Thursday, January 29, 2015

Obama e seu Discurso à Nação! 25/01/2015

Na semana passada o Estado Islamico decapitou mais um inocente. Desta vez foi o japonês Haruna Yukawa, um sonhador de um mundo melhor, que deixou a esposa e filho recém-nascido para ir ajudar as crianças apanhadas em áreas de guerra. Seu colega, Kenji Goto, um jornalista, foi forçado a mostrar a foto de Yukawa decapitado ao seu lado e pedir por sua própria vida. Depois de tantas decapitações a notícia do brutal assassinato de Yukawa nem chegou nas primeiras páginas dos jornais. E sabem por quê?

Porque para o Presidente Obama e a mídia que o segue, a maior ameaça para os Estados Unidos hoje não é o terrorismo. É o aquecimento global!!! Em seu discurso anual sobre o estado de saúde da nação, esta foi sua grande declaração. Um discurso completamente surreal e perigosamente ingênuo. 

Sobre sua política externa, ele listou seus “sucessos” como o restabelecimento dos laços diplomáticos com Cuba e o fim das sanções contra o Irã!

Ele disse que pela primeira vez em uma década, ele conseguiu parar o progresso do programa iraniano e reduzir a quantidade de material nuclear. Que até abril ele terá um acordo assinado com os mullahs que irá impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear. Ele ainda avisou que qualquer passo tomado por este novo Congresso americano para impor novas sanções será vetado por ele.

Nada sobre o fato do Irã não ter até agora cumprido nem os acordos interinos nem concordado com inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica a locais não aprovados por eles. Nada sobre o fato do Irã estar comprando um sistema anti-mísseis da Russia que tornará inviável qualquer ação militar contra suas usinas nucleares. Os mullahs não poderiam ter advogado melhor!

Não, o aquecimento global é mais importante.

Obama foi para a Arábia Saudita para prestar condolências ao governo sobre a morte do Rei Abdallah. Depois da desfeita de não ter aparecido na manifestação em Paris ele não podia perder esta oportunidade de foto junto com o resto dos líderes do mundo.

O novo rei Salman irá provavelmente continuar a mesma política imposta por sei pai e seguida por seus meios-irmãos desde 1932. Isto quer dizer que mulheres continuarão a não poder dirigir automóveis, não muçulmanos continuarão a serem proibidos de exercer sua religião, direitos humanos e liberdade de expressão continuarão a ser punidos e os salafistas, wahhabistas continuarão a dominar os sistemas escolares e de segurança do país. Apesar deste triste panorama, Obama e países europeus consideram a Arábia um aliado.

Durante esta visita, ninguém teve a coragem de mencionar o caso do blogueiro saudita Raif Badawi, condenado a mil chibatadas e 10 anos de prisão por expressar sua opinião. Afinal ninguém quis criar um incidente internacional. Mas aí é que reside a hipocrisia. Duas semanas atrás todos estes mesmos líderes de braços dados marcharam nas ruas de Paris pela liberdade de expressão. Hoje eles choram e expressam condolências pela morte do rei que tolhia a liberdade de expressão e aumentou substancialmente a punição corporal, inclusive autorizando milhares de decapitações. Em agosto do ano passado foi reportado que o reinado decapitou uma pessoa por dia!

A esposa e filhos de Badawi fugiram para o Canadá e disseram que as chances de revê-lo vivo são muito pequenas. Este tipo de flagelação é tão brutal que não pode ser administrada de uma vez. Badawi teve que ser hospitalizado após as primeiras 50 chibatadas.

A imprensa internacional condenou a punição por algo que no mundo civilizado é louvado.  Mas o governo saudita tem mais medo dos islâmicos - que querem ver a imposição literal desta lei medieval e ultrapassada do Al-Corâo do que a opinião internacional.

Mas o presidente americano nos confortou dizendo que sua liderança conseguiu parar o avanço do ISIS se associando a outros países da Africa do Norte e do Sul da Asia para negar um porto-seguro aos terroristas. Sério??

Nesta semana vimos o governo do Yemen, um outro aliado de Obama, se desintegrar e ser tomado por milícias Houthis associadas com o Irã. Isto coloca os mullahs nas portas do Mar Vermelho, efetivamente em controle da passagem para o Canal de Suez. O Egito, a Arábia Saudita, a Jordânia e Israel dependem desta passagem. Além disso, o Yemen está na frente do corno da África potencialmente submetendo todo o continente à influência iraniana. O Yemen ainda é o local da Al-Qaeda da Península Árabe, uma facção do grupo que se dedica principalmente a ataques ao Ocidente. O terrorista do supermercado casher de Paris, Amedy Coulibaly, reinvindicou o ataque em nome deste grupo que o teria financiado e treinado. Este é um “sucesso” de Obama??

Mas é o aquecimento global que deixa o presidente acordado à noite.

E aí então temos a controvérsia gerada pelo convite do porta-voz do novo Congresso, John Boehner ao primeiro ministro de Israel para vir a Washington e falar aos representantes do povo americano.

Não é a primeira vez que Benjamin Netanyahu fala ao Congresso americano. Da última vez ele recebeu mais aplausos que o presidente o que não ajudou o relacionamento entre eles ou a diminuir a profunda antipatia pessoal de Obama por Netanyahu. Mas a mídia esquerda americana e israelense não medem suas críticas. Alguns dizem que Netanyahu quebrou o protocolo pois não coordenou com a Casa Branca, outros dizem que ele aproveitou o novo Congresso e pelos bastidores se fez convidar justo antes das eleições em Israel, etc., etc.

O fato é que Netanyahu não podia negar um convite do Congresso. São as duas casas, o Senado e a Câmara que aprovam as ajudas militares a Israel. Mas o Congresso também usou Bibi para mandar uma mensagem a Obama. Se o presidente avisa que irá passar por cima dos representes do povo, eles também irão agir sem coordenação com ele.

Bibi não deve, no entanto, pagar o preço por esta briga. Além disso, como primeiro ministro, ele não poderia perder a oportunidade de mais uma vez descrever os perigos de um Irã nuclear e desta política lunática de levantar as sanções. Se com elas, o Irã estava correndo para a bomba, sem elas eles se precipitarão para a reta final e aí será tarde demais.  

Teremos então um bando de clérigos muçulmanos shiitas, que se auto apontaram mensageiros do fim dos tempos, com presença no Iraque, na Síria, no Líbano, em Gaza, no Yemen, sem falar da África e América do Sul, através da Hezbollah. Isto tudo e a bomba atômica.


Mas como Obama diz: o perigo está no aquecimento global!


