Sunday, December 27, 2015

O Embaixador Dani Dayan - 27/12/2015

Na semana passada, o deputado brasileiro descendente de libaneses, Carlos Marun do PMDB conseguiu fazer notícia na imprensa israelense e Americana por suas declarações disparatadas, ignorantes e antissemitas.

Falando sobre a indicação de Dani Dayan para o cargo de embaixador de Israel em Brasilia, o ilustre deputado, literalmente gritando do pódio, declarou que "seria como a Alemanha - o envio para o Brasil um ex-comandante do campo de concentração como um embaixador; como o Chile - o envio para o Brasil um embaixador que é um guarda da prisão da ditadura, ou a África do Sul - o envio de um torturador prisão do regime do apartheid".

Primeiramente, quero deixar registrado que conheço Dani Dayan pessoalmente. E ele não é nada do que a mídia brasileira, os políticos, a esquerda ou os palestinos tentam pintar. Ele nasceu e foi criado na Argentina. Quando tinha 15 anos, sua família se mudou para Israel. Ele se formou em Ciências Econômicas e Computação com mestrado em Finanças pela Universidade de Tel Aviv. Em 1982 ele fundou a empresa de tecnologia de informação “Elad Systems” que entre outros, oferece soluções inovadoras para o setor de saúde. Então já deixamos claro que ele nunca foi nenhum guarda de coisa nenhuma.

Ele foi sim, no passado, presidente do Conselho das Comunidades da Judéia e Samária. Mas mesmo naquela época, Dani Dayan advogava ferozmente pela a melhora da condição de vida da população palestina destas áreas. Em um artigo publicado no New York Times em 2014 (http://www.nytimes.com/2014/06/09/opinion/peaceful-nonreconciliation-now.html?_r=0) Dayan defendeu um plano radical para melhorar a qualidade de vida dos palestinos, retirando barreiras, reformando o sistema de água, esgoto e eletricidade das cidades e vilarejos árabes, acesso aos portos para exportação de produtos e aos aeroportos israelenses, substituição da administração militar por uma administração civil destas áreas e desmantelamento dos campos de refugiados que existem até hoje dentro da Autoridade Palestina e transferência para comunidades construídas com toda a infraestrutura necessária.

Esta não é a imagem tradicional que o mundo tem do que chama de “colono”.

Mas voltando ao ilustre deputado e seus vastos conhecimentos, ele continuou sua diatribe dizendo que não tinha “nada contra a existência do Estado de Israel, cujas fronteiras já são reconhecidas e ocupam 85 por cento da Palestina. Esses colonos são agentes do sionismo que o mundo não pode aceitar que eles são ladrões de terras dos outros, o que é um insulto para o Brasil, um insulto ao governo, e um insulto a milhões de brasileiros, cujas origens, como a minha, são do mundo árabe".

Então vejamos: de acordo com ele, as fronteiras de Israel já são reconhecidas. Isto não é verdade. Até hoje o mundo reconhece que depois da luta por sua sobrevivência seguida à sua independência, Israel e a Jordânia, cansados da guerra, estabeleceram linhas de armistício que não são nada mais do que linhas de cessar-fogo. Estas linhas, estabelecidas com a Jordânia em 1949 são as que os palestinos reclamam serem as fronteiras de seu presumido estado.

Ele disse que Israel hoje ocupa 85% da “Palestina”. A Palestina nunca existiu. As áreas da Judeia e a Samaria foram de fato anexadas pela Jordânia. Se ele se refere ao Mandato da Palestina, aí então seu erro, é ainda mais crasso. Logo após a Primeira Guerra Mundial, para apaziguar o clã dos Husseinis que era muito violento e virulentamente anti-britânico e antissemita, os ingleses deram a eles 76% do Mandato da Palestina e criaram para eles a Jordânia. Os judeus não tiveram outra alternativa a não ser aceitar.

Até 1948, os judeus continuaram a viver toda a área da Judeia, Samaria e Jerusalem. Temos famosos massacres de judeus em Jerusalem em 1921 e em Hebron em 1929.

A pequena faixa de terra entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo foi então prometida aos judeus em sua totalidade. Mas em 1947, a ONU resolveu partilhar novamente esta área. De acordo com esta partilha aos judeus ficariam com apenas 13.44% do Mandato original sendo que a vasta maioria das terras alocadas a eles eram desérticas.

Mas os árabes não aceitaram, e foram para a guerra. Milagrosamente os judeus venceram e retiveram 18.72% em vez dos 13.44%. Os 5.28% restantes ficaram, como disse, com a Jordânia e o Egito até a Guerra dos Seis Dias. Assim, senhor deputado, Israel não tem 85% da Palestina.

Sobre sua afirmação de que estes “colonos são agentes do sionismo que o mundo não pode aceitar que eles são ladrões de terras dos outros” é uma imbecilidade. O sionismo é o movimento de autodeterminação do povo judeu. Quer dizer, para este deputado, os judeus não têm este direito, é isso? E os judeus são ladrões de terras dos outros?  Como podem judeus terem vivido 2 mil anos num lugar, serem expulsos por 19 anos e ao voltarem serem chamados de “colonos” e “ladrões” e suas casas, se tornarem magicamente “ilegais”?

Além das Constituições Islâmicas da Autoridade Palestina e do Hamas que proíbem judeus de viverem e ponto, em lugar algum há lei que proíba judeus de se instalarem na Judeia, Samaria e Gaza. Uma afirmação desta vindo de um legislador brasileiro é mais uma mostra do gênero “sapiens” que assola o governo brasileiro!

O que a comunidade internacional disputa é a legitimidade de Israel construir nestas terras em vista de sua aceitação da criação de um estado para a população árabe. Ele deveria saber a diferença.

As explosões deste deputado e a recusa da presidente - ou como ela prefere presidenta, de confirmar Dayan como embaixador não é só um tapa na cara de um país aliado. É um passo além do que o movimento de Boicote, Desenvestimento e Sanções está buscando. O BDS quer rotular produtos produzidos por empresas pertencentes a judeus vindos da Judéia e Samária. Mesmo que estas empresas gerem milhares de empregos para palestinos.
Dilma, por sua vez, quer colocar uma estrela amarela nos 750 mil moradores judeus destas áreas e impedi-los de exercer um cargo diplomático por causa de seu endereço!

Precisamente por causa de seu perfil, Dani Dayan foi escolhido por Bibi Netanyahu e apesar de pessoalmente não concordar com ele em tudo, ele é perfeito para o cargo de embaixador de Israel no Brasil com uma missão.

Além de ótimo negociador e alguém que faz acontecer, Dayan tem conhecimento profundo da situação dos dois lados. Ele poderia angariar os bons ofícios do Itamaraty como um intermediário alternativo aos Estados Unidos nas negociações de paz. Isto elevaria o Brasil substancialmente no âmbito mundial.

Mas não. Brasília prefere alguém insosso que não mexa com a narrativa imposta pelos palestinos de sua embaixada no Brasil, do terreno doado por Lula que vale uma verdadeira fortuna no centro da capital. Aliás, a revista Veja, em fevereiro deste ano, já citava o embaixador Ibrahim Alzeben que declarou abertamente que “Israel tem que desaparecer”.

Esta campanha levada à cabo com sucesso por Saeb Erekat e o resto da gangue palestina, irá infelizmente ter o efeito contrário e diminuir o status do Brasil no âmbito internacional.

