Ontem, dezenas
de milhares de manifestantes pró-palestinos de todas as partes dos Estados
Unidos, desceram sobre a capital americana Washington DC. Muitos deles
vomitando tropes antissemitas e ódio, clamando pela total destruição e
aniquilação do Estado judeu.
Estes
“pacifistas” chegaram até os portões da Casa Branca passando o perímetro
imposto depois dos protestos do 6 de janeiro de 2021, tão denunciados pelos
democratas.
Mas a verdade
é que nem essa, nem as outras em volta do mundo, são manifestações
pró-Palestina. Elas são protestos contra Israel. Em nenhuma delas vimos uma só
bandeira pedindo por um estado para os palestinos. Os slogans se limitaram a
exigir libertar a palestina de toda Israel. Do rio ao mar a palestina será
livre. Em outras palavras, a total aniquilação de Israel do mapa. Em outras
palavras, é um novo apelo por uma “solução final” para o “problema” judaico tão
popular na Alemanha nazista.
Outro slogan
popular é chamar Israel de Apartheid. Vejam quantos judeus moravam nos países
árabes até 1948. Mais de 150 mil no Iraque, 100 mil no Egito, 120 mil no
Marrocos, outros tantos na Argélia e vejam hoje quantos ficaram. Praticamente
zero. Até 2005, 8 mil judeus moravam na Faixa de Gaza trazendo para eles e para
os árabes de Gaza de 2 a 3 bilhões de dólares em renda somente em produtos
agrícolas que os próprios palestinos destruíram quando da saída dos judeus. Hoje
há judeus há em Gaza. Em torno de 240. Todos reféns!
O espantoso é
ver é o nível do ódio anti-judaico manifestado nestes protestos. E sua completa
falência moral. Ontem, o ex-presidente Obama, deu uma entrevista para um
Podcast chamado PodSaveAmerica. E ele disse: “o que o Hamas fez foi horrível, e
não há justificação para tal. Mas o que é também verdade, é que a ocupação e o
que está se passando na Palestina e com os palestinos é insuportável.” Essa
equivalência moral vinda da Casa Branca, e do ex-presidente está justificando o
que estamos vendo nas ruas. Não há equivalência moral aqui.
Você tem uma
disputa de território, sente e tente resolver. Você não degola e queima bebês
em fornos, não estupra meninas e sequestra idosos. Você não mata inocentes para
defender sua posição política. Esses protestos deveriam ser pela paz e não para
defender as indefensáveis ações terroristas do Hamas.
Infelizmente, não demorou para que a legitimidade
internacional para a ofensiva terrestre de Israel se esgotasse, causando em
alguns, reações meio esquizofrênicas na mídia social.
O editor da
revista Time (que lembro, escolheu Hitler como o “Homem do Ano” em 1938) Ian
Bremmer, twitou na quarta-feira que Israel cometera um “crime de guerra.
Ponto.” quando bombardeou um prédio em Jabalyah que servia como base para um
alto comandante do Hamas. Isso porque o bombardeio também causou o colapso de
túneis e outros prédios.”
Mas aí, no
dia seguinte, ele twitou um vídeo de um líder do Hamas, Ghazi Hamad, na
televisão do Líbano, dizendo que ele está planejando repetir os ataques de 7 de
outubro, outra vez, outra vez e outra vez, até aniquilar toda Israel. Desta
vez, Bremmer tuitou: “Não consigo imaginar nenhum país tolerando viver próximo
a um território governado por esta pessoa”.
A mesma coisa
aconteceu com o apresentador de tv Piers Morgan. Falando sobre o prédio em
Jabalyah ele disse que “mesmo que um comandante do Hamas estivesse lá, é
ultrajante e indefensável”. Mas depois de assistir o vídeo de Hamad, Morgan
escreveu: “Nojento… descarado… e, claro, a razão pela qual Israel precisa
acabar com o Hamas.”
E até a
Arabia Saudita concorda. O príncipe saudita Abdulrahman bin Mussaad disse
categoricamente que o Hamas está aí somente para implementar a política
desestabilizadora do Irã na região. O mundo parou na sexta-feira para escutar o
líder de outro grupo terrorista, a Hezbollah. Mas com o USS Ford estacionado no
Mediterrâneo, Nasrallah não teve outra alternativa a não ser jogar toda a iniciativa
da guerra no Hamas e se distanciar da chacina.
Pessoal, da
mesma forma que o 11 de setembro foi um divisor para os Estados Unidos, este 7
de outubro foi um divisor de águas para Israel. Neste dia, até os ativistas
pela paz mais leais foram forçados a rever suas posições com a revelação da verdadeira
natureza do Hamas como uma entidade não com objetivos geopolíticos, mas movida por
um ódio genocida aos judeus em todo o mundo.