Thursday, January 15, 2015

Charlie Hebdo - 11/01/2015

No sábado passado mais de 700 mil pessoas marcharam nas ruas das Franças em protesto contra os dois ataques terroristas perpetrados por muçulmanos em Paris que deixaram 17 pessoas mortas. Dez jornalistas, três policiais e quatro judeus num supermercado. Seis judeus ao todo. No domingo, a capital francesa foi palco da maior demonstração de todas, com mais de um milhão de pessoas e 50 chefes de estado. Manifestações desta magnitude não foram vistas deste a liberação da França dos nazistas.

Tudo começou na quarta-feira anterior, quando dois terroristas entraram nos escritórios do jornal Charlie Hebdo no centro de Paris e fuzilaram toda a cúpula do jornal inclusive os mais notórios cartunistas da França. Entre eles estavam Georges Wolinski, um judeu nascido na Tunísia e a Dra. Elsa Cayat, uma colunista e analista do jornal, também judia. Ninguém falou muito de Elsa mas sua prima, numa entrevista na CNN deixou claro que ela foi morta por causa de sua religião. De acordo com os sobreviventes, os terroristas teriam declarado que não matariam as mulheres e de fato, uma cartunista do jornal não foi ferida. Mas Elsa foi chamada pelo nome. Nos dias anteriores ao ataque ela teria recebido vários trotes em que era chamada de judia suja intimando-a a deixar a redação do jornal. Ela foi morta por ser judia. Ela deixa um marido e uma filha adolescente.

Nos vídeos divulgados na mídia, os dois irmãos Kouachi puderam ser ouvidos gritando “Allah Uakbar” “Allah é o maior” em árabe e que haviam vingado Maomé! Em sua fuga, eles executaram sumariamente um policial francês que já havia sido atingido e tinha suas mãos levantadas. Coincidentemente ele também era muçulmano.

Na quinta-feira acordamos para o assassinato de uma jovem policial em Paris e a especulação que os dois atos fossem relacionados. Na sexta-feira de manhã os irmãos Kouachi foram reconhecidos à 40km de Paris. Eles então se refugiaram numa empresa de impressão e tomaram um refém. À tarde, o assassino da policial entrou no supermercado casher, imediatamente abatendo quatro clientes e tomando os outros como reféns. O terrorista, Amedy Coulibaly ameaçou cometer um massacre se os irmãos Kouachi fossem mortos. Ficou provada a ligação dos dois eventos.

Mais uma vez, terroristas islâmicos responderam violentamente para algo corriqueiro no mundo livre: zombar ou rir de coisas ou pessoas.

Nossa civilização permite, como dizemos, de “tirarmos sarro” de reis, presidentes, papas, santos e profetas. Fazemos piadas de Moisés, Jesus, Buddha, Obama, Dilma, a Rainha Elizabeth, ditadores do mundo, de nós próprios e sim, até do profeta Maomé. Muitas vezes, estas troças refletem uma verdade mais profunda, mas mesmo se este não for o propósito, podemos rir de qualquer um ou de qualquer coisa. Isto se chama Liberdade de Expressão.

Esta liberdade de criticar e sim, também de ofender, é idolatrada por milhões de pessoas, inclusive pelos próprios terroristas. D-us nos livre se alguém tentar limitar a liberdade dos assassinos islâmicos de ofender outras religiões ou grupos religiosos. Eles podem chamar os judeus de descendentes de porcos e macacos. Eles podem chamar os Yazidis de sub-humanos e assim justificar sua escravização. Eles podem converter cristãos pela força ou de crucifica-los se recusarem. Eles podem bombardear os milenares Buddas em Bamiyan. É liberdade de expressão para eles, não para os outros.

A Europa errou mas o pior é que não quer concertar seu erro. Ela abriu suas portas para milhões de supostos refugiados muçulmanos. Refugiados que nunca incluíram mulheres, crianças ou velhos. Somente jovens robustos que, uma vez instalados às custas dos contribuintes europeus, traziam o resto de suas famílias. A Europa, e principalmente a França que hoje tem a maior população muçulmana do continente, decidiu então adotar a política do multiculturalismo aonde não haveria esforços para integrar esta população, mas ao contrário, adaptar o francês ao estrangeiro.

Isto vem criando situações absurdas como a designação de Zonas Urbanas Sensíveis em todo o país. Estas zonas são bairros predominantemente muçulmanos aonde nem a polícia, nem o corpo de bombeiros, nem ambulâncias, nem funcionários públicos podem entrar sem coordenar antes com os lideres religiosos muçulmanos locais. Se não, são atacados. Somente em Paris, na Capital da França são 14 zonas. A lei islâmica prevalece nestas áreas. Assim, estes muçulmanos chegam na França supostamente fugindo da opressão em seus países e literalmente tomam pedaços do país, violentamente atacando qualquer um que não comungue de sua ideologia. Estas zonas também existem na Bélgica, na Suécia e na Alemanha.

Mas a dominação não é só de áreas. É das mentes. Quando jornais se recusam a publicar as charges de Maomé e tomam cuidado especial para não ofender as sensibilidades muçulmanas, estão subjugando nosso direito à liberdade de expressão à esta ideologia odiosa. E é exatamente isso que estes terroristas muçulmanos querem. Numa entrevista em agosto de 2014 à Fox, o clérico Anjem Choudary de Londres, foi muito claro ao dizer que o propósito de sua religião é o de subjugar o mundo. Que a própria palavra Islão significa subjugar. A tolerância com o que chamam povos do Livro, só é possível enquanto judeus e cristãos aceitarem a supremacia dos muçulmanos e todas as formas de humilhação inclusive o pagamento de tributo por suas vidas.

É uma ideologia bárbara seguida por 20% dos muçulmanos do mundo. Mas 20% de 1.2 bilhões de pessoas são 240 milhões de indivíduos que estão prontos a se explodirem em nome da fé. O problema é que o resto, apesar de se dizerem “moderados”, concordam com estes princípios.

E é por isso que hoje há tantos grupos terroristas. Existem 109 grupos jihadistas reconhecidos entre eles o Hamas, a Hezbollah, a Al-Qaeda, a Al-Qaeda do Yemen, a Al-Qaeda do Norte da África, o Estado Islâmico, o Boko Haram, o Jihad Islâmico, a Al-Nusra na Síria, a Ansar al Shaaria, e outros.
Estes grupos querem submeter todos nós à sua versão do islamismo. E o mundo está caminhando para o caos se nossos líderes não declararem uma guerra total a estes militantes e aos seus locais de refúgio, principalmente no Iraque e na Síria.

