Não faltam antisemitas, antisionistas e
outros inimigos de Israel que querem acabar ou condicionar a ajuda americana ao
estado judeu. Apesar de serem uma minoria, eles são muito barulhentos. Desde a “esquadra”
do Congresso a acadêmicos que acusam os judeus de terem dupla lealdade a
progressistas não tão bem-intencionados.
Dois ex-embaixadores americanos em
Israel, que não perdem uma oportunidade para criticar a política israelense há
anos, disseram ao The New York Times, que a hora de cortar a ajuda a Israel é
agora. O Embaixador Daniel Kurtzer disse que “a ajuda não dá aos EUA qualquer
vantagem ou influência sobre as decisões de Israel de usar a força; e por causa
do silêncio da administração, Israel segue políticas às quais nos opomos, somos
vistos como ‘facilitadores’ da ocupação de Israel”.
A amnésia destes indivíduos parece ser crônica.
Eles parecem esquecer que Israel ofereceu para acabar com a ocupação do
território disputado pelo menos cinco vezes, mais recentemente em 2008, com
100% da terra por meio de trocas de território e Jerusalém Oriental como sua
capital.
A principal razão pela qual ainda há uma
ocupação e nenhum compromisso é que os palestinos não podem assinar um acordo para
acabar com o conflito porque ao faze-lo, eles teriam que aceitar e reconhecer o
estado judeu, encerrar todas as reivindicações, e abandonar sua exigência
absurda de direito de retorno de descendentes de refugiados para Israel própria,
mesmo que hoje já tenham outra nacionalidade, como muitos palestinos americanos.
O erro dessa linha de raciocínio é a
falha em diferenciar entre uma opinião do que eles consideram ser uma má
política israelense e o direito absoluto do estado de Israel existir como
qualquer outra nação nas Nações Unidas.
Outra tática para minar o apoio é
afirmar que Israel é uma nação imoral. O
professor de Harvard, Stephen Walt, disse: “Décadas de controle brutal de
Israel demoliram o caso moral do apoio incondicional dos EUA”. Este professor
ficou conhecido por suas afirmações sobre a dupla lealdade dos judeus
americanos e do lobby de Israel, um tropo anti-semita clássico.
Existem argumentos legítimos para
reduzir a ajuda militar dos EUA a Israel, considerando, por exemplo, a
prosperidade de Israel e a crescente dívida nacional americana. Mas esta não é
a motivação dos progressistas e acadêmicos anti-Israel. O que eles querem é
punir Israel e acabar com o estado judeu completamente.
Vamos notar que a ajuda americana a
Israel é de 3.8 bilhões de dólares por ano. Mas essa assistencia não é uma
doação caridosa. Ela apóia interesses americanos vitais – estratégico, de
defesa, cibernético, de inteligência, Pesquisa & Desenvolvimento e muito
mais.
Os sistemas antimísseis Domo de Ferro e
Estilingue de David desenvolvidos por Israel são um exemplo. Como escreveu o
ex-embaixador israelense Yoram Ettinger, a experiência militar de Israel no
mundo real economiza aos Estados Unidos “bilhões de dólares em pesquisa e
desenvolvimento... Se não houvesse um Israel no flanco oriental do
Mediterrâneo, os EUA teriam que despachar um ou mais porta-aviões... a um custo
anual de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões.”
O economista Dany Bahar, do programa de
Economia Global e Desenvolvimento da Brookings Institution, disse que “a ajuda
militar dos EUA a Israel sempre foi, até certo ponto, uma situação em que todos
saem ganhando: Israel compra armamento americano de empresas americanas que,
por sua vez, são subsidiadas pelo Estados Unidos... a vasta maioria do dinheiro
dado em assistência a Israel na verdade, fica nos Estados Unidos.”
Não é preciso ser super perspicaz para ver que os Estados
Unidos estão cada vez mais fugindo de suas responsabilidades e abandonando seus
aliados. E a China e a Rússia estão na espreita, prontas para intervir e
preencher qualquer vácuo deixado pela América.
