O assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã na última 4ª feira provocou uma onda de condenação internacional, com vários
líderes e organizações mundiais condenando o ato como uma escalada perigosa.
A Turquia,
que faz parte da OTAN e queria fazer parte da União Européia, mandou hastear suas
bandeiras a meio mastro até mesmo em sua embaixada em Tel Aviv em sinal de luto.
De luto por um terrorista.
Mas o melhor
foi o Irã, o centro do islamismo xiita, que apesar de estar louco da vida com o
assassinato de Hanyeh não só em sua capital Teerã, mas no complexo da sua
Guarda Revolucionária, não quis enterrar o mártir que é Sunita, em seu país, e
despachou seu corpo junto com o de seu guarda-costas para o Catar, para ser
enterrado lá. Isso mostra o quanto as duas seitas se odeiam, e o limite de sua
solidariedade.
Apesar de Israel não ter reivindicado
o ataque que matou Hanyieh, o Irã e seus capangas na região, incluindo o Hamas,
prometeram vingança contra o Estado Judeu.
E estranho
que até agora os iranianos não tenham chegado a uma conclusão de como Hanyieh
foi morto. De acordo com uma investigação feita pelo jornal The New York
Times, uma bomba teria sido colocada no quarto de Hanyeh meses atrás.
A própria Guarda
Revolucionária Iraniana declarou que ele foi morto por um projétil de curto
alcance que levava uns 7kg de explosivos, que fora lançado de fora do complexo.
O jornal inglês
The Telegraph, especulou que o Mossad de Israel teria engajado agentes de
dentro da Guarda Revolucionária Iraniana para plantar o explosivo no quarto
aonde Hanyieh estaria hospedado.
Qualquer que fora
o método usado, no entanto, Hanyieh finalmente se juntou no inferno aos outros
assassinos que comemoraram o massacre de 7 de outubro.
A onda de
condenação do mundo, no entanto, não conseguiu reconhecer a importância desse
ato no contexto mais
amplo da segurança global e da guerra contra o terrorismo que
travamos desde o 11 de setembro de 2001. Uma guerra que Israel trava desde sua
criação. Em vez de críticas,
o mundo deveria elogiar quem
quer que tenha tido a coragem de levar à cabo este ataque.
Por mais de sete anos, Ismail
Hanyieh, como líder em
Gaza do Hamas, uma organização terrorista
reconhecida, orquestrou violência e terror contra civis. Sob sua liderança, o Hamas assassinou milhares de pessoas inocentes.
Seu regime em Gaza foi marcado pela militarização agressiva,
o lançamento de mísseis contra Israel e a repressão brutal de adversários políticos, tendo
assassinado milhares de membros da Fatah e da Autoridade Palestina em Gaza. E nesta posição,
Hanyieh criou muito mais inimigos que amigos. Apesar das expressões de luto,
ninguém em Ramallah está chorando por ele.
A aliança de Haniyeh com o Irã piorou ainda
mais as tensões
na região, porque o Irã forneceu a ele os recursos necessários para a construção
de túneis, para a produção de mísseis especificamente para alvejar a população
civil de Israel e outras atividades
terroristas.
Designado como terrorista por vários países — incluindo EUA,
Israel, Canadá e União Europeia — Hanyeh tem um currículo que fala por si só. Seu envolvimento inclui
o planejamento de vários
ataques terroristas,
o uso de homens-bomba, a
produção e ataques com mísseis e a orquestração de revoltas
violentas, que deixaram um rastro de destruição e tristeza, não só para
Israel, mas também para os árabes de Gaza. O Departamento de Estado americano observou especificamente seu papel
na desestabilização da região e na contribuição para um clima de medo e
violência.
Em março de
2004, Hanyieh orquestrou um duplo ataque de homens-bomba no porto de Ashdod que matou 10 israelenses e feriu dezenas.
Durante a
Operação Margem Protetora em 2014, sob o comando de Hanyeh, mais de 4.500 mísseis
foram disparados de Gaza
contra Israel.