Quanto a nomear Dayan “ser um insulto para o Brasil, um insulto ao governo, e um insulto a milhões de brasileiros, cujas origens, como a minha, são do mundo árabe”, nem merece meu fôlego. Minha origem, como a deste deputado, também é do mundo árabe. Também é a origem de Guga Chacra, o blogueiro do jornal Estado de São Paulo, que aplaudiu a carreira de Dani Dayan em seu artigo do dia 25 de setembro último (http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/como-e-a-inovadora-proposta-de-paz-do-embaixador-de-israel-no-brasil/).

Mas o que fazer num país aonde a miopia reina e para ser legislador e governante não é preciso nem curso primário?



Sunday, December 13, 2015

Donald Trump e a Imigração Muçulmana - 13/12/2015

Tivemos esta semana um alvoroço na mídia, sobre a declaração do candidato à presidência americana Donald Trump, que disse que a América deveria proibir a entrada de muçulmanos no país. A maioria convenientemente tirou a sequencia da declaração em que ele diz “até que possamos determinar o que está acontecendo”.

Trump estava se referindo à concessão do visto de noiva para Tashfeen Malik, a terrorista - que junto com seu marido - matou 14 pessoas num centro para deficientes na Califórnia na semana passada.

O tumulto foi tanto que até gerou um bate-boca no Twitter entre Trump e o príncipe Alwaleed bin Talal. O príncipe saudita disse que Trump “era uma desgraça não só para o partido republicano, mas para toda a América e que ele deveria sair da corrida presidencial, pois nunca irá ganhar”. Isto vindo de um príncipe de um país aonde mulheres não podem dirigir, não podem sair sem estarem acompanhadas por um homem de sua família, só agora podem votar em algumas eleições municipais e precisam de permissão dos maridos para obter um passaporte. Algumas horas depois, Trump disparou de volta: “Príncipe tolo que quer controlar os políticos americanos com o dinheiro do papai. Não poderá fazê-lo quando eu for eleito”.

Trump sabe que declarações como esta podem machuca-lo no bolso. Ele tem vários projetos no Oriente Médio. Mas é exatamente por isso que ele continua em primeiro lugar nas pesquisas de opinião. Ele diz exatamente o que pensa e do modo que o povo entende. O americano comum que está farto do politicamente correto.

Na França, nesta semana, assistimos um terremoto político quando o partido Front National da Marine Le Pen teve ganhos expressivos nas eleições regionais, tomando quase 28% dos votos. O Front National é conhecido por sua posição anti-imigrante e em especial anti-muçulmana.

Para as elites ocidentais, ambos Donald Trump e Marine Le Pen são candidatos para lá de inaceitáveis. A declaração de Trump sobre barrar a entrada de muçulmanos não passaria um teste constitucional mas se ele, em vez disso, tivesse dito: vamos impedir a entrada de cidadãos dos seguintes países até determinarmos um curso melhor, ninguém chiaria.

De fato, imediatamente após a controvérsia ter pego fogo, o outro candidato republicano à presidência e senador Rand Paul, embarcou no trem de Trump e submeteu legislação barrando a entrada de refugiados da Síria e outros 30 países pendendo checagem estrita de cada requerente. Ninguém protestou.

Esta não é a primeira vez. O presidente mais esquerdista e liberal de todos Jimmy Carter proibiu a entrada de iranianos depois da tomada da embaixada americana em 1979.

Mas a mídia desceu ao ponto de chamar Trump de fascista, de nazista “igualzinho a Hitler”, numa mostra sem paralelo de perversidade ou no mínimo de cretinice histórica.

O fascismo é uma doutrina totalitária de esquerda que deifica o estado e seu líder como vemos na Coréia do Norte hoje. Em sua base, ela tinha uma obsessão com pureza racial e era hostil para com a modernidade e a razão. Hitler adotou o fascismo adicionando a ele, o genocídio de judeus e outras minorias.

Qualquer que sejam as falhas de Trump, ninguém realmente acredita que ele queira matar todos os muçulmanos e transformar os Estados Unidos num estado totalitário. O que ele disse, tem a aprovação da maioria do povo americano. Desde o ataque da Califórnia, está havendo uma corrida às lojas de armas. O povo está procurando meios para se defender, pois perdeu a confiança na capacidade do governo de fazê-lo.

Petições na Inglaterra e até em Israel foram distribuídas para banir a entrada de Trump nestes países por incitação ao ódio. Tudo isso só porque ele acredita que o governo deve dar um passo para trás e reavaliar a admissão de uma população que sabemos, não é formada inteiramente de terroristas. Mas todos os terroristas são desta população.

Este argumento encontra receptividade com os milhões de americanos decentes e não fascistas. Pessoas que simplesmente querem viver em segurança e com pessoas que respeitam seus valores de liberdade qualquer que seja sua fé. Mas o politicamente correto forçou o abandono destes elementos básicos da sociedade livre e não só isso, demoniza qualquer um que soe o alarme.

Como disse na semana passada, o massacre poderia ter sido evitado se somente a vizinha que notou as atividades suspeitas do casal tivesse avisado a polícia. Mas ela teve medo de ser processada por racismo. Não vamos esquecer que o menino muçulmano que construiu um relógio parecido com uma bomba processou sua escola por 15 milhões de dólares porque o professor chamou a polícia para verificar se o dispositivo era seguro.

O público pode não se importar com Le Pen ou com Trump. Mas neste momento de confronto com esta ideologia islâmica nefasta ambos tocaram num nervo que os políticos de carreira se recusam a admitir: que o islamismo radical é uma ameaça para a democracia e para a segurança pública; e que os líderes muçulmanos - políticos e religiosos - do Oriente Médio, continuam a injetar o ódio contra os valores ocidentais e a inflamar o desejo de islamizar o mundo livre.

A consequência do ataque na Califórnia para a esquerda foi um debate sobre controle de armas e proclamar sua preocupação com um possível aumento de islamofobia!

Enquanto isso, perigos muito maiores que o Estado Islâmico e células terroristas dormentes estão sendo ignorados. Em outubro, o Irã fez seu segundo teste de mísseis balísticos, desde o famoso “acordo nuclear” e em violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU.  A Agência Internacional de Energia Atômica revelou que antes de 2009 o Irã estava tentando criar uma arma nuclear, mas desde então... eles não têm informação. Simplesmente não sabem... Isto não é de espantar, pois o famoso acordo de Obama seriamente restringiu qualquer acesso à base militar e usina nuclear de Parchin.  

Assim, a Agência Nuclear desistiu de inspecionar, o Irã mentiu e continua a violar as resoluções da ONU. O acordo de Obama é uma piada se alguém pensou que iria prevenir o Irã de adquirir a bomba. De fato, o acordo será o fator determinante que possibilitará o Irã de adquirir a bomba. E então, o Estado Islâmico e estes jihadistas parecerão minhocas nadando ao lado de um grande tubarão.   Mas hey, há coisas mais importantes para cobrir, como o aquecimento global e declarações de Donald Trump.




Sunday, December 6, 2015

Mais Um Ataque na América - 06/12/2015

O ataque mais mortífero na América desde 11 de setembro de 2001 aconteceu esta semana em São Bernardino na Califórnia. Um casal totalmente fora do radar das autoridades americanas, vestidos com coletes a prova de balas, mascaras de esqui e óculos go-pro para filmar suas ações, invadiram uma festa de natal de um centro de reabilitação de deficientes e mataram 14 pessoas e feriram outras 17.

