Sunday, February 25, 2024

Os Brasileiros que Lula Esqueceu em Gaza - 25/02/2024

 

Em 18 de fevereiro de 1943, quando a maré da Segunda Guerra Mundial parecia estar se voltando contra a Alemanha, Joseph Goebbels fez o seu discurso "Guerra Total" no SportPalast de Berlim para 14.000 dirigentes do partido nazista, veteranos de guerra, trabalhadores e mulheres. Enquanto outros milhões de alemães ouviam na rádio, Goebbels falou sobre o "infortúnio das últimas semanas" e ofereceu uma "imagem nua e crua da situação" para os aplausos espontâneos do público. No final, Goebbels fez a pergunta crucial: “Vocês querem uma guerra total?” “Algo mais radical do que vocês imaginaram até hoje?” E todos os 14 mil levantaram de suas cadeiras gritando “Sim! Heil Hitler!”

Lembrei deste fato histórico quando li a recente pesquisa publicada pelo Centro Palestino de Política e Pesquisa que mostrou que 72% dos palestinos acreditam que os ataques de 7 de outubro pelo Hamas foram corretos. E que apesar da mídia e do resto do mundo enfatizarem as supostas milhares de mortes de civis de Gaza e o avanço do exército de Israel para desmantelar o Hamas, o apoio eleitoral ao grupo terrorista triplicou na Judeia e Samaria nos últimos 4 meses, para 85%.   

​Isso, junto com as declarações de oficiais do Hamas para a imprensa, como a de Ghazi Hamad que disse que o massacre de 7 de outubro foi só o primeiro, e haverá um segundo, um terceiro, um quarto, porque temos determinação, a vontade, a capacidade para fazê-lo e porque a existência de Israel é ilógica”, só nos deixa concluir que a vontade do povo palestino é a guerra. A guerra total contra Israel. E como aconteceu com os nazistas, eles serão completamente derrotados.

Agora só depende da vontade de cada um no mundo se posicionar do lado correto ou errado da história.

Apesar da animosidade de Biden para com Netanyahu, ele não deixou de se posicionar, logo no primeiro momento, contra os perpetradores do massacre.

Nós no Brasil tivemos menos sorte. E dado o passado pró-palestino do presidente brasileiro, dos assessores antissemitas e completamente anti-Israel que o cercam (incluindo seu principal conselheiro Celso Amorim), sua aproximação com o financiador-mor do terrorismo global, o Irã, era só uma questão de tempo até que ele dissesse algo ultrajante sobre a guerra em Gaza.

Afinal, Lula vestiu uma keffiyeh e depositou uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat em 2010, em Ramallah, mas se recusou a visitar o túmulo de Theodor Herzl em Jerusalém durante a mesma viagem. É também o mesmo que apoiou Dilma a chamar de volta o embaixador do Brasil em Israel em 2014 durante a Operação Margem Protetora, levando o então porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, a declarar que o Brasil era “um gigante econômico e cultural”, mas um “anão diplomático”.

Mas no domingo passado, enquanto participava da reunião da União Africana na Etiópia, Lula excedeu todas as expectativas no seu ataque a Israel. Ele declarou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não tem paralelo em outros momentos históricos. Na verdade, teve. Foi quando Hitler decidiu matar os judeus”. “Não é uma guerra de soldados contra soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças.”

A reação de Israel foi rápida e feroz. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu qualificou os comentários de Lula de “vergonhosos e graves” e disse que equivaliam à “banalização do Holocausto e a uma tentativa de prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender”. No dia seguinte, o chanceler Israel Katz convocou o embaixador do Brasil, Frederico Meyer, para uma reprimenda, mas não no Ministério do Exterior, como costuma ser feito, e sim no Museu do Holocausto. Lá, Katz disse que Israel “não esquecerá e nem perdoará” os comentários de Lula. Katz disse a Meyer: “Eu trouxe você a um lugar que testemunha mais do que qualquer outro o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família. A comparação entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazistas é uma vergonha e um grave ataque antissemita.” Ele completou dizendo que até que Lula retirasse suas declarações, ele seria persona non grata em Israel.

No dia seguinte, o Brasil respondeu não pedindo desculpas, mas chamando Meyer de volta para consultas.

