Hoje é o 51º
dia do ataque de 7 de outubro. E pela primeira vez, precisamos agradecer.
Agradecer a Deus, às forças de segurança, os diversos governos, todo o time de
médicos, enfermeiras e a todos que conseguiram que 26 crianças, algumas mães e
avós fossem soltas na sexta e ontem à noite. Vários trabalhadores tailandeses
também foram soltos depois de uma negociação entre a Tailândia e o Irã. Apesar
das tentativas do Hamas de atrasar, colocar empecilhos de última hora, à
meia-noite horário de Israel vimos a segunda leva de reféns atravessar para o
Egito e depois Israel.
Desde as 4 da
tarde os familiares dos reféns na lista do Hamas esperavam ansiosos por
notícias. Mas o grupo terrorista decidiu “renegociar” o acordo, exigindo que
Israel soltasse primeiro os presos mais antigos, depois pediu mais caminhões de
gasolina. Depois o Hamas alegou que Israel tinha violado o acordo. Foi só
quando o Qatar e o Egito confirmaram que Israel tinha cumprido sua parte, é que
eles decidiram enviar os reféns. Mas quem violou o acordo foram eles.
O acordo tem
a condição de que famílias não seriam separadas, isto é, mães têm que ser
soltas com seus filhos, avós com netos, irmãos juntos, e assim por diante. Mas
ontem, a refém Hila Rotem Shoshani de 13 anos foi solta sozinha. Sua mãe
Raayah, continua com o Hamas ou que Deus nos guarde, ela foi morta pelo Hamas.
Outra refém,
Maya Regev, de 21 anos, foi solta e imediatamente levada para o hospital para
ser operada de urgência. Seu irmão Itai, de 18 anos, não foi solto.
A pergunta é:
que tipo de gente entra em casas de famílias às 6:30 da manhã e arranca
crianças e jovens de suas camas para levá-los como reféns e abusar deles?
Nestas
semanas que seguiram ao ataque, o Shin Bet (a Agência de Segurança de Israel) extraiu
informações super valiosas dos terroristas presos sobre as operações do Hamas,
os objetivos pretendidos e as recompensas prometidas.
De acordo com
o jornal Jerusalem Post, Israel interrogou mais de 105 terroristas que foram
inicialmente presos no Sul, e outros 500 terroristas que foram presos posteriormente,
muitos dos quais foram interrogados em tempo real no terreno em Gaza.
Foi através
destes interrogatórios que Israel desmascarou o uso sistemático de hospitais,
ambulâncias, mesquitas, escolas e outras instalações civis pela cúpula do
Hamas, para lançar suas operações terroristas, para fabricar mísseis ou
armazenar armas e munições.
Em 23 de
outubro, o Shin Bet divulgou vídeos de seis interrogatórios separados de
terroristas do Hamas capturados em 7 de outubro.
Cada um dos terroristas
contou uma experiência ligeiramente diferente, mas o Shin Bet destacou alguns pontos
em comuns. Todos os agentes do Hamas receberam instruções explícitas para matar,
estuprar e raptar civis, incluindo idosos, bem como mulheres e crianças e
filmar tudo com suas câmeras Go-Pro. Enquanto faziam isso, os seus comandantes
superiores do Hamas permaneceram em áreas seguras em Gaza.
Um dos
terroristas disse que seus superiores prometeram que: “Quem trouxesse um refém
de volta [para Gaza] receberia 10 mil dólares e um apartamento”.
Todos disseram
que o plano era assumir o controle das cidades, dos kibbutzim que atacaram e fixar
posições ali assim que terminassem de matar e sequestrar os moradores. O vídeo
divulgado pelo Shin Bet e pela polícia mostra os vários agentes do Hamas
entrando em detalhes extremos sobre as suas atividades na manhã de 7 de
outubro.
“As
instruções eram para sequestrar mulheres e crianças”, disse um deles. Outro
descreveu um encontro com um cadáver, dizendo: “O corpo dela estava caído no
chão. Eu atirei nela e meu comandante gritou comigo por desperdiçar balas em um
cadáver.” Deixaram claro que, quando se tratava de homicídio, não deviam
distinguir entre civis e soldados.
E aí temos um
aspecto que ninguém quer falar dele mas é preciso. E para aqueles que têm
estômago fraco, podem desligar agora.
