Realmente o mundo está
de ponta cabeça e os valores morais completamente invertidos.
Foi-se o tempo em que a
maior preocupação dos universitários era de passar nas provas, conseguir
terminar um trabalho ou conseguir um estágio.
Menos de uma semana do
pior ataque terrorista da história de Israel, vândalos que se titulam
ativistas, saíram para defender o massacre do Hamas e libertar seu impulso
antissemita.
Na Universidade de
Maryland estes “ativistas” gritaram: “Só existe uma solução, a revolução da
intifada”, e escreveram “Viva a intifada” na praça principal do campus. Na UC
Davis, os alunos leram os nomes dos “mártires”, sem fazer distinção entre civis
inocentes e terroristas do Hamas.
Na Universidade da
California em Berkeley eles declararam: “Não queremos dois estados, queremos
todo o 48”, quer dizer tudo que foi dado a Israel em 1948, quer dizer “destruir
Israel” e mais tarde cercaram estudantes judeus, gritando “vergonha sionista”.
Na semana passada, o
time de basquete feminino da Irlanda, num jogo oficial da Copa Europeia,
recusou apertar as mãos das atletas do time de Israel como se fossem leprosas e
Israel culpada de alguma coisa. Bom que as israelenses ganharam o jogo de 87 a
57.
Sua vizinha, a
Inglaterra, por seu lado, registrou o pior ano de antissemitismo desde que o
país começou a registrar os ataques em 1984. Em 2023, os ataques dobraram no
Reino Unido, somando 4.103 denúncias. O preocupante é que a maioria deles
ocorreu após o 7 de outubro.
E aí temos a ONU. De
acordo com o Subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da organização,
Martin Griffiths, o Hamas não é um grupo terrorista e suas aspirações devem ser
atendidas. Ou ele é maluco ou bebeu porque a única aspiração do Hamas de acordo
com sua constituição é a destruição de Israel. Isso mostra o quanto a ONU está
fora de sintonia com a realidade do mundo.
E no governo americano,
a situação não está tão melhor. Não só estamos lidando com as insanas
declarações de Joe Biden, sobre premiar o Hamas com um Estado, depois de ter perpetrado
o massacre de 7 de outubro. Nesta semana o Congresso aprovou uma resolução denunciando
o estupro e violência sexual do Hamas com a abstenção da representante Rashida
Tlaib. No seu discurso, ela falou não sobre o Hamas, mas de imaginárias alegações
de violência sexual cometida pelos soldados israelenses contra palestinas e
imaginem, crianças. Ela não conseguiu trazer um só exemplo para ilustrar esta
afirmação demente. Aí temos uma mulher defendendo o estupro e a violência sexual
contra outras mulheres.
E chegamos no Brasil.
Lula viajou ao Egito esta semana para andar de camelo nas pirâmides e
aproveitou para condenar Israel pela guerra em Gaza. Ele disse que a resposta de
Israel ao ataque de 7 de outubro foi “desproporcional” e “indiscriminada”. Que declaração
espantosa. Vamos então prometer que Israel irá tentar encontrar um festival de
música em Gaza para massacrar o público, estuprando, mutilando e assassinando
as garotas, degolando bebês, queimando famílias vivas, e tudo isso baixo a uma
saraivada de milhares de mísseis lançados indiscriminadamente sobre a população
civil. Que tal? Isso seria proporcional e Lula ficaria feliz!
É tanta ignorância e o
pior é que ela não acaba. Agora o mundo em uníssono pede, exige, ameaça Israel
para não entrar em Rafah, o último bastião do Hamas.
Imagine que em 2017,
perto do final da guerra de nove meses para derrubar o Estado Islâmico em
Mossul, quando o grupo estava nas últimas, alguém apelasse aos Estados Unidos e
aos seus aliados para pararem a sua ofensiva e não entrarem no reduto dos
terroristas. Alguém realmente acha que os EUA teriam ouvido? Não. Dos EUA ao resto
da Europa, todos exigem que Israel não entre em Rafah devido à presença de mais
de um milhão de palestinos. Isso apesar de dois reféns israelenses terem sido
resgatados justamente lá no início desta semana – e apesar de saberem que é imperativo
destruir a infraestrutura do Hamas para garantir que o grupo terrorista não
será capaz de reconstruir.
Agora, imagine que em
2014 o exército americano tivesse recebido inteligência sobre o paradeiro do
jornalista James Foley antes que o ISIS o matasse. Alguém realmente pensa que a
mídia americana iria se concentrar mais nos residentes do prédio onde Foley
estava detido, do que no resgate de um cidadão americano prestes a ser
decapitado? Mas com Israel é diferente. Em vez de perguntar por que é que dois
israelenses estavam detidos num apartamento no segundo andar de um prédio em
Rafah, os meios de comunicação se concentraram nas alegações de uma organização
terrorista de que pessoas foram mortas durante a operação de resgate.
O Ocidente está mais
obcecado com as pessoas que poderiam ou não, ter sido mortas em Gaza – depende
se quisermos acreditar no Hamas – do que com a questão de saber por que razão
dois israelenses estavam ali detidos com o conhecimento da população “inocente”.
Imaginem agora que uma
semana depois do 11 de Setembro, enquanto os EUA bombardeavam cavernas no
Afeganistão o “Ministério da Saúde da Al-Qaeda” tivesse alegado que o exército
americano tinha bombardeado um hospital matando centenas de civis inocentes. Alguém
realmente acredita que políticos e jornalistas ocidentais teriam aceitado, como
verdade, quaisquer afirmações feitas pelo “Ministério da Saúde da Al Qaeda” e
as teriam colocado como manchetes em seus veículos?
Não é nem preciso dizer
que o imaginário “Hospital da Al Qaeda” é o exemplo do Hospital Baptista Ahli,
que o Hamas afirmou ter sido atingido por Israel quando, na verdade, foi um míssil
palestino que falhou e que caiu no estacionamento do hospital. Mesmo assim, o
The New York Times, a BBC, a Reuters e outros inicialmente aceitaram as mentiras
do Hamas.
Isto é uma falência
moral da mídia ocidental em particular, bem como de grandes setores da
sociedade ocidental em geral. Há algo seriamente errado quando as pessoas estão
dispostas a preferir as mentiras de um grupo terrorista assassino sobre
reivindicações feitas por um país democrático e liberal.
Como faz sentido que as
pessoas no mundo pensem que Israel não deveria entrar em Rafah e deveria na
prática salvar o Hamas? Como é que faz sentido que as pessoas fiquem tão
confusas que pensem que é normal que reféns sejam mantidos contra a sua vontade
em casas privadas até de funcionários da ONU e que um país não deveria fazer todo
o necessário para recuperar os seus?
O que isto diz sobre a
falência moral do Ocidente? Vamos pensar nisto enquanto procuramos condenações dos
países árabes à contínua ofensiva de Israel em Gaza. Não há! A maioria das
condenações vem dos EUA, do Reino Unido e da Europa. Elas não vêm do Marrocos,
do Egito, da Jordânia, dos Emirados Árabes Unidos ou da Arábia Saudita. Por que
será? O que sabem estes países árabes que Washington DC, Londres ou Paris não
sabem?
Estes países árabes
sabem a verdade. Eles querem que Israel vença o Hamas porque sabem do seu
perigo para seus governos.
Eles sabem que Israel
está combatendo um inimigo como nenhum outro, numa guerra urbana, entrelaçada
na estrutura civil e com centenas de Km de túneis. E mesmo assim Israel conseguiu
alcançar uma proporção de mortes entre combatentes e civis tão pequena que ela
é sem precedentes em uma guerra.
Não esperamos palmas do
mundo. Mas esperaríamos talvez integridade. Infelizmente, ela parece não existir,
e a mídia, analistas e políticos ocidentais continuam a aceitar a propaganda do
Hamas como verdade. É um duplo padrão embebido em uma onda de antissemitismo.
Embora seja uma batalha
difícil e com consequências reais, como ser arrastado para o Tribunal de Haia por
exemplo – Israel não deve desistir. O mundo pode estar de cabeça para baixo e
seus valores invertidos, das universidades, aos políticos, da mídia aos
manifestantes.
Não importa. O Estado
Judeu deve continuar de cabeça erguida, sabendo que está lutando uma guerra que
nunca foi mais justa, uma guerra por sua sobrevivência e a do povo judeu e pela
sobrevivência dos valores da verdade e da liberdade.
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