Então, em menos de dois dias, as relações israelo-brasileiras, que se fortificaram sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, caíram para um novo nível.

Curiosamente, porém, o público brasileiro não está seguindo o presidente. Uma pesquisa da CNN Brasil na segunda-feira descobriu que 83% dos entrevistados discordaram da comparação de Lula revelando a grande lacuna entre o governo e o público. Interessante que a situação é a mesma no Chile e na Colômbia que também têm governos de esquerda, mas o povo apoia muito mais Israel do que o governo.

Porque Lula foi além para se indispor com Israel? Ele quer ser o líder do movimento não-alinhado Sul-Sul, tornar-se o líder dos países que se consideram anti-Estados Unidos e que tentam criar um novo alinhamento global.” O Brasil, junto com a Colômbia e o Chile, apoiaram o processo da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça em Haia.

Lula então está posicionando o Brasil do lado errado, do lado de assassinos, do lado de um povo que não quer construir um país mas destruir o outro, de um povo que ainda apoia com maioria absoluta, ser governado por um grupo terrorista que só pensa em morte e destruição sem levar em conta se suas vítimas são bebês ou idosos, se são mulheres, adolescentes, doentes ou simples civis.

Desde o início da guerra, Lula se reuniu com o representante da Autoridade Palestina no Brasil e com o ministro das Relações Exteriores da AP na Etiópia. Ele ainda enviou aviões para resgatar brasileiros em Israel e extrair palestinos com passaporte brasileiro que viviam em Gaza.

Lula foi ao aeroporto de Brasília para receber os palestinos que voltaram ao Brasil e até os convidou a jantar, mas não os israelenses brasileiros. Além disso, o Brasil foi o único país a não ter intercedido junto ao Hamas para reaver reféns brasileiros ou até mesmo mencionar os que foram brutalmente assassinados.

Karla Stelzer, 42 anos, Bruna Valeanu, 24 anos, Ranani Glazer, 24 anos foram chacinadas no festival de música. Os corpos de Celeste Fishbein, 18 anos e Gavriel Barel, 22 anos foram encontrados alguns dias depois mutilados e decompostos. Ela foi sequestrada e depois assassinada e Gavriel morreu também no festival, ambos filhos de brasileiros.

Rafaela Treistman, namorada de Ranani, sobreviveu aos ataques hediondos no bunker aonde 40 jovens indefesos procuraram abrigo mas foram mortos com granadas, esmagados, amontoados uns sobre os outros, num espaço onde não cabiam mais de 10 pessoas. Para a sua sorte as pessoas estavam amontoadas umas em cima das outras. As que estavam embaixo, apesar de terem sofrido muita privação de ar, terem ficado intoxicadas pelos gases das granadas, encharcadas por pedaços de corpos e sangue das pessoas que explodiram ou morriam por cima, conseguiram sobreviver.

Rafaela e Jade Kolker, sobreviventes brasileiras e os brasileiros mortos ou sequestrados nunca tiveram seus nomes mencionados ou lembrados pelo presidente da república em rede nacional. Também não receberam homenagens como ocorreu na França e na Alemanha. Lula também não foi visitar Israel ou usar de seu grande relacionamento com o Hamas para implorar pelo retorno do refém brasileiro Michel Nissembaum, que está há 142 dias em um tunel sem comida, água, sem luz, sem banhos ou troca de roupas e provavelmente sofrendo abusos físicos, sexuais e psicológicos como relatado pela maioria dos reféns que retornaram. Ou Lula não tem esta intimidade toda com o Hamas ou simplesmente não quis.

Putin interveio com o Irã e conseguiu soltar os reféns russos. Parece que Lula não se importa com seus cidadãos já que são judeus.

Quando você chama Israel de o novo nazista, o Hitler de hoje, ela precisa então ser destruída. Com esta posição, Lula está se alinhando com todos aqueles que querem destruir Israel: o Hamas, o Hezbollah, o Estado Islamico, o Irã. E isso tem uma correlação direta com o aumento em mil porcento dos incidentes antissemitas no Brasil desde 7 de outubro.

Um presidente que sofre a dor do povo palestino mas que ignora a dor dos seus, dos brasileiros que sofreram o massacre não honra os votos recebidos para sentar na cadeira de líder de nosso Pais.