Não há como negociar, como racionalizar com os adeptos desta doutrina bárbara. Como ponderar com alguém que amarra uma bomba numa menina de 10 anos para se explodir num mercado como fez o Boko Haram neste final de semana? Como explicar a estes energúmenos que não se mata 2 mil pessoas inocentes em três dias em nome de Maomé?

Neste século XXI, de desenvolvimento tecnológico, de defesa das liberdades pessoais, a única maneira para estes fanáticos totalitários se imporem é pela força. Eles não conseguem vencer o debate intelectual. Não há como defender racionalmente a aplicação da interpretação literal do Corão.
Isto foi reconhecido por alguns líderes muçulmanos. O presidente do Egito, em seu recente discurso de Ano Novo disse que é preciso uma revolução na religião islâmica. Que certos conceitos precisam ser modernizados para se adaptarem à evolução dos tempos. Mas quem está esperando ver um Martin Luther King egípcio não se afobe. É mais provável que al-Sisi seja morto por um destes radicais.

E por que não há um esforço coordenado para vencer estes jihadistas? Porque o politicamente correto ainda reina. Porque ainda não sabemos equilibrar o nosso desejo de respeitar o indivíduo e suas ideias - com nossa necessidade de segurança.

Isto pode ser visto aqui nos Estados Unidos com a proibição de profiling imposta aos órgãos de segurança ou da menção das palavras islâmico ou islão com relação a atentados e suspeitos. Pergunto: Como podemos vencer um inimigo que recusamos a identificar?

Este politicamente correto vai além. Após os atentados, alguns analistas chegaram a culpar a infância infeliz destes terroristas por sua radicalização. Mas nunca culpam a ideologia, os imams que a dissemina ou os ricos árabes da Arábia, de Qatar que os financiam.

Muçulmanos em Paris anunciaram que não poderão se juntar à grande manifestação porque Benjamin Netanyahu irá participar. A presença do primeiro-ministro de Israel aonde os quatro judeus mortos no supermercado serão enterrados, para eles é uma afronta. Assim que Netanyahu anunciou sua intenção de participar, Mahmoud Abbas seguiu. Ele quer mostrar que também comunga dos valores do ocidente e portanto merece ser presidente da Palestina. Mas ele deveria primeiro explicar porque na página oficial da sua Autoridade Palestina no Facebook está uma foto da bandeira da Fatah comemorando 50 anos, plantada sobre esqueletos e crânios marcados com a estrela de David. Mas quem teria coragem de confrontá-lo?

Voltando ao politicamente correto, é muito fácil olhar para estes atos desprezíveis feitos em nome do Islão e simplesmente dizer que “isso não tem nada a ver com a religião”. Tragicamente, para muitos muçulmanos, isto é o Islão. A única solução é os governos ocidentais tomarem a iniciativa de reeducarem estas comunidades, exigindo sua assimilação ao país ou a deportação.

Por outro lado, os muçulmanos ditos “moderados” devem parar de dizer que estes atos são consequência de uma interpretação errada de sua religião. Não é suficiente condenar os atos terroristas e chamar o Islão uma religião de paz. Estes moderados devem procurar impor sua interpretação e ativamente ir atrás daqueles que matam em nome do seu profeta. Esta é uma batalha que deve ser travada entre os próprios muçulmanos.


E como saberemos que a guerra está sendo ganha? Quando muçulmanos se sentirem livres de publicarem sátiras e fazerem piadas sobre suas próprias vacas sagradas, inclusive sua religião.


Mais uma derrota da "Palestina" na ONU - 04/01/2015

Terça feira passada a Jordânia submeteu uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para declarar o Estado da Palestina. Como era esperado, a resolução não passou. O interessante é que se Mahmoud Abbas tivesse esperado apenas 2 dias, quando os membros do Conselho mudaram, ele teria os nove votos necessários o que forçaria os Estados Unidos a exercer seu poder de veto.  A pressa para que a votação acontecesse antes do final de 2014 não teve lógica a não ser que Abbas propositalmente não queria ver a resolução ser aprovada.

Mas independentemente disso, o jornal The New York Times, em seu editorial de quinta-feira disse que “aos quase 80 anos, Abbas tem que estar cansado e profundamente frustrado com os fracassos dos anos de negociação de paz com Israel para alcançar o sonho de um estado palestino independente”.

Nenhuma palavra neste editorial sobre a responsabilidade de Abbas ou dos palestinos por estes fracassos, mas uma abundância sobre os “políticos israelenses de direita que se opõem a um estado palestino e o governo israelense de Benjamin Netanyahu que continua a expandir assentamentos, tornando a criação de um estado palestino viável, algo mais difícil”.

Imediatamente após a derrota da resolução, Abbas anunciou que pediria para a Palestina se tornar membro da Corte Penal Internacional como ameaça aos soldados israelenses. Mas até o New York Times reconheceu que esta decisão de Abbas, irá “certamente piorar a situação, retrocedendo a causa do seu estado ainda mais”. O jornal continuou dizendo que “ao tomar este passo antes das eleições israelenses de 17 de março, Abbas deu nova munição aos radicais israelenses para atacar os palestinos e rejeitar as negociações de paz”.

Assim, de acordo com o The New York Times, os palestinos deveriam ter esperado até depois das eleições para tentar criminalizar Israel. Tudo isso para não dar argumentos para a Direita. O jornal ainda disse que é possível que a crise criada por Abbas “poderá trazer novas considerações sobre os compromissos que ambos os lados têm que fazer para permitir seus povos a viver em paz”. Em outras palavras, o Times acha que Abbas está forçando o eleitorado israelense a pensar longamente antes de votar em Março. O que vemos é que este como tantos outros jornais de prestígio no ocidente não entendem nada sobre Israel ou seu eleitorado.

Alguém conhece algum israelense, face a ameaças políticas como estas dizer “nossa, este Abbas está genuinamente interessado na paz e na reconciliação”? “Puxa, precisamos aproveitar e correr para fazer a paz com este chapa.”

Em contraste, o Departamento de Estado Americano entende a situação. Ele declarou a iniciativa palestina “contra produtiva” e que “prejudica seriamente a atmosfera com aqueles com as quais os palestinos precisam negociar e ao final fazer a paz”.

A ameaça palestina de levar os soldados de Israel para a Corte Penal Internacional não é algo que levará o público a apoiar a continuação das negociações com Abbas, seu sucessor ou qualquer outro interlocutor mas irá trazer mais votos para a posição da direita pois é prova que Abbas não quer negociações, reconciliação ou a paz.

Então porque Abbas trouxe a resolução para o voto dois dias antes da mudança dos membros do Conselho de Segurança? Afinal, no dia 1º de janeiro o Conselho admitiu a Malasia e a Venezuela que nem têm relações diplomáticas com Israel.

Porque Abbas sabia que mesmo com a maioria dos votos, os Estados Unidos seriam forçados a exercerem seu poder de veto. Bem ou mal, a Autoridade Palestina depende dos milhões de dólares que a América lhe envia direta ou indiretamente para suas ONGs e instituições de caridade. Abbas decidiu que não seria sábio colocar aquele que enche seu prato numa situação desconfortável.

Por outro lado, a França tentou submeter uma versão da resolução mais conciliadora, reconhecendo o direito de Israel de existir e sua preocupação com a segurança. Esta versão foi completamente rejeitada pelos palestinos. Mesmo assim, a França, votou a favor desta resolução numa mal-guiada suposição de que isso forçará Israel a voltar à mesa de negociações. Como se os palestinos já estivessem sentados nela...

Os únicos países com coragem suficiente para declarar que uma solução não pode ser imposta de fora para dentro num conflito desta magnitude e complicação foram os Estados Unidos e a Austrália. A Inglaterra, Rwanda, Nigeria, Lituania e a Coréia do Sul se abstiveram.

Sobre o pedido dos palestinos para se juntarem à Corte Penal Internacional, Netanyahu corretamente disse que os palestinos têm muito mais a perder que Israel. Primeiro, a Corte só pode ser acionada se o país em questão, neste caso, Israel, não investigar os incidentes de guerra. Ora, o exército de Israel é conhecido por não deixar passar nenhum incidente e de ser extra-agressivo com qualquer conduta inapropriada ou ilegal de seus soldados. Colocar este governo de união da Autoridade Palestina e o Hamas que sim, comete crimes de guerra inescrupulosamente, sob a jurisdição da Corte Penal Internacional deveria preocupar Abbas.

Mas como disse o The New York Times, Abbas tem quase 80 anos. Ele está pensando em sua aposentadoria para gozar dos milhões de dólares acumulados em bancos ao redor do mundo. Agora seu objetivo é deixar um legado. Um legado que diz que ele tentou criar a Palestina mas o mundo lhe negou. Que ele fez o tinha que fazer para trazer Israel ao julgamento na Corte Internacional. Se isso terá consequências para seu próprio povo, ele pode repetir a famosa frase de Luis XV: depois de mim o dilúvio.

A verdade é que esta situação é confortável para Abbas. Ele sente que o momentum da comunidade internacional está com ele, contra Israel. Se ele continuar com estes esforços de ser aceito nas maiores organizações internacionais ele acha que uma solução acabará por ser imposta a Israel sem qualquer concessão palestina.

Mas estes esforços também provam ao mundo o que ele se recusa a ver: que os palestinos não querem negociações.

Isto levará Netanyahu a uma grande vitória em Março. Talvez seja isso o que Mahmoud Abbas espera para lançar uma terceira intifada ou outra guerra junto com o Hamas e acabar seu termo como o grande defensor da causa palestina. Esta é a única explicação razoável para suas ações.

Se não for isso, estamos falando do Oriente Médio. Numa região aonde a lógica, como a conhecemos, não existe. É aonde a opressão, a escravidão e a violência reinam. Aonde a idéia de um Estado Islâmico bárbaro é atraente para milhares. Aonde um oásis de democracia tem que batalhar sozinho dia-a-dia para sobreviver.  


Saturday, January 3, 2015

Ayalah Bat Ruth Shapira - 28/12/2014

Um ataque com uma bomba incendiária lançada contra um carro de passageiros feriu criticamente Ayalah Shapira, uma menina de 11 anos e seu pai nesta última quarta-feira. O carro viajava próximo a vilarejos árabes no centro da Samária. Este é um local que fica a apenas 15 km da linha verde. 40 km de Tel Aviv. Os terroristas foram apreendidos horas depois. Um palestino de 16 anos admitiu ter jogado o cocktel Molotov no carro causando queimaduras de 3o grau em Ayalah que hoje está lutando por sua vida.  
Esta é a segunda vez em dois meses que o carro de Shapira é alvo deste tipo de ataque.

O objetivo de todo o terrorista é o de aterrorizar. A palavra veio do francês “terrorisme”, que quer dizer: eu coloco medo. Ela foi usada após a Revolução Francesa, para denominar um período chamado de Reino do Terror aonde a decapitação era rotina.  

E o terrorismo vence quando a população alvo sucumbe ao medo e permite ser dominada por ele. A mídia é imprescindível para o terrorismo, pois ele precisa do máximo de publicidade para amplificar a violência e subjugar o maior número de pessoas.

Apesar de o termo ter surgido com a Revolução Francesa, até hoje o mundo não tem uma definição comum de terrorismo. A desculpa para isso é que o terrorista de um é o combatente pela liberdade do outro. Mas com ou sem definição, qualquer um que segue o noticiário e assiste um ataque a bomba, um sequestro, ou a decapitação de um inocente, sabe o que é um ato terrorista. 

Hoje, mais de 200 anos depois da Revolução Francesa o que o mundo teme é o terrorismo islâmico. Tomando literalmente o conceito de jihad, que também pode ser interpretado como uma luta interna de cada um pelo aperfeiçoamento pessoal, muçulmanos do mundo inteiro estão se juntando na luta para impor um califado global.  Da Irmandade Muçulmana da qual Yasser Arafat era defensor e o Hamas sua herdeira, para Al-Qaeda e hoje o Estado Islâmico, estes movimentos têm conduzido sua campanha de dominação através do Oriente Médio, decapitando, executando em massa, estuprando, impondo a escravidão sexual, a opressão das mulheres, a conversão forçada e a destruição de todos os locais de culto que não sigam sua versão extrema do islamismo.

Apesar dos avisos de Israel e dos líderes das comunidades cristãs locais, o ocidente foi lento em se organizar para lutar contra estes bárbaros. Hoje as comunidades cristãs mais antigas do mundo estão completamente dizimadas, seja no Iraque, seja na Síria.

A lenta ou não resposta do mundo, encorajou o terrorismo islâmico a expandir suas ações para a Europa, América e a Austrália. A ironia é que os próprios muçulmanos que receberam refúgio dos seus países de origem por serem perseguidos lá, é que estão perpetrando estes crimes. Estes não são como a mídia liberal gosta de dizer “jovens sem educação, sem futuro”. Os irmãos Tsarnaev que bombardearam a maratona de Boston estudavam em uma das melhores universidades americanas. Os terroristas do 11 de setembro vieram de famílias sauditas afluentes que podiam pagar seus estudos e estadia na Europa e nos Estados Unidos.