As informações que surgiram após o ataque foram surpreendentes. O marido era empregado como especialista em saúde ambiental deste centro há cinco anos. Seis meses atrás, as pessoas que ele matou organizaram um chá de bebê para ele e a esposa na ocasião do nascimento de sua filha. A esposa, uma paquistanesa que cresceu na Arábia Saudita, com curso superior, calmamente deixou sua bebê com a sogra dizendo que tinha uma hora no médico antes de sair para cometer a chacina.

Na casa, as autoridades encontraram 12 bombas caseiras, mais de duas mil balas para rifles automáticos e pistolas. Isto em meio a brinquedos e mamadeiras. A pergunta é: o que leva uma jovem mãe abandonar sua recém-nascida para promover o jihad?

Contrariamente ao que líderes muçulmanos querem nos fazer acreditar, jihad não é um tipo de yoga ou meditação para você se aprimorar. Jihad é o empreendimento de uma guerra dos que acreditam no Profeta Maomé contra o resto do mundo que não o segue.

Nos últimos meses temos visto uma escalação de ataques terroristas no Oriente Médio, na África, passando pela Europa e agora nos Estados Unidos. Não vamos ser ingênuos e pensar que os que vivem na América do Sul estão a salvo. Os ataques terroristas na Argentina em 1992 e 1994, e testes recentes feitos em Montevidéu - aonde pacotes foram deixados próximos da embaixada de Israel- estão aí para nos lembrar de que ninguém está a salvo em nenhum lugar. E esta é precisamente a mensagem do jihad global.

Este é um perigo que conhecemos. Pior que isso, no entanto, são as autoridades que deveriam nos proteger mas continuam a negar esta ameaça, continuam a passar açúcar sobre os eventos quando acontecem e saem correndo em defesa dos assassinos numa incompreensível inversão de valores.

Em seu discurso semanal, o presidente Obama ofereceu suas condolências às famílias das vítimas e tipo, “reconheceu a possibilidade que os dois atacantes tivessem sido radicalizados”. Sua conclusão foi “a necessidade de trabalharmos juntos para prevenir pessoas de se tornarem vítimas de organizações extremistas que encorajam a violência.” Quer dizer, os atacantes para ele, são “vítimas” de organizações extremistas.

Ele ainda não perdeu a oportunidade de condenar o direito constitucional de cidadãos portarem armas. Isto, após o ataque ter ocorrido na Califórnia, que tem as leis mais restritivas para a aquisição de armas de todos os Estados Unidos.

O absurdo não para aí. Os candidatos democratas para a presidência não seguraram suas pérolas. Bernie Sanders, mais uma vez culpou o aquecimento global pelo surgimento do Estado Islâmico. Segundo ele, a redução de recursos naturais causados pelo aquecimento leva as pessoas ao radicalismo e terrorismo. De fato, a California tem passado por uma estiagem... tenha paciência... ninguém merece...

E Hilary Clinton imediatamente declarou que a violência com armas tem que acabar. Que não há país com mais casos como estes que os Estados Unidos. Ao que parece, ela não viu o relatório da ONU sobre homicídios em que os países da América Central e do Sul, inclusive o Brasil, lideram o número de mortes por arma apesar de todas as restrições impostas pelos governos para alguém conseguir o porte. Os únicos que têm armas são os bandidos. Se alguma das vítimas do centro de reabilitação estivesse armada, talvez o resultado tivesse sido muito diferente.

Nem Obama, nem Clinton ou Sanders usaram palavras como terrorismo islâmico, islamismo radical ou jihad. Minutos antes de sair atirando, a esposa, Tashfeen Malik postou sua fidelidade ao Estado Islâmico no Facebook. Mas a polícia do politicamente correto chegou até a especular que isto se deveu à depressão pós-parto! O absurdo neste país chegou ao ponto de uma vizinha ter notado as atividades estranhas do casal, trabalhando a todas as horas da noite na garagem e recebendo diariamente pacotes mas ficou com medo de chamar as autoridades e ser acusada de racismo.

Em uma entrevista, a promotora geral disse que seu maior medo era o aumento da retórica anti-muçulmana nos Estados Unidos. Não os ataques e o assassinato de inocentes. Seu maior medo é a retórica contra os muçulmanos!!

Estamos vendo um novo tipo de terrorismo, um novo tipo de atacante e uma prontidão para morrer levando a cabo estes atos nunca antes vista. E a capacidade do governo americano lutar contra estes atacantes está sendo minada a cada dia pelo politicamente correto, pelo medo de ferir os sentimentos destes energúmenos. Por isso levou quase três dias para o FBI finalmente declarar de modo desajeitado o que todos nós já sabíamos: que se tratava de um ataque terrorista.

O problema é que como disse antes, este casal não estava no radar de nenhuma autoridade. De acordo com o FBI, há nos Estados Unidos mais de mil investigações de simpatizantes do Estado Islâmico e outros grupos radicais e não há recurso humano suficiente para dar seguimento a todas elas. Com tudo isso, e apesar do Estado Islâmico declarar ter infiltrado os refugiados procurando asilo na Europa, o presidente Obama insiste em trazer milhares deles para os Estados Unidos.

Seus próprios conselheiros avisaram que não há como checar a identidade e a história destes refugiados pois não há data bases de sírios ou iraquianos. Quando senadores aventaram a possibilidade de aprovarem cristãos e yazidis, por exemplo, Obama reagiu furiosamente dizendo que isto era discriminação e zombou dos senadores dizendo que  temiam “viúvas e órfãos”.

Esta semana tivemos uma jovem mãe pivô de uma chacina. Temos sim que ter medo de todos que não podem ser verificados e estes não devem entrar nos Estados Unidos ou na Europa. Ontem houve um ataque no metrô de Londres aonde três pessoas foram esfaqueadas por um muçulmano que declarou ser pela Síria!! O terrorista teve que ser eletrocutado seis vezes antes de ser preso. Os ingleses logo declararam ter sido terrorismo.

E com tudo isso ocorrendo, o mundo se recusa a largar o osso e deixar Israel em paz.

Nesta sexta-feira, a ministra das relações exteriores da Suécia, Margot Wallström, em uma sessão do parlamento sueco declarou que a reação de Israel à onda de esfaqueamentos era “desproporcional”. Para ela, o fato da contagem de corpos estar mais alta do lado palestino, é prova de que Israel estaria “executando palestinos extrajudicialmente”. Esta afirmação é tão escandalosa que merecia uma quebra de relações entre Israel e a Suécia. Esta é a terceira vez que esta ministra lança seu veneno e culpa o estado judeu pelos males do mundo.

Ela também deveria ler o relatório de homicídios da ONU que demonstra que no mundo inteiro, a maioria dos assassinatos em números absolutos, são cometidos por facas ou outros objetos pontiagudos. Mas isto não é conveniente para a sua retórica.

E então foi a vez de John Kerry que tentou condenar ambos Israel e os palestinos pelo impasse e a falta de negociações de paz. Ele falou sobre a incitação dos lideres palestinos mas comparou seu efeito com a construção nos assentamentos judaicos na Judeia e Samaria. Em outras palavras, para Kerry, matar alguém e construir dentro de um assentamento deveria acarretar a mesma punição.

Infelizmente com o líder maior do mundo livre mais preocupado com o aquecimento global (e alguém ainda precisa me explicar o que causou o fim da era glacial quando o mundo aqueceu sem emissão de carbono), mais preocupado em ser politicamente correto, em não ferir os sentimentos de muçulmanos, estamos num beco sem saída. Não há evento que o faça repensar sua retórica, numa mostra horrenda de ignorância e arrogância, seja quando ele definiu o Estado Islâmico como um time júnior no ano passado, ou quando declarou que o Estado Islâmico estava “contido” no mesmo dia do ataque em Paris, ou quando culpou os portadores de armas pelo ataque na Califórnia.

Colocar ênfase em como as vítimas do terrorismo em Israel se defendem ou na construção de casas por judeus é desviar a atenção da própria natureza destes ataques terroristas que é a mesma que temos em Paris, Madrid, Londres, Mumbai, Nigeria e Estados Unidos. Se os líderes do mundo em vez disso condenarem e agirem para prender os perpetradores, os financistas e os instigadores do terrorismo, nem os cidadãos de Israel nem de outros lugares precisarão usar de métodos de auto-defesa.

Sunday, November 29, 2015

Ahh os Velhos Hábitos - 29/11/2015

Velhos hábitos são difíceis de mudar. E na Europa, isto parece ser quase impossível. Primeiro, a Ministro das Relações Exteriores da Suécia Margot Wallstrom disse que "para contrapor à radicalização, precisamos ver a a situação do Oriente Médio, aonde os palestinos não têm qualquer futuro. Eles precisam ou aceitar uma situação desesperadora ou se entregar à violência.” Assim, para ela, os palestinos aceitarem fazer uma paz justa que traga segurança para Israel não está nas cartas.

Depois foi a vez do presidente do partido socialista holandês Jan Marijnissen que não pensou duas vezes antes de vincular os ataques terroristas em Paris com Israel. Ele disse que “as ações dos terroristas estão conectadas com o conflito envolvendo os palestinos. Que os rapazes que levaram a cabo os ataques são provavelmente originários de um grupo de pessoas ultrajadas dos subúrbios franceses”.

O famoso jornal francês Le Monde, ecoou este sentimento em um editorial, dizendo ser necessário que a França exija que a comunidade internacional estabeleça imediatamente um estado palestino nas linhas de armistício de 1948. Como se isso magicamente dissolveria o Estado Islâmico.

Este é o clássico uso do judeu como bode-expiatório para os problemas da Europa. Se tal estratégia funcionara nos séculos passados culminando com o Holocausto, agora não mais.

O Daesh (Estado Islâmico) está alvejando o coração das capitais europeias, seus sistemas de transporte, salas de concertos, estádios de futebol. Os Europeus podem tentar fugir da realidade, mas a verdade está aí. A Europa alcovitou e apaziguou o mundo árabe por seu petróleo e durante décadas condenou Israel. Trouxe milhões de muçulmanos para suas cidades na esperança de assimilá-los em sua cultura “superior”. O oposto ocorreu. O islamismo tomou o continente e trouxe aos europeus só banhos de sangue e o caos. O inferno não começou no último dia 13 de novembro. Começou em larga escala de fato, em Madrid em 2004 quando 191 pessoas morreram e mais de duas mil foram feridas num ataque terrorista islâmico.

Mas mesmo agora, os europeus continuam a ver a criação de um estado palestino como solução ao ódio e determinação do Daesh!!!

A verdade é que o Estado Islâmico, assim como a Al-Qaeda, não se importa com a “Palestina”. Mesmo se ela for criada amanhã, o Daesh não deixará a Europa em paz.

Contrariamente ao que os políticos querem nos fazer acreditar, o Estado Islâmico não foi criado como resposta à “frustração” ou “ultraje” com a situação dos palestinos. O Estado Islâmico foi criado como uma concretização do sonho dos muçulmanos sunitas ao redor do mundo de ressuscitar seu califado e expandi-lo para o resto do mundo aonde a lei islâmica imperará.

Esta ideia não é nova. A Irmandade Muçulmana foi estabelecida em 1928 com este objetivo. O Daesh é bem explicito sobre esta ser sua causa. Mas os europeus continuam a negar esta ideia como sendo absurda e continuam a se apegar à retórica desconexa sobre a “Palestina”. Talvez seja uma obsessão que torna impossível a mudança de visão ultrapassada do mundo segundo a qual, os árabes, muçulmanos e é claro, os palestinos, são os oprimidos e sem poder!

Esta inflexibilidade de visão também revela uma enorme ignorância sobre as origens do Estado Islâmico. O Daesh é uma empresa de vários bilhões de dólares derivados da venda do petróleo, de artefatos históricos, de comercio de escravos e reféns que ele usa para alimentar seu aparelho de guerra, com recrutadores profissionais e uso de mídia social para propaganda e marketing. Tudo isso gerenciado por ex-oficiais do exército de Saddam Hussein.  Descrever estas pessoas como vítimas “frustradas” vai além da imaginação de qualquer pessoa sana que não viva num universo paralelo.

Alguém devia perguntar à liderança europeia se ela acha que tal “frustração” justifica os estupros e assassinatos em massa de mulheres e crianças cristãs e yazidis. Os europeus se calaram quando imagens dos leilões de meninas de 3, 4, 5 anos de idade chegaram aos seus computadores. Foi só quando milhares de jovens rapazes começaram a inundar seus países que os europeus em sua hipocrisia levantaram a voz em prol dos refugiados.

Culpar Israel pelo terrorismo na Europa apenas mostra a cegueira do velho continente para a realidade do Estado Islâmico. Para a Europa, apontar o dedo para os judeus junto com declarações vazias de tolerância, paz e amor é passar para a zona confortável do antissemitismo em que poucas explicações são necessárias.

E apesar deste antissemitismo e de dois mil anos de exílio o povo judeu sobreviveu. Um exílio carregado de perseguições, confiscos e exterminação especialmente na Europa.

Através dos séculos, historiadores, sociólogos, filósofos, psicólogos e outros acadêmicos tentaram descobrir o segredo da continuidade do povo judeu contra toda a lógica. Talvez haja uma explicação.

Nesta semana aconteceu algo formidável em Israel. Algo que infelizmente não foi tão interessante para a mídia internacional, mas que conseguiu chegar nas primeiras páginas dos jornais israelenses.

O casamento de Sarah Tehyiah Litman e Ariel Bigel tinha que ter sido um evento relativamente pequeno, para a família e os amigos. Mas depois do pai da noiva Yaakov e do irmão Netanel serem brutalmente assassinados há 10 dias, suas vidas mudaram, a data do casamento mudou e também os convidados.

O rabino chefe de Israel anunciou que estaria presente na cerimônia e milhares de pessoas através da mídia social, apesar de não convidados, postaram que estariam no casamento para cumprir a mitzvah de alegrar os noivos depois da semana difícil de luto que passaram. O Centro de Convenções de Jerusalém ofereceu sua sala e o extraordinário aconteceu: dezenas de milhares de pessoas de todo o país e do exterior afluíram ao local e o enorme Centro de Convenções ficou pequeno. Centenas ficaram fora nas ruas, esperando por um vislumbre dos recém-casados.

Para quem assistiu as cenas do casamento pela internet, viu a grande alegria e a profunda tristeza intrinsecamente ligadas. A Terra de Israel foi adquirida com muita dor. O retorno de seu povo carrega um preço alto que estamos pagando há anos, com guerras e ataques terroristas.