O Brasil e os Brasileiros sempre têm que vir antes! Se o governo e a mídia não parecem se importar, faça a sua parte e divulgue o nome do refém Michel Nussembaum e das outras vítimas que parecem não ter existido para Lula.

Em memória aos 1400 mortos brutalmente no massacre e aos 134 reféns que permanecem até hoje em Gaza.

Sunday, February 18, 2024

O Duplo Padrão Embebido no Antissemitismo - 18/2/2024

 

Realmente o mundo está de ponta cabeça e os valores morais completamente invertidos.

Foi-se o tempo em que a maior preocupação dos universitários era de passar nas provas, conseguir terminar um trabalho ou conseguir um estágio.  

Menos de uma semana do pior ataque terrorista da história de Israel, vândalos que se titulam ativistas, saíram para defender o massacre do Hamas e libertar seu impulso antissemita.

Na Universidade de Maryland estes “ativistas” gritaram: “Só existe uma solução, a revolução da intifada”, e escreveram “Viva a intifada” na praça principal do campus. Na UC Davis, os alunos leram os nomes dos “mártires”, sem fazer distinção entre civis inocentes e terroristas do Hamas.

Na Universidade da California em Berkeley eles declararam: “Não queremos dois estados, queremos todo o 48”, quer dizer tudo que foi dado a Israel em 1948, quer dizer “destruir Israel” e mais tarde cercaram estudantes judeus, gritando “vergonha sionista”.

​Na semana passada, o time de basquete feminino da Irlanda, num jogo oficial da Copa Europeia, recusou apertar as mãos das atletas do time de Israel como se fossem leprosas e Israel culpada de alguma coisa. Bom que as israelenses ganharam o jogo de 87 a 57.

Sua vizinha, a Inglaterra, por seu lado, registrou o pior ano de antissemitismo desde que o país começou a registrar os ataques em 1984. Em 2023, os ataques dobraram no Reino Unido, somando 4.103 denúncias. O preocupante é que a maioria deles ocorreu após o 7 de outubro.

E aí temos a ONU. De acordo com o Subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da organização, Martin Griffiths, o Hamas não é um grupo terrorista e suas aspirações devem ser atendidas. Ou ele é maluco ou bebeu porque a única aspiração do Hamas de acordo com sua constituição é a destruição de Israel. Isso mostra o quanto a ONU está fora de sintonia com a realidade do mundo.

E no governo americano, a situação não está tão melhor. Não só estamos lidando com as insanas declarações de Joe Biden, sobre premiar o Hamas com um Estado, depois de ter perpetrado o massacre de 7 de outubro. Nesta semana o Congresso aprovou uma resolução denunciando o estupro e violência sexual do Hamas com a abstenção da representante Rashida Tlaib. No seu discurso, ela falou não sobre o Hamas, mas de imaginárias alegações de violência sexual cometida pelos soldados israelenses contra palestinas e imaginem, crianças. Ela não conseguiu trazer um só exemplo para ilustrar esta afirmação demente. Aí temos uma mulher defendendo o estupro e a violência sexual contra outras mulheres.

E chegamos no Brasil. Lula viajou ao Egito esta semana para andar de camelo nas pirâmides e aproveitou para condenar Israel pela guerra em Gaza. Ele disse que a resposta de Israel ao ataque de 7 de outubro foi “desproporcional” e “indiscriminada”. Que declaração espantosa. Vamos então prometer que Israel irá tentar encontrar um festival de música em Gaza para massacrar o público, estuprando, mutilando e assassinando as garotas, degolando bebês, queimando famílias vivas, e tudo isso baixo a uma saraivada de milhares de mísseis lançados indiscriminadamente sobre a população civil. Que tal? Isso seria proporcional e Lula ficaria feliz!

É tanta ignorância e o pior é que ela não acaba. Agora o mundo em uníssono pede, exige, ameaça Israel para não entrar em Rafah, o último bastião do Hamas.

