Em 18 de
fevereiro de 1943, quando a maré da Segunda Guerra Mundial parecia estar se
voltando contra a Alemanha, Joseph Goebbels fez o seu discurso "Guerra
Total" no SportPalast de Berlim para 14.000 dirigentes do partido nazista,
veteranos de guerra, trabalhadores e mulheres. Enquanto outros milhões de
alemães ouviam na rádio, Goebbels falou sobre o "infortúnio das últimas
semanas" e ofereceu uma "imagem nua e crua da situação" para os aplausos
espontâneos do público. No final, Goebbels fez a pergunta crucial: “Vocês querem
uma guerra total?” “Algo mais radical do que vocês imaginaram até hoje?” E
todos os 14 mil levantaram de suas cadeiras gritando “Sim! Heil Hitler!”
Lembrei deste
fato histórico quando li a recente pesquisa publicada pelo Centro Palestino de
Política e Pesquisa que mostrou que 72% dos palestinos acreditam que os ataques
de 7 de outubro pelo Hamas foram corretos. E que apesar da mídia e do resto do
mundo enfatizarem as supostas milhares de mortes de civis de Gaza e o avanço do
exército de Israel para desmantelar o Hamas, o apoio eleitoral ao grupo
terrorista triplicou na Judeia e Samaria nos últimos 4 meses, para 85%.
Isso, junto
com as declarações de oficiais do Hamas para a imprensa, como a de Ghazi Hamad
que disse que o massacre de 7 de outubro foi só o primeiro, e haverá um segundo,
um terceiro, um quarto, porque temos determinação, a vontade, a capacidade para
fazê-lo e porque a existência de Israel é ilógica”, só nos deixa concluir que a
vontade do povo palestino é a guerra. A guerra total contra Israel. E como
aconteceu com os nazistas, eles serão completamente derrotados.
Agora só
depende da vontade de cada um no mundo se posicionar do lado correto ou errado
da história.
Apesar da
animosidade de Biden para com Netanyahu, ele não deixou de se posicionar, logo
no primeiro momento, contra os perpetradores do massacre.
Nós no Brasil
tivemos menos sorte. E dado o passado pró-palestino do presidente brasileiro, dos
assessores antissemitas e completamente anti-Israel que o cercam (incluindo seu
principal conselheiro Celso Amorim), sua aproximação com o financiador-mor do
terrorismo global, o Irã, era só uma questão de tempo até que ele dissesse algo
ultrajante sobre a guerra em Gaza.
Afinal, Lula
vestiu uma keffiyeh e depositou uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat
em 2010, em Ramallah, mas se recusou a visitar o túmulo de Theodor Herzl em
Jerusalém durante a mesma viagem. É também o mesmo que apoiou Dilma a chamar de
volta o embaixador do Brasil em Israel em 2014 durante a Operação Margem
Protetora, levando o então porta-voz do Ministério das Relações Exteriores,
Yigal Palmor, a declarar que o Brasil era “um gigante econômico e cultural”,
mas um “anão diplomático”.
Mas no domingo
passado, enquanto participava da reunião da União Africana na Etiópia, Lula
excedeu todas as expectativas no seu ataque a Israel. Ele declarou que “o que
está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não tem paralelo em outros
momentos históricos. Na verdade, teve. Foi quando Hitler decidiu matar os
judeus”. “Não é uma guerra de soldados contra soldados. É uma guerra entre um
exército altamente preparado e mulheres e crianças.”
A reação de
Israel foi rápida e feroz. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu qualificou os
comentários de Lula de “vergonhosos e graves” e disse que equivaliam à
“banalização do Holocausto e a uma tentativa de prejudicar o povo judeu e o
direito de Israel de se defender”. No dia seguinte, o chanceler Israel Katz
convocou o embaixador do Brasil, Frederico Meyer, para uma reprimenda, mas não
no Ministério do Exterior, como costuma ser feito, e sim no Museu do
Holocausto. Lá, Katz disse que Israel “não esquecerá e nem perdoará” os
comentários de Lula. Katz disse a Meyer: “Eu trouxe você a um lugar que
testemunha mais do que qualquer outro o que os nazistas e Hitler fizeram aos
judeus, incluindo membros da minha família. A comparação entre a guerra justa
de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazistas é uma
vergonha e um grave ataque antissemita.” Ele completou dizendo que até que Lula
retirasse suas declarações, ele seria persona non grata em Israel.
No dia
seguinte, o Brasil respondeu não pedindo desculpas, mas chamando Meyer de volta
para consultas.
Então, em menos
de dois dias, as relações israelo-brasileiras, que se fortificaram sob o
governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, caíram para um novo nível.
