Sunday, August 23, 2015

A Volta do Irã à Comunidade Mundial - 23/8/2015

Nas últimas horas o Secretário do Exterior da Inglaterra Philip Hammond pessoalmente reabriu a embaixada do Reino Unido em Teerã. Há 4 anos, a embaixada foi invadida e destruida a mando da milicia basij do governo. A entrevista que Hammond deu para a BBC mostrou o estado de espírito em que se encontram os líderes do mundo em relação ao Irã. De acordo com ele, já é excelente o fato deles poderem “falar” com os mulás. Para a Inglaterra, pegar o telefone e encontrar alguém do outro lado da linha parece já ser um sucesso sem precedentes especialmente quando tantos britanicos estão correndo para concluirem acordos milionários na terra dos aiatolás.

Parece que tudo está caminhando para a reintrodução do Irã na comunidade internacional e como uma potência nuclear reconhecida. Mas uma nova pesquisa de opinião da CNN neste final de semana, mostrou que a maioria dos americanos se opõe à aprovação do acordo pelo Congresso. E a  com a revelação de outros detalhes sobre o acordo incluindo a existência de tratos paralelos e secretos, esta oposição só tende a aumentar.

Os americanos desaprovam especialmente a maneira pela qual o Presidente Obama conduz seu relacionamento com o Irã. 60% dos americanos desaprovam o acordo e as açoes do presidente em relação à Republica islâmica. O Congresso tem até o meio de setembro para rever o acordo e passar uma resolução para desaprová-lo. Se pelo menos 2/3 dos votos no Congresso forem contra o acordo, eles poderão anular qualquer veto de Obama.

Nesta semana um destes tratos paralelos veio à tona, indicando que serão os próprios iranianos que conduzirão inspeções na usina nuclear de Parchin. Esta é a usina aonde o Irã conduz pesquisas em armamento nuclear.

Independentemente do Congresso aceitar ou rejeitar ofertas Irã há outro aspecto deste acordo que está sendo esquecido pela mídia internacional. O Irã, ou melhor, o Supremo Líder do Irã, Ali Khamenei, ainda não aprovou o acordo que ele próprio ajudou a negociar. É ele quem tem a palavra final e até agora suas declarações têm sido apenas de animosidade aos Estados Unidos e ao ocidente.

Este aspecto tem sido negligenciado por que para nós nos Estados Unidos e Europa, uma rejeição pelo Supremo Líder não faz sentido. Este acordo é extremamente favorável para a República Islâmica do Irã, legitimando sua pesquisa nuclear, garantindo o seu futuro programa de armas nucleares, ajudando a economia e principalmente impulsionando seus objetivos internacionais de hegemonia. Estas vantagens faria parecer absurdo para Khamenei não aceitar o acordo. Além disso, a maioria dos iranianos estão comemorando o acordo.

Mas na visão islâmica, rejeitar o acordo faz sentido se não levarmos em conta estas  vantagens imediatas e olharmos para os perigos que a abertura do país traria para a sobrevivência do regime iraniano. Líderes de governos fanáticos e brutais como o de Khamenei, invariavelmente, fazem da pureza ideológica e poder pessoal as suas maiores prioridades, e ele não é exceção. E este acordo apresenta para ele pelo menos dois problemas em seu impacto na longevidade do regime.

Primeiro, o acordo trai a visão do aiatolá Ruhollah Khomeini de inimizade inflexível para com os Estados Unidos, um princípio fundamental que tem orientado a república islâmica desde seu golpe em 1979. Uma grande parte da liderança, incluindo o proprio Khamenei segue a uma visão purista que vê quaisquer relações com os Estados Unidos inaceitável e beirando a traição. Por esta razão, Teerã tem sido a única capital do mundo a não procurar melhores relações com Washington. Estes líderes rejeicionistas desdenham os benefícios do acordo e o fazem por razões de princípio.