O mesmo é verdadeiro para os palestinos. Eles são os árabes mais bem educados do Oriente Médio. Frequentemente eles foram o corpo acadêmico das universidades do Egito, dos Emirados, do Kuwait, da Arábia Saudita.

Então do que estamos falando aqui?

Estamos falando sim numa guerra entre civilizações. Ou melhor, numa guerra entre os civilizados e os que recusam a civilização e querem nos bombardear de volta ao século VII.

É preciso que o mundo saiba que o ataque ao carro na quinta-feira última não foi um evento fortuito. Não há semana sem que pedras ou Molotovs não sejam atirados contra motoristas em Israel, isto quando outros ataques piores não acontecem.

Em Paris, no começo de dezembro uma moça foi estuprada no apartamento de seu noivo no bairro de Creteil somente por ser judia. Na semana passada uma sinagoga e um restaurante kosher foram baleados. Ninguém notou, mas nos 10 dias que seguiram o massacre na escola em Toulouse em 2012 houveram mais de 90 incidentes antissemitas na França.

E mais uma vez, as elites se calam. Elas deploram o que chamam de Islamofobia enquanto atacam ferozmente qualquer ato de autodefesa de Israel. Mais uma vez a Europa está fechando os olhos e voltando para a época que permitiu o assassinato de 6 milhões de inocentes, incluindo 1 milhão de crianças. Ela está novamente confortável em se deixar levar por seus impulsos monstruosos.

Esta menina Ayalah de 11 anos estava voltando de um curso de matemática dado para estudantes brilhantes. Ela estava tentando se aperfeiçoar e no futuro contribuir positivamente para a sociedade. O palestino que jogou o molotov, o que ele queria alcançar? Morte e destruição.

Hoje Ayalah bat Ruth está lutando por sua vida e rezamos para seu pronto restabelecimento. Com mais de 70% de queimaduras em seu corpo sua vida não será a mesma e nem a de sua família. Daqui para frente, em vez de aulas avançadas de matemática ela terá que passar por diversas e dolorosas operações.

E o que podemos fazer? Temos que imediatamente colocar o politicamente correto de lado e denunciar esta doutrina que procura de todas as formas ser aceita no ocidente, somente para mais tarde atacar nossos valores. Temos que deixar claro que a lei islâmica no Século VII não será tolerada em nossas terras. Não iremos aceitar mesquitas com o chamado às preces em nossas cidades e nem mulheres com o rosto coberto. Quem não gostar, que volte para seu país de origem.

Temos também que nos educar e não permitir que a mídia ou os acadêmicos imponham os ditames do que devemos ou não defender ou aceitar. Temos que ser proativos e exigir que caso queiram uma mesquita em Nova Iorque ou no Brasil, os muçulmanos devem permitir a construção de igrejas em seus países.

Ainda, não devemos sucumbir a ameaças. O que aconteceu com a Sony e o filme a Entrevista, retirados dos cinemas neste mês foi deplorável. Os norte-coreanos conseguiram uma vitória importante com suas ameaças.

O medo pode ser paralisante, mas também pode ser um poderoso agente motivador. O receio de um ataque pode nos levar a tomar medidas preventivas, mas o medo de um ataque terrorista tem que ser mantido em proporção, se não ele leva ao pânico.

Uma das coisas que irritam profundamente os europeus e membros desta administração Obama é o fato que apesar dos palestinos perpetrarem ataques quase diariamente, a população judaica na Judéia e Samária continua a crescer. Os moradores da região decidiram não se deixar intimidar ou amedrontar.

Normalmente, em face de atos violentos como estes, famílias escolheriam morar num lugar mais seguro e se mudariam. De acordo com uma lógica deturpada do mundo isto seria algo positivo, pois permitiria a criação de um estado palestino Judenrein. O único tipo aceitável para os palestinos.

O presidente Roosevelt disse na sua posse em 1933 que ele acreditava que a única coisa a temer era o próprio medo – o terror sem nome, sem razão e sem justificação que paralisa os esforços para converter o recuo num avanço.

Apesar de Roosevelt estar falando da Grande Depressão, suas palavras cabem muito bem hoje sobre nossa luta contra a funesta influência do terrorismo islâmico.


Vou acabar pedindo aos ouvintes para rezarem por Ayalah bat Ruth. Todo o pensamento positivo em sua direção só poderá ajudar. E queria dedicar este programa à minha querida amiga a Rebetzin Devorah Davis que infelizmente nos deixou esta semana. Que sua memória sirva de inspiração para todos nós e as próximas gerações.

A Guerra Contra a Polícia - 21/12/2014

Ontem, aqui em Nova Iorque, dois policiais foram assassinados, ou melhor, executados a sangue frio no seu carro patrulha. Eles não tiveram nem tempo de empunhar suas armas. Um policial era de origem chinesa e o outro latino. O assassino, um africano-americano, saiu da cidade de Baltimore e dirigiu mais de 300 km para colocar “asas” nos “porcos” como ele postou na sua conta no Instagram. Ele poderia ter matado dois policiais em sua cidade, mas decidiu vir para Brooklyn aonde o Reverendo Al Sharpton liderou protestos depois que dois africanos-americanos morreram em confrontos com policiais brancos. Isto apesar de nos dois casos os policiais terem sido absolvidos de qualquer conduta imprópria. Foi em Brooklyn que Al Sharpton e os manifestantes gritaram: “o que nós queremos? Policiais mortos, quando o queremos? agora”. Sharpton conseguiu o que queria.

Esta semana também vimos a América capitular frente ao ditadorzinho da Coréia do Norte que não vê nada de errado em manter sua população morrendo de fome enquanto vende reatores nucleares para outros ditadorzinhos mundo afora. De acordo com o FBI o governo da Coreia do Norte com o apoio de seu patrocinador a China, hackeou os computadores da Sony. E-mails e informações pessoais foram publicadas junto com uma ameaça: se a Sony distribuísse o filme A Entrevista, uma comédia sobre um complô de assassinar o ditador da Coreia do Norte, haveria um outro 11 de setembro na América. A Sony, após consulta com o Departamento de Estado norte-americano, decidiu retirar o filme. Mais tarde, o presidente disse que a Sony deveria tê-lo consultado, pois não é aceitável que a liberdade artística seja tolhida. Acho que daqui por diante, o Presidente deveria enviar o número do seu celular para todas as indústrias americanas.

