Chuta quem foi nomeado para o Prêmio Nobel da Paz!!! Pense na coisa mais absurda.
Bem, o
primeiro nome que vem à cabeça é Yahya Sinouar, o líder do Hamas em Gaza que
promoveu os ataques de 7 de outubro. Mas não, foi a UNRWA. Quando ouvi isso tive
um inexplicável acesso de riso pelo absurdo da proposição e declarei que não
acreditava.
E aí eu abri
as notícias. Um membro
do Parlamento norueguês, Åsmund Aukrust, disse na quinta-feira que nomeou a
Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA) para o Prêmio Nobel da
Paz. É o fim da picada, tendo em conta que essa “nomeação” bizarra ocorre
apenas dias depois de
Israel ter enviado provas de que esta Agência da ONU mantém
ligações
com terroristas e que pelo
menos 12 de
seus funcionários participaram
diretamente dos
ataques de 7 de outubro.
Isso levou
até agora 17 países e a União Europeia a suspenderem suas doações para a UNRWA pendendo
uma investigação.
Vamos a um
pouco de história. A ONU foi criada em outubro de 1945 para “manter a paz e a
segurança internacional, desenvolver relações amistosas entre as nações,
alcançar a cooperação internacional e servir como centro de harmonização de
ações entre as nações.” Muito bem. Isso foi logo depois do fim da Segunda
Guerra e mesmo então, com milhões de refugiados pelo mundo, especialmente na
Europa, a organização não via necessidade de criar uma agência para refugiados.
Só para dar um exemplo, 12 milhões de alemães foram expulsos da Europa Oriental
entre 1944 e 1948. E sem qualquer ajuda, com a Alemanha completamente destruída,
estes 12 milhões conseguiram se assentar e hoje os sobreviventes e seus
descendentes são cidadãos alemães.
Já falei aqui
várias vezes como apesar de perder a guerra, a ideologia antissemita nazista não
morreu com a rendição da Alemanha. O mundo nunca havia visto um massacre a
nível industrial como foi o dos judeus. E assim, como para jogar um osso,
depois de sua criação, a ONU votou pela criação do Estado de Israel em novembro
1947.
Foi um osso
porque o mundo tinha como certa a destruição de Israel pelos cinco exércitos
árabes que se organizaram para atacar o estado nascente. Mas Israel
milagrosamente conseguiu ganhar a guerra. E outra, e mais outra, e mais outra.
O mundo em
choque pela vitória indesejada decidiu então criar uma agência somente para os
refugiados palestinos. Não para os milhões de outros refugiados e não para
ajudar a encontrar morada para os palestinos em outros países. Não. Esta
agência foi especificamente criada para perpetuar o status de refugiados por
gerações sem fim e assim, continuar a guerra contra Israel. A guerra
antissemita contra os judeus. Esta é a UNRWA.
Somente em dezembro
de 1950, a ONU criou o Alto Comissariado dos Refugiados para lidar com todos os
outros refugiados do globo. Menos os refugiados judeus.
Os árabes
contavam entre 400 e 700 mil refugiados em 1949. Os judeus, expulsos dos países
árabes onde viveram por milênios, eram 800 mil. 260 mil deles foram absorvidos
por Israel. Os outros perambularam por vários países até serem aceitos. Meus
pais foram expulsos do Egito para o Brasil que lhes havia concedido visto,
chegaram sem um tostão no bolso, sem conhecer ninguém e sem mesmo saber a língua.
Alguma organização ajudou? Não.
Então
vejamos. De acordo com seus sites, o Alto Comissariado para Refugiados cuida
hoje de mais de 100 milhões de refugiados e deslocados internos. Seu orçamento
anual é de pouco menos de 11 bilhões de dólares e tem como objetivo “a obtenção
de soluções duradouras para as populações deslocadas como regresso voluntário
daqueles que optam por fazê-lo e a integração local daqueles que não podem
regressar”. Esse orçamento se traduz a uns $110 dólares para cada refugiado.
Agora vamos
comparar. A UNRWA em seu site diz que tem “um mandato humanitário e de
desenvolvimento para fornecer assistência e proteção aos
refugiados palestinos enquanto aguarda uma solução justa e duradoura para a sua
situação”. E que situação é essa? É a existência do estado de Israel.
Quantos
refugiados a UNRWA diz assistir? 5.4 milhões. Quer dizer 5% do número do Alto
Comissariado. Qual é seu orçamento? 1.6 bilhões de dólares, ou seja, $300 para
cada refugiado.
