiras de motoristas para imigrantes ilegais e outras pérolas.
O problema é
que sem uma política externa firme, os EUA estão perdendo apoio internacional,
principalmente no Oriente Médio.
Os sentimentos
de traição e decepção com a América, começaram com a retirada precipitada do
Afeganistão em 2021 que ainda está fresca na memória de alguns que, já
começaram a estender um ramo de oliveira para os inimigos dos Estados Unidos,
buscando apoio econômico e de segurança.
Este é o caso
do Egito, surpreendentemente. Em julho do ano passado, o Egito recebeu uma
visita de alto nível do Irã. Na sequência, o regime de Al Sissi, teria dado
“luz verde” à existência de dezenas de túneis terroristas que vão do Egito para
Gaza, permitindo o contrabando de armas e equipamentos iranianos para o Hamas,
em preparação para o ataque de 7 de outubro.
Além disso, a
declaração recente do presidente do Egito de que ele não cooperará com uma
coalizão liderada pelos EUA contra o Irã, reforça a suposição de que algum tipo
de acordo pode ter sido forjado entre Cairo e Teerã, dada a precária situação
econômica do Egito.
Embora o
Egito seja recipiente do segundo maior pacote de ajuda estrangeira dos Estados
Unidos, ele parece não mais confiar na força de seu benfeitor e agora está aberto
a escolher o outro lado. Essa transição deve ser um grande motivo de
preocupação do Ocidente.
Enquanto
Israel espera por uma resposta iraniana ao assassinato de Ismail Hanyeh em
Teerã, a maneira pela qual os Estados Unidos demonstrarão sua força em relação
aos aiatolás, aos Houthis no Iêmen, às milícias xiitas no Iraque, ao Hamas em
Gaza e ao Hezbollah no Líbano será decisiva para seu status na ordem mundial. E,
claro, também em relação à Rússia e à China que estão ativamente manobrando nos
bastidores.
Pode parecer
dramático, mas após 7 de outubro, a represa do radicalismo foi arrebentada. 45
anos atrás, assim que o regime islâmico depôs o Xá, o Irã começou a implementar
sua campanha de relações públicas que estamos testemunhando hoje ao redor do
mundo – uma campanha que não é somente contra o Estado de Israel e os judeus,
mas contra o Ocidente e seus valores e a favor do estabelecimento de um
califado islâmico mundial xiita extremo.
Esta campanha
compreende passos pequenos, lentos e sistemáticos, na forma de infiltração de
todos os sistemas no Ocidente, incluindo sindicatos profissionais, corpos
estudantis, universidades, e muito mais.
Uma vez que o
Irã consiga estabelecer seu califado islâmico radical em larga escala, isso
enfraquecerá os EUA, e eliminará a influência de potências regionais, como
Arábia Saudita, Israel, Índia e outras.
O Irã está
fazendo tudo isso enquanto coopera temporariamente com qualquer parceiro
potencial que sirva a seu objetivo e lhe deixe fincar um pé estratégico incluindo
a Rússia, a China, a Coreia do Norte, bem como grandes partes do Iraque, Síria,
Líbano, Iêmen e ainda a Venezuela, a Tríplice Fronteira do Brasil e outros
países. É imperativo que abramos os olhos, se quisermos manter nossas
liberdades democráticas e não sermos pegos na perigosa teia de aranha do Irã.
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