Na
quinta-feira última, os líderes do bloco composto pelo Brasil, China, Rússia,
Índia e África do Sul, receberam a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados
Árabes, Etiópia e Irã como membros plenos dos BRICS. O que tem isso a ver com a
morte de Batsheva? Vamos voltar um pouco atrás.
A
sigla original "BRIC", ou "os BRICs", foi cunhada em 2001
para descrever economias de rápido crescimento com oportunidades de
investimento e não como uma organização intergovernamental formal. Mas desde
2009, eles têm se posicionado cada vez mais como um bloco geopolítico,
coordenando políticas.
Na
quinta-feira, vimos o Lula sorridente, em mais uma viagem internacional, desta
vez em Johannesburgo na África do Sul, comemorando com outros membros do BRICS a
entrada de mais seis membros no bloco.
Vejamos
então em que companhia está o Brasil.
A
Rússia de Vladimir Putin é uma tirania que não tem qualquer problema em prender
inocentes para usar como moeda de troca, abater, assassinar, raptar, torturar, e
fazer desaparecer adversários políticos, acadêmicos, jornalistas e há apenas
alguns dias, um de seus mais próximos aliados.
Yevgeny
Prigozhin, o líder popular do grupo Vagner que fez a besteira de expor a
vulnerabilidade de Putin ao marchar em direção a Moscou e parar no meio, foi
assassinado quando um míssil terra-ar foi lançado contra seu avião. Foi
Prigozhin que deu a Putin suas maiores conquistas de território na Ucrânia. Esta
Rússia, membro do BRICS invadiu sua vizinha, a Ucrânia sem qualquer provocação,
causando milhares de mortos, milhões de refugiados, órfãos e viúvas. É essa Rússia
que vende tecnologia nuclear a quem possa pagar, como o Irã, e não se importa
de absolutamente nada e ninguém.
A Índia,
entre todos, parece ser o mais moderado. No entanto, desde a eleição de Modi,
um fervoroso praticante do hinduísmo, o que estamos vendo é uma crise de
liberdade religiosa na Índia. A violência contra cristãos, muçulmanos e outras
minorias religiosas aumentou dramaticamente nos últimos anos, especialmente em 2022
e 2023. A desigualdade da população no regime de castas, a pobreza extrema, a
corrupção e a violência não pintam a Índia com as cores mais brilhantes.
E aí
temos a China. O país mais populoso do mundo e que depois de Nixon ter
erroneamente aberto as portas da economia americana, acordou o dragão dormente.
Hoje o mundo todo sofre com a agressão, a belicosidade e a falsidade chinesas. Não
há como listar todos os atos de agressão e bullying da China, mas vou
citar alguns:
No
Mar do Sul a China ocupa ilegalmente dezenas de ilhas para obter o controle da
região em violação ao direito internacional. É uma ameaça constante a Taiwan,
um país independente e democrático que a China prometeu invadir e incorporar ao
seu território. Além disso, a China expandiu enormemente sua influência econômica em torno de matérias-primas,
alimentos, infraestrutura e energia essenciais, subjugando países ao redor do
mundo. Pequim comporta-se como um parasita global, levando à frente uma
política de concorrência agressiva e até hostil que ignora as regras
internacionais de propriedade intelectual, e persegue implacavelmente os seus
interesses, seja em Inteligência Artificial, tecnologia de comunicações,
proteção climática ou agricultura. Assim, hoje a China manda e seus devedores,
incluindo o BRIS, obedecem.
A
África do Sul continua atormentada pela corrupção e má gestão governamental,
altíssimo desemprego, crimes violentos, infraestruturas insuficientes e má
prestação de serviços às comunidades empobrecidas.
E
agora, entre os pilares da democracia internacional, o BRICS incluirá o Irã,
que só está lá para tentar contornar as sanções internacionais e expandir suas
ações terroristas pelo mundo, e em especial em Israel.
O
Irã tem sido o principal inimigo de Israel. Os mulás têm instalado bases na Síria para
unificar suas ameaças na região. Depois de 2017, o Irã encorajou suas milícias
no Iraque a ameaçar Israel através da Síria. Assim, o Irã passou a enviar armas
através do Iraque para a Síria, incluindo drones para contrabandear armas.
Grupos
apoiados pelo Irã, como a Hezbollah, também se tornaram mais ousados, fazendo provocações
na fronteira norte de Israel ao longo do último ano. Isso porque Yair Lapid,
muito não democraticamente, assinou um acordo marítimo com o Líbano, desistindo
de grande parte de um campo de gás, fazendo Israel parecer fraca. O Irã
acredita que agora tem muitas opções para ameaçar Israel usando o Hamas e o
Jihad Islâmico na Judeia e Samaria preenchendo o vazio deixado pela Autoridade
Palestina.
Se o
Irã conseguir construir uma mini-Gaza em Jenin, por exemplo, será capaz de
criar mais uma arena de ameaças. E vimos o recente ataque de míssil saído de
Jenin. E é isso que os mulás querem. O Irã está apoiando ataques terroristas a
Israel e isso levou a um aumento da violência na Judeia e Samaria. Os próprios
líderes do Irã confirmaram isto durante entrevistas. Esmail Qaani, comandante
da Força Quds, declarou que 15 a 30 ataques são realizados diariamente na
Cisjordânia pelas forças de resistência contra o regime sionista. “Resistência”
é usado pelo Irã para descrever o Hamas, o Hezbollah e o Jihad Islâmico.
Israel
está cada vez mais convencida de que o Irã está por detrás do aumento dos
ataques terroristas. Isto vai além do que já se sabe sobre seu apoio ao Jihad
Islâmico e ao Hamas. O Irã quer literalmente colocar fogo na Judeia e Samaria. E
o ataque que matou Batsheva Nigri foi só o último.
E é
nesta companhia que o Brasil está feliz de estar. De levantar as mãos em
triunfo, achando que irá enfiar o dedo no olho dos Estados Unidos e dos países
do primeiro mundo. Hoje famílias brasileiras estão enlutadas por causa de um
assassinato horrível promovido por um país terrorista que o Brasil está feliz
em abraçar.
Nossas
autoridades têm que acordar antes de colocar o Brasil irreversivelmente na
companhia de tiranos e do lado errado da História.
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