Imagine que em 2017, perto do final da guerra de nove meses para derrubar o Estado Islâmico em Mossul, quando o grupo estava nas últimas, alguém apelasse aos Estados Unidos e aos seus aliados para pararem a sua ofensiva e não entrarem no reduto dos terroristas. Alguém realmente acha que os EUA teriam ouvido? Não. Dos EUA ao resto da Europa, todos exigem que Israel não entre em Rafah devido à presença de mais de um milhão de palestinos. Isso apesar de dois reféns israelenses terem sido resgatados justamente lá no início desta semana – e apesar de saberem que é imperativo destruir a infraestrutura do Hamas para garantir que o grupo terrorista não será capaz de reconstruir.

Agora, imagine que em 2014 o exército americano tivesse recebido inteligência sobre o paradeiro do jornalista James Foley antes que o ISIS o matasse. Alguém realmente pensa que a mídia americana iria se concentrar mais nos residentes do prédio onde Foley estava detido, do que no resgate de um cidadão americano prestes a ser decapitado? Mas com Israel é diferente. Em vez de perguntar por que é que dois israelenses estavam detidos num apartamento no segundo andar de um prédio em Rafah, os meios de comunicação se concentraram nas alegações de uma organização terrorista de que pessoas foram mortas durante a operação de resgate.

O Ocidente está mais obcecado com as pessoas que poderiam ou não, ter sido mortas em Gaza – depende se quisermos acreditar no Hamas – do que com a questão de saber por que razão dois israelenses estavam ali detidos com o conhecimento da população “inocente”.

Imaginem agora que uma semana depois do 11 de Setembro, enquanto os EUA bombardeavam cavernas no Afeganistão o “Ministério da Saúde da Al-Qaeda” tivesse alegado que o exército americano tinha bombardeado um hospital matando centenas de civis inocentes. Alguém realmente acredita que políticos e jornalistas ocidentais teriam aceitado, como verdade, quaisquer afirmações feitas pelo “Ministério da Saúde da Al Qaeda” e as teriam colocado como manchetes em seus veículos?

Não é nem preciso dizer que o imaginário “Hospital da Al Qaeda” é o exemplo do Hospital Baptista Ahli, que o Hamas afirmou ter sido atingido por Israel quando, na verdade, foi um míssil palestino que falhou e que caiu no estacionamento do hospital. Mesmo assim, o The New York Times, a BBC, a Reuters e outros inicialmente aceitaram as mentiras do Hamas.

Isto é uma falência moral da mídia ocidental em particular, bem como de grandes setores da sociedade ocidental em geral. Há algo seriamente errado quando as pessoas estão dispostas a preferir as mentiras de um grupo terrorista assassino sobre reivindicações feitas por um país democrático e liberal.

Como faz sentido que as pessoas no mundo pensem que Israel não deveria entrar em Rafah e deveria na prática salvar o Hamas? Como é que faz sentido que as pessoas fiquem tão confusas que pensem que é normal que reféns sejam mantidos contra a sua vontade em casas privadas até de funcionários da ONU e que um país não deveria fazer todo o necessário para recuperar os seus?

O que isto diz sobre a falência moral do Ocidente? Vamos pensar nisto enquanto procuramos condenações dos países árabes à contínua ofensiva de Israel em Gaza. Não há! A maioria das condenações vem dos EUA, do Reino Unido e da Europa. Elas não vêm do Marrocos, do Egito, da Jordânia, dos Emirados Árabes Unidos ou da Arábia Saudita. Por que será? O que sabem estes países árabes que Washington DC, Londres ou Paris não sabem?

Estes países árabes sabem a verdade. Eles querem que Israel vença o Hamas porque sabem do seu perigo para seus governos.  

Eles sabem que Israel está combatendo um inimigo como nenhum outro, numa guerra urbana, entrelaçada na estrutura civil e com centenas de Km de túneis. E mesmo assim Israel conseguiu alcançar uma proporção de mortes entre combatentes e civis tão pequena que ela é sem precedentes em uma guerra.

Não esperamos palmas do mundo. Mas esperaríamos talvez integridade. Infelizmente, ela parece não existir, e a mídia, analistas e políticos ocidentais continuam a aceitar a propaganda do Hamas como verdade. É um duplo padrão embebido em uma onda de antissemitismo.