Sua posição não é única. Da mesma forma, os palestinos se opõem aos tratados com Israel, independentemente de seus benefícios econômicos e sociais, não querendo de modo algum mudar o status quo com o inimigo. (Pense nos acordos de Oslo de 1993, que trouxe terra, dinheiro, legitimidade e armas.) Princípio triunfam sobre a praticidade.

Em segundo lugar, os oponentes iranianos se preocupam muito com a erosão dos valores islâmicos da revolução de Khomeini. Eles temem que os empresários, turistas, estudantes, artistas, e assim por diante, que chegarão ao Irã irão tentar ainda mais a população local para longe do caminho difícil de resistência e martírio em favor do consumismo, o individualismo, o feminismo e o multiculturalismo . Eles desprezam e têm pavor da roupa americana, da música, dos vídeos e da educação. Nesta semana Khamenei acusou os Estados Unidos de tentarem “penetrar no país." Do seu ponto de vista, o isolamento e a pobreza têm suas virtudes como meios para manter a revolução iraniana viva.

Assim, o debate iraniano sobre o acordo é genuíno, colocando aqueles que argumentam em favor de benefícios a curto prazo contra aqueles com medo de seus perigos a longo prazo. Khamenei deve fazer uma escolha difícil.

De volta ao Ocidente, os adversários do acordo se alegrarão se ao final, o impensável ocorrer e Khamenei rejeitar o acordo. Mas isto também apresentará um problema. Obama tem afirmado repetidamente que rejeitar o acordo coloca estes congressistas do mesmo lado que a linha dura e radical do Irã. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, atualmente ostracizado por Obama está especialmente em risco de ser colocado nesta categoria.

Para evitar esse destino, os oponentes do acordo devem se preparar imediatamente para a possibilidade de um improvável "não" iraniano.

Isso significa que devemos nos antecipar a Khamenei prevendo e até mesmo esperando sua rejeição do acordo. Deve haver um esforço substancial para explicar para a mídia que as razões da rejeição do Irã nada têm a ver com a sua substância e vantagens do acordo e tudo com a pureza da ideologia e da manutenção de um espírito revolucionário. Desenvolver uma familiaridade e aprender os meandros da ideologia do Irã. Anticipar as desculpas que Obama irá apresentar e lembrar ao público da ilusão de parceria que ele queria apresentar quando ela não existir. 

Trabalhar numa nova política para com Teerã para renovar as sanções econômicas e impor outras penalidades. Tentar encontrar aliados para ajudar a implementar este regime de sanções, apesar da imensa dificuldade hoje pois já há renovações de relações comerciais com o Irã. E finalmente, preparar o mundo para a real possibilidade de uma ação para destruir a infra-estrutura nuclear do Irã.

A rejeição do acordo de Viena seria uma grande notícia para todos, especialmente para os que se opõem a ele – mas precisamos urgentemente nos prepararmos para esta eventualidade.


Ao final das negociações de Munique, Winston Churchill disse a Chamberlain que ele teve duas opções: a desonra ou a guerra. Que ele escolhera a desonra e de qualquer forma teria a guerra. Churchil estava correto. E neste caso, a história se repetirá sem que nossos líderes tenham aprendido com as lições do passado.

Sunday, August 16, 2015

Vanity Fair e o Anti-semitismo - 16/08/2015

Quando pensamos na revista Vanity Fair, muitas coisas vêm à mente. Celebridades, moda, glamour. Tirando a primeira entrevista do campião olímpico  Bruce Jenner que recentemente se tornou Caitlin Jenner seus artigos não são controversos ou provocativos. Por isso, foi com surpresa que nesta edição de agosto, vimos um artigo extenso sobre o anti-semitismo na França.

O artigo começa recontando os acontecimentos de uma manifestação pró-palestina num dos bairros mais chiques de Paris em Julho de 2014 fazendo a pergunta: "Como pode alguém pintar uma suástica na estátua de Marianne, a deusa da liberdade francesa, no centro da Praça da Republica?” Bandeiras palestinas, do Hamas e até do ISIS brandidas por manifestantes fora de controle que gritavam “Morte aos Judeus”, “Morte aos Judeus”!

