Sunday, December 22, 2019

O Impeachment de Trump e a Farsa do TPI - 22/12/2019


O maior furo de reportagem desta semana foi o que todo o mundo já esperava. A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos declarou o impeachment do presidente Trump. Mas contrariamente ao que a porta-voz Nancy Pelosi prometera, a declaração não foi nem bipartidária nem com o consenso do povo. Na verdade, o consenso bipartidário foi de não declarar o impeachment. Nenhum deputado republicano votou a favor e dois deputados democratas votaram contra. Um deles, tão afetado pela farsa que mudou de partido. E as pesquisas de opinião mostram que a grande maioria do povo é contra este impeachment.

Os fundadores dos Estados Unidos instituíram o impeachment como uma medida de emergência para remover um presidente quando ele cometesse um alto crime ou traição. O absurdo desta situação é que os democratas não conseguem apontar para qualquer crime que Trump tivesse cometido. Os dois artigos de impeachment que eles votaram são: primeiro – que ele teria cometido abuso de poder e o segundo, que ele teria desacatado a Câmara dos Deputados. É realmente um absurdo. Teria feito mais sentido se tivessem colocado: artigo 1: Trump não deveria ter sido eleito em 2016 e 2: não pode de jeito nenhum ser reeleito em 2020.

Trump foi alguém que quebrou todos os moldes da política americana. Nunca foi um político, cumpriu tudo o que prometeu doesse a quem doesse e criou a melhor economia da história dos Estados Unidos. E o que ele ganhou com isso? Impeachment. É inacreditável.

E o desespero dos democratas é ainda mais agudo porque não há um só candidato democrata que poderá vencer Trump em 2020. No último debate dos democratas que ocorreu esta semana, os dois candidatos que estão na liderança, Joe Biden e Bernie Sanders pareciam aqueles dois velhinhos sarcásticos dos Muppets. Ninguém os levou a sério. O único que pareceu mais racional foi Andrew Yang, um chinês americano de 44 anos com doutorado em física. Mas os eleitores democratas não querem um candidato deste. Eles querem ouvir aquela retórica radical socialista, jorrar o ódio contra aqueles que conseguiram vencer na América e a promessa de tirar deles cada tostão. Mas a maioria dos americanos é frontalmente contra esta ideologia e vão mostrar isto nas urnas em 2020.

Pois é. Com a melhor economia de todos os tempos, as menores taxas de desemprego aqui na América estamos vivendo um verdadeiro circo. Mas a Europa não está atrás.

Nesta semana acabaram as especulações de quatro anos sobre se a promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda, iria ou não abrir uma investigação sobre supostos crimes de guerra de Israel como resultado dos assentamentos na Judeia, Samaria e Jerusalem e da guerra em Gaza em 2014.

Fatou Bensuda é uma advogada muçulmana de Gâmbia, que foi nomeada promotora chefe do TPI em 2012. Ela resolveu finalmente abrir esta investigação, ao que parece por causa da declaração de Mike Pompeo, Secretário de Estado Americano, de que o conflito entre Israel e os palestinos não será resolvido por uma solução judicial mas somente por negociações entre as partes. E que os Estados Unidos não veem os assentamentos israelenses como ilegais. E não o são como já expliquei aqui várias vezes.

Bensouda desconsiderou os argumentos de Israel de que o tribunal não tinha jurisdição no caso, já que os territórios palestinos não constituem um estado. Ela simplesmente disse que a investigação serviria aos interesses da justiça.

O dia 20 de dezembro provavelmente será lembrado como o dia em que a Autoridade Palestina, que levou o caso ao TPI cinco anos atrás, obteve sua maior vitória. É também o dia em que a Corte, que já tem sua legitimidade questionada - começará a declinar e cairá em irrelevância como aconteceu com o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O Conselho de Direitos Humanos, se tornou um corpo sem qualquer relevância precisamente porque os palestinos conseguiram sequestrar sua agenda e impor uma campanha única para deslegitimar e demonizar Israel.

O TPI em Haia parece agora seguir a mesma direção, embora Bensouda tivesse tentado apresentar algum senso de equilíbrio, dizendo que também investigaria possíveis crimes de guerra cometidos pelo Hamas e "grupos armados palestinos", isso não chega a ser uma gota no oceano já que a Autoridade Palestina aplaudiu calorosamente a recomendação da promotora.