Mas este povo não deixa nem a dor nem o desespero quebra-lo. Como disse o pai do soldado Ziv Mizrahi, no seu enterro na semana passada, o povo de Israel vive e viverá para sempre. Os judeus mordem seus lábios e derramam lágrimas, mas seguem em frente. Que depois de milhares de anos errando pela Diáspora, hoje eles têm uma pátria e as vidas perdidas não são mais em vão.

A habilidade de passar da dor - pela perda de um pai e um irmão - à alegria e à esperança de construir uma nova casa e uma nova família em Israel é algo maravilhoso. O poder de se levantar do luto e olhar para frente é a fundação da existência eterna do povo judeu.  Aqueles que carregam uma fé e determinação tão grandes nunca serão derrotados. E certamente não por animais aos quais falta qualquer resquício de humanidade.



Sunday, November 15, 2015

Um Segundo Ataque a Paris - 15/11/2015

Pela segunda vez neste ano, a França está em luto. Em menos de 2 horas, 129 pessoas perderam suas vidas e mais de 350 estão feridas - 90 em estado crítico. Os perpetradores mais uma vez, muçulmanos que assassinaram em nome de Alá, Maomé e do Estado Islâmico.

Em janeiro eles atacaram o modo ocidental de pensar, de expressão. Desta vez o Estado Islâmico atacou o nosso modo de vida: restaurantes, um jogo de futebol e um concerto de musica.

O escândalo e a surpresa não estão nos ataques. Estamos ficando acostumados com cenas de carnificina aos gritos de Alá uAkbar! Desde os anos 90, ocorreram ataques em todos os continentes com milhares de vítimas, mortas com vários graus de crueldade.

O espanto está na falta de liderança para combater este mal. Apenas duas horas antes dos ataques, numa entrevista com George Stephanopolous da ABC, o Presidente americano Barack Obama, negou categoricamente que o Estado Islâmico estaria se fortalecendo, e que de fato, seu avanço estava contido!!!!

Ou Obama escolhe conscientemente negar os fatos e pessoalmente acredita que o Islão prega apenas a paz e não mata inocentes, ou ele vive no mundo de fantasia de modo patológico. E não é só ele. No dia seguinte aos ataques, no debate entre os candidatos democratas, Berny Sanders disse que para ele o maior perigo para a segurança nacional continua a ser o aquecimento global e Hillary Clinton reiterou que os Estados Unidos não estão e nunca estarão em guerra com o Islão!

E ela quer ser a próxima presidente dos Estados Unidos!! Se isso acontecer, ela trará 250 mil refugiados do Oriente Médio para a América. Há apenas um mês, um dos terroristas de Paris, foi registrado em outubro na Grécia como refugiado! É loucura trazer, abrigar e dar assistência ao seu próprio inimigo. Àquele que vê a destruição de todos os seus valores como o pináculo de sua religião.

O Estado Islâmico anunciou recentemente que já enviou quatro mil de seus “irmãos” para a Europa e prometeu punir os que os estão atacando. E em menos de duas semanas levaram à cabo vários ataques na Turquia, explodiram um avião civil russo sobre o Sinai, matando todos os passageiros, causaram o pior ataque em Beirute desde o fim da guerra civil e na sexta-feira o ataque em Paris. Hoje o Estado Islâmico está no Iraque, na Síria, no Sinai, na Líbia, no Iêmen, no Afeganistão, na Ásia e até na Nigéria. O Boko Haram hoje se chama o Estado Islâmico da África Ocidental! Eles ainda dizem ter presença em todos os estados dos Estados Unidos. É isso o que Obama considera “contidos”???

A clara expansão do Estado Islâmico ou Daesh não é apenas em território no Iraque e na Síria, mas na mente dos muçulmanos que vivem em todos os países do mundo. No último mês o grupo provou que pode atacar aonde quiser, quando quiser. E é a sua ideologia que precisa ser vencida.

O presidente Al-Sissi que é muçulmano praticante chegou à mesma conclusão que judeus e cristãos chegaram séculos atrás. O islamismo precisa de uma reforma. Muçulmanos precisam deixar de aplicar o Al-Corão literalmente como se o que seu profeta fez, incluindo matar, mentir, enganar e casar com meninas de 9 anos de idade, fosse a melhor coisa desde a invenção da roda. Precisam entender que foi exatamente esta mentalidade que os preveniu de avançar e os prendeu intelectualmente no século VII.

Os muçulmanos precisam de novos interpretes que condenem a decapitação e amputações como punição, que reconheçam a igualdade entre as pessoas, o direito de livre expressão e liberdade de culto e como nós, aprendam a não tomar literalmente o olho por olho, dente por dente. Imaginem onde estaríamos hoje se continuássemos a aplicar literalmente esta e outras leis da Bíblia?

Lideres e a mídia insistem que esta é uma versão radical do islamismo. Primeiro, isto não é verdade. A maioria dos grandes países muçulmanos como a Arábia Saudita, o Irã e agora o Estado Islâmico, aplica estas regras literalmente. 16% dos muçulmanos franceses apoiam o Estado Islâmico e querem trazer a lei islâmica para a França como aplicada por estes lunáticos. E mesmo se fossem uma minoria, é uma minoria muito real que precisa ser combatida ideologicamente. Ainda não vimos um muçulmano questionar a auto-coroação de Abu Baker al Bagdadi como Califa.

Apesar de a Arábia Saudita ter sido uma das maiores patrocinadoras desta versão absolutamente medieval do islamismo, ela mesma não quer receber qualquer refugiado da Síria ou do Iraque. E sabem por quê? Ela diz que há terroristas entre eles e não pode se dar ao luxo de receber nenhum no reino.

Esta é a mesma ideologia islâmica promovida pelo Hamas e também pela Autoridade Palestina. Israel tem denunciado a discriminação, o racismo ensinados nas escolas palestinas e especialmente o ódio aos judeus, à Israel e ao ocidente. Mas ninguém dá ouvidos porque afinal, até agora, foram só judeus os massacrados.

A crueldade e desrespeito para com a vida humana também chegou ao ápice nesta sexta-feira em Israel quando a família Litman viajava para comemorar o Shabat antes do casamento de sua primeira filha que deve ocorrer nesta terça-feira.  O pai, o Rabino Yaakov Litman de 40 anos e seu filho Netanel foram brutalmente assassinados por palestinos quando forçaram seu carro a bater e o crivaram de balas. A esposa do rabino e outros filhos foram feridos. Isto pareceria mais um ataque como outro se não fosse pelo fato que segundos depois, uma ambulância do crescente vermelho, afiliada à cruz vermelha, não tivesse passado no local. O motorista chegou a parar para ver o que tinha acontecido, somente para recusar assistência e partir. Foram longos minutos para uma ambulância israelense chegar para encontrar pai e filho já sem vida.

Isto é o que faz um membro da Cruz Vermelha? Israel para poder participar com o Magen David Adom teve que retirar a estrela de David por ser “ofensiva”! Isto não é ofensivo?? E Israel continua a prestar ajuda humanitária a árabes palestinos que a odeiam, como a irmã do chefe do Hamas Ismail Hanyiah que se trata em Israel e a mulher de Abbas que se operou em Tel Aviv??

Os israelenses sempre dizem que não querem ser otários. Mas são os maiores otários por acharem que os árabes ou o mundo valorizam atos humanitários como este.

O mundo repaga com Israel ao exigir rótulos, da mesma forma que exigiu o uso da estrela amarela através da história culminando com o holocausto. “Só a titulo informativo” como disse o embaixador da comunidade europeia em Israel.

