Sunday, December 27, 2015

O Embaixador Dani Dayan - 27/12/2015

Na semana passada, o deputado brasileiro descendente de libaneses, Carlos Marun do PMDB conseguiu fazer notícia na imprensa israelense e Americana por suas declarações disparatadas, ignorantes e antissemitas.

Falando sobre a indicação de Dani Dayan para o cargo de embaixador de Israel em Brasilia, o ilustre deputado, literalmente gritando do pódio, declarou que "seria como a Alemanha - o envio para o Brasil um ex-comandante do campo de concentração como um embaixador; como o Chile - o envio para o Brasil um embaixador que é um guarda da prisão da ditadura, ou a África do Sul - o envio de um torturador prisão do regime do apartheid".

Primeiramente, quero deixar registrado que conheço Dani Dayan pessoalmente. E ele não é nada do que a mídia brasileira, os políticos, a esquerda ou os palestinos tentam pintar. Ele nasceu e foi criado na Argentina. Quando tinha 15 anos, sua família se mudou para Israel. Ele se formou em Ciências Econômicas e Computação com mestrado em Finanças pela Universidade de Tel Aviv. Em 1982 ele fundou a empresa de tecnologia de informação “Elad Systems” que entre outros, oferece soluções inovadoras para o setor de saúde. Então já deixamos claro que ele nunca foi nenhum guarda de coisa nenhuma.

Ele foi sim, no passado, presidente do Conselho das Comunidades da Judéia e Samária. Mas mesmo naquela época, Dani Dayan advogava ferozmente pela a melhora da condição de vida da população palestina destas áreas. Em um artigo publicado no New York Times em 2014 (http://www.nytimes.com/2014/06/09/opinion/peaceful-nonreconciliation-now.html?_r=0) Dayan defendeu um plano radical para melhorar a qualidade de vida dos palestinos, retirando barreiras, reformando o sistema de água, esgoto e eletricidade das cidades e vilarejos árabes, acesso aos portos para exportação de produtos e aos aeroportos israelenses, substituição da administração militar por uma administração civil destas áreas e desmantelamento dos campos de refugiados que existem até hoje dentro da Autoridade Palestina e transferência para comunidades construídas com toda a infraestrutura necessária.

Esta não é a imagem tradicional que o mundo tem do que chama de “colono”.

Mas voltando ao ilustre deputado e seus vastos conhecimentos, ele continuou sua diatribe dizendo que não tinha “nada contra a existência do Estado de Israel, cujas fronteiras já são reconhecidas e ocupam 85 por cento da Palestina. Esses colonos são agentes do sionismo que o mundo não pode aceitar que eles são ladrões de terras dos outros, o que é um insulto para o Brasil, um insulto ao governo, e um insulto a milhões de brasileiros, cujas origens, como a minha, são do mundo árabe".

Então vejamos: de acordo com ele, as fronteiras de Israel já são reconhecidas. Isto não é verdade. Até hoje o mundo reconhece que depois da luta por sua sobrevivência seguida à sua independência, Israel e a Jordânia, cansados da guerra, estabeleceram linhas de armistