Foi uma operação saída dos melhores filmes de James Bond: inteligência impecável, executada com precisão de segundos e uma ousadia suprema. No meio da tarde de quarta-feira em meio às ruas cheias em Teherã, dois motociclicistas se aproximaram do Peugeot 405 em movimento e afixaram uma bomba magnética, fugindo em seguida. Após alguns momentos, a explosão poderosa matou Mostafa Ahmadi-Roshan, um engenheiro químico especializado em urânio e um dos pioneiros do programa nuclear iraniano.
Este assassinato, ocorrido na última quarta-feira, foi muito similar a assassinatos anteriores de cientistas envolvidos no programa nuclear do Irã e provocou uma forte resposta do governo que prometeu retaliações contra os responsáveis.
Ontem, a agência iraniana de notícias IRNA, disse que o Ministro das Relações Exteriores havia entregue uma carta aos Estados Unidos dizendo ter “informações seguras e provas” de que a CIA fornecera “direções, apoio e planejamento” a assassinos “diretamente envolvidos” no assassinato de Roshan. Os Estados Unidos negaram ter tido qualquer papel na operação.
Mostofa-Roshan se juntou ao seu chefe, Dr. Massoud Ali-Mahmoudi, morto há 2 anos e a outros 2 cientistas eliminados nos últimos 2 anos. Neste período o Ocidente intensificou ações secretas contra o programa nuclear iraniano, de acordo com oficiais americanos. Incidentes incluiram o virus de computador Stuxnet e explosões que afligem os responsáveis e a infraestrutura do programa nuclear.
Não sabemos quem está por trás desta onda e assassinatos. Há muitas possibilidades pois muitos países compreendem o perigo de uma nação tão extremista e fanática, que não exibe qualquer contenção, possua armas tão destruidoras. Armas que podem cair nas mãos de organizações terroristas no Oriente Médio, Ásia ou África e por em perigo a segurança do mundo todo.
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o Ministro da Defesa de Israel Ehud Barak tiveram uma longa conversa na quinta-feira e discutiram a determinação do Irã em ignorar as sanções e concretizar suas ambições nucleares.
O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu, declarou há muito tempo atrás que um Irã nuclear é uma coisa inaceitável que ameaçaria a própria existência da humanidade. Muitos líderes, na época, fizeram pouco caso dos avisos e acusaram Israel de exagerar e até de paranóia. Os muitos anos nos quais o mundo fechou os olhos para o problema, permitiram aos Iranianos correr em direção da bomba atômica islâmica.
Apesar do governo de Israel repetidamente se negar a confirmar ou desmentir o envolvimento nos assassinatos dos cientistas iranianos, oficiais israelenses disseram que haviam estabelecido linhas vermelhas que, se atravessadas, levariam Israel a agir.
Uma destas linhas foi atravessada no final de semana passado quando o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Fereydoon Davani-Abbassi disse que havia começado a enriquecer urânio a 20%, perigosamente aproximando-o do combustível necessário para armas. O enriquecimento estaria sendo feito num local subterrâneo numa montanha cercada por baterias anti-aéreas praticamente imune à um ataque.
Este enriquecimento de urânio que o Irã começou nos últimos dias, confirma especulações de que Teherã está muito próximo de completar uma arma nuclear. Este enriquecimento pode muito breve atravessar outra linha de não-retorno, além da qual ficará impossível atacar o Irã sem matar centenas de milhares de civis inocentes.
Civis que há anos têm tentado mostrar ao mundo o quão repressivo e opressivo é este regime. Civis que têm vivido na miséria somente porque seus líderes malucos decidiram apontar uma arma carregada para o resto do mundo.
As tensões aumentaram muito este mês com os Estados Unidos e a União Européia impondo novas sanções contra o Irã incluindo uma proposta de embargo da importação do petróleo e a proibição de fazer qualquer transação com o Banco Central do Irã, que são a coluna vertebral de sua economia.
E o Irã também está jogando óleo no fogo. Na segunda-feira, uma corte iraniana decretou a pena de morte a um ex-soldado americano de 28 anos, acusado de espionar para a CIA. Ele teria viajado ao Irã para visitar sua avó. Além disso, o Irã ameaçou bloquear o Estreito de Hormuz provocando uma reação imediata americana dizendo que não deixaria isto acontecer.
Os Estados Unidos então conduziram exercícios navais e aéreos no Golfo Pérsico numa demonstração aos mullahs que o Ocidente e especialmente a América não ficará sentada enquanto a insanidade do Irã aumenta.
O século 20 foi o mais sangrento de todos na História da Humanidade exatamente pela falha das nações do mundo em reconhecerem o perigo de homens loucos. Se um líder insano pode causar a morte de mais de 20 milhões de pessoas, se torna um dever prevenir que a história se repita por todos os meios possíveis inclusive o uso da força. Não podemos subestimar qualquer nação, organização ou megalomaníaco que ameaça apagar outros países, pessoas ou culturas do mapa.
Nós no Ocidente estamos nos aproximando do momento da verdade. Duvido que apenas um virus de computador, assassinatos e sanções possam realmente evitar a loucura destes mullahs e Ahmadinejad que acreditam serem os escolhidos para trazerem o apocalipse e o final dos tempos.
Já protelamos até demais as ações que deveriam ter sido tomadas anos atrás. Uma vez que o enriquecimento de urânio começa a 20% não há muito tempo para agir. Nossa determinação é chave para assegurar o futuro da humanidade. E que Deus nos ajude a iluminar os dirigentes dos Estados Unidos que bem ou mal são os únicos hoje com a capacidade de agir.
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