Só a titulo informativo, os jihadistas não deixarão a Europa, os Estados Unidos ou o resto do ocidente em paz. Para eles o mundo fora do Islão é o mundo com quem eles estão em guerra e têm a obrigação religiosa de derrotar e submeter. Toda sanção, reprovação e condenação de Israel, que está na linha de frente desta luta contra o terrorismo, é uma premiação e um encorajamento para ataques ainda mais mortíferos.

Vamos ver se os ataques em Paris trarão alguma claridade moral e acordarão a Europa para ela finalmente reconhecer quem está do seu lado nesta guerra.


Sunday, November 8, 2015

O Rotulamento Imoral da Europa - 08/11/2015

Nos últimos três anos, de tempos em tempos, ouvimos que a União Europeia está para publicar regras de rotulagem de produtos israelenses provenientes de áreas que se encontram além da linha verde de 1948. Isto inclui a Judea, a Samária, partes de Jerusalem e os Altos do Golan.

Nesta semana, a União Européia anunciou que as regras estão prontas e deverão ser anunciadas nos próximos dias.

A reação de Israel foi de dura critica. Os europeus tentaram dizer no passado que a rotulagem não é para promover qualquer boicote. Seu porta-voz disse à televisão Bloomberg em Junho que o “princípio fundamental é simplesmente não enganar os consumidores europeus sobre a origem dos produtos”.

Os europeus querem que acreditemos que a rotulagem especial é um meio simples de fornecer informação para seus consumidores  e que isso nada tem a ver com qualquer boicote sórdido. Deve ter sido um argumento semelhante o usado pelos nazistas ao exigirem que os judeus usassem a estrela amarela nos anos 30 e 40. Só para o público alemão saber a titulo de informação com quem estava lidando...

Estas tentativas de dissociação são pouco convincentes. O que exatamente os europeus esperam que haja nos rótulos? Vamos lá: “Produzido por colonos Isralenses em Território Palestino Ocupado”? ou “Produzido na Palestina Ocupada por Colonos Israelenses Opressores e Palestinos Oprimidos Contratados?” Até o mais inócuo “Produzido na Cisjordânia (produção de colonias israelenses)”, que já consta de alguns produtos nos supermercados da Inglaterra, é suficiente para causar a rejeição de consumidores europeus infectados pelo preconceito antissemita, bombardeado diáriamente pela mídia.

Já há dano para companhias israelenses, particularmente da industria agricola como produtos comestiveis e flores do Vale do Jordão, depois que países como a Inglaterra, a Belgica e a Dinamarca implementaram regras individuais de rotulagem.

Numa entrevista em junho, David Ehayani, presidente do conselho regional do Vale do Jordão disse que agricultores israelenses já haviam perdido 150 milhões de shekels anuais em exportações para a Europa como resultado da nova rotulagem.

Outra mentira que os europeus estão tentando vender é que a rotulagem seria “uma nota interpretativa e não legalmente obrigatória”. Isto é, teoricamente, negociantes europeus poderiam escolher colocar o rótulo ou não. O problema é que uma vez que a Comissão Européia fizer a recomendação para colocar o rótulo, a maioria dos países verão esta como uma obrigação moral. Como se tivesse qualquer coisa de moral em forçar Israel a capitular frente às imorais exigencias palestinas, sem pedir nada em retorno como por exemplo, cessar o incessante incitamento contra Israel e judeus.

Não é de espantar que a maioria dos países europeus são a favor da rotulagem. Em abril, os ministros do exterior da França, da Inglaterra, Espanha, Italia, Belgica, Suécia, Malta, Austria, Irlanda, Portugal, Eslovênia, Hungria, Finlandia, Dinamarca, Holanda e Luxemburgo assinaram uma carta apoiando a medida.

A Alemanha foi o único dos cinco maiores países europeus a não assinarem a carta. Será que os alemães tiveram uma outra compreensão desta medida?

O momento deste novo empurrão da Europa pela rotulagem de produtos israelenses provenientes de áreas além da linha verde não é coincidência. O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu viajará na semana que vem para se encontrar com o presidente Obama em Washington.

No passado, a Europa se absteve de publicar estas regras sob pressão americana. Isto aconteceu nos nove meses de negociação de John Kerry que terminou sem qualquer resultado em 2014.

Agora, no entanto, não há negociações e Obama não está interessado em nada que tenha a ver com o processo de paz entre Israel e os palestinos ou a falta dele. Ele precisa da Europa para outras coisas, como apoio na Síria e no Iraque e não irá incomodar seus aliados com isso. Ele pode até usar a publicação como uma ameaça para forçar Netanyahu a mais uma concessão para reativar as inúteis negociações com os palestinos.

Se ele fizer isso, estará repetindo mais uma vez o erro que todos os que apoiam os boicotes, desinvestimentos e sanções fazem.

Apontar o dedo condenador só para Israel, não é só errado. É imoral por várias razões. Primeiro ela coloca toda a culpa pelo fracasso das negociações com os palestinos, somente sobre os ombros de Israel.

Segundo, a Europa esquece dos outros conflitos sem resolução, aos quais ela não exige rotulagem: o norte da ilha de Chipre continua ocupada pela Turquia. Centenas de milhares de pessoas deslocadas há decadas, sem resolução. Não há rótulo especial de Chipre. Os Bascos na Espanha. Os curdos que são a maior minoria do Oriente Médio com milhões espalhados no Irã, no Iraque, na Síria e na Turquia, não merecem um estado. E os tibetanos?? Não, não, não, não mexemos com a China...

Aqueles que apoiam o boicote de Israel se recusam a reconhecer a realidade histórica do conflito e também ignoram a realidade que o país vive atualmente. Ignoram o absurdo do fato que judeus viveram na Judeia, Samaria e em Jerusalem por mais de 3 mil anos ininterruptamente. Que foram expulsos de suas casas em 1948 e voltaram 19 anos mais tarde em 1967 e de repente são considerados “colonos”???

Ignoram que a onda de violência contra israelenses inocentes, meninos de 13 anos e avós de 80, é uma lembrança não só da incitação mas da profundidade da intransigência violência que permea a sociedade palestina.

A decisão da Europa de rotular os produtos israelenses agora, enquanto a liderança palestina está completamente voltada ao incitamento e a glorificação de terroristas, não é só errada e imoral. É perigosa. Ela premia a violência palestina e vilifica Israel,  preparando o palco para ainda mais violência.

Gostaria de aproveitar alguns minutos para lembrar o Quinto presidente de Israel, Yitzhak Navon que nos deixou ontem aos 94 anos.

A morte de Navon gerou uma onda de tristeza em Israel. Um homem modesto, que falava fluentemente o Hebraico, o Árabe, o Ingles, o Espanhol, Ladino e Yiddish, Navon era a 20ª geração de judeus expulsos da Espanha que nasceram em Israel inclusive de renomados rabinos.

Navon representava a fusão da nobreza com o homem do povo. Ele queria saber tudo sobre a vida de todos que conhecia. Escreveu vários livros e promoveu a cultura sefaradi em Israel, mas gostava mesmo de passear no mercado aonde comia falafels e conversava com os vendedores.


Um personagem marcante da História de Israel que acreditava que a convivencia de judeus com  árabes era possível e que a paz nunca estava muito longe. Apesar de seu sonho estar mais distante do que nunca, o homem Yitzhak Navon não será nunca esquecido.

Sunday, November 1, 2015

Vinte Anos da Morte de Rabin - 01/11/2015

Aqueles que seguem a mídia israelense diariamente podem notar que todo o ano, nesta época, o foco do noticiário se volta para o aniversário do assassinato do ex-primeiro-ministro Yitzhak Rabin. Este ano está sendo particularmente especial, pois Rabin foi morto há exatamente 20 anos.

Para marcar a ocasião, ontem à noite ocorreu em Tel Aviv uma grande manifestação que incluiu a presença do presidente de Israel, Ruby Rivlin e do ex-presidente americano Bill Clinton. Obama enviou uma mensagem em vídeo. Shimon Perez também esteve presente, mas surpreendentemente, não lhe deram a palavra.

Os discursos foram tediosamente os mesmos: como os israelenses têm a obrigação de correr atrás da paz, se não por outro motivo, que o de realizar o sonho de Rabin.

É irônico que do outro lado desta “paz” idílica, os palestinos resolveram marcar a semana com uma petição para a Comissão de Direitos Humanos da ONU para que a organização estabeleça um ‘regime internacional especial de proteção” dos palestinos contra Israel. Quer dizer, Abbas incita os palestinos a atacarem, esfaquearem e assassinarem judeus e ele exige tropas da ONU para protege-los? É isso??

De acordo com Abbas, não vale a pena perder tempo com negociações só para negociar. Para ele, o que importa é acabar com o que ele chama de “ocupação” de acordo com a legitimidade internacional”.

Isto vindo de um homem que nunca negociou em boa fé com Israel na sua vida e nos últimos sete anos se recusou até a fingir que estava negociando. Alguém que se intitula Doutor com uma tese que alega um falso conluio dos nazistas com os sionistas durante a Segunda Guerra. Alguém que ganhou a eleição em 2005 para quatro anos e não larga a cadeira de presidente há dez. Alguém que incita jovens a morrerem pelo jihad, mas ele continua a encher os bolsos com os milhões que a comunidade internacional envia aos “pobres palestinos” que nunca assumem responsabilidade por sua situação. Alguém que grita contra uma ocupação israelense que nunca foi legitima, legal ou historicamente de território palestino, mas de território Jordaniano.

Isto é esperado dos palestinos e parabéns para eles que conseguiram fazer o mundo inteiro engolir sua mentira.  

Do lado israelense, no entanto, infelizmente, os discursos e demonstrações que vimos ontem, castigando o movimento nacional religioso e culpando a direita pela falta de paz, só mostram o quanto Israel aprendeu pouco sobre os palestinos nos últimos 20 anos.

Esta saga anual no aniversário do assassinato de Rabin é perniciosa para Israel por vários motivos. Primeiro, culpar o assassinato pela situação atual com os palestinos, impede que vejamos realmente as razões do fracasso de Oslo. Para estes comentadores, independentemente dos esforços dos cinco primeiros-ministros subsequentes, Rabin teria chegado a um acordo final com Yasser Arafat, se somente tivesse terminado seu termo.

Esta afirmação ignora a natureza dos acordos de Oslo, do processo e destorce a posição de Rabin na época. Contrariamente ao que os arquitetos de Oslo quiseram nos fazer acreditar, o processo nunca poderia ter trazido a paz. E isto é porque nem a OLP nem Yasser Arafat jamais estiveram interessados em qualquer paz.

Vejam só. Logo após seu encontro histórico em Washington em Setembro de 1993, em que frente ao mundo apertou a mão de Rabin, Perez e Clinton, Arafat viajou para a África do Sul. Lá ele falou para uma audiência de muçulmanos em árabe que o processo de paz era uma fraude. Que era apenas um mecanismo para enfraquecer Israel e fortalecer os palestinos. Que isso posicionaria os palestinos para finalmente destruir Israel através do Jihad. Esta mensagem não foi esporádica. Foi a primeira de uma política consistente que ele assumiu com os palestinos e o resto do mundo árabe após Oslo.

Do lado de Israel, no entanto, o país embarcou na onda de paz e amor. Jornalistas, educadores, políticos, não mais podiam criticar Arafat ou a OLP, que foram de pais do terrorismo mundial a “moderados parceiros para a paz”. Esta mensagem foi passada para os livros escolares com a conclusão final de que “não há solução militar para o conflito”. Shimon Peres, o arquiteto-mor de Oslo, na época ministro do exterior, mandou desmantelar o departamento de hasbarah do governo, ou relações públicas, dizendo que a paz era a melhor propaganda para Israel.

Os palestinos também mudaram seu currículo escolar. A partir de 1994 as escolas foram encarregadas de doutrinarem os alunos para desumanizar os israelenses e ver seu assassinato como o mais alto dever moral.

A situação só piorou com Mahmoud Abbas. Ele baniu produtos israelenses nos supermercados árabes, monitora de perto os que trabalham em Israel para receber seus impostos, direciona a mídia para um ódio sem limites a judeus, glorifica os terroristas pagando a suas famílias salários milionários e nomeando ruas, praças, torneios de esportes e colônias de férias com seus nomes.

Assim, Oslo não fracassou porque Rabin foi morto. Oslo fracassou, e continua a fracassar porque os acordos foram baseados numa premissa falsa de que os palestinos eram infelizes porque não tinham um estado e a ausência deste estado era a culpa de Israel. Então, se só Israel entregasse terras suficientes, os palestinos ficariam felizes e fariam a paz.

Mas o próprio Arafat confirmou que sua concessão ao assinar Oslo era puramente formal. Moral, religiosa e politicamente, ele não podia reconhecer o direito de Israel de existir ou a ideia de dois estados para dois povos nesta pequena faixa de terra. Oslo para Arafat e os palestinos, nunca foi um processo de construção de sua entidade nacional mas apenas um veículo para destruir Israel.

Outra razão pela qual culpar a direita ano após ano é perniciosa, é que destorce o legado de Yitzhak Rabin. Rabin nunca foi um esquerdista. Ele era acima de tudo um fanático pela segurança de Israel. Todos nós assistimos seu desconforto ao apertar a mão de Arafat em 1993. Sua visão de paz não era um estado árabe independente e soberano no meio de Israel. Jerusalém para ele estava fora de cogitação. As comunidades da Judeia, Samaria e Gaza não seriam desmanteladas. Fronteiras com a Jordania e Egito ficariam sob o controle israelense. Esta era a sua visão.

Foi Shimon Peres e seus associados que num erro histórico crasso, foram tirar o esquecido e ostracizado Arafat do exílio, achando que este seria agradecido e mudaria sua política. Isto obviamente, não foi o que aconteceu.

De acordo com sua filha, Dalia, na véspera de seu assassinato, Rabin estava seriamente pensando em cancelar os acordos de Oslo por causa da escalação de ataques terroristas em Israel. Ele teria dito que o bom dos acordos é que eles poderiam ser anulados a qualquer momento.

As ações de Abbas na ONU esta semana não devem vir como surpresa. Elas são parte das maquinações da Guerra de terror dos palestinos para forçar o estado judeu a abandonar seu controle sobre a Judeia, Samaria e Jerusalem.

Chegou sim a hora de pararmos de destorcer a visão e cumprirmos os desejos de Yitzhak Rabin. Chegou a hora de acabarmos com o processo de Oslo de uma vez por todas.