Embora seja uma batalha difícil e com consequências reais, como ser arrastado para o Tribunal de Haia por exemplo – Israel não deve desistir. O mundo pode estar de cabeça para baixo e seus valores invertidos, das universidades, aos políticos, da mídia aos manifestantes. 

Não importa. O Estado Judeu deve continuar de cabeça erguida, sabendo que está lutando uma guerra que nunca foi mais justa, uma guerra por sua sobrevivência e a do povo judeu e pela sobrevivência dos valores da verdade e da liberdade.

Sunday, February 11, 2024

Duplos Padrões e a Falsa Equivalência Moral - 11/2/2024

Hoje é o centésimo vigésimo oitavo dia da guerra. 128. 3 meses e uma semana que 136 reféns continuam nas mãos do Hamas em Gaza, incluindo o bebê Kfir Bibas e seu irmão Ariel de 4 anos e os pais deles Shiri e Yarden. Centenas de soldados de Israel morreram nesta guerra que até dois meses atrás, o mundo apoiava. Era imprescindível eliminar o Hamas. Hoje não mais.

Na semana passada, em vez de uma mensagem de suporte, Biden, o presidente senil dos Estados Unidos, se mostrou muito mais preocupado com relatos de alegada “violência de colonos judeus” na Judeia e Samária. Com base em apenas alegações, o presidente dos Estados Unidos emitiu uma ordem executiva contra quatro israelenses.

Um verdadeiro absurdo que infelizmente para os quatro, que nem julgados foram, estão sendo penalizados com suas contas bancárias e bens congelados em Israel. Isto é uma ingerência americana na vida de cidadãos de outro país sem qualquer precedente. Nenhum presidente americano jamais assinou uma ordem executiva com sanções financeiras contra qualquer cidadão de outro país por meras alegações.  

A decisão de Biden não tem nada a ver com o combate à violência. Ela é só uma tentativa barata de equivalência moral. O líder do Partido Democrata, que só esta semana disse ter se encontrado com o presidente da França que morreu em 1996 e declarou que o presidente egipcio Al-Sissi, era o presidente do México, caiu no conto da ala pró-palestina do seu partido para assinar esta ordem racista e ridicula. Ela é racista porque se refere apenas aos judeus e é ridicula porque não se atém a fatos, mas somente a especulações. Ela impõe sanções financeiras a judeus que supostamente ameaçaram de violência ou intimidaram civis na Cisjordania.

Só que estes “colonos judeus” em questão estão todos no front de batalha e esta tal “violência” é hoje inexistente e quando ela ocorre, ela é condenada por todos.

De acordo com um relatório da emissora pública KAN, um dos quatro – que teve sua conta bancária em Israel congelada nunca foi indiciado por violência. Os outros três enfrentaram processos no sistema judicial israelense –sinal de que o país leva o assunto a sério, mesmo sem a pressão presidencial americana.

E a propósito, há o outro lado da moeda. Arabes beduinos continuam a roubar impunes rebanhos, materiais de agricultura, carros e até tratores dos kibbutzim e moshavim inclusive com ameaça de violencia e morte. Ainda não ouvi a Casa Branca se manifestar para sancionar estes beduinos.

É inaceitável que toda a máquina governamental americana esteja preocupada em combater a “violência de colonos” enquanto Israel continua a sofrer ataques de mísseis diários e repito, diários, do Hamas da Faixa de Gaza, da Hezbollah do Líbano e dos Houthis do Iêmen. Quando Israel ainda tem 136 dos seus cidadãos presos como reféns, sem comunicação, torturados, sem o basico para viver, mantidos em condições sub-humanas. Será que esta administração americana não tem um pingo de vergonha deste padrão duplo? O que mais precisamos esfregar na cara do Biden e do seu secretário de Estado Anthony Blinken, para mostrar que não são os residentes da Judeia e Samaria que constituem o perigo para a estabilidade da região? É muito baixo usar quatro colonos que não mataram e não causaram danos a ninguém para mostrar esta falsa imparcialidade.

Mas a administração americana não parou aí. Blinken em sua 5ª visita à Israel esta semana declarou que o fato dos palestinos terem desumanizado os israelenses não dava a Israel o direito de fazer o mesmo com eles. Ele ainda voltou a defender com unhas e dentes a insanidade da “solução de dois estados”. Em outras palavras: “como recompensar o Hamas pela chacina de 7 de outubro”.