O terceiro maior evento desta semana foi a decisão de Obama de reatar as relações com os ditadorzinhos de Cuba. Obama sabe mais que os 10 presidentes anteriores e todos os cubanos-americanos que estão escandalizados com esta decisão. Assim, em troca de criminosos cubanos que serão despachados de volta para a ilha, os Estados Unidos poderão daqui para frente fumar charutos cubanos e ir passar suas luas-de-mel em Havana, com o fez o prefeito de Nova Iorque anos atrás quando ainda era proibido.

Mas porque todos estes fatos são importantes? Porque isto mostra um padrão de conduta muito perigoso que começa com este presidente americano, seus conselheiros entre os quais está Al Sharpton, chegando até o prefeito de Nova Iorque Bill de Blasio que tem criticado severamente a policia. Todos eles ativistas de esquerda, se mostram muito mais confortáveis falando e apaziguando ditadores do que na presença de aliados. Obama ficou tão feliz em trocar cartas com o Ayatollah que praticamente acabou com as sanções contra o Irã. Agora ele resolveu repetir a dose com Cuba. Isto sem qualquer negociação ou exigência de democratização ou melhora nos direitos humanos e no tratamento dos que discordam do regime. Mas seu desconforto é patente quando recebe Netanyahu ou mesmo o primeiro-ministro da Inglaterra David Cameron ou da Austrália Tony Abbot.

Este padrão é perigoso porque objetiva remover a proteção da sociedade ocidental em prol de um politicamente correto que quer elevar os opressores do mundo ao nível dos líderes do mundo livre. A mesma atitude existe com relação à presença da rede de mesquitas e escolas da Irmandade Muçulmana nos Estados Unidos. Como pode a América lutar contra o islamismo radical se ela se recusa a reconhecer sua ameaça?

Desde os ataques de 11 de setembro, a América se concentrou em tratar os sintomas do islamismo radical, mas o político correto nos impede de atacar a própria ideologia que é a causa deste movimento. Há uma aversão total em todos os níveis do governo e da mídia de associar terrorismo com qualquer coisa que seja islâmica.

E porque este medo? Por exemplo, em 2009 quando o major Nidal Hasan matou 13 pessoas em Fort Hood no Texas, o evento foi declarado “violência no trabalho”. Isto apesar de sua comprovada associação com grupos terroristas e dele ter gritado repetidamente Alahu Akbar durante o tiroteio.

Em 2012 um oficial sênior do Departamento de Estado Americano anunciou que a Guerra ao Terrorismo tinha chegado ao fim com a morte de Osama Bin Ladin. Esta administração ainda acredita na falácia que eleições podem levar governos islâmicos ao poder, reconciliando a doutrina islâmica com democracia.

O problema é que a democracia é por si incompatível com o islamismo, pois sua base é a liberdade. Liberdade de imprensa, de expressão, de reunião e principalmente liberdade de culto.  Islamistas podem ganhar eleições de modo democrático, mas a experiência mostra que após esta vitória todas as liberdades são suprimidas. Obama e sua administração, não conseguem ver que democracia não pode ser imposta instantaneamente aonde a opressão e falta de liberdades foram instilados na população por gerações.

O mesmo ocorre com a Autoridade Palestina. Apesar de tudo o que ocorreu com o desengajamento de Gaza, todo o terrorismo vindo da Faixa, se houvessem eleições hoje, o Hamas ganharia de longe. Isto apesar do grupo pregar o mesmo tipo de islamismo que o Estado Islâmico.

Mas no nosso mundo Orweliano, politicamente correto, condenar o islamismo é ser imediatamente declarado anti-islâmico ou islamofóbico.  O absurdo desta posição chegou ao ápice quando Obama declarou que as decapitações de infiéis pelo Estado Islâmico nada tinha a ver com o islamismo! Como pode a América lutar contra esta ideologia se se recusa a identificar seu próprio inimigo? A resposta veio alguns dias depois quando um muçulmano decapitou uma americana num supermercado no sul dos Estados Unidos.

É razoável esperar que os muçulmanos moderados possam adotar os princípios democráticos num futuro próximo? Infelizmente o ocidente tem muito pouco poder no Oriente Médio. Não conseguimos ainda ter permissão de entrar com uma Bíblia na Arábia Saudita. Assim, nossos objetivos devem ser realistas. Devemos nos concentrar em impedir a expansão do islamismo radical no ocidente.

Primeiro não podemos ignorar a radicalização das universidades e seus departamentos de estudos orientais patrocinados pelos governos menos liberais do mundo. São deles que saem os formadores de opinião. Precisamos também fazer uma limpeza dos imams que pregam nas prisões, radicalizando uma população que já tem tendência a ser violenta.

Os Estados Unidos têm que banir grupos como o CAIR e a Sociedade Muçulmana Americana que são grupos declaradamente parte da Irmandade Muçulmana. Se acharem que este é só um problema americano, estão errados. Membros destas irmandades estão sendo plantados em todos os países do ocidente, especialmente na América do Sul e precisamos estar alertas.

Vou aqui terminar com as palavras do Rabino inglês Lord Jonathan Sacks sobre o milagre de Hanukah: Ele disse que “através da história, povos odiaram em nome do D-us do amor, praticaram a crueldade em nome do D-us da compaixão, mataram em nome do D-us da vida, e fizeram a guerra em nome de D-us da paz. Nenhuma das grandes religiões se isentou disso em algum momento ou outro. A hora chegou para dizermos basta”. Se isso for politicamente incorreto... que o seja.


A CIA Traída - 14/12/2014

Nesta terça-feira última, um grande golpe foi dado na capacidade dos Estados Unidos de se defenderem. E o golpe foi dado por não outro que o partido democrata, ou mais precisamente pela senadora da California Diane Feinstein como apoio da Casa Branca.

Feinstein, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, emitiu um relatório sobre supostas torturas cometidas pela CIA contra presos acusados de envolvimento com os ataques de 11 de setembro de 2001. Este relatório sobre tortura é na verdade uma publicação voluntariosa, desnecessária e gratuitamente destrutiva que tem como único propósito amarrar as mãos de futuros governos americanos.

Será que alguém pode citar qualquer resultado prático na publicação de 6 mil páginas sobre técnicas de interrogação e como elas foram aplicadas em por exemplo, Khaled Sheikh Mohamed, o arquiteto dos ataques de 11 de setembro? Não.

Alguém pode dizer que benefício isso trará para a segurança dos Estados Unidos ou seus aliados? Não, pelo contrário.

