Thursday, January 15, 2015

Charlie Hebdo - 11/01/2015

No sábado passado mais de 700 mil pessoas marcharam nas ruas das Franças em protesto contra os dois ataques terroristas perpetrados por muçulmanos em Paris que deixaram 17 pessoas mortas. Dez jornalistas, três policiais e quatro judeus num supermercado. Seis judeus ao todo. No domingo, a capital francesa foi palco da maior demonstração de todas, com mais de um milhão de pessoas e 50 chefes de estado. Manifestações desta magnitude não foram vistas deste a liberação da França dos nazistas.

Tudo começou na quarta-feira anterior, quando dois terroristas entraram nos escritórios do jornal Charlie Hebdo no centro de Paris e fuzilaram toda a cúpula do jornal inclusive os mais notórios cartunistas da França. Entre eles estavam Georges Wolinski, um judeu nascido na Tunísia e a Dra. Elsa Cayat, uma colunista e analista do jornal, também judia. Ninguém falou muito de Elsa mas sua prima, numa entrevista na CNN deixou claro que ela foi morta por causa de sua religião. De acordo com os sobreviventes, os terroristas teriam declarado que não matariam as mulheres e de fato, uma cartunista do jornal não foi ferida. Mas Elsa foi chamada pelo nome. Nos dias anteriores ao ataque ela teria recebido vários trotes em que era chamada de judia suja intimando-a a deixar a redação do jornal. Ela foi morta por ser judia. Ela deixa um marido e uma filha adolescente.

Nos vídeos divulgados na mídia, os dois irmãos Kouachi puderam ser ouvidos gritando “Allah Uakbar” “Allah é o maior” em árabe e que haviam vingado Maomé! Em sua fuga, eles executaram sumariamente um policial francês que já havia sido atingido e tinha suas mãos levantadas. Coincidentemente ele também era muçulmano.

Na quinta-feira acordamos para o assassinato de uma jovem policial em Paris e a especulação que os dois atos fossem relacionados. Na sexta-feira de manhã os irmãos Kouachi foram reconhecidos à 40km de Paris. Eles então se refugiaram numa empresa de impressão e tomaram um refém. À tarde, o assassino da policial entrou no supermercado casher, imediatamente abatendo quatro clientes e tomando os outros como reféns. O terrorista, Amedy Coulibaly ameaçou cometer um massacre se os irmãos Kouachi fossem mortos. Ficou provada a ligação dos dois eventos.

Mais uma vez, terroristas islâmicos responderam violentamente para algo corriqueiro no mundo livre: zombar ou rir de coisas ou pessoas.

Nossa civilização permite, como dizemos, de “tirarmos sarro” de reis, presidentes, papas, santos e profetas. Fazemos piadas de Moisés, Jesus, Buddha, Obama, Dilma, a Rainha Elizabeth, ditadores do mundo, de nós próprios e sim, até do profeta Maomé. Muitas vezes, estas troças refletem uma verdade mais profunda, mas mesmo se este não for o propósito, podemos rir de qualquer um ou de qualquer coisa. Isto se chama Liberdade de Expressão.

Esta liberdade de criticar e sim, também de ofender, é idolatrada por milhões de pessoas, inclusive pelos próprios terroristas. D-us nos livre se alguém tentar limitar a liberdade dos assassinos islâmicos de ofender outras religiões ou grupos religiosos. Eles podem chamar os judeus de descendentes de porcos e macacos. Eles podem chamar os Yazidis de sub-humanos e assim justificar sua escravização. Eles podem converter cristãos pela força ou de crucifica-los se recusarem. Eles podem bombardear os milenares Buddas em Bamiyan. É liberdade de expressão para eles, não para os outros.

A Europa errou mas o pior é que não quer concertar seu erro. Ela abriu suas portas para milhões de supostos refugiados muçulmanos. Refugiados que nunca incluíram mulheres, crianças ou velhos. Somente jovens robustos que, uma vez instalados às custas dos contribuintes europeus, traziam o resto de suas famílias. A Europa, e principalmente a França que hoje tem a maior população muçulmana do continente, decidiu então adotar a política do multiculturalismo aonde não haveria esforços para integrar esta população, mas ao contrário, adaptar o francês ao estrangeiro.

Isto vem criando situações absurdas como a designação de Zonas Urbanas Sensíveis em todo o país. Estas zonas são bairros predominantemente muçulmanos aonde nem a polícia, nem o corpo de bombeiros, nem ambulâncias, nem funcionários públicos podem entrar sem coordenar antes com os lideres religiosos muçulmanos locais. Se não, são atacados. Somente em Paris, na Capital da França são 14 zonas. A lei islâmica prevalece nestas áreas. Assim, estes muçulmanos chegam na França supostamente fugindo da opressão em seus países e literalmente tomam pedaços do país, violentamente atacando qualquer um que não comungue de sua ideologia. Estas zonas também existem na Bélgica, na Suécia e na Alemanha.