Haniyeh desempenhou um papel critico no
planejamento e implementação da “Grande Marcha do Retorno” em 2018, que envolveu dezenas de milhares de moradores de
Gaza tentando romper a fronteira com Israel. Embora enquadrados como protestos
pacíficos, muitos desses eventos se tornaram violentos, com participantes
armados atacando soldados e civis israelenses.
Esta campanha resultou em inúmeras mortes e ferimentos. Além
disso, o Hamas, sob a
liderança de Haniyeh, foi responsável pelo sequestro de soldados israelenses. O
caso mais notável foi o sequestro de Gilad Shalit em 2006, que foi mantido em
cativeiro por mais de cinco anos antes de ser libertado em um acordo de troca
de prisioneiros. Um acordo que libertou entre outros
sanguinários, Yahya
Sinwar, hoje comandante militar do Hamas em Gaza.
E Hanyeh também
patrocinou a chacina de 7 de outubro. Em seu pronunciamento sobre o massacre
ele declarou exultante: “Devemos nos agarrar à vitória que ocorreu em 7 de outubro
e aproveitá-la”. “Há um jihad de palavras, mas chegou a hora do Jihad da espada”.
“O povo palestino deve se unir, na Jordânia, na Síria e no Líbano e precisa
intensificar o confronto contra Israel” e para não deixar a parte religiosa
para trás, ele conclamou seus seguidores em Gaza dizendo, Khaybar, Khaybar, ó
judeus! O exército de Maomé voltará. A Palestina é do rio ao mar e nunca, nunca
reconheceremos Israel!
Vários países incluindo os EUA, Egito e Catar – expressaram a
preocupação de que o
assassinato de Haniyeh prejudicaria as negociações de paz em andamento e aumentaria as tensões regionais. O Ministério das Relações Exteriores
do Egito, que mantém uma fronteira fechada com Gaza, rotulou o assassinato como uma
"escalada perigosa". Aliás hoje pela manhã, o exército
de Israel anunciou a descoberta de dúzias de túneis na fronteira de Gaza com o
Egito inclusive um com 3 metros de pé direito. Enquanto isso o Catar condenou o
assassinato como um
"crime hediondo" e uma "violação flagrante do direito
internacional e humanitário". Nenhum deles, no entanto, reconheceu as implicações de permitir que um
líder terrorista opere com impunidade e de seu território.
É essencial reconhecer que se foi
realmente Israel quem eliminou Hanyeh, sua ação não foi um ato de agressão, mas de autodefesa.
Eliminar Haniyeh envia uma mensagem sólida para organizações terroristas em
todo o mundo: seus líderes não estão fora de alcance. Nem mesmo em
Teerã. Este ato
demonstra as capacidades avançadas de inteligência de Israel e seu compromisso
inabalável em neutralizar ameaças à sua segurança nacional e à segurança de
seus cidadãos.
Por outro
lado, a comunidade
internacional deve considerar quem se alinha com indivíduos como Haniyeh.
Aqueles que o veem como um amigo ou aliado são, na verdade, parceiros do terrorismo e de terroristas. O mesmo vai
para aqueles que se alinham, e se sentam na mesa com seu patrocinador, o Irã, e
seus procuradores os Houtis, o Jihad Islâmico, e a Hezbollah.
O fato de que o assassinato de Haniyeh poderá atrapalhar as negociações de paz e
provocar mais violência, é possível a curto prazo. Mas
precisamos olhar os
benefícios de remover uma figura tão importante a longo prazo. A morte de Haniyeh abala a estrutura de liderança do Hamas e
diminui suas capacidades operacionais, enfraquecendo assim sua capacidade de realizar ataques
futuros.
Além disso, esse assassinato se alinha com o esforço global
mais amplo para combater o terrorismo. O Ocidente, particularmente nações como
os EUA, que foram vítimas e continuam a serem alvo do terrorismo, devem entender a
necessidade de tais ações. A luta contra o terror requer uma frente unida e uma
disposição para tomar medidas decisivas contra aqueles que perpetuam a
violência e o caos.
No comments:
Post a Comment