A única coisa que o relatório fornece é combustível para fanáticos terroristas. Este relatório expõe com detalhes as ações daqueles que ajudaram a inteligência americana a prender os responsáveis pela morte de mais de 3 mil americanos nas Torres Gêmeas e a obter informações que entre outras preveniram outros ataques e levaram ao paradeiro de Osama Bin Laden.

Mesmo na distorcida visão do mundo de Obama, de Hillary Clinton, que prega a compreensão e simpatia pelo inimigo, é claro que este relatório destorce grotescamente fatos que ocorreram 12 anos atrás em nome do politicamente correto, e de alcançar uma curta vantagem política.

A Senadora Feinstein e seus seguidores dizem que o povo americano tem o “direito de saber” o que aconteceu. O que aconteceu é o que sabemos há anos: que as agências de inteligências como a CIA e o FBI receberam a luz verde para cooperarem e vários terroristas e seus mentores foram presos. Que desde aquele dia fatídico em 11 de setembro de 2001, em que vi com meus próprios olhos as torres caindo e dezenas de pessoas que conhecia morrerem, não tivemos outro ataque desta magnitude em solo americano. Como isto foi alcançado? Sei que não o foi convidando os terroristas para o spa.

Mas o pior é que Diane Feinstein, Nancy Pelosi e todos os outros membros do Congresso foram informados pelas próprias agências sobre o uso destas Técnicas de Interrogação Avançadas. Se isto é tortura ou não, pode ser discutido ad eternum. O fato é que eles na época aprovaram o seu uso. Na época tanto republicanos como democratas exigiram fazer o que “era necessário” para prevenir outro ataque. E a opinião unânime de ex-membros destas agências é que estas técnicas geraram informações que impediram outros ataques e salvaram um incontável número de vidas. Mas agora a senadora diz que “mesmo se sabíamos, não sabíamos”. Talvez ela tenha tido um despertar retardado, causado pela recente vitória republicana no Congresso e Senado.

Isto foi nada menos do que uma monstruosa traição. Ela não entrevistou nenhum só agente envolvido nestes interrogatórios ou seus superiores. Mas apontou seu dedo acusador para eles e para os agentes aliados com o único propósito de aparecer na primeira página dos jornais e dizer que deixou um legado qualquer antes de fazer as malas e deixar Washington.

E o que foram estas supostas ações horrendas cometidas pelos agentes da CIA para convencer estes terroristas sanguinários a cooperarem? A pior delas, chamadas de waterboarding, consiste em jogar água no rosto do terrorista até ele sentir que está se afogando. Esta prática foi usada em três ocasiões e descontinuada em 2003. Ela faz parte do treinamento dos soldados americanos. Alguém pode comparar isto com jogar quatro aviões em prédios? Ou decapitar inocentes? Ou decapitar crianças cristãs em frente de seus pais por recusarem a conversão ao islamismo?

Durante esta semana peritos do mundo acadêmico e de várias agências de inteligência declararam não só que estas técnicas são eficazes, mas são totalmente legais. Mas a ONU já deixou claro que os agentes envolvidos nestas técnicas de interrogação poderão ser processados por crimes de guerra na Corte Penal Internacional. Nenhuma palavra sobre o fato destas técnicas serem regularmente usadas por outros países.

A moral dentro das agências americanas de inteligência e informação não poderia estar mais baixa e agora não haverá um agente que arriscará sua vida ou liberdade para conseguir qualquer informação sobre um iminente ataque seja nos Estados Unidos ou em outro país aliado.

A publicação do relatório agora – que pode levar à morte de mais americanos – é outro sinal do desespero da administração Obama. Este organizador comunitário eleito ao maior cargo da nação por eleitores “estúpidos” como seus próprios colaboradores nos definem, falhou miseravelmente em todos seus planos grandiosos, seja o programa de seguro-saúde, a economia interna, a política externa ou relações inter-raciais. A única coisa que sobrou foi voltar aos primeiros anos de sua presidência e pisotear mais uma vez no que sobrou do corpo da administração do seu predecessor, o presidente Bush.

A convicção de Obama é que a América é a raiz de todos os males da terra. Mas o americano de classe média quer saber o que presidente fez por eles nestes últimos seis anos. E a resposta é “nada”. E junto com o presidente, ao tentar criminalizar os homens e mulheres que colocaram suas vidas em risco para proteger o resto do país, a Senadora Feinstein e seus seguidores criaram um perigo real e presente. Eles colocaram um valor mais alto no “sofrimento” destes monstros terroristas do que na segurança dos diplomatas, tropas e cidadãos americanos no exterior e nos aliados da América.

Na lógica deturpada deste presidente, jogar água no rosto ou privar de sono os terroristas são crimes da mais alta ordem, mas matar civis juntamente com terroristas procurados com drones, sem qualquer julgamento ou possibilidade de defesa é uma prática aceitável. A meu ver isto é sim hipocrisia da mais alta ordem. Qualquer um preferiria o waterboarding a ser bombardeado com um drone. Ou não?

A Senadora Feinstein traiu seu país e seus aliados, apesar de todas suas declaradas boas intenções. Será que ela ou o presidente aceitarão a responsabilidade pelas consequências da publicação deste relatório? O presidente com certeza não. Se americanos morrerem ele apontará o dedo para a senadora junto com um bilhete de ônibus para ela deixar Washington.

Estes fanáticos islâmicos ficariam muito felizes em exterminar cada homem, mulher e criança nos Estados Unidos e no resto do mundo livre, além de escravizar sexualmente suas moças e meninas (vejam o manual de escravos sexuais publicado esta semana pelo Estado Islâmico). O seu objetivo é de islamizar o mundo na sua versão bárbara e monstruosa da lei islâmica. E a senadora Feinstein acabou de dar a eles a desculpa para mais violência contra americanos e seus aliados. Um verdadeiro presente da senadora embalado pelo presidente Obama.





O Esquecido Irã - 7/12/2014

Nos últimos meses enquanto a mídia esteve ocupada com a guerra entre Israel e Gaza, a invasão da Ucrânia pela Rússia, e o avanço do Estado Islâmico na Síria e Iraque as negociações com o Irã para impedir os mullas de alcançarem a capacidade atômica, tomaram um lugar secundário relegado a pequenas notas na quinta ou sexta página dos jornais.