Até agora Israel, que nunca foi signatária do Tribunal Penal Internacional, se absteve de atacar sua legitimidade já que o tribunal reconheceu em algumas ocasiões, a independência e eficácia do poder judiciário israelense.

Mas durante anos, os palestinos usaram o TPI como um bordão sobre Israel, ameaçando ir ao tribunal para obter concessões do Estado Judeu. Não há dúvida de que a recomendação da promotora do TPI é muito problemática porque se Israel for condenada por crimes de guerra, seus líderes que poderão ser presos se viajarem para fora do país.

Mas por outro lado, não há dúvida de que Israel não vai aceitar isso quietinha. Ela vai lutar e tentar fazer com que o tribunal não continue o processo usando seus maiores aliados.

E o mais importante nessa batalha são os Estados Unidos que já têm uma história com Bensouda.

Em novembro de 2017, a promotora solicitou autorização aos juízes do TPI para investigar crimes de guerra no Afeganistão, supostamente cometidos pelos americanos.
Em março de 2019, Pompeo declarou que os EUA revogariam vistos de funcionários do TPI envolvidos na investigação e, inclusive, revogaram o visto de Bensouda. Um mês depois, os juízes rejeitaram o pedido de investigação de Bensouda dizendo que tal investigação "não serviria aos interesses da justiça".

Na sexta-feira, Pompeo twittou que os EUA “firmemente” se opõem a “essa investigação injustificada que atinge injustamente Israel”. A promotora do TPI decidiu iniciar uma briga que Israel e os EUA mostraram que têm toda intenção de revidar.

Às vezes, uma arma com uma bala é mais eficaz se carregada, mas nunca disparada. Por estar carregada, ela pode ser usada para ameaçar; mas não há volta quando a arma é disparada e erra o alvo. Embora esta investigação não seja boa para Israel, ela provavelmente vai acabar prejudicando o próprio Tribunal que assim como os democratas estão dando um tiro no próprio pé.


Sunday, December 15, 2019

A Crescente Onda de Antissemitismo na América - 15/12/2019


Na cidade de Jersey City, do outro lado do rio Hudson, na frente da ilha de Manhattan, nesta última terça-feira, dois homens armados invadiram e abriram fogo num supermercado casher que fica no meio da comunidade chassidica de Satmar da cidade. Seis pessoas foram mortas incluindo os dois assassinos que se identificavam com os Hebreus Negros – um grupo extremamente antissemita, anti-branco e anti-policia. O evento adicionou a cidade a uma lista crescente daquelas que sofreram agressão e assassinatos anti-judaicos, incluindo Poway e Pittsburgh.

Em quase 75 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto,  os judeus americanos gozaram de uma liberdade e oportunidade sem precedentes e se tornaram uma força extremamente proativa em todas as facetas da vida americana. Inexplicavelmente, hoje, em 2019, vemos um aumento assustador de violência antissemita.

O último relatório do FBI mostra que em 2018, 58% dos crimes de ódio foram cometidos contra judeus. Somente 18% contra muçulmanos; 4.5% foram anticatólicos e os outros 20% foram contra mais de 11 grupos. É uma das maiores taxas anuais de incidentes antissemitas em quase 40 anos. Em uma entrevista coletiva após o ataque de Jersey City na quarta-feira, o prefeito da cidade de Nova York, Bill De Blasio, declarou que "há uma crise de antissemitismo no país".

Ontem a sinagoga de Beverly Hills em Los Angeles foi vandalizada. Assentos foram quebrados, talitim rasgados, armários derrubados e livros de oração jogados pelo chão. O prefeito de Beverly Hills John Mirish disse que este não “foi um ataque só contra a comunidade judaica, mas um ataque a todos nós.”

Dois dias depois do massacre em Jersey City, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para combater o antissemitismo instruindo o Departamento de Justiça e o Departamento de Educação a abordar casos de discriminação contra judeus de acordo com a Lei dos Direitos Civis, que estipula que a discriminação com base em “raça, cor ou origem nacional” é proibida.

