Chegamos do
centésimo dia! 100 dias de tortura, angústia, medo e ansiedade para as famílias
dos 136 reféns ainda nas mãos do Hamas. Isso sem saber se algum deles ainda
estão vivos. Se o pequeno Kfir Bibas ainda está recebendo sua mamadeira ou
papinha, já que fez um ano na semana passada.
Esta é uma
situação absurda no século XXI, mas na última quinta-feira, ela culminou o
absurdo, em Haia na Holanda.
Vimos a África
do Sul, um país que é por sí só uma desgraça, um antro de corrupção, crime, sequestros,
e um dos piores índices de estupros do mundo, querer dar uma lição de moral em
Israel.
E
infelizmente, a África do Sul foi à frente com sua reclamação perante a Corte
Internacional de Justiça com o apoio de vários países, todos, do terceiro
mundo, alguns tomados pelo crime organizado, enfim, uma companhia bem
apropriada para a África do Sul. Infelizmente, como sabemos, o governo do
Brasil se encontra feliz nesta companhia. Os outros são Bangladesh, Bolívia, Colômbia,
Cuba, Indonésia, Irã, Iraque, Jordânia, Líbano, Malásia, Maldivas, Namíbia,
Nicarágua, Paquistão, Autoridade Palestina, Síria, Turquia, a Venezuela e a
Liga Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica. Notem que nem mesmo os
Emirados Árabes, o Bahrain, a Arabia Saudita, o Egito ou outros países árabes
quiseram se juntar à esta trupe.
Em
contrapartida, os países que se manifestaram em prol de Israel foram os Estados
Unidos, o Reino Unido, a Alemanha, a Áustria, a Hungria, a República Checa e
até a Guatemala.
Não. O mundo
não está de ponta cabeça. Ele se transformou no circo do absurdo, com o time da
acusação trazendo evidências inaceitáveis como declarações de políticos de
segundo escalão que não têm nenhuma influência sobre decisões do governo e de
cantores para “provar” a intenção de Israel de cometer o genocídio dos
palestinos.
Interessante
que além das acusações infundadas, a África do Sul teve que gastar mais de uma
hora em argumentos legais para justificar sua presença como reclamante, já que
a disputa não é entre ela e Israel. Ela é um terceiro não envolvido no
conflito. Agora, alguém viu a África do Sul ir para qualquer tribunal para
reclamar contra o governo da Síria, por exemplo, que matou mais de 650 mil de
seus próprios habitantes e fez mais de 4.5 milhões de refugiados? Isso não foi
genocídio?
Ou os mortos
da invasão russa na Ucrânia que já gerou mais de meio milhão de mortos e
milhões de refugiados? E os milhões de mortos em Darfur no Sudão com mais de 7
milhões de deslocados? E os Turcos que continuam a massacrar os curdos, negando
a eles, a maior minoria do mundo a não ter seu próprio estado? E isso depois de
terem cometido o primeiro genocídio da história contra os Armênios? Estes não
são genocidas?
Foi
desgostoso ver a advogada sul-africana Adila Hassim quase chegar às lágrimas
descrevendo como Israel não deixa entrar ajuda humanitária aos palestinos e que
180 mulheres por dia não têm assistência médica apropriada para dar à luz. E
que 21 mil palestinos morreram já neste conflito segundo os dados do Hamas, que
obviamente para ela, são inatacáveis.
Ela só
esqueceu de mencionar que dos 21 mil mortos, mais de 9 mil foram terroristas
mortos na troca de fogo com as forças de Israel. E a maior parte dos restantes
ou forma usados como escudos humanos pelo Hamas ou eram apoiadores do grupo que
ficaram para lutar com eles. Israel não bombardeou hospitais e não bombardeou
nenhuma instalação civil que não tivesse sido usada como centro de operações
militares.
Agora,
pergunto, estes 12 mil palestinos mortos em 100 dias de guerra se comparam aos
650 mil sírios, 500 mil ucranianos e outros?
A África do
Sul só mencionou uma vez que 1.400 judeus assassinados no 7 de outubro e
declarou que como o Hamas não é representante de um Estado e não é signatário
da Convenção contra o Genocídio, que ela, África do Sul, não iria entrar no
mérito de suas ações. O propósito aqui, de acordo com os próprios advogados da
reclamante era conseguir uma sentença contra Israel (que é um país soberano e
signatário da convenção) para que ela cesse toda ação militar em Gaza.