Mas a dominação não é só de áreas. É das mentes. Quando jornais se recusam a publicar as charges de Maomé e tomam cuidado especial para não ofender as sensibilidades muçulmanas, estão subjugando nosso direito à liberdade de expressão à esta ideologia odiosa. E é exatamente isso que estes terroristas muçulmanos querem. Numa entrevista em agosto de 2014 à Fox, o clérico Anjem Choudary de Londres, foi muito claro ao dizer que o propósito de sua religião é o de subjugar o mundo. Que a própria palavra Islão significa subjugar. A tolerância com o que chamam povos do Livro, só é possível enquanto judeus e cristãos aceitarem a supremacia dos muçulmanos e todas as formas de humilhação inclusive o pagamento de tributo por suas vidas.

É uma ideologia bárbara seguida por 20% dos muçulmanos do mundo. Mas 20% de 1.2 bilhões de pessoas são 240 milhões de indivíduos que estão prontos a se explodirem em nome da fé. O problema é que o resto, apesar de se dizerem “moderados”, concordam com estes princípios.

E é por isso que hoje há tantos grupos terroristas. Existem 109 grupos jihadistas reconhecidos entre eles o Hamas, a Hezbollah, a Al-Qaeda, a Al-Qaeda do Yemen, a Al-Qaeda do Norte da África, o Estado Islâmico, o Boko Haram, o Jihad Islâmico, a Al-Nusra na Síria, a Ansar al Shaaria, e outros.
Estes grupos querem submeter todos nós à sua versão do islamismo. E o mundo está caminhando para o caos se nossos líderes não declararem uma guerra total a estes militantes e aos seus locais de refúgio, principalmente no Iraque e na Síria.

Não há como negociar, como racionalizar com os adeptos desta doutrina bárbara. Como ponderar com alguém que amarra uma bomba numa menina de 10 anos para se explodir num mercado como fez o Boko Haram neste final de semana? Como explicar a estes energúmenos que não se mata 2 mil pessoas inocentes em três dias em nome de Maomé?

Neste século XXI, de desenvolvimento tecnológico, de defesa das liberdades pessoais, a única maneira para estes fanáticos totalitários se imporem é pela força. Eles não conseguem vencer o debate intelectual. Não há como defender racionalmente a aplicação da interpretação literal do Corão.
Isto foi reconhecido por alguns líderes muçulmanos. O presidente do Egito, em seu recente discurso de Ano Novo disse que é preciso uma revolução na religião islâmica. Que certos conceitos precisam ser modernizados para se adaptarem à evolução dos tempos. Mas quem está esperando ver um Martin Luther King egípcio não se afobe. É mais provável que al-Sisi seja morto por um destes radicais.

E por que não há um esforço coordenado para vencer estes jihadistas? Porque o politicamente correto ainda reina. Porque ainda não sabemos equilibrar o nosso desejo de respeitar o indivíduo e suas ideias - com nossa necessidade de segurança.

Isto pode ser visto aqui nos Estados Unidos com a proibição de profiling imposta aos órgãos de segurança ou da menção das palavras islâmico ou islão com relação a atentados e suspeitos. Pergunto: Como podemos vencer um inimigo que recusamos a identificar?

Este politicamente correto vai além. Após os atentados, alguns analistas chegaram a culpar a infância infeliz destes terroristas por sua radicalização. Mas nunca culpam a ideologia, os imams que a dissemina ou os ricos árabes da Arábia, de Qatar que os financiam.

Muçulmanos em Paris anunciaram que não poderão se juntar à grande manifestação porque Benjamin Netanyahu irá participar. A presença do primeiro-ministro de Israel aonde os quatro judeus mortos no supermercado serão enterrados, para eles é uma afronta. Assim que Netanyahu anunciou sua intenção de participar, Mahmoud Abbas seguiu. Ele quer mostrar que também comunga dos valores do ocidente e portanto merece ser presidente da Palestina. Mas ele deveria primeiro explicar porque na página oficial da sua Autoridade Palestina no Facebook está uma foto da bandeira da Fatah comemorando 50 anos, plantada sobre esqueletos e crânios marcados com a estrela de David. Mas quem teria coragem de confrontá-lo?

Voltando ao politicamente correto, é muito fácil olhar para estes atos desprezíveis feitos em nome do Islão e simplesmente dizer que “isso não tem nada a ver com a religião”. Tragicamente, para muitos muçulmanos, isto é o Islão. A única solução é os governos ocidentais tomarem a iniciativa de reeducarem estas comunidades, exigindo sua assimilação ao país ou a deportação.

Por outro lado, os muçulmanos ditos “moderados” devem parar de dizer que estes atos são consequência de uma interpretação errada de sua religião. Não é suficiente condenar os atos terroristas e chamar o Islão uma religião de paz. Estes moderados devem procurar impor sua interpretação e ativamente ir atrás daqueles que matam em nome do seu profeta. Esta é uma batalha que deve ser travada entre os próprios muçulmanos.


E como saberemos que a guerra está sendo ganha? Quando muçulmanos se sentirem livres de publicarem sátiras e fazerem piadas sobre suas próprias vacas sagradas, inclusive sua religião.


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