Por cinquenta
anos, muitos líderes e políticos do mundo inteiro têm promovido a ideia de que
"não há alternativa para o conflito no Oriente Médio a não ser a criação
de um estado palestino, ou seja, a “solução de dois estados". Mas nenhum
destes líderes ou políticos mundiais se pergunta, ou pergunta a outros se isso
seria viável, apesar do terrorismo contínuo
e do fato de que tal estado será administrado por terroristas comprometidos com
a destruição de Israel.
Aqueles que
não vivem em Israel não têm ideia do que o israelense passa todos os dias. É o
que nos faz acreditar que continuamos aqui por milagre.
Na
sexta-feira à noite dois carros bomba dirigidos por palestinos de Hebron, detonaram
antes do previsto, não alcançando os alvos pretendidos de Gush Etsion e Karmei
Tzur e custando apenas as vidas dos terroristas. Na manhã do sábado, houve um
tiroteio também na região de Hebron. Hoje pela manhã, tres policiais israelenses
foram mortos quando terroristas em um carro atiraram na van que os levava. Em
cima disto tudo, os ataques incessantes de mísseis da Hezbollah ao norte de
Israel.
Mas ontem
também encontramos os corpos de outros 6 reféns em um túnel em Gaza. E este é o
incidente mais triste de todos. É triste porque estes reféns foram sumariamente
executados pelo Hamas esta semana para que o exército de Israel não os resgatasse
em vida. Eles foram mortos logo após Israel ter libertado o refém Kaid Farhan
Elkadi, de 52 anos, um beduíno muçulmano.
E o que
Israel está fazendo hoje em Gaza? Está facilitando a vacinação de milhares de
crianças palestinas contra a pólio.
Ontem o Hamas
conclamou os palestinos a se mobilizarem, em todas as cidades, vilarejos, e
campos e incendiar o que puderem. Eles conclamam a todos que têm armas, para
apontarem suas balas para o peito dos ocupadores. É com esse tipo de pessoa que
o mundo quer que Israel faça a paz, se retire de áreas críticas para sua segurança
e profundidade estratégica para que eles formem um estado. E isso sem falar de
Jerusalem Oriental. A recusa palestina em reconhecer o direito de Israel de
existir e acabar com o terrorismo não é nem mesmo cogitada.
Sabemos que
todos os olhos estão em Gaza no momento, mas a situação na Judeia e Samaria é
tão preocupante quanto. Hebron fica a apenas 30 km de Jerusalem. Gush Etsion a
24 Km.
Muitos aqui
culpam Netanyahu por não conceder tudo ao Hamas para soltar os reféns. Eles
argumentam que um tal acordo levaria ao fim do seu governo. Mas os dois
ministros que ameaçaram sair da coalisão hoje, pelas pesquisas, estarão muito
piores em uma próxima eleição então esta desculpa não faz sentido. E conhecendo
Netanyahu, ele nunca poria a vida de jovens israelenses na linha para se manter
no poder. Todos nós sabemos que para fazer um acordo, é preciso de dois. É
Yahya Sinwar, não Netanyahu, quem está impedindo um acordo porque ele não quer
soltar nenhum refém que são seu seguro de vida.
Aqueles que
ainda apoiam a solução de dois estados argumentam que os árabes que se
autodenominam palestinos e apoiam o terrorismo têm direito a um estado, que
inclui a Judeia, Samaria, Gaza e Jerusalém Oriental, sem qualquer
fundamentação. Estas áreas foram libertadas por Israel na Guerra dos Seis Dias em
1967. Foram liberadas e não conquistadas por que em todas elas havia
comunidades judaicas milenares que foram expulsas em 1948. Em outras palavras, os
judeus estavam lá há mais de 3 mil anos, foram expulsos por 19 anos e são eles
os colonos?
Essa obsessão
se baseia na narrativa palestina da "Nakba" ou a catástrofe da
fundação de Israel e de seu fracasso de aniquilar o Estado Judeu em 1948; “O
Direito de Retorno”, copiado dos judeus, para milhões de refugiados árabes para
Israel; e sua reivindicação a tudo o que era chamado de Palestina sob o Mandato
Britânico e pela Liga das Nações. A Nakba é a base do Pacto da OLP e da Carta
do Hamas – e é o fundamento da identidade palestina – não a construção de um
estado palestino, mas a destruição de Israel. Renunciar a tais crenças não é
apenas improvável; é virtualmente impossível. Disputas sobre território podem
ser resolvidas, mas não disputas ideológicas.