Hoje anti-semitas racionalizam seu sentimento dizendo-se ser anti-sionistas ou anti- as politicas de Israel. Mas a verdade fica sobressaindo na pele. E é por isso que centenas de manifestantes invadiram o bairro judaico de Paris, o Marais, procurando com barras de ferro, machados e paus o seu destino final: não a embaixada israelense, mas uma sinagoga.

Fora dos portões da sinagoga, os manifestantes gritavam: "Hitler estava certo! Judeus, saiam da França! "Assim, uma manifestação de protesto contra Israel foi caçar a comunidade judaica para puni-la.

O governo francês, naturalmente, também aproveita a racionalização e suas declarações ao final querem dizer que se somente Israel capitulasse e parasse de se defender, os judeus na França não teriam este tipo de problema. Aí eles centram a discussão no fato das ações de Israel provocarem o antisemitismo quando está claro que o anti-sionismo é apenas uma fachada para seu anti-semitismo arraigado.

Fica também dificil explicar as estatísticas do Ministério do Interior francês. Segundo seu relato, embora a população judaica ser menos do que 1% da população, 51% de todos os ataques racistas foram cometidos contra judeus. Mesmo se "vestir como judeu", como ter uma estrela de david ou uma kipa é visto como provocador.

Será por isso que esta revista de moda tenha dedicado tanto espaço para esta materia? A crise na França não é uma série de ataques aleatorios e individuais.  O grande problema é que hoje ser anti-semita na França é popular.

Você não pode portar uma estrela de david mas desenhar uma suástica num monumento à liberdade da França, se tornou aceitável, compreensível.

Esporadicamente, e especialmente após uma chacina, ouvimos pronunciamentos apaixonados como o do Primeiro-Ministro Manuel Valls que disse que "para entender o que é a ideia da república francesa, você tem que entender o papel central desempenhado pela emancipação dos judeus. É um princípio fundamental." E falando sobre o êxodo corrente dos judeus franceses para Israel, Canadá e outros países, ele disse que“se 100.000 judeus forem embora, a França não será mais a França".

A França é a capital liberal do mundo. O bastião da tolerância. Mas sendo incapaz de aceitar sua minoria judaica, a França recua em seus próprios princípios, os valores que ela estabeleceu para si própria três séculos passados. Nas palavras do primeiro-ministro se isso acontecer: "A República Francesa será considerada um fracasso."

Como resultado dos últimos horrendos atentados, a França aumentou significativamente a segurança nas escolas judaicas, centros culturais, e sinagogas que hoje estão sendo guardadas por forças do exército francês. Shimon Samuels, Diretor de Relações Internacionais do Centro Simon Wiesenthal conta que "os soldados jogam futebol no quintal com as crianças". "Três soldados com metralhadoras na entrada. Dois na porta dos fundos. Cinco olhando para dentro. É quase um estado de guerra ".

Bem longe do glamour que era uma vez o liberalismo francês.

Mas as medidas de segurança não são suficientes e dão a impressão de que os poucos os judeus estão sendo colocados em guetos. Instituições cercadas, pessoas escoltadas. Mas o governo não consegue proteger todos os locais. Ela, por exemplo, não controla ataques anti-semitas nos cemitérios – diariamente lápides são vandalizadas com suásticas, destruidas. O governo nem mesmo mantém uma contagem. Apesar da reação do público aos massacres do Charlie Hebdo e do Super Cacher, ataques antisemitas no primeiro semestre de 2015 aumentaram em 84 por cento. A quantidade de manifestantes violentos tem deixado policiais franceses e as autoridades impotentes para responder, paralisados pela sua própria dimensão.

Em 26 de julho último, o dia marcado para manifestações anti-Israel-que virou demonstrações "! MORTE AOS JUDEUS", contou com milhares de manifestantes – muito superiores aos 2.000 policiais franceses enviados para manter a ordem.

Como dito pela Vanity Fair:

O presidente de uma linha de roupas de luxo que estava assistindo horrorizado à manifestação se tornar numa quebradeira, disse a um policial: “Faça alguma coisa! Você vê o que está acontecendo aqui? " A resposta do policial foi: "O que você espera que façamos?"e em seguida, o policial desviou o olhar impotente.