Também adota a definição de antissemitismo da Aliança International pela Lembrança do Holocausto, que afirma que os esforços para demonizar, deslegitimar ou aplicar padrões duplos a Israel são antissemitas.

Alan Dershowitz, o celebrado jurista e professor de Harvard, aplaudiu efusivamente o presidente durante a cerimonia que foi noticiada em apenas um canal.

Vamos por de lado hoje as reações da esquerda sobre a ordem que foram desde alegações de cerceamento de liberdade de expressão e críticas a Israel a um debate perturbador sobre se os judeus são uma nação, raça ou religião, passando por afirmações absurdas de que sua promulgação marca o início de uma era sinistra destinada a separar o povo judeu do resto do povo americano.

A única coisa necessária para o triunfo do antissemitismo é que aqueles que tem voz, a mídia, os jornalistas, não façam nada, não digam nada - a menos que seja politicamente conveniente. Lamentavelmente, muitos dos principais meios de comunicação aqui estão fazendo exatamente isso.

Vamos ver, por exemplo, o jornal Washington Post que é de Jeff Bezos, dono da Amazon. No dia 1 de dezembro último, o jornal publicou um perfil grandioso e cheio de elogios sobre uma tal Valerie Plame, uma ex-funcionária da CIA que agora está concorrendo a uma cadeira no Congresso no Novo México. O artigo incluiu várias fotos dela com celebridades de Hollywood e no Congresso Americano. Eles omitiram, no entanto, que ela pensa que “são os judeus americanos que estão conduzindo as guerras da América” como declarado num artigo que ela compartilhou de uma publicação “racista e antissemita”. O fundador desta publicação é um negador do Holocausto, repete a alegação que judeus bebem o sangue de não-judeus, afirmou que os judeus controlam a mídia e adoram Satanás. Plame é fã desta publicação tendo compartilhado vários outros artigos do site.

Nada impede que ela seja uma fã deste energúmeno. Mas o Washington Post nem sequer mencionou o fato que o próprio jornal publicou em setembro, antes dela se candidatar pelo partido democrata.

Não há justificativa para a falha flagrante do Post. Lamentavelmente, esta não é a única instância do Post encobrindo o sentimento antisemita da esquerda. Em 26 de novembro de 2019, em um artigo sobre a crítica do rabino inglês Ephraim Mervis a Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, por não abordar a crescente onda de antissemitismo em seu partido, descreveu Corbyn de modo enganoso, chamando este antissemita em série de "forte defensor dos direitos palestinos" e crítico feroz do governo de direita de Israel.

Isso é comprovadamente falso. Está mais que documentado que membros e ativistas do Partido Trabalhista inglês elogiaram terroristas, apoiaram a negação do Holocausto, comparam israelenses a nazistas e afirmam que Israel não deveria existir.

Mas o jornal não está sozinho no encobrimento do antissemitismo da esquerda. Muitos meios de comunicação social dedicaram uma cobertura considerável à decisão de Israel de barrar a entrada das congressistas norte-americanas Ilhan Omar (D-Minnesota) e Rashida Tlaib (D-Michigan). Ambas apóiam o movimento anti-Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que, segundo seu co-fundador Omar Barghouti, busca a destruição do estado judeu. Já em 2016 foram encontrados laços entre o BDS e grupos terroristas.

No entanto, a maioria das principais agências de notícias, incluindo o Post, USA Today e Politico.com, não notou que foi a organização Miftah, que elogiou homens-bomba e acusou judeus de consumir sangue cristão, que patrocinou a viagem planejada de Omar e Tlaib. O USA Today recebeu documentos da ONG “Monitor”, que monitora organizações sem fins lucrativos, revelando a sórdida história de Miftah - mas se recusou a incluir essas informações na atualização do artigo.

O fato de dois membros do Congresso serem patrocinados por uma organização que propaga libelos de sangue deveria ser digno de ser mencionado na mídia. Mas quando se trata de antissemitismo, o que "se qualifica" como digno de notícia está sendo cuidadosamente definido por um quarto estado que não está disposto frear um vírus que na memória da humanidade, matou milhões.

A história lembrará por muito tempo o que eles estão encobrindo. E não vai perdoar. A questão do antissemitismo é real demais para se tornar mais outra questão partidária entre direita e esquerda. A morte de vítimas inocentes em Jersey City, Poway e Pittsburgh significa que é hora de iniciar uma discussão franca e séria.