Isso por um lado. Por outro lado, Washington
chegou a um acordo com Teerã na quinta-feira para libertar cinco
iranianos-americanos, que a República Islâmica deteve evidentemente sob
acusações forjadas. Em troca da libertação dos cinco para prisão domiciliar, prestem
atenção, os Estados Unidos liberaram US$ 6 bilhões em petróleo iraniano e soltaram
espiões iranianos presos nos Estados Unidos.
Mark Dubowitz, CEO da Fundação para a
Defesa das Democracias, aplaudiu a libertação dos prisioneiros americanos detidos
injustamente, embora tenha dito que isso terá um custo muito alto, e não em
dinheiro, o que pode ser contraproducente.
É claro que ao pagar US$ 6 bilhões em resgate
significa que o regime só fará mais reféns. Isso se tornou um meio lucrativo de
extorsão internacional para o líder supremo do Irã. E sabemos muito bem que a República
Islâmica não usará esses US$ 6 bilhões para qualquer trabalho humanitário.
No mundo real, os Estados Unidos estão
dando ao Irã US$ 6 bilhões para serem usados em terrorismo, financiamento de
drones para a Rússia, repressão doméstica e expansão de armas nucleares. Esta
não é uma troca de prisioneiros; é o maior pagamento de resgate de reféns da
história americana. Esse dinheiro não é para ajudar o povo iraniano; é um
reforço orçamentário ao principal estado patrocinador do terrorismo no mundo. E
aonde estão as vozes progressistas contra este acordo que dá 6 bilhões de
dólares a um governo ditatorial e repressivo? Silencio completo.
Somente punindo severamente este regime por
seqüestrar reféns ilegalmente, e não recompensado com bilhões em pagamentos de
resgate, poderá haver um fim a esses abusos humanitários.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, candidato
à presidência dos Estados Unidos, disse que “Biden está cedendo vergonhosamente
à chantagem e extorsão do Irã. Recompensar o Irã por tomar reféns americanos
incentiva mais a tomada de reféns.” “O pagamento do resgate de US$ 6 bilhões
ajudará o Irã a expandir seu programa para obter armas nucleares, apoiar o
terrorismo, oprimir o povo iraniano e ajudar a Rússia”, acrescentou DeSantis.
“O apaziguamento e a fraqueza de Biden encorajarão o Irã a atacar nossos
interesses e nossos aliados.”
E já vimos os primeiros passos desta politica
esta semana quando o Supremo líder Ali Khamenei decidiu juntamente com os
líderes da Hezbollah, do Hamas e do Jihad Islâmico de lançar uma campanha de
ataques terroristas em Israel para tornar a vida dos judeus tão insuportável que
eles resolverão abandonar a Terra Santa.
Quando era um membro do Congresso, Ted
Deutch, Presidente do Comitê Judaico Americano, representou Robert Levinson,
que o Irã fez refém em 2007 e que é considerado o refém mais antigo dos EUA.
(Levinson foi dado como morto.)
Deutch declarou que o governo americano
deve exigir que nenhum dinheiro disponibilizado ao Irã como resultado dessa
troca seja usado para prosseguir com suas atividades malignas domesticamente ou
em toda a região.
“Mas não temos ilusões de que isso será
suficiente para impedi-lo de explorar o acordo para prosseguir com suas
atividades agressivas e desestabilizadoras”, Deutch acrescentou. “O AJC
continua instando o mundo a se posicionar contra o apoio do Irã ao terrorismo,
suas violações dos direitos humanos e sua busca ilícita por armas nucleares.”
Esperemos que os isolacionistas e
aqueles que querem prejudicar Israel sejam vistos como são, e que os interesses
americanos no Oriente Médio continuem a ser atendidos. Do 1% do orçamento dos
EUA que vai para a ajuda externa, a parte que vai para o reforço da presença
militar de Israel no Oriente Médio é sem dúvida seu investimento mais sábio.
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