Homens e mulheres da polícia francesa não conseguem para proteger a população judaica por uma razão fundamental: eles não deveriam ter que faze-lo. A França deveria ser um bastião da liberdade, aonde todas as minorias se sentissem seguros, especialmente uma minoria que é parte do tecido da sociedade desde o começo da história do país.

Mas há algo intuitivamente antinatural sobre forças do governo irem contra a vontade do povo. Se os civis vão para a rua em massa, em busca de sangue judaico, o problema ultrapassou as questões de policiamento. É uma questão mais profunda, vinda do público, da população. É uma questão de o que é popular hoje. A mídia tradicional se recusa a falar sobre o problema e minimiza a natureza e a violência dos ataques para não ser chamada de “ofensiva” para com os muçulmanos e seus simpatizantes franceses. E enquanto o governo e a mídia não decidirem atacar o problema em sua raíz, ficará para a Vanity Fair nos avisar quando o anti-semitismo deixar de ser moda.





Sunday, August 9, 2015

O Acordo com o Irã nas Mãos do Congresso Americano - 09/08/2015

Nesta última quarta-feira, Barack Obama decidiu levar a defesa de seu acordo nuclear com o Irã para a Universidade Americana. Em seu discurso o presidente americano criticou severamente os legisladores republicanos comparando-os aos jihadistas que gritam “morte à América”. Em sua ilimitada arrogância, Obama disse que há apenas dois tipos de pessoas que irão se opor ao acordo - partidários do Partido Republicano e aqueles que colocam Israel antes da América- ou seja, traidores.

Em sua opinião, o fato de alguém acreditar que o acordo põe Israel em perigo ou não é diretamente relacionado à confiança que esta pessoa tem no presidente. E mais uma vez, em sua arrogância infinita, ele disse ser mais confiável que Benjamin Netanyahu para proteger Israel.

Mas o fato é que para os congressistas americanos, não importa quem está certo ou errado sobre os perigos que este acordo causa a Israel. O Estado Judeu não é parte e não está vinculado a seus termos. Se Israel tiver que agir contra o Irã ela o fará.

Os Estados Unidos, por outro lado, é parte e precisará cumprir as cláusulas mais absurdas, inclusive a de dar assistência ao Irã para proteger e defender seu programa nuclear. Isto se o Congresso não rejeitar o acordo.

Para os americanos a questão é se este acordo é bom ou não para a América. Se este acordo torna os Estados Unidos mais seguros e mais longe de uma possível guerra nuclear no futuro. A única maneira de responder à esta questão é considerarmos todas as maneiras pelas quais o Irã é hoje uma ameaça para os Estados Unidos e se este acordo acentua ou diminui esta ameaça.

Para começar, o Irã mantém quatro americanos como reféns. Três estão presos com acusações que vão de espionagem a apostasia. Um deles está provavelmente morto pois o próprio governo do Irã diz não saber de seu paradeiro. O fato dos mulás não terem libertado estes americanos durante as negociações, pelo menos como um gesto de boa vontade, mostra que este acordo não só não os ajudou mas com o acordo concluído, sua situação está muito pior. Hoje o Irã não tem qualquer razão para liberta-los e todo o incentivo para tomar mais reféns.

Além disso, o Irã continua a ser o maior patrocinador do terrorismo mundial, especialmente contra os interesses americanos. Em 2011 o FBI frustrou um plano para matar o embaixador saudita e explodir as embaixadas sauditas e israelenses em Washington.

A presença iraniana pode ser sentida de modo acentuada em Cuba, que acabou de restabelecer relações com os Estados Unidos e em outros países da América Latina como a Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia. O Irã está buscando passaportes de países amigos no quintal americano para seus agentes poderem viajar para a América sem restrições.

