Hoje é o centésimo vigésimo oitavo dia da
guerra. 128. 3 meses e uma semana que 136 reféns continuam nas mãos do Hamas em
Gaza, incluindo o bebê Kfir Bibas e seu irmão Ariel de 4 anos e os pais deles
Shiri e Yarden. Centenas de soldados de Israel morreram nesta guerra que até
dois meses atrás, o mundo apoiava. Era imprescindível eliminar o Hamas. Hoje não
mais.
Na semana passada, em vez de uma mensagem
de suporte, Biden, o presidente senil dos Estados Unidos, se mostrou muito mais
preocupado com relatos de alegada “violência de colonos judeus” na Judeia e
Samária. Com base em apenas alegações, o presidente dos Estados Unidos emitiu
uma ordem executiva contra quatro israelenses.
Um verdadeiro absurdo que infelizmente para
os quatro, que nem julgados foram, estão sendo penalizados com suas contas
bancárias e bens congelados em Israel. Isto é uma ingerência americana na vida
de cidadãos de outro país sem qualquer precedente. Nenhum presidente americano
jamais assinou uma ordem executiva com sanções financeiras contra qualquer
cidadão de outro país por meras alegações.
A decisão de
Biden não tem nada a ver com o combate à violência. Ela é só uma tentativa barata
de equivalência moral. O líder do Partido Democrata, que só esta semana disse
ter se encontrado com o presidente da França que morreu em 1996 e declarou que
o presidente egipcio Al-Sissi, era o presidente do México, caiu no conto da ala
pró-palestina do seu partido para assinar esta ordem racista e ridicula. Ela é racista
porque se refere apenas aos judeus e é ridicula porque não se atém a fatos, mas
somente a especulações. Ela impõe sanções financeiras a judeus que supostamente
ameaçaram de violência ou intimidaram civis na Cisjordania.
Só que estes
“colonos judeus” em questão estão todos no front de batalha e esta tal “violência”
é hoje inexistente e quando ela ocorre, ela é condenada por todos.
De acordo
com um relatório da emissora pública KAN, um dos quatro – que teve sua conta
bancária em Israel congelada nunca foi indiciado por violência. Os outros três
enfrentaram processos no sistema judicial israelense –sinal de que o país leva
o assunto a sério, mesmo sem a pressão presidencial americana.
E a
propósito, há o outro lado da moeda. Arabes beduinos continuam a roubar impunes
rebanhos, materiais de agricultura, carros e até tratores dos kibbutzim e
moshavim inclusive com ameaça de violencia e morte. Ainda não ouvi a Casa
Branca se manifestar para sancionar estes beduinos.
É inaceitável que toda a máquina
governamental americana esteja preocupada em combater a “violência de colonos” enquanto
Israel continua a sofrer ataques de mísseis diários e repito, diários, do Hamas
da Faixa de Gaza, da Hezbollah do Líbano e dos Houthis do Iêmen. Quando Israel
ainda tem 136 dos seus cidadãos presos como reféns, sem comunicação,
torturados, sem o basico para viver, mantidos em condições sub-humanas. Será
que esta administração americana não tem um pingo de vergonha deste padrão
duplo? O que mais precisamos esfregar na cara do Biden e do seu secretário de
Estado Anthony Blinken, para mostrar que não são os residentes da Judeia e
Samaria que constituem o perigo para a estabilidade da região? É muito baixo
usar quatro colonos que não mataram e não causaram danos a ninguém para mostrar
esta falsa imparcialidade.
Mas a administração americana não parou aí.
Blinken em sua 5ª visita à Israel esta semana declarou que o fato dos
palestinos terem desumanizado os israelenses não dava a Israel o direito de
fazer o mesmo com eles. Ele ainda voltou a defender com unhas e dentes a
insanidade da “solução de dois estados”. Em outras palavras: “como recompensar
o Hamas pela chacina de 7 de outubro”.