Outra comparação:
para 100 milhões de refugiados, o Alto Comissariado tem 19 mil empregados
espalhados por 137 países. A UNRWA? 30 mil empregados, 13 mil somente em Gaza
que tem somente 2 milhões de habitantes.
Como disse um
dos líderes do Hamas quando perguntado por que não construíram abrigos
subterraneos para a população de Gaza, Abu Marzouk respondeu que os túneis eram
para eles, o Hamas. A população de Gaza era responsabilidade da UNRWA. Em
outras palavras, a UNRWA hoje é o braço administrativo do Hamas, tendo tomado para
si todas as funções civis da Faixa de Gaza como educação, saúde, saneamento,
alimentação, enfim tudo, deixando ao Hamas os milhões de dólares mensais
recebidos da Autoridade Palestina e do Qatar para a construção de tuneis,
mísseis e importação de armas e munições.
A UNRWA emprega
médicos que trabalham com o Hamas, professores envolvidos em terrorismo, e
permitem o uso de suas instalações para armazenar mísseis, treinar crianças no
uso de armas e incitar o ódio a Israel e aos judeus.
Durante
décadas, as escolas da UNRWA doutrinaram os palestinos no ódio, promovendo as
ideologias antissemitas que são as mesmas da Alemanha nazista.
De acordo com
ela própria, A UNRWA supervisiona uma grande parte do sistema educacional de
Gaza e, durante anos e até hoje, os livros escolares aprovados pela Agência contêm
material que encoraja e glorifica o terrorismo.
A organização
UN Watch publicou um relatório em março de 2023 que revelou que 133 professores
e funcionários da UNRWA encorajaram o ódio e a violência nas redes sociais.
Desde 2015, o pessoal da UNRWA incita o antissemitismo e o terrorismo jihadista
nas suas páginas do Facebook. O relatório também revelou que 82 professores da
UNRWA em 30 escolas estiveram envolvidos na elaboração, supervisão, aprovação,
impressão e distribuição de material a estudantes palestinos que promove o ódio
a judeus.
O modus
operandi do Hamas depois de ter assumido o controle de Gaza em 2007 foi de doutrinar
a próxima geração de palestinos e, com a ajuda da UNRWA, teve um estrondoso sucesso.
O canal do
Telegram de 3 mil professores da UNRWA em Gaza mostrou mensagens de apoio ao
massacre perpetrado pelo Hamas chamando os terroristas de “heróis”. Esses
professores compartilharam imagens de israelenses mortos ou capturados e
pediram a execução de reféns.
A
culpabilidade da UNRWA relativamente aos terroristas do Hamas é ainda mais
profunda do que apenas a educação e a doutrinação. Desde que o exército de
Israel iniciou sua operação terrestre em Gaza, ele encontrou equipamento
militar do Hamas escondido em escolas, clubes de jovens e em clínicas médicas
onde coletes a prova de balas foram encontrados em bolsas da UNRWA. Um dos
reféns israelenses libertados disse que foi detido durante quase 50 dias no
sótão de uma casa por um professor da UNRWA. Um médico de Gaza deteve outro
refém.
Hoje o Hamas
controla a UNRWA e é por isso que o grupo terrorista se apodera da ajuda humanitária
enviada para a Faixa. A UNRWA tornou-se
totalmente responsável por permitir que a doutrinação do antissemitismo se
propagasse na sociedade palestina, ajuda ativamente os terroristas do Hamas incluindo
a manter reféns, e tem perpetuado a crise dos refugiados palestinos desde 1949.
Pasmem, mas a
UNRWA também está em Jerusalém. E também na capital ela opera escolas ilegais e
sob a capa de Agência internacional com imunidade, promove todos os tipos de
ações anti-Israel, inclusive a construção ilegal de moradias e assistência a famílias
de terroristas. Um verdadeiro centro do terrorismo no meio do país que as
autoridades israelenses deixaram se instalar.
Chegou a hora
de Israel fincar o pé e não só denunciar esta nomeação absurda da UNRWA para o
Prêmio Nobel da Paz, mas exigir o fim da presença desta agência monstruosa e
miserável - que em vez de encontrar soluções permanentes para os palestinos, quer
somente perpetuar seu sofrimento para usá-lo contra Israel. A oportunidade para
Israel despejar a UNRWA do país de uma vez é agora. E ela deve começar por Jerusalem.
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