Hoje o Irã pode fixar seus mísseis balísticos na Venezuela, e atacar o território ou navios dos Estados Unidos sem qualquer problema. O exército americano está especialmente preocupado com a habilidade do Irã em enviar um impulso eletromagnético de algum lugar da América Latina que destruiria a rede elétrica dos Estados Unidos. O prejuízo que isso causaria para a economia seria inimaginável. E com a infusão de dinheiro que os mulás irão receber, poderão expandir sua pesquisa em impulsos eletromagnéticos sem qualquer restrições.

Já vimos também as demonstrações de força do Irã durante as negociações no estreito de Hormuz, ameaçando o fluxo de petróleo e a economia mundial. O Irã explodiu uma maquete de um porta-aviões americano, tomou como refém um navio da empresa Maersk e sua guarda revolucionária cercou um outro navio até ele fugir do estreito.
A reação americana foi o colapso estratégico e a capitulação em Viena. A mensagem para os iranianos foi que a pirataria paga. Assim, o Irã continuou a empurrar para a frente e através de seus subordinados Houthis, tomou o Iêmen e a outra rota do petróleo, o estreito de Bab el-Mandab. Hoje o Irã tem como reféns a Arábia Saudita e todos os outros países do golfo árabe controlando todas as vias de escoamento de petróleo e o Mar Vermelho.

Além disso, o Irã tem sido o patrocinador e protetor da Al-Qaeda nos últimos 20 anos.
Quatro dos dezenove terroristas do 11 de setembro 2001 estiveram no Irã antes de viajarem para os Estados Unidos. O jornal The Weekly Standard revelou entrevistas com funcionários da inteligência americana que analisaram os documentos retirados do refugio de Osama Bin Laden, que expõem os laços estreitos entre o Irã e a Al-Qaeda.
Este acordo, aprovado pelo conselho de segurança da ONU, ainda, abre o caminho para o programa balístico do Irã. Isto quer dizer que o Irã pode adquirir a tecnologia e montar o míssil para levar a bomba nuclear à qual terão acesso, de acordo com Obama, em 10 anos. Esta tecnologia é para mísseis intercontinentais, colocando os Estados Unidos na mira do Irã.

Obama na Universidade Americana disse que se o Congresso votar contra o acordo, “vamos perder ... A credibilidade da América como um líder da diplomacia. A credibilidade da América ", explicou ele," é a âncora do sistema internacional. "
Infelizmente, Obama não entende que é o contrário. É o acordo que destrói a credibilidade da América e assim derruba o sistema internacional que esteve ancorado sobre ela nos últimos 70 anos.

O acordo também destrói a credibilidade dos Estados Unidos como um aliado.

Ao servir como defensor do seu pior inimigo, os EUA tem mostrado a seus aliados que eles não podem confiar nas garantias de segurança norte-americanos. Como pode Israel ou a Arábia Saudita confiar na América para defendê-los quando ela está se está colocando em risco a si mesma? O acordo destrói 70 anos de esforços de não-proliferação dos EUA. Ao permitir que o Irã se torne uma potência nuclear, os EUA fez uma paródia da própria noção de não-proliferação e causou uma corrida armamentista nuclear no Oriente Médio.

Os danos causados ​​pelo acordo já está sendo sentida. A Europa, a Rússia e a China já estão batendo nas portas dos aiatolás a assinarem acordos comerciais e militares com o regime.

Mas se o Congresso rejeitar o acordo, ele pode mitigar os danos. Ao faze-lo, o Congresso irá demonstrar que o povo americano não está pronto para ser completamente derrotado. Eles podem mostrar que a América continua empenhada em sua própria defesa e na reconstrução da sua credibilidade estratégica em todo o mundo.

Obama quer convencer o público de que os que são contra ao acordo são ou extremistas partidários ou traidores que se preocupam com Israel mais do que eles se preocupam com a América. Mas nenhuma destas afirmações é verdadeira. A principal razão que os americanos devem se opor ao acordo é que ele põe em perigo a América. E, portanto, estes americanos não são nem partidários extremistas nem vira-casacas. Eles são simplesmente patriotas. Algo que Obama, mesmo sendo presidente, está longe de o ser.