Isso na
prática significaria atar as mãos de Israel por completo, arrancar dela todo o
direito de defesa deixando o grupo terrorista Hamas, livre para continuar
perpetrando seus massacres como prometido por seu líder Ghazi Hamad à tv
libanesa.
Ver Israel se
defender foi igualmente absurdo. Eu não lembro termos que fazer o mesmo
exercício em Nova Iorque quando dos ataques terroristas de 11 de setembro.
Especialmente face não só aos horrores perpetrados e publicados no live pelos
terroristas, mas a alegria com que esses horrores foram perpetrados.
Os argumentos
da África do Sul na quinta-feira provaram que o mundo não se curou do
antissemitismo milenar e que continua a não aceitar um judeu que se defende.
Para eles, o judeu deve permanecer para a eternidade aquele que é punido, o que
é massacrado e deve se manter de boca fechada.
Mas a equipe
jurídica de Israel conseguiu inverter essa narrativa. Tal Becker, o primeiro
advogado na defesa de Israel, em sua apresentação declarou inequivocamente que
“se houve atos que podem ser caracterizados como genocidas, então foram
perpetrados contra Israel. Se existe uma preocupação sobre as obrigações dos
Estados sob a Convenção do Genocídio, então é de suas responsabilidades de agir
contra a agenda de aniquilação do povo judeu declarada pelo Hamas, que não é
segredo e não está em dúvida.”.
Ele também
descreveu as centenas de caminhões de 40 pés de ajuda humanitária que entra na
Faixa de Gaza todos os dias. Vimos a Russia enviar centenas de caminhões com
alimentos e remédios para a Ucrania? Eu não vi...
Becker só precisaria
ter recitado as cláusulas da Constituição do Hamas que orgulhosamente declara
em seu preambulo que “Israel existirá e continuará a existir até que o Islão a
oblitere assim como obliterou outros antes”. E ainda, “que o Dia do Julgamento
não acontecerá até que os muçulmanos lutem contra os judeus e os matem.” Então
quem é o genocida aqui???
Não se
enganem. O Hamas em sua constituição ainda declara que ele é um movimento
separado do movimento palestino e sua lealdade está somente em Allah. Isso quer
dizer, que não é uma guerra por terra, mas é uma guerra religiosa.
O embaixador
na ONU, Gilad Erdan, apresentou este cenário absurdo em seu discurso que marcou
os 100 dias desde 7 de outubro na sede da ONU em Nova Iorque, na sexta-feira:
“100 dias se passaram desde o massacre, e nem mesmo uma discussão foi realizada
para a libertação dos reféns. 100 dias em que 136 mulheres, crianças e idosos
estão detidos nos túneis do Hamas, e ainda não houve uma única discussão nesta
casa dedicada à sua libertação. Nem mesmo uma. O Hamas nem sequer permitiu que
a Cruz Vermelha visitasse os reféns. Estamos falando de um dos piores crimes de
guerra já cometidos!”
E a África do
Sul, e os outros países que a apoiam - incluindo o Brasil – se sujeitaram a funcionar
como o braço legal dos terroristas do Hamas, explicitamente apoiando os
massacres do 7 de outubro. Que vergonha para mim, como brasileira.
Israel não
tem escolha. Estamos face a um inimigo que não se importa com sua própria
população, que rouba todos os recursos para si, para promover a guerra e não
tem qualquer escrúpulo em sujeitar suas próprias crianças à serem mortas ou
feridas em vez de construir um futuro próspero para as próximas gerações.
Do nosso
lado, continuamos a contar os dias. Já se passaram 100 em que nossos irmãos e
irmãs inocentes foram feitos reféns, contra sua vontade e sem provocação. Não
temos ainda sinais de vida ou qualquer indicação de humanidade de seus
captores. Isso é algo com que todos aqui em Israel acordamos e dormimos todos
os dias de nossas vidas até que eles voltem para casa.
É por isso
que lutamos; é por isso que lutamos o tempo todo, para preservar a vida. Am
Israel Chai.
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