Por que,
então, já que quase todos os palestinos rejeitam a divisão da terra em dois
estados, esta ideia é ainda relevante – e por que a alegação é constantemente
feita de que não há outra “alternativa?”
"Nenhuma
alternativa" é uma crença aplicada unicamente à solução de dois estados.
Raramente não há alternativa. Mas este continua sendo um mantra poderoso. O
perigo de acreditar neste mantra não está apenas no fato do estado palestino se
tornar a única base de negociação, mas legitima organizações terroristas que
liderarão tal estado.
O fato é que
isso já foi tentado com os acordos de Oslo de 1993 e 1995 e a retirada de todos
os judeus de Gaza em 2005. E vimos o que isso deu. Não podemos mais deixar a
comunidade internacional continuar com as pressões por concessões políticas e
territoriais e oferecer incentivos econômicos na esperança que isso resultará
em paz, ou pelo menos o fim da violência. Isso acabou em 7 de outubro.
Arafat quis
os acordos de Oslo não para fazer a paz, mas para avançar sua agenda de destruir
Israel. Receber concessões territoriais, políticas e econômicas, legitimidade e
reconhecimento mundial serviu à sua estratégia.
Em 2000 com a
oferta do então primeiro-ministro Ehud Barak em Camp David de dar a Arafat
quase tudo o que ele queria confirmou ao líder da OLP que ele estava certo:
Israel estava disposto a se render e se retirar para as linhas do Armistício de
1949. O enviado americano Dennis Ross que presenciou as negociações escreveu que
Arafat rejeitou as ofertas de Barak porque o conflito em si era sua própria
identidade, e a base da "consciência nacional palestina".
Dois meses
depois ele lançou a Segunda Intifada, que durou até 2005, para impedir uma
resolução do conflito. Arafat foi um aproveitador e oportunista. Ele nasceu no
Cairo e nunca foi palestino. Mas ele construiu sua personalidade em torno do
conflito, conseguindo extorquir bilhões de dólares dos países árabes em troca
da promessa que ele não faria ataques contra estes países.
E em vez de
ser tratado como um criminoso de guerra, Arafat foi homenageado como chefe da
Autoridade Palestina e da OLP. Foi ovacionado nas Nações Unidas em 1974 e
ninguém pareceu incomodado quando ele disse que vinha com um ramo de oliveira
em uma mão, mas segurando a arma de um guerreiro na outra e para não deixarem
que o ramo de oliveira caia de sua mão. E de fato, Arafat foi a única pessoa
permitida a portar sua arma na Assembleia da ONU.
Infelizmente,
a solução de dois estados é um símbolo de ódio e violência, que foi amplamente
aceita como "a única alternativa". O apoio a esse mantra minou os
esforços de Israel para resolver o conflito e levou à ascensão do Hamas, outros
grupos jihadistas islâmicos e representantes iranianos, como o Hezbollah e os
Houthis.
O apoio à
solução de dois estados, portanto, impede qualquer consideração racional de
outras propostas que possam ser muito melhores para palestinos e israelenses e
para toda a região. Por exemplo: Oferecer para eles se mudarem para outros
países árabes e muçulmanos, desenvolver entidades sociopolíticas baseadas em
tribos/clãs, fazer uma federação com a Jordania. Enfim, há muitas
possibilidades! Mas a exigência de uma visão única dessa famigerada solução de
dois estados é uma receita amarga para premiar o terrorismo e continuar o
conflito, não para resolvê-lo.
Esta opinião
mas antes de ir, gostaria de lembrar os nomes dos reféns mortos e dos 3
policiais assassinados neste final de semana: Arik Ben Eliyahu, Hadas Branch, and Roni Shakuri, o
qual tinha uma filha chamada Mor que também foi morta em 7 de outubro.
Os seis
reféns encontrados são Hersh
Goldberg-Polin de 23 anos, Eden Yerushalmi de 24 anos, Almog Sarusi
de 27 anos, Alex Lubnov
de 32 anos, Carmel Gat
de 39 anos, e Ori Danino de 25 anos.
Todos morreram baleados na cabeça há 72 horas.
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