Como alguém
que leu extensivamente sobre as práticas nazistas, a história não contada de
escravidão e violência sexual cometida contra mulheres judias durante o
Holocausto, reconheci o padrão. Pais mortos na frente dos filhos, crianças
arrancadas dos pais, famílias desfeitas, mulheres despidas, humilhadas
corporalmente, estupradas na frente de entes queridos e em público – essas
formas de violência sexual foram táticas empregadas pelos nazistas, mas nunca
foram documentadas. Crimes por quais, os nazistas nunca foram
responsabilizados. O mundo olhou friamente para as mulheres judias então, como o
está fazendo hoje.
Demorou mais
de 50 anos desde o final da Segunda Guerra Mundial para que o Tribunal Penal
Internacional para Ruanda (TPIR) reconhecesse o estupro como uma arma de guerra
e processasse os perpetradores como criminosos de guerra. Desde então, tem
havido uma consciência crescente de como a violência baseada em gênero é usada
para aterrorizar e romper a estrutura de uma sociedade e assim, cometer
genocídio.
Desde 7 de
outubro o silêncio dos grupos feministas, dos grupos como #Metoo, contra o
abuso sexual, dos grupos de ativistas e ONGs de mulheres, inclusive da ONU
Mulheres, tem sido ensurdecedor.
Mas para
adicionar insulto à injuria, pior do que o silêncio foi o completo descaso com
as mais de 1.400 vítimas civis do Hamas – que incluem cidadãos de mais de 40
países. A ONU Mulheres, por exemplo, esperou até 20 de outubro para emitir a
sua primeira declaração, e vejam, apenas condenando Israel. Não fez qualquer
menção às vítimas estupradas pelo Hamas em Israel, nem aos 250 mil civis israelenses
que tiveram que deixar suas casas em Israel, nem pressionou pela ajuda
humanitária aos reféns detidos pelo Hamas. Este flagrante duplo padrão não é
apenas cruel, mas também zomba da ONU Mulheres.
O sentimento
das mulheres israelense é que foram completamente traídas pela comunidade
internacional, que soube se manifestar pelas mulheres yazidis traficadas pelo
ISIS no Iraque e pelas mulheres na África Central e na República Democrática do
Congo e o Sri Lanka.
Sim, elas
sofreram com o tráfico, com estupros, mas o nível de crueldade e brutalidade do
Hamas contra mulheres e crianças em Israel no 7 de outubro – não se compara a nada.
Eu não estou exagerando. E tudo filmado pelos próprios perpetradores.
Entre as
atrocidades estão o estupro coletivo até que os ossos pélvicos de moças fossem
quebrados e suas pernas torcidas em posições não naturais, e a mutilação
genital ao ponto que ao abrir os sacos, os técnicos forenses não conseguiam
identificar o sexo dos corpos. O chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai,
disse que a barriga de uma mulher grávida foi aberta e seu feto removido
enquanto ela ainda estava viva, e que seios de mulheres foram cortados e
jogados como se fossem bolas de vôlei. Houve também vários relatos de necrofilia
e de assassinatos de moças enquanto estavam sendo estupradas.
E o mundo?
Nada. Ninguém. Silêncio total...
Em outras
palavras: #Metoo, está aí para defender as mulheres, exceto se você for judia.
Se for, então você é uma branca colonialista que merece tudo o que for feito
com você e seu corpo. Enquanto todos concordam que o estupro nunca, nunca é ok,
quando as vítimas são judias, e os perpetradores são terroristas do Hamas então
de alguma forma isto é justificado. E pior, é justificado por mulheres.
A atriz Susan
Sarandon, disse que Israel mentiu sobre as atrocidades para justificar seu
“genocídio” dos palestinos. Melissa Barrera, a atriz do filme “Scream” fez postagens
antissemitas, distorcendo o Holocausto e promovendo o genocídio e limpeza
étnica dos judeus.
Até quando o
mundo se recusará a entender que aqui não tem meio certo ou meio errado? Quando
uma menina de 3 anos fica mais de 50 dias presa como refém, sozinha, sem os
pais, como a pequena Avigail, ou como o bebê Kfir, de 10 meses, é ok? Não tem como
descrever uma monstruosidade destas. E quando inocentes são violadas de forma
brutal e inumana, não há como justificar uma coisa destas.
Temos que
rezar muito pelos mais de 200 reféns que ainda continuam no cativeiro.
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