Na situação em que Israel se encontra fazer pressão agora para criar um estado palestino não é apenas deixar o Hamas escapar impune, mas é recompensá-lo pela chacina perpetrada por ele. E não pensemos que a Autoridade Palestina, com a sua política de pagar para matar, seria melhor.

David Cameron, secretário do Reino Unido disse que é hora de definir como seria um Estado Palestino para ser reconhecido inclusive na ONU e assim, tornar o processo irreversível. E Matthew Miller, do Departamento de Estado americano, disse que “os EUA apoiam o estabelecimento de um Estado palestino independente”. Em outras palavras, querem enfiar um Estado palestino que os palestinos não querem –a não ser do rio ao mar, guela abaixo de Israel que não pode sobreviver com um estado terrorista soberano e independente como vizinho.

Para deixar bem claro. Esse processo que seria “irreversível”, é o objetivo árabe original de matar os judeus “do rio e o mar” e o fim do Estado judeu.

Ninguém quer que a guerra acabe mais do que Israel, cuja população está traumatizada pelo assassinato de 1.400 pessoas, pelo estupro, tortura e rapto de 240; uma população vivendo dia-a-dia com mísseis, alarmes e corridas para abrigos e com mais de 100 mil pessoas deslocadas de suas casas de norte a sul. Temos também consciência da situação terrível de Gaza. O Hamas poderia pôr fim a tudo isso num instante se devolvesse os reféns e se levantasse a bandeira branca.

A sugestão de que os palestinos ganhem um Estado independente após a guerra – como resultado do seu mega-ataque é tão chocante como a América oferecer um estado independente aos Talibãs depois de 11 de setembro. Que mensagem estes países esperam enviar às organizações terroristas com estas declarações?

Podemos acreditar nas promessas de “garantia” de segurança oferecida por estes países? Vamos perguntar ao Zelenski o que ele acha delas. Foi “garantido” que os ataques do Hezbollah a partir do Líbano não aconteceriam depois das resoluções da ONU que se seguiram à Primeira e Segunda Guerras do Líbano. Os Acordos de Oslo com o arquiterrorista Yasser Arafat pretendiam ser uma garantia de paz no Oriente Médio. A retirada israelense de Gaza em 2005 para testar esta solução de dois Estados, deveria ter resultado na transformação da Faixa numa outra Cingapura. Em vez disso, Gaza se tornou num quase-Estado falido, sob o controle de um regime terrorista jihadista financiado pela ONU-UNRWA.

O absurdo desta proposição é que neste momento, a comunidade internacional não pode sequer garantir que a medicação chegue aos reféns israelenses, como prometido no acordo de ajuda humanitária; a Cruz Vermelha não pode sequer visitar os reféns; e ninguém, e muito menos a UNRWA, pode garantir que o combustível e os alimentos cheguem aos civis palestinos em vez de serem roubados pelo regime do Hamas para continuar seus ataques a Israel.

Quando é que o mundo vai se dar conta que o mega-ataque do Hamas não teve nada a ver com “assentamentos”, ou com a pobreza, ou com a densidade populacional em Gaza? Não se tratou de falta de esperança. Foi um ataque ao fato de o Estado de Israel, o Estado Judeu, existir. E, no entanto, como sempre, foi Israel quem se viu no banco dos réus do Tribunal Internacional de Justiça da ONU.

Sim, os EUA e o Reino Unido forneceram apoio militar a Israel e apoiaram o Estado judeu na farsa do Tribunal Internacional – até agora. Mas as sanções aos israelenses e a obsessão pela solução de dois Estados mostram quão frágil esse apoio pode ser.

Presentes vêm com laços e os laços destes presentes podem ser facilmente apertados e se tornarem algemas. Israel tem que se manter firme e resoluta e continuar a defender seus interesses e não os de outros países. Ela tem que denunciar cada duplo padrão e desmascarar cada falsa equivalência moral mesmo de seus melhores amigos.

 

Monday, February 5, 2024

O Fim da UNRWA Agora! - 04/02/2024

 Chuta quem foi nomeado para o Prêmio Nobel da Paz!!! Pense na coisa mais absurda.

