Bom dia!
Hoje
começamos novamente agradecendo a soltura de mais reféns, de mais crianças,
algumas mães e cidadãos israelenses de dupla nacionalidade russa e francesa.
Mas como
sabemos o coração tem quatro ventrículos. Um está cheio de agradecimento. O
outro ainda está cheio de tristeza pelos mortos em 7 de outubro e os jovens
soldados que até agora perderam suas vidas. Uma outra parte do coração continua
com esperança de que os outros reféns, velhinhos, jovens, soldados, soldadas e
é claro, crianças e bebês como Ariel de quatro anos, Kfir Bibas de dez meses e
os pais dos dois sejam solto.
No meu último
ventríloquo está o ultraje, o protesto, o escândalo pela reação do mundo, seus
líderes e suas organizações fúteis.
A primeira, a
ONU Mulher, só agora, dois meses depois e após muitos protestos, publicou uma
nota condenando o ataque do Hamas e a prática de estupro e abuso sexual de
mulheres e meninas. Pouco demais e tarde demais.
A segunda, a
UNRWA, é uma verdadeira vergonha e deveria ser não só desmantelada, mas seus
empregados e diretores colocados na cadeia. Só nesta semana o exército descobriu
um deposito com centenas de mísseis, metralhadoras, munições, vestes e outros
materiais de guerra nos armazéns da UNRWA. Um dos reféns soltos disse que tinha
ficado preso no sótão da casa de um professor da UNRWA que só dava comida a ele
quando ele chorava inconsolável de fome.
A outra é a Cruz
Vermelha. Só de pensar nas dezenas de amigos, inclusive eu, que doava
regularmente para a Cruz Vermelha, me dói. Esta organização, além de ser um
Uber que em vez de taxis, passeia de ambulância, não serve para nada. Dezenas
de reféns levados para Gaza são idosos que precisam dos remédios que tomam. A
Cruz Vermelha se recusou, sim, escutaram bem, se recusou a entregar (não era
dar), a entregar os remédios ao Hamas para que chegassem nas mãos dos reféns. E
a “desculpa”? É que eles só podem fazer algo quando “convidados”. Eles não
podem tomar a iniciativa.
Teve uma
carta que circulou na internet nestes dias mostrando a hipocrisia, as duas
caras da Cruz Vermelha datada de 1944 quando diz que “depois de ter visitado
Auschwitz, ela não encontrou evidências de instalações para o extermínio de
pessoas”. Organização inútil. Se alguém ainda contribui, recomendo que usem seu
dinheiro de forma mais construtiva.
A ONU em
geral, só condena Israel pela falta de proporcionalidade, um fetiche que como o
jornalista Douglas Murray disse, só se aplica a Israel. Numa guerra nunca há
proporcionalidade. Será que a América colocou o teto de 2,977 pessoas para
matar no Afeganistão, o número de mortos em 11 de setembro? Acho que não. De
fato, 243 mil pessoas foram mortas. Onde ficou a proporcionalidade?
Ou será que os
aliados levaram uma calculadora para contar quantos civis alemães ou japoneses
poderiam matar no máximo, para se manterem “proporcionais” à ameaça deles? É só
ver quantos civis morreram em Hiroshima e Nagazaki para ter certeza, que a tal
da “proporcionalidade” nunca foi levantada em nenhum conflito conhecido na
história, exceto, em relação a Israel.
Isso sem
falar da invasão da Ucrânia pela Rússia que continua a bombardear alvos civis e
todo o mundo acho que tudo bem. É parte da guerra. Vilarejos inteiros
exterminados, mulheres ucranianas estupradas, crianças ucranianas sequestradas
e enviadas para a Sibéria para “reeducação” e nesta semana a Rússia aprovou uma
lei criminalizando a prática homossexual. Toda a comunidade LGBTQA e o resto do
alfabeto, agora é fora da lei. E este regime de terror ainda tem o poder de
veto no Conselho de Segurança.
Ok. Que tal então
Israel começar a usar a proporcionalidade, tratando os palestinos em seu poder,
do mesmo modo que os palestinos tratam os israelenses?