Sunday, December 8, 2019

A Farsa do Impeachment de Trump - 08/12/19


Tinha uma estória que era contada na faculdade de direito sobre um julgamento no sul dos Estados Unidos. No caso, depois do promotor ter apresentado a acusação, o juiz mandou o júri dar o veredito. Quando o advogado de defesa reclamou dizendo que ainda não havia apresentado o seu lado do caso, o juiz disse não era preciso por que só iria confundir o júri.

Pois é. Parece piada, mas foi exatamente isto que ocorreu esta semana no Congresso americano neste interminável circo que se tornou a investigação de impeachment.

Desta vez os democratas convidaram quatro testemunhas - professores de direito constitucional - para declararem que uma ligação telefônica era o suficiente para remover um presidente devidamente eleito.  E se ferraram.

Três dos professores foram convidados pelos democratas. Os republicanos só puderam convidar um - Jonathan Turley – que declarou não ter votado em Trump. Feldman de Harvard já havia publicado vários artigos dizendo que Trump deveria ser removido pelo simples fato de usar o Twitter.  Gerhard, da Universidade da Carolina do Norte contribuiu quatro vezes para a campanha de Obama e de Hillary. A instável professora Pamela Karlan de Stanford vomitou tanto ódio pelo presidente que chegou a ser repreendida pelos congressistas. Em sua alucinação, Trump teria usado o nós real para falar dele próprio, em sua conversa com o presidente da Ucrânia o que não fez qualquer sentido no contexto da conversa. Isto depois dela ter sido filmada alguns dias antes dizendo que atravessava a rua para não andar na mesma calçada dos hotéis Trump.

Como era de esperar, os três professores democratas chegaram à conclusão que um telefonema é o suficiente para impeachment. Isto faz qualquer um reconsiderar gastar milhares de dólares para enviar o filho a uma destas universidades.

Trump então anunciou que iria perguntar à Suprema Corte se ele poderia ser removido por causa de um telefonema. A reação dos democratas foi de dizer que ao recorrer ao Judiciário Trump estaria obstruindo a Justiça. Já viram algo assim?

Mesmo não sendo um fan de Trump, a testemunha republicana teve que dizer que os outros três estavam delirando. Que há um terceiro poder, o Judiciário precisamente para dirimir controvérsias entre o Executivo e o Legislativo. Mas isto não é importante. O que é importante para os democratas que não fizeram absolutamente nada no Congresso desde a eleição de Trump, é expressar o profundo ódio que estes alucinados têm pelo presidente mesmo antes dele ser eleito.

Turley ainda virou a mesa sobre os democratas dizendo que ao tentar remover um presidente por ele ter recorrido à Suprema Corte, o Legislativo, ou o Congresso americano estaria cometendo abuso de poder.

Nesta mesma semana e talvez como consequência deste fiasco, Nancy Pelosi, a porta-voz do Congresso, perdeu a paciência com a mídia, dizendo que Trump era um covarde por não banir o uso de armas e dar a cidadania a crianças ilegais.

Joe Biden enfrentou um eleitor de 83 anos que perguntou sobre a situação do seu filho Hunter e a empresa de óleo e gás da Ucrânia. Biden imediatamente chamou o sujeito de “maldito mentiroso” e o desafiou a uma competição de flexões e a um “teste de QI”.
Desde o seu testemunho, o professor Jonathan Turley foi inundado com mensagens ameaçadoras e pedidos para que a Universidade George Washington o demita.

O caos está tanto que dois ataques, um na base naval de Pearl Harbor por um marinheiro com distúrbios mentais e outro à base naval aérea de Pensacola por um estudante da força aérea Saudita, que matou três marinheiros americanos quase passaram despercebidos pela mídia.

É como se a batalha de impeachment estivesse poluindo uma atmosfera política já tóxica, à medida que avançamos em direção ao resultado inevitável de não dar em nada, que todos já esperam.

O pior é que líderes mundiais também demonstram sua falta de respeito para com Trump. Nesta semana líderes que compareceram à cúpula da Otan foram flagrados rindo enquanto aparentemente discutiam Donald Trump.