Na situação em
que Israel se encontra fazer pressão agora para criar um estado palestino não é
apenas deixar o Hamas escapar impune, mas é recompensá-lo pela chacina
perpetrada por ele. E não pensemos que a Autoridade Palestina, com a sua
política de pagar para matar, seria melhor.
David Cameron, secretário do Reino Unido
disse que é hora de definir como seria um Estado Palestino para ser reconhecido
inclusive na ONU e assim, tornar o processo irreversível. E Matthew Miller, do
Departamento de Estado americano, disse que “os EUA apoiam o estabelecimento de
um Estado palestino independente”. Em outras palavras, querem enfiar um Estado
palestino que os palestinos não querem –a não ser do rio ao mar, guela abaixo
de Israel que não pode sobreviver com um estado terrorista soberano e
independente como vizinho.
Para deixar bem claro. Esse processo que
seria “irreversível”, é o objetivo árabe original de matar os judeus “do rio e
o mar” e o fim do Estado judeu.
Ninguém quer
que a guerra acabe mais do que Israel, cuja população está traumatizada pelo
assassinato de 1.400 pessoas, pelo estupro, tortura e rapto de 240; uma
população vivendo dia-a-dia com mísseis, alarmes e corridas para abrigos e com
mais de 100 mil pessoas deslocadas de suas casas de norte a sul. Temos também
consciência da situação terrível de Gaza. O Hamas poderia pôr fim a tudo isso
num instante se devolvesse os reféns e se levantasse a bandeira branca.
A sugestão de que os palestinos ganhem um
Estado independente após a guerra – como resultado do seu mega-ataque é tão
chocante como a América oferecer um estado independente aos Talibãs depois de
11 de setembro. Que mensagem estes países esperam enviar às organizações
terroristas com estas declarações?
Podemos acreditar nas promessas de
“garantia” de segurança oferecida por estes países? Vamos perguntar ao Zelenski
o que ele acha delas. Foi “garantido” que os ataques do Hezbollah a partir do
Líbano não aconteceriam depois das resoluções da ONU que se seguiram à Primeira
e Segunda Guerras do Líbano. Os Acordos de Oslo com o arquiterrorista Yasser
Arafat pretendiam ser uma garantia de paz no Oriente Médio. A retirada israelense
de Gaza em 2005 para testar esta solução de dois Estados, deveria ter resultado
na transformação da Faixa numa outra Cingapura. Em vez disso, Gaza se tornou
num quase-Estado falido, sob o controle de um regime terrorista jihadista financiado
pela ONU-UNRWA.
O absurdo desta proposição é que neste
momento, a comunidade internacional não pode sequer garantir que a medicação
chegue aos reféns israelenses, como prometido no acordo de ajuda humanitária; a
Cruz Vermelha não pode sequer visitar os reféns; e ninguém, e muito menos a
UNRWA, pode garantir que o combustível e os alimentos cheguem aos civis
palestinos em vez de serem roubados pelo regime do Hamas para continuar seus
ataques a Israel.
Quando é que o mundo vai se dar conta que o
mega-ataque do Hamas não teve nada a ver com “assentamentos”, ou com a pobreza,
ou com a densidade populacional em Gaza? Não se tratou de falta de esperança.
Foi um ataque ao fato de o Estado de Israel, o Estado Judeu, existir. E, no
entanto, como sempre, foi Israel quem se viu no banco dos réus do Tribunal
Internacional de Justiça da ONU.
Sim, os EUA e o Reino Unido forneceram
apoio militar a Israel e apoiaram o Estado judeu na farsa do Tribunal
Internacional – até agora. Mas as sanções aos israelenses e a obsessão pela
solução de dois Estados mostram quão frágil esse apoio pode ser.
Presentes vêm com laços e os laços destes
presentes podem ser facilmente apertados e se tornarem algemas. Israel tem que
se manter firme e resoluta e continuar a defender seus interesses e não os de
outros países. Ela tem que denunciar cada duplo padrão e desmascarar cada falsa
equivalência moral mesmo de seus melhores amigos.
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