Sunday, October 25, 2015

A Verdade Sobre o Grão Mufti de Jerusalem - 25/10/2015

Hoje eu havia pensado em falar sobre a recente resolução passada pela ONU e UNESCO declarando que os túmulos dos patriarcas Abraão, Isaac, Jacó e suas esposas Sara, Rebeca e Lea em Hebron e o túmulo da matriarca Raquel em Belém, são lugares sagrados islâmicos! A resolução também queria incluir o Muro das Lamentações como parte da Mesquita de Al-Aqsa condenando, portanto, o acesso e prece de judeus no local. A parte sobre o Muro das Lamentações foi removida depois de muita crítica, mas a resolução incluiu uma séria condenação à Israel sobre escavações arqueológicas na cidade velha de Jerusalém. Esta resolução foi submetida pelos palestinos, mas o pior é que os países ocidentais se abstiveram em mais uma mostra de cegueira moral. 

Há muito que falar sobre isto, especialmente sobre como os palestinos cuidam de lugares santos. Vimos o que aconteceu na semana passada quando incendiaram o túmulo de José e a destruição que causaram na Igreja da Natividade em 2002 quando queimaram decorações, cruzes e outros objetos santos para os cristãos.

Mas na terça feira da semana passada, uma declaração de Netanyahu causou muita polêmica na mídia e achei mais importante esclarecer os fatos. O primeiro ministro de Israel disse que o Grão Mufti de Jerusalém teria inspirado Hitler a iniciar a “solução final” para assassinar os judeus da Europa. Muitos sentiram que a afirmação de algum modo absolvia Hitler de seus crimes e que historicamente Bibi havia errado. Na quinta-feira, a Casa Branca condenou o que para Obama foi uma retórica inflamatória.

O diretor do Centro de Pesquisa de Política do Oriente Próximo e da Agência de Pesquisa de Notícias de Israel, David Bedein, publicou um artigo explicando por que Netanyahu estava correto. Vou falar agora dos fatos que ele trouxe.

O líder dos árabes da Terra Santa durante a Segunda Guerra, Haj Amin Al Husseini, o Mufti de Jerusalém, forjou um pacto com Adolf Hitler no dia 28 de novembro de 1941, uma semana antes da infame Conferência de Wannsee sobre a Solução Final para o Povo Judeu. Esta conferência havia sido marcada para o dia 7 de dezembro, mas teve que ser adiada por um mês, pois naquele dia aconteceu o ataque japonês em Pearl Harbor.

As minutas do pacto foram apresentadas como prova contra o Mufti nos julgamentos de Nuremberg. Nelas Hitler explicitamente afirma que iria exterminar os judeus da Europa e ajudar o Mufti a exterminar os judeus da Palestina, para criar um estado árabe judenrein – livre de judeus.

Com esta finalidade, o Mufti tomou residência no bunker de Hitler, de onde recrutou as unidades islâmicas da Waffen SS, com o objetivo principal de exterminar os judeus em massa. Ao mesmo tempo, ele fazia apelos em árabe pelo rádio, incitando os muçulmanos a se unirem à causa nazista e se prepararem para a eliminação dos judeus na Palestina.

Os protocolos da condenação do Mufti em Nuremberg foram publicados em 1946 num livro do jornalista Maurice Pearlment sobre a vida de Al-Husseini. Pearlment citou as testemunhas seniores da SS que afirmaram no Tribunal de Nuremberg que o Mufti trabalhava diretamente com Eichmann e Himmler e que teria tido um papel fundamental em assegurar que milhões de judeus fossem assassinados e não resgatados.

Ninguém nega o conteúdo das emissões de rádio do Mufti, seu recrutamento das unidades islâmicas da SS e seu envolvimento direto nas apreensões e deportações dos judeus da Iugoslávia. Estas estão gravadas. E não há qualquer dúvida sobre seu apoio à Solução Final e seu desejo de estendê-la ao mundo árabe.

Uma testemunha em especial, do SS Hamsturmfuerer Dieter Wisliceny, subordinado de Eichmann não poderia ter sido mais clara. Ele disse que “o Mufti foi um dos iniciadores da exterminação sistemática dos judeus da Europa e um colaborador permanente e conselheiro de Eichmann e Himmler na execução do plano”. O Grão Mufti, que se encontrava em Berlin desde 1941, “teve um papel primordial na decisão do governo alemão de exterminar os judeus da Europa, uma importância que não pode ser desconsiderada. O Mufti repetidamente recomendava às autoridades, incluindo Hitler, Ribbentrop e Himmler que exterminassem os judeus. Ele considerava esta uma solução confortável para o problema dos judeus na Palestina. A ferocidade antissemita de suas mensagens, transmitidas de Berlim, ultrapassava à de Hitler. O Mufti era grande amigo de Eichmann e constantemente pedia a ele para acelerar as medidas de exterminação...”.

Quando Eichmann foi trazido para Jerusalem em 1961, a ministra do exterior da época, Golda Meir, pediu para o Mossad prender o Mufti para ele sentar no banco dos réus ao lado de Eichmann. O Mufti tinha fugido para o Cairo em 1947 e a Inglaterra que controlava o Egito, se recusou a prendê-lo. No Cairo, o Mufti teria influenciado a elaboração da carta magna da Liga Árabe, explicitando que seu objetivo era o de erradicar toda e qualquer entidade sionista.

A recusa da Inglaterra de prender o Mufti no Cairo levou o chefe dos revisionistas sionistas nos Estados Unidos na época, Ben Zion Netanyahu, pai de Bibi, a lançar uma campanha exigindo a prisão do Mufti.

Um fato pouco conhecido é a relação especial que o Mufti tinha com um jovem parente dele no Cairo, tendo inclusive dado a ele seu nome Yassir Arafat. Em 1996, o jornal Haaretz entrevistou os irmãos de Arafat que disseram que o Mufti foi um mentor e pai adotivo do jovem Arafat.

O fracasso de mobilizar os árabes na Terra Santa numa guerra ativa contra Israel em 1948 levou o Mufti a induzir a Liga Árabe a criar a OLP em 1964. A Carta-Magna da Organização para a Libertação da Palestina era idêntica a da Liga Árabe inspirada por ele e o objetivo o mesmo: de exterminar o recém-criado estado de Israel.

Hoje, o novo currículo da Autoridade Palestina está imerso no legado do Mufti Haj Amin al-Husseini. Sua visão de uma Palestina livre de judeus é ensinada em todas as instituições educacionais da Autoridade junto com a necessidade de um conflito armado. Ambos se tornaram num ideal para os estudantes árabes.

Em 4 de janeiro de 2013, Mahmoud Abbas, elogiou profusamente o legado da Eminência Parda da OLP, o Mufti de Jerusalém, num discurso via vídeo link para as massas em Gaza, por ocasião do aniversário da fundação da OLP/Fatah.

Abbas elogiou o Mufti como um homem a ser copiado por todos os árabes.

Imaginem um líder dizendo hoje que Hitler é um homem a ser copiado!!!


A verdade nunca é retórica incendiária como entende Obama. O que Netanyahu disse foi importante para corrigir uma percepção errônea do papel que os árabes tiveram na Segunda Guerra e no seu envolvimento no Holocausto. Por razões políticas o Mufti foi simplesmente eliminado dos livros de história e de tudo o que tem a ver com o Holocausto. A verdade é que o Mufti era considerado um criminoso nazista mais importante que Eichmann, São seus sucessores e admiradores, incluindo Sr. Abbas e sua negação do holocausto, que têm que ser condenados pelo mundo por sua retórica inflamatória e mentirosa.