O último prazo para que os Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia, China e Alemanha chegassem num acordo com o Irã expirou no dia 24 de novembro último. O resultado desta rodada foi a determinação de um novo prazo: dia 1º de julho de 2015. Como qualquer pessoa preocupada com a possibilidade de fanáticos messiânicos convencidos que cabe a eles trazerem o fim dos tempos adquirirem a bomba atômica, estou profundamente enojada com a maneira pela qual estes países do ocidente estão conduzindo estas negociações. Isto porque enquanto eles se reúnem para marcar as próximas reuniões, o Irã está correndo com seu programa nuclear e talvez, o próximo 1º de julho já seja tarde demais.

Mas estou particularmente desgostosa com a notícia que o presidente Barack Obama teria escrito uma carta secreta para o Supremo Líder do Irã, Ayatollah Ali Khamenei praticamente oferecendo fechar os olhos para o programa nuclear em troca de assistência na luta contra o Estado Islâmico. Esta carta não só eleva o status do Irã, mas coloca o mundo em extremo perigo.

Neste ultimo final de semana, Hillary Clinton fez um discurso na Universidade Georgetown em Washington no qual ela disse que era preciso empatizar com os inimigos da América e entender seu ponto de vista. Realmente a ideologia esquerdista de Obama enlouqueceu toda esta administração. Um dia depois, a mídia está se perguntando se Hillary sabotou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos antes mesmo de anuncia-la.

O que mais espanta é que esta é a esquerda que defende o direito das mulheres, dos homossexuais, que critica severamente a polícia e qualquer forma de discriminação. As diárias violações do Irã dos direitos humanos deveriam ter feito este país um pária entre as nações há muito tempo atrás.

No Irã, mulheres vítimas de estupro são executadas por “adultério”. Ácido é jogado nos rostos de moças que não estão propriamente cobertas por hijabs ou chadors. Dissidentes políticos, jornalistas e minorias religiosas são rotinamente presos, torturados e executados. Homossexuais e muçulmanos que se convertem a outras religiões são enforcados em guindastes nas ruas. Meninas são forçadas a casamentos arranjados com velhos pedófilos e qualquer um que for pego roubando, mesmo um pão, tem sua mão decepada.

De fato, desde que o chamado “moderado” Presidente Hassan Rouhani foi empossado 14 meses atrás, o número de enforcamentos de dissidentes só aumentou. Até agora foram 936 execuções.

Além disso o próprio Departamento de Estado Americano lista o Irã como o maior responsável pelo financiamento internacional do terrorismo, incluindo a Hezbollah, o Hamas, e o Jihad Islâmico. Mas os líderes do Irã sabem muito bem negociar. Eles viram que o discurso franco e direto de Ahmadinejad estava sufocando o país. Declarações como “vamos apagar Israel do mapa” não eram construtivas. Então eles decidiram mudar a tática para ao mesmo tempo acabar com as sanções econômicas e manter seu programa nuclear.

Foi aí que entrou em campo Rouhani, com seu rosto sorridente e apaziguador, perfeito para ludibriar os idiotas do ocidente. Mas Rouhani não é um moderado. Em 1979 ele apoiou a tomada da embaixada americana, o uso de terrorismo contra os Estados Unidos e assinou a fatwa contra Salman Rushdie, o autor dos Versos Satânicos. Ele participou no ataque ao centro comunitário judaico em Buenos Aires em 1984 que matou dezenas de pessoas. Mas tudo isso não deve interferir com a percepção de “moderado” que Obama tem dele.

Este é o problema com o uso único da “diplomacia” para resolver os males do mundo. Diplomatas tendem a fechar os olhos e os ouvidos para o que não se coaduna com sua percepção.

Enquanto o mundo se reúne para marcar novas reuniões, o Irã continua a perseguir a bomba nuclear vigorosamente rindo da nossa ingenuidade. A assistência que a administração Obama insistiu em injetar na economia iraniana vai de 11 a 20 bilhões de dólares.

Foram as sanções que trouxeram os iranianos para a mesa de negociação. Hoje, sem elas, o ocidente não tem qualquer vantagem ou poder nestas negociações.

Obama estava tão contente de conversar com os iranianos que ele inicialmente liberou 8 bilhões de dólares em bens congelados desde 1979. Depois, quando o prazo de extensão das negociações foi acordado em 4 meses, os Estados Unidos liberaram mais 2.8 bilhões. Depois da segunda extensão, a América liberou mais 700 milhões só para os iranianos continuarem negociando.

Isto teria valido a pena se os iranianos tivessem brecado seu programa nuclear. Mas absolutamente nenhum progresso do lado deles foi alcançado. Em sua campanha para presidente em 2008, em relação ao Irã, Obama enfaticamente declarou que “todas as opções estavam na mesa”, isto é, se diplomacia e sanções não funcionassem, a América usaria a opção militar. Alguém acredita nisto hoje??

Em novembro do ano passado, quando o Plano de Ação Conjunta foi assinado, permitindo os iranianos a continuarem a enriquecer urânio a um certo grau de pureza, todos aplaudiram. Esta foi a primeira de uma enxurrada de concessões. Hoje, peritos estimam que os iranianos podem ter uranio puro suficiente para uma bomba em um mês ou dois. O Plano ignorou o enriquecimento de plutônio e água-pesada em Arak e o fato que enquanto o ocidente se concentrava em reduzir o trabalho das centrífugas avançadas, o Irã estava instalando 5 mil novas centrífugas no país.

Ainda, quando o Irã violou o teto de exportação de petróleo de um milhão de barris por mês, ninguém falou nada. Nem a Casa Branca, nem os outros países envolvidos nas negociações. Nem uma palavra deles também quando a Agencia Internacional de Energia Atômica foi impedida de conduzir qualquer inspeção no país. E pior, o programa de mísseis balísticos do Irã, que desenvolve o meio de carregar uma bomba atômica para o alvo, foi totalmente negligenciado.

Não é de admirar que quando o Plano foi assinado, Rouhani tuitou que “no acordo em Genebra, as potencias mundiais se renderam à vontade nacional do Irã”. Também não é surpresa ouvir Khamenei dizer quando das fracassadas negociações no mês passado que ele “não discorda com a extensão das negociações como não discordei negociar”. Negociar desta forma para ele é o melhor dos mundos. As sanções foram levantadas, seu programa nuclear e balístico está indo de vento em popa, o mundo está contente em marcar novas reuniões para chegar a lugar nenhum e quando o momento certo se apresentar, os iranianos procurarão trazer o fim dos tempos bombardeando Israel, algum país da Europa ou mesmo os Estados Unidos. Como o fez Hitler.

Esta não é uma negociação. É um apaziguamento. E como Churchill disse, um “apaziguador é o que alimenta o crocodilo esperando ser o último a ser comido”.