Curiosamente,
porém, o público brasileiro não está seguindo o presidente. Uma pesquisa da CNN
Brasil na segunda-feira descobriu que 83% dos entrevistados discordaram da
comparação de Lula revelando a grande lacuna entre o governo e o público.
Interessante que a situação é a mesma no Chile e na Colômbia que também têm
governos de esquerda, mas o povo apoia muito mais Israel do que o governo.
Porque Lula
foi além para se indispor com Israel? Ele quer ser o líder do movimento
não-alinhado Sul-Sul, tornar-se o líder dos países que se consideram anti-Estados
Unidos e que tentam criar um novo alinhamento global.” O Brasil, junto com a
Colômbia e o Chile, apoiaram o processo da África do Sul contra Israel no
Tribunal Internacional de Justiça em Haia.
Lula então
está posicionando o Brasil do lado errado, do lado de assassinos, do lado de um
povo que não quer construir um país mas destruir o outro, de um povo que ainda
apoia com maioria absoluta, ser governado por um grupo terrorista que só pensa
em morte e destruição sem levar em conta se suas vítimas são bebês ou idosos,
se são mulheres, adolescentes, doentes ou simples civis.
Desde o
início da guerra, Lula se reuniu com o representante da Autoridade Palestina no
Brasil e com o ministro das Relações Exteriores da AP na Etiópia. Ele ainda
enviou aviões para resgatar brasileiros em Israel e extrair palestinos com
passaporte brasileiro que viviam em Gaza.
Lula foi ao aeroporto
de Brasília para receber os palestinos que voltaram ao Brasil e até os convidou
a jantar, mas não os israelenses brasileiros. Além disso, o Brasil foi o único país
a não ter intercedido junto ao Hamas para reaver reféns brasileiros ou até
mesmo mencionar os que foram brutalmente assassinados.
Karla Stelzer, 42 anos, Bruna Valeanu, 24 anos, Ranani
Glazer, 24 anos foram chacinadas no festival
de música. Os corpos de
Celeste Fishbein, 18 anos e Gavriel Barel, 22 anos foram encontrados alguns
dias depois mutilados e decompostos. Ela foi sequestrada e depois assassinada e Gavriel
morreu também no festival, ambos filhos de brasileiros.
Rafaela Treistman, namorada de Ranani, sobreviveu aos ataques hediondos no
bunker aonde 40 jovens indefesos procuraram abrigo mas foram mortos com granadas,
esmagados, amontoados
uns sobre os outros, num espaço onde não cabiam mais de 10 pessoas. Para a sua sorte
as pessoas estavam amontoadas umas em cima das outras. As que estavam embaixo, apesar de
terem sofrido muita privação de ar, terem ficado intoxicadas pelos gases das granadas, encharcadas por pedaços de corpos e
sangue das pessoas que explodiram ou morriam por cima, conseguiram sobreviver.
Rafaela e Jade Kolker, sobreviventes
brasileiras e os brasileiros mortos ou sequestrados nunca tiveram seus nomes
mencionados ou lembrados pelo presidente da república em rede nacional. Também
não receberam homenagens como ocorreu na França e na Alemanha. Lula também não foi visitar Israel ou
usar de seu grande relacionamento com o Hamas para implorar pelo retorno do refém brasileiro
Michel Nissembaum, que está há 142 dias em um tunel sem comida, água, sem luz, sem banhos ou
troca de roupas e provavelmente sofrendo abusos físicos, sexuais e psicológicos
como relatado pela maioria dos reféns que retornaram. Ou Lula não
tem esta intimidade toda com o Hamas ou simplesmente não quis.
Putin interveio
com o Irã e conseguiu soltar os reféns russos. Parece que Lula não se importa
com seus cidadãos já que são judeus.
Quando você chama
Israel de o novo nazista, o Hitler de hoje, ela precisa então ser destruída. Com
esta posição, Lula está se alinhando com todos aqueles que querem destruir
Israel: o Hamas, o Hezbollah, o Estado Islamico, o Irã. E isso tem uma
correlação direta com o aumento em mil porcento dos incidentes antissemitas no
Brasil desde 7 de outubro.
Um presidente que sofre a dor do povo palestino mas que
ignora a dor dos seus, dos brasileiros que sofreram o massacre não honra
os votos recebidos para
sentar na cadeira de líder de nosso Pais.
O Brasil e os Brasileiros sempre têm que vir antes! Se o governo e a mídia não parecem
se importar, faça a sua parte e divulgue o nome do refém Michel Nussembaum e
das outras vítimas que parecem não ter existido para Lula.
Em memória aos 1400 mortos brutalmente no massacre e
aos 134 reféns que permanecem até hoje em Gaza.
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