E de forma
repugnante, o velho antissemitismo foi energizado e encorajado pelo massacre de
7 de Outubro. Um aumento chocante de 1.350% nos incidentes antissemitas no
Reino Unido e um aumento de 388% nos EUA:
• Em 8 de outubro, um turista israelense foi morto a
sangue frio no Egito;
• Em 13 de outubro, um professor judeu foi esfaqueado
até à morte na França;
• Uma sinagoga totalmente incendiada na Tunísia em 17
de outubro;
• Uma mulher judia de 40 anos, presidente da sua
sinagoga, foi esfaqueada até à morte em Michigan, nos Estados Unidos, em 21 de outubro;
• Uma multidão enlouquecida de centenas de milhares de
pessoas nas ruas de Londres gritando “Liberte a Palestina, do rio ao mar” –
• Marchas intermináveis nos campi dos EUA com gritos
de “Morte aos Judeus”;
• Chamadas de centenas de pessoas do lado de fora da
Ópera de Sydney para “Gasear os Judeus”;
• Um ataque devastador no Daguestão depois de um avião
vindo de Israel ter aterrissado, com uma multidão invadindo o aeroporto em
busca de judeus para matarem
E ontem uma moça de 30 anos foi esfaqueada duas vezes
em seu apartamento em Lyon na França e uma suástica pintada na sua porta.
A lista, infelizmente, continua.
Muitas pessoas hoje compreendem que Israel já não pode
viver ao lado do Hamas e que o grupo precisa de ser “exterminado”. O problema é
que querem ver a guerra travada de uma forma limpa e estéril, sem vítimas
civis. Isso infelizmente não existe, nem em Gaza e nem em qualquer outro lugar.
De acordo com
a lei internacional de guerra, quando alguém do Hamas se esconde dentro de uma
estrutura civis, seja uma residência, escola ou hospital, imediatamente este
local se torna um alvo militar permissivo.
Além disso, Israel não tem qualquer obrigação em enviar comida,
eletricidade, água ou qualquer outra coisa que ajude o inimigo a continuar seu
ataque. Israel tem sim tentado evitar baixas civis, avisando onde irá atacar e
há 3 semanas pedindo para que a população saia do norte de Gaza em antecipação
à sua entrada por terra.
O problema é
que, embora o mundo reconheça que Israel tem o direito de agir em legítima
defesa, quando ela age, o mundo subitamente tem um problema.
E aí vemos os
crescentes apelos agora por um cessar-fogo. Se Israel concordasse com ele, isso
daria ao Hamas uma vitória clara. O grupo terrorista que assassinou 1.400
pessoas das piores formas conhecidas pelo homem, entraria num cessar-fogo com a
maioria dos seus combatentes vivos, a maior parte da sua infraestrutura militar
intacta e ainda de posse de 240 reféns. Isso faz sentido?
O presidente
Joe Biden, sentindo a pressão em sua base eleitoral, pediu na quarta-feira uma
“pausa” no conflito, sem explicar a diferença entre “pausa” e “cessar-fogo”. Pois
é. Alguém ouviu sobre uma “pausa” na guerra contra a Al-Qaeda ou contra o ISIS?
Embora num primeiro momento o mundo tenha expressado simpatia e condolências
pelos mortos e sequestrados, no momento em que judeus se levantam para se
defender, aí eles são condenados.
E essa é
exatamente à estratégia do Hamas. O grupo terrorista quer a morte de civis para
poder provocar a simpatia do Ocidente e fazer com que os líderes mundiais condenem
Israel. Eles querem que os edifícios implodam sobre os túneis para que crianças
morram e possam então culpar Israel. O Hamas não está abaixo de sacrificar o
seu próprio povo.
A brutalidade
desencadeada pelo Hamas, foi reminiscente dos episódios mais sombrios da
história humana. Ela foi um lembrete de que a luta contra o antissemitismo,
contra todas as formas de ódio, está longe de terminar. Pensávamos que os dias
dos pogroms tinham ficado para trás, mas o dia 7 de outubro mostrou que os
velhos males apenas assumiram novas formas.
Mas este não
é apenas um fardo de Israel ou das comunidades judaicas. O ódio desenfreado de
grupos como o Hamas e o ISIS representa uma ameaça global. Apoiar o Hamas ou
qualquer grupo que defenda tal ódio não é apenas anti-Israel, mas também
anti-humanidade.
O caos e a
brutalidade não reconhecem fronteiras. Israel, é o canário da mina, e a luta em
que estamos envolvidos transcende os interesses nacionais. É uma luta por
valores humanos fundamentais, pela alma da própria humanidade.
O mundo
civilizado deve reconhecer esta luta como sua, assegurando que “Nunca Mais” não
seja apenas um slogan e não se torne “uma vez mais”. E Israel deve seguir sua
missão até o fim. Melhor receber condenações do que condolências.
O nosso futuro e o futuro das próximas gerações dependem disso.
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