A conversa divertida e exasperada, capturada quando os participantes pareciam não perceber a câmera, incluía Johnson, Macron o presidente francês, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, Justin Trudeau do Canadá e a princesa Anne.

Mas com o Canadá passando por uma crise econômica, tendo perdido mais de 71 mil empregos só no mês de novembro, e Macron enfrentando a greve nacional mais séria que atingiu a França em anos com sindicatos avisando que as paralisações durariam até a próxima semana, fizeram Trump rir por último.

Trump adicionou outros 266 mil empregos em novembro reduzindo o desemprego para o menor nível dos últimos 50 anos a menos de 3.5%. Vendas aumentaram em 16%, fazendo a economia americana a maior e mais forte do globo. E o que os democratas querem amanhã? Impeachment.

O circo também está solto no Brasil depois desta semana de depoimentos da CPMI das Fake News. Tudo voltado para atacar o presidente Bolsonaro por aqueles que achavam ter tomado as rédeas do poder e de repente foram despidos com sua saída do partido.

E em Israel é a mesma coisa. A discussão sobre o indiciamento de Bibi continua a gerar em torno de uma suposta troca de favores que não ocorreu com o dono do jornal Yedioth Aharonoth na qual Bibi promoveria uma legislação que beneficiaria o jornal em troca de opiniões mais favoráveis. E o mesmo com o presidente da Bezeq, que em troca de ajudar seu presidente em vários negócios do grupo ele teria conseguido uma cobertura mais favorável no site da Walla que ninguém lê. É totalmente absurdo, mas aí estamos.

Três líderes de direita que continuam a ser viciosamente atacados por uma esquerda enlouquecida com a perda das rédeas que o povo foi mais inteligente de retomar. É isso que a esquerda deve aprender: que o povo não é burro e sabe o que é melhor para si. O povo quer ganhar sua vida com dignidade e não receber as esmolas do governo. O povo quer que seus impostos sejam aplicados em prol do bem estar de todos e não mal usados por políticos. O povo sempre irá com a prosperidade antes da ideologia. E enquanto a esquerda achar que sabe mais que nós, ela não durará no poder.


 

Sunday, December 1, 2019

A Fabricação da Ilegalidade dos Assentamentos Judaicos na Judeia e Samária - 12-01-19


O mundo continua acusando o Secretário de Estado Mike Pompeo de infringir a lei internacional ao manter sua declaração que os assentamentos judaicos na Judeia e Samaria não seriam ilegais. Várias opiniões na mídia esta semana disseram que Pompeo teria infringido a lei internacional, violado radicalmente a política dos EUA e minado a busca pela paz. Esses críticos estão errados de todos os lados.

O que Mike Pompeo fez foi apenas ressuscitar uma opinião de longa data e amplamente aceita sobre a legalidade dos assentamentos de Israel na Cisjordânia da época de Ronald Reagan.

Pompeo levantou quatro pontos principais. Primeiro, os assentamentos não são "inerentemente ilegais". Segundo, o destino da Cisjordânia deve ser determinado por meio de negociações. Terceiro, o direito internacional "não compele um resultado específico" a favor de Israel ou dos palestinos. E quarto, a questão é de natureza política, não legal, e atacar a legalidade dos assentamentos até agora, "não avançou a causa da paz".

Por 35 anos, as administrações americanas se abstiveram de repetir as críticas do presidente Carter que via os assentamentos israelenses como ilegais. Mas o presidente Obama quebrou essa política ao assumir a posição de Carter nas Nações Unidas. O presidente Reagan que veio depois de Carter havia rejeitado esta opinião. E "este governo", disse Pompeo, "concorda com o presidente Reagan".

Aqui estão alguns antecedentes.

O Presidente Carter teve um relacionamento péssimo com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin. Carter o pressionou a fazer concessões aos palestinos. Isso incluía a condenação de assentamentos israelenses como ilegais, apoiada por uma carta de cinco páginas datada de 21 de abril de 1978 e assinada pelo consultor jurídico do Departamento de Estado Herbert Hansell.

