A França tornou-se uma descontrolada
lixeira. Uma
vergonha para um país
que um dia já se disse civilizado.
Na terça-feira
passada, um rapaz de 17 anos morreu nas mãos da polícia depois de tentar fugir
de carro. Este jovem, filho de imigrantes árabes da Africa do Norte, de nome
Nahel, era conhecido da polícia por vários incidentes e ofensas de trânsito anteriores
como dirigir sem carteira, sem seguro ou usando placas de carro falsas.
De acordo com
a polícia, o Mercedes com placas da Polonia, dirigido por Nahel foi avistado
numa faixa de ônibus às 7h55 em Nanterre, um subúrbio de Paris. A polícia
tentou pará-lo em um sinal vermelho usando sirenes e luzes, mas Nahel se
recusou a obedecer e seguiu tentando fugir, cometendo várias outras infrações quase
atropelando um pedestre e um ciclista.
O Mercedes entrou
em um engarrafamento onde foi alcançado. Os dois policiais então sacaram suas
armas para impedi-lo de fugir novamente e pediram que desligasse a ignição. Mas
Nahel decidiu fugir novamente. Aí um dos policiais atirou à queima-roupa pela
janela do motorista matando Nahel que morreu com um único tiro no braço esquerdo
que penetrou no peito. A polícia e os paramédicos tentaram ressuscitá-lo, mas
ele foi declarado morto às 9h15, da manhã.
O policial que
disparou o tiro, disse que o fez para evitar outra perseguição, temendo que ele
ou outra pessoa se ferisse.
Apesar de
violação de regras de trânsito não ser motivo para um policial atirar, este
seria mais um incidente que ocorre regularmente em todos os países do mundo, indigno
de cobertura nacional e internacional... não fosse a identidade da vítima que é
árabe. A morte de Nahel inflamou as queixas de longa data de violência policial
e racismo sistêmico dentro das forças da lei, nos subúrbios de baixa renda e
racialmente mistos que circundam as principais cidades da França.
Embora o
policial envolvido esteja sob investigação por homicídio voluntário e o
presidente Emmanuel Macron tenha condenado o incidente, a raiva do público se
espalhou pelas ruas da França. A polícia fez 1300 prisões durante a quarta
noite de agitação. Cerca de 40.000 oficiais foram mobilizados para conter o
problema, 5.000 na região de Paris. Nesta última noite, 719 pessoas foram
presas com mais de 45 mil policiais mobilizados. Paris, Lyon, Marseille, todas
tiveram seus centros bloqueados porque a morte do rapaz está sendo usada como
pretexto para invadir e saquear lojas, queimar carros, atacar a polícia e porque
não? Fazer ataques antissemitas.
Nesta sexta-feira,
em meio aos protestos, o Memorial aos Mártires da Deportação foi vandalizado.
Esse memorial em Nanterre, homenageia os 200.000 judeus que foram enviados da
França de Vichy para os campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra
Mundial”.
O Movimento
de Combate ao Antissemitismo disse que “a vandalização deste monumento profana
a memória das vítimas do nazismo. Em meio à agitação social que atualmente
assola a França, os memoriais do Holocausto devem ser respeitados e protegidos”.
Mas só no ano passado, a França registrou mais de 470 ataques antissemitas.
Como os
Estados Unidos e alguns outros países europeus, a França já passou por ondas
anteriores de protestos contra a conduta policial, principalmente contra as
minorias.
Sim, é triste
e desafortunado que o rapaz tenha sido morto. Mas esse é o resultado de uma
política errônea de apaziguar repetidamente estas minorias com tapinhas nas
mãos como punição por crimes sérios ao mesmo tempo que não lidam com os
problemas de desemprego, moradia, educação e aculturação de milhões de refugiados
que a França continua a aceitar em nome do multiculturalismo.
As raízes
destes protestos estão nas mesmas áreas aonde o antissemitismo desenfreado reina
e putrefaz.
O legislador
judeu Mayer Habib disse no sábado que “isso parece uma Intifada no coração da
França”. “A França está em chamas, com 249 policiais feridos. Nada, nem mesmo a
morte dramática de um jovem justifica esse caos.”
Segundo
Habib, “nessas áreas perdidas da república, por anos houve um crescimento
imperturbável do ódio à França, aos brancos e aos judeus”. E ele tem razão.
Vamos
comparar esta reação com os assassinatos de judeus na França. Ilan Halimi, um
judeu de 23 anos, foi sequestrado por uma gangue de muçulmanos em 2006 em
Paris. Ele ficou 3 semanas cativo quando foi torturado impiedosamente, e acabou
morrendo dos seus ferimentos. Nenhum dos 19 envolvidos recebeu uma pena igual ou
maior que a pedida pela promotoria apesar da barbaridade do crime.
Em março de
2012 tivemos os piores ataques contra uma comunidade judaica na França. Um criminoso
de origem argelina criado em Toulouse abriu fogo contra uma escola judaica Ozar
Hatorah matando o rabino e três crianças e ferindo outras. O pior é que ele
próprio filmou os ataques usando uma câmera no corpo. Ele se filmou indo atras
da menina Mirian Monsonego de 8 anos de idade, agarrando-a pelos cabelos e
levantando a arma para matá-la. Quando a arma emperrou, ele pegou um revólver
calibre 45 e atirou na cabeça da menina a queima roupa.
Em janeiro de
2015 tivemos, em paralelo ao ataque ao jornal Charlie Hebdo, o ataque ao supermercado
kosher de Paris, o Hypercasher, aonde 4 reféns judeus foram mortos pelo terrorista.
Em 2017, Sarah
Halimi, uma médica e professora judia de 65 anos, foi assassinada em seu
apartamento por um homem que gritava "Allahu Akbar" enquanto a
atacava. Sarah foi espancada por 20 minutos, teve todas as costelas quebradas, enquanto
20 policiais esperavam atras da porta do seu apartamento que o atacante
muçulmano parasse o ataque. Eles só entraram no apartamento depois que o corpo
de Halimi foi jogado do terceiro andar. O assassino dela está livre porque
argumentou que estava sob o efeito da maconha quando cometeu o crime. Inacreditável!
Milhares saíram
em solidariedade, numa manifestação quieta e digna. Ninguém se revoltou ou
queimou nada”.
Infelizmente
a França se perdeu. Durante a segunda grande guerra Paris de declarou uma
cidade aberta para que Hitler não a bombardeasse, destruindo sua arquitetura,
seus museus, sua história. Mas hoje, a França abriga e alimenta a um custo
enorme uma população que só promove o ódio ao pais, aos seus valores, não
respeita suas leis e se acha com direito a tudo.
Há 50-60 anos
abrir as portas para uma imigração controlada poderia ter sido uma boa ideia
para combater a falta de crescimento demográfico, trazer uma certa diversidade
e revitalizar o país. Mas não foi isso que a França ou o resto da Europa
fizeram. E hoje estão pagando o preço.
E em meio a este
tumulto, o que preocupa as autoridades da França é o crescimento dos partidos de
direita. Macron e seu governo não se deram ainda conta de que o povo francês
está farto de tudo isso. Ele quer uma imigração regrada, quer acabar com o
esbanjamento de seus fundos de pensão, quer paz e ordem.
O experimento
deu errado. Vamos voltar aos princípios que fizeram a Europa e a França darem
certo, por todos estes séculos.
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