E digo
palestinos porque como vimos esta semana, pelas declarações de Jibril Rajoub da
Autoridade Palestina em Ramallah, eles só estão esperando a hora propícia para
fazer a mesma coisa que o Hamas fez, na Judeia e Samaria. E já tivemos vários
exemplos. Vamos começar com o linchamento do vendedor de brinquedos Yossi
Avrahami e o motorista de caminhão Vadim Nurzhitz em 2000 porque eles erraram o
caminho e acabaram entrando em Ramallah. Depois tivemos centenas de ataques na
Judeia e Samaria e aqui em Jerusalem, o último nesta semana quando dois irmãos
árabes metralharam o ponto de ônibus da saída de Jerusalem na hora do rush da
manhã.
O apoio da
Autoridade Palestina ao Hamas é palpável. Imediatamente após o massacre de 7 de
outubro, Mahmoud Abbas separou milhões de dólares para pagar para as famílias dos
terroristas, vivos ou mortos. Esta política de pagar para matar chegou à um ponto
que um dos terroristas a ser solto por Israel na troca por reféns israelenses,
se recusou a deixar a cadeia dizendo que ia perder o salário.
Então vamos
lá. Proporcionalidade.
Para isso
Israel teria que passar uma lei que qualquer judeu que matasse um palestino iria
receber ele e sua família, um salário polpudo ad eterno. Ainda, Israel não
forneceria água, eletricidade e energia para Gaza se o mesmo não fosse devolvido
em espécie para Israel. O mesmo com as centenas de caminhões de alimentos,
medicamentos e outra “ajuda”. Aliás, num destes caminhões de “medicamentos” foram
encontrados 5 drones com capacidade de levar explosivos. Ainda bem que há
inspeções de Israel mas fico imaginando quandos carregamentos destes não foram
pegos.
Depois, tratamento
médico em Israel, nem pensar. Sabem que foi Israel quem salvou a vida deste
famigerado Yehya Sinouar? Ele estava com câncer na cadeia e um médico
israelense lhe salvou a vida. Que agradecimento hein? E também a irmã de
Ismayil Hanyeh. Acreditam que ela se tratou em Israel…? E ainda, Mahmoud Abbas
e sua esposa foram internados em tempos diferentes em hospitais em Tel Aviv
para tratamento.
Sabem qual
foi a equivalência que o Hamas deu para a refém Mia Schem? Mandaram um
veterinário operar na mão dela. Ela, que estava estudando para ser artista
gráfica não sabe se voltará a usar a mão direita dela. Que tal daqui para a
frente Israel enviar veterinários para tratar dos doentes em suas cadeias?
Isso
provavelmente faria com que Israel fosse suspensa do Youtube. Sabem porque?
Porque de acordo com as diretivas do aplicativo, chamar alguém de animal é
proibido. Podem ler lá. E foi pela razão que eu disse que se os terroristas do
Hamas se comportavam como animais, Israel teria que trata-los como tal, é que a
Rádio Bandeirantes cancelou a Hora Israelita. Então falar não pode. Mas mandar
um veterinário tratar de uma moça ferida quando Gaza está supostamente cheia de
hospitais, isso pode.
Pegar uma família
inteira com dois bebês, isso pode. Torturar crianças, forçando-as a assistir
horas de vídeos do massacre e apontar a metralhadora em suas cabeças quando
choram, isso pode. Fazer idosas dormiram no chão, sem remédios, sem comida, sem
luz do sol por 57 dias, isso pode. Vamos lembrar de tudo isso quando vieram nos
falar na tal da “proporcionalidade” e para que tenhamos pena dos palestinos “inocentes”.
Os mesmos inocentes que quando encontraram o refém Rony Krivoy, depois que ele
tinha conseguido escapar, o entregaram de novo nas mãos do Hamas.
É a hipocrisia
do mundo. Mas sabem o que? Os israelenses começaram a entender que a pressão do
mundo só existe quando você a deixa te afetar. Israel aprendeu com este
massacre que não pode depender de ninguém. E judeus ao redor do mundo estão
aprendendo o mesmo. Assim, desta vez, podem mandar a pressão que for, Israel finalmente
aprendeu a dizer não.
Israel desta
vez tem que terminar o trabalho que começou, acabar com o Hamas e trazer de
volta os 134 reféns que continuam em Gaza.
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