Essa carta foi um trabalho ruim, lidando apenas com a autoridade que Israel adquiriu sobre o território como vencedor da guerra de 1967. Ignorou inteiramente os direitos dos judeus sob o mandato da Palestina de 1922, que pedia "o assentamento dos judeus na terra” e que os judeus já viviam naquela época em Hebron, Gush Etzion e incontáveis ishuvims na Judeia e Samaria – sem falar de Jerusalem. Como esses direitos poderiam ter sido extintos pelo ataque ilegal da Jordânia a Israel em 1948 ou pela suposta anexação da Cisjordânia em abril 1950, que os Estados Unidos nunca reconheceram?

Desde a antiguidade até 1949, os judeus viveram legalmente na Judeia e Samaria. Hansell não explicou quando este direito tinha terminado apesar de admitir que a Jordânia não havia sido soberana legítima da Cisjordânia entre 1949 e 1967.

Vendo que Carter invocou a lei simplesmente como um golpe para atacar Israel, Reagan se levantou em defesa do Estado Judeu, declarando que discordava de Carter.

Lembrando a declaração de Reagan de fevereiro de 1981 de que os assentamentos não são ilegais, a questão se torna "apenas uma questão política, não uma questão legal". O governo dos EUA "não reconheceu a soberania de nenhum país sobre a Cisjordânia desde que a Grã-Bretanha controlava a área sob o mandato da Palestina. ”A questão da soberania“ está aberta e não será fechada até que as partes efetivas do conflito formalmente concordem com um acordo de paz”.

Enquanto isso,“ não há lei que impeça os judeus de se estabelecerem na Cisjordânia "E ninguém deve ser excluído de morar lá" simplesmente por causa de sua nacionalidade ou religião ".

Não foi radical para Pompeo reviver a política de Reagan. O que foi radical - e o que impediu o progresso diplomático - foi o retorno do governo Obama às críticas legalistas de Carter a Israel.

Carter sustentava a opinião convencional de que a essência do conflito árabe-israelense é os assentamentos. Funcionários da administração Trump veem isso de maneira diferente. A opinião deles é evidentemente de que o conflito reflete as esperanças dos inimigos de Israel de que eles possam enfraquecer o Estado judeu, separá-lo de seu aliado EUA e, finalmente, destruí-lo. O que alimenta o conflito é a noção de que Israel é uma presença vulnerável e alienígena que carece de raízes, legitimidade e confiança moral.

Durante anos, a propaganda anti-Israel concentrou-se tão intensamente em atacar os assentamentos como ilegais, porque essa linha de argumento era mais profunda do que uma crítica à política: questionava a legitimidade da presença de qualquer judeu em sua terra ancestral e finalmente questionava a legitimidade de Israel de existir.

Como os principais inimigos de Israel sabem, afirmar que os judeus não têm o direito de viver na Judeia e Samaria - uma parte crítica da antiga pátria judaica - questiona o direito dos judeus de terem criado Israel. Nos dois casos, o direito está relacionado ao mandato da Palestina, que vinculava a legitimidade sionista à "conexão histórica do povo judeu com a Terra Santa". O primeiro-primeiro ministro de Israel, David Ben-Gurion, invocou o mandato da Palestina na Declaração de Independência de Israel.

Essa questão de direitos é diferente de discutirmos se é ou não sensato para Israel construir ou expandir assentamentos na Judeia e Samaria. E essa é uma questão diferente de se Israel deve ou como dividir a região em um elusivo acordo de paz ou se os líderes palestinos estão realmente dispostos a fazer concessões para terminar o conflito.

Pompeo traçou a linha com prudência. Ele repudiou a política destrutiva de Carter-Obama, rejeitando a alegação de ilegalidade. Ele reforçou a legitimidade de Israel. E manteve em aberto a questão de como as partes deveriam dividir a Cisjordânia em um acordo de paz, exceto para dizer que deveriam fazê-lo através de acordo mútuo.

Ao transferir a embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, ao reconhecer a soberania de Israel sobre as colinas de Golã e declarando legais os assentamentos da Cisjordânia, os funcionários do governo Trump estão fortalecendo os laços dos EUA com Israel. Eles estão sistematicamente contradizendo aqueles que argumentam que Israel pode ser isolado e destruído. Mesmo eu não acreditando que seja possível, esta ainda é a  melhor esperança para uma paz negociada.