Mais uma vez
me vi compelida a cancelar minha assinatura do jornal The New York Times.
Reportando sobre a situação em Israel, o jornal colocou uma manchete que
poderia descrever qualquer dia de tumulto na região: Tensões se Reduzem no Sul
do Líbano, mas Aumentam Novamente na Cisjordânia e Israel”.
Tensões
frequentemente aumentam nesta vizinhança. Elas aumentam quando a Hezbollah
constrói novos postos de observação perto da fronteira norte de Israel. Elas
aumentam quando o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia protesta
contra visitas de judeus ao Monte do Templo. Elas aumentam quando Israel
explode um carregamento de armas iranianas na Síria.
No dia em
questão, porém, um terrorista palestino massacrou uma família de judeus civis.
O terrorista
assassinou Rina Dee, de 15 anos, e sua irmã Maia, de 20, e feriu mortalmente
sua mãe, Lucy, enquanto dirigiam no Vale do Jordão em 7 de abril. É de cortar o
coração. A dor que o Rabino Leo Dee e seus outros filhos estão sentindo é
inimaginável. Ele estava no carro mais à frente e não viu quando o palestino
saiu de uma moita e descarregou sua Kalashnikov no carro de Lucy. Maia e Rina
morreram imediatamente. Nos seus enterros o pai perguntou como ele iria
explicar a morte das meninas para sua esposa que ainda estava no hospital. Ele
não teve este trabalho. Lucy não resistiu e se juntou às filhas no cemitério 4
dias depois.
Desde
Setembro de 2000, 1420 israelenses foram mortos por palestinos. Somente em
2023, dezenove judeus foram mortos em ataques árabes. Dezoito deles eram civis.
Um terço desse número eram pares de irmãos: Yaakov e Asher Paley, de apenas 6 e
8 anos, assassinados em fevereiro. Hillel e Yagel Yaniv, de 22 e 20 anos,
baleados duas semanas depois. E agora, as irmãs Dee.
O que torna
tudo ainda mais insuportável é a reação de grande parte do ocidente a tanto
horror. A família Dee mora em Efrat e o ataque aconteceu no vale do Jordão,
localizados na Judéia e Samaria. Judeus israelenses que são atacados nesses
territórios tendem a ser desumanizados por comentaristas ocidentais como
“colonos” nos “territórios ocupados” que estavam “pedindo por isso”; ou então
são totalmente ignorados pela mídia.
O Ocidente
desaprova a presença de judeus nessas áreas porque caíram na ridícula ficção de
que os árabes são o povo nativo, original desta terra (não que tenham vindo da
Arábia) – Vamos deixar claro que este status pertence apenas aos judeus.
Devido ao
fato do Ocidente ter engolido a mentira que apagou os judeus de sua própria
história na terra, as simpatias de grande parte do mundo estão absurdamente, do
lado dos perpetradores árabes desses ataques.
A família Dee
imigrou para Israel em 2014 da Inglaterra aonde o pai, servira como rabino da
comunidade de Radlett um subúrbio de Londres. Poderiamos ter pensado que o
governo britânico ficaria indignado com o assassinato de três de seus cidadãos.
Poderiamos ter pensado que ele buscaria responsabilizar
os árabes palestinos por seu incitamento e cumplicidade.
Mas a resposta inicial do governo do Reino Unido foi chocante. Como o
ex-embaixador de Israel nos EUA, Michael Oren, twittou com desgosto:
O governo
britânico ficou apenas "triste ao saber das mortes de cidadãos
anglo-israelenses e dos ferimentos graves sofridos por um terceiro
indivíduo" e pediu a "todas as partes que reduzam as tensões".
Nenhuma menção a palestinos ou terror, nenhuma indignação. As irmãs
simplesmente “morreram” e uma terceira, a mãe, ficou ferida de alguma forma. Os
cidadãos não são realmente britânicos, mas sim “britânicos-israelenses”
qualificados. E “todas” as partes, incluindo as vítimas israelenses, são
instadas a diminuir as “tensões”.
Que vergonha
para a Inglaterra. Aqui, em contraste, estava a resposta da primeira-ministra
italiana Giorgia Meloni ao assassinato do um cidadão italiano na mesma
sexta-feira: “Expresso profunda tristeza e condolências pela morte de um de
nossos cidadãos, Allesandro Parini, no ataque terrorista ocorrido à noite em
Tel Aviv. Condolências à família da vítima, aos feridos e solidariedade ao
Estado de Israel pelo covarde ataque que o atingiu”. Isso é clareza moral e
liderança.
Mas é claro que o próprio governo britânico é
cúmplice neste e em todos os outros ataques a israelenses desde a época do Mandato Britânico. A Inglaterra é conivente com a
incitação ao assassinato de judeus israelenses ao insistir falsamente que
Israel “ocupa ilegalmente a Judeia e Samária”; continua a
higienizar ou ignorar a incitação fanática árabe islâmica palestina para
assassinar judeus israelenses e roubar suas terras; continua a se recusar a
exercer qualquer pressão sobre os árabes palestinos para que cessem sua guerra
de extermínio contra o Estado de Israel. Em vez disso, pede a ambos os lados
que “diminuam as tensões” – uma equivalência moral obscena entre
terroristas e aterrorizados, o que significa, na prática, dizer a Israel para
não ousar tomar as medidas necessárias para
proteger seu povo.
Os judeus são as únicas pessoas com direito
legal, histórico e moral a esta terra. É por isso que em
1922 a comunidade internacional consagrou na lei do tratado a promessa de
estabelecer os judeus sozinhos em todo o mandato da Palestina - a terra que
agora é Israel, a "Cisjordânia" e Gaza,
além da Jordânia. Os pretensos colonizadores não são os judeus. Os pretensos
colonizadores são, como têm sido há décadas, os árabes.
Esses comentários do governo do Reino Unido
foram doentios. Infelizmente, isso é o que passa por sabedoria convencional
entre tantos no Ocidente e é um dogma incontestável nos círculos liberais e de
esquerda.
Mas
fica pior. Após
a morte de Lucy Dee, e sem dúvida ciente da crescente indignação com a resposta
inicial do governo britânico, o ministro das Relações Exteriores, James
Cleverly, twittou:
“Notícia trágica de que
Leah Dee também morreu após os ataques abomináveis na Cisjordânia. Não pode
haver justificativa para o assassinato de Leah e suas duas filhas, Maia e Rina.
Continuaremos a trabalhar com as autoridades israelenses para acabar com essa
violência sem sentido”.
Isso é muito pouco, muito
tarde e uma declaração totalmente vazia.
O ataque à família Dee não foi "violência sem sentido". Ela faz
parte de uma estratégia árabe centenária de extermínio destinada a remover a
presença judaica de toda a terra. A menos que o governo do Reino Unido comece a
exercer pressão sobre a Autoridade Palestina reduzindo a ajuda e o
reconhecimento diplomático até que pare com sua política
de pagar para matar, seu rejeicionismo, todos esses protestos de simpatia pelas vítimas
israelenses permanecerão apenas uma hipocrisia nauseante.
Árabes
palestinos cometeram esse ato vil. Mas eles são consistentemente apoiados,
encorajados, higienizados, desculpados e incentivados por muitos outros que,
continuam a manter essa guerra de extermínio centenária. Lucy Dee e suas duas
filhas, são apenas as últimas vítimas e infelizmente não acredito que serão as
últimas.
Que a memória
de Lucy, Maia e Rina Dee seja uma bênção de paz para todo Israel.
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