Bem, o primeiro nome que vem à cabeça é Yahya Sinouar, o líder do Hamas em Gaza que promoveu os ataques de 7 de outubro. Mas não, foi a UNRWA. Quando ouvi isso tive um inexplicável acesso de riso pelo absurdo da proposição e declarei que não acreditava.

E aí eu abri as notícias. Um membro do Parlamento norueguês, Åsmund Aukrust, disse na quinta-feira que nomeou a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA) para o Prêmio Nobel da Paz. É o fim da picada, tendo em conta que essa “nomeação” bizarra ocorre apenas dias depois de Israel ter enviado provas de que esta Agência da ONU mantém ligações com terroristas e que pelo menos 12 de seus funcionários participaram diretamente dos ataques de 7 de outubro.

Isso levou até agora 17 países e a União Europeia a suspenderem suas doações para a UNRWA pendendo uma investigação.

Vamos a um pouco de história. A ONU foi criada em outubro de 1945 para “manter a paz e a segurança internacional, desenvolver relações amistosas entre as nações, alcançar a cooperação internacional e servir como centro de harmonização de ações entre as nações.” Muito bem. Isso foi logo depois do fim da Segunda Guerra e mesmo então, com milhões de refugiados pelo mundo, especialmente na Europa, a organização não via necessidade de criar uma agência para refugiados. Só para dar um exemplo, 12 milhões de alemães foram expulsos da Europa Oriental entre 1944 e 1948. E sem qualquer ajuda, com a Alemanha completamente destruída, estes 12 milhões conseguiram se assentar e hoje os sobreviventes e seus descendentes são cidadãos alemães.

Já falei aqui várias vezes como apesar de perder a guerra, a ideologia antissemita nazista não morreu com a rendição da Alemanha. O mundo nunca havia visto um massacre a nível industrial como foi o dos judeus. E assim, como para jogar um osso, depois de sua criação, a ONU votou pela criação do Estado de Israel em novembro 1947.

Foi um osso porque o mundo tinha como certa a destruição de Israel pelos cinco exércitos árabes que se organizaram para atacar o estado nascente. Mas Israel milagrosamente conseguiu ganhar a guerra. E outra, e mais outra, e mais outra.

O mundo em choque pela vitória indesejada decidiu então criar uma agência somente para os refugiados palestinos. Não para os milhões de outros refugiados e não para ajudar a encontrar morada para os palestinos em outros países. Não. Esta agência foi especificamente criada para perpetuar o status de refugiados por gerações sem fim e assim, continuar a guerra contra Israel. A guerra antissemita contra os judeus. Esta é a UNRWA.

Somente em dezembro de 1950, a ONU criou o Alto Comissariado dos Refugiados para lidar com todos os outros refugiados do globo. Menos os refugiados judeus.

Os árabes contavam entre 400 e 700 mil refugiados em 1949. Os judeus, expulsos dos países árabes onde viveram por milênios, eram 800 mil. 260 mil deles foram absorvidos por Israel. Os outros perambularam por vários países até serem aceitos. Meus pais foram expulsos do Egito para o Brasil que lhes havia concedido visto, chegaram sem um tostão no bolso, sem conhecer ninguém e sem mesmo saber a língua. Alguma organização ajudou? Não.

Então vejamos. De acordo com seus sites, o Alto Comissariado para Refugiados cuida hoje de mais de 100 milhões de refugiados e deslocados internos. Seu orçamento anual é de pouco menos de 11 bilhões de dólares e tem como objetivo “a obtenção de soluções duradouras para as populações deslocadas como regresso voluntário daqueles que optam por fazê-lo e a integração local daqueles que não podem regressar”. Esse orçamento se traduz a uns $110 dólares para cada refugiado.

Agora vamos comparar. A UNRWA em seu site diz que tem “um mandato humanitário e de desenvolvimento para fornecer assistência e proteção aos refugiados palestinos enquanto aguarda uma solução justa e duradoura para a sua situação”. E que situação é essa? É a existência do estado de Israel.

Quantos refugiados a UNRWA diz assistir? 5.4 milhões. Quer dizer 5% do número do Alto Comissariado. Qual é seu orçamento? 1.6 bilhões de dólares, ou seja, $300 para cada refugiado.

Outra comparação: para 100 milhões de refugiados, o Alto Comissariado tem 19 mil empregados espalhados por 137 países. A UNRWA? 30 mil empregados, 13 mil somente em Gaza que tem somente 2 milhões de habitantes.

Como disse um dos líderes do Hamas quando perguntado por que não construíram abrigos subterraneos para a população de Gaza, Abu Marzouk respondeu que os túneis eram para eles, o Hamas. A população de Gaza era responsabilidade da UNRWA. Em outras palavras, a UNRWA hoje é o braço administrativo do Hamas, tendo tomado para si todas as funções civis da Faixa de Gaza como educação, saúde, saneamento, alimentação, enfim tudo, deixando ao Hamas os milhões de dólares mensais recebidos da Autoridade Palestina e do Qatar para a construção de tuneis, mísseis e importação de armas e munições.

A UNRWA emprega médicos que trabalham com o Hamas, professores envolvidos em terrorismo, e permitem o uso de suas instalações para armazenar mísseis, treinar crianças no uso de armas e incitar o ódio a Israel e aos judeus.

Durante décadas, as escolas da UNRWA doutrinaram os palestinos no ódio, promovendo as ideologias antissemitas que são as mesmas da Alemanha nazista.

De acordo com ela própria, A UNRWA supervisiona uma grande parte do sistema educacional de Gaza e, durante anos e até hoje, os livros escolares aprovados pela Agência contêm material que encoraja e glorifica o terrorismo.

A organização UN Watch publicou um relatório em março de 2023 que revelou que 133 professores e funcionários da UNRWA encorajaram o ódio e a violência nas redes sociais. Desde 2015, o pessoal da UNRWA incita o antissemitismo e o terrorismo jihadista nas suas páginas do Facebook. O relatório também revelou que 82 professores da UNRWA em 30 escolas estiveram envolvidos na elaboração, supervisão, aprovação, impressão e distribuição de material a estudantes palestinos que promove o ódio a judeus.

O modus operandi do Hamas depois de ter assumido o controle de Gaza em 2007 foi de doutrinar a próxima geração de palestinos e, com a ajuda da UNRWA, teve um estrondoso sucesso.

O canal do Telegram de 3 mil professores da UNRWA em Gaza mostrou mensagens de apoio ao massacre perpetrado pelo Hamas chamando os terroristas de “heróis”. Esses professores compartilharam imagens de israelenses mortos ou capturados e pediram a execução de reféns.

A culpabilidade da UNRWA relativamente aos terroristas do Hamas é ainda mais profunda do que apenas a educação e a doutrinação. Desde que o exército de Israel iniciou sua operação terrestre em Gaza, ele encontrou equipamento militar do Hamas escondido em escolas, clubes de jovens e em clínicas médicas onde coletes a prova de balas foram encontrados em bolsas da UNRWA. Um dos reféns israelenses libertados disse que foi detido durante quase 50 dias no sótão de uma casa por um professor da UNRWA. Um médico de Gaza deteve outro refém.

Hoje o Hamas controla a UNRWA e é por isso que o grupo terrorista se apodera da ajuda humanitária enviada para a Faixa.  A UNRWA tornou-se totalmente responsável por permitir que a doutrinação do antissemitismo se propagasse na sociedade palestina, ajuda ativamente os terroristas do Hamas incluindo a manter reféns, e tem perpetuado a crise dos refugiados palestinos desde 1949.

Pasmem, mas a UNRWA também está em Jerusalém. E também na capital ela opera escolas ilegais e sob a capa de Agência internacional com imunidade, promove todos os tipos de ações anti-Israel, inclusive a construção ilegal de moradias e assistência a famílias de terroristas. Um verdadeiro centro do terrorismo no meio do país que as autoridades israelenses deixaram se instalar.

Chegou a hora de Israel fincar o pé e não só denunciar esta nomeação absurda da UNRWA para o Prêmio Nobel da Paz, mas exigir o fim da presença desta agência monstruosa e miserável - que em vez de encontrar soluções permanentes para os palestinos, quer somente perpetuar seu sofrimento para usá-lo contra Israel. A oportunidade para Israel despejar a UNRWA do país de uma vez é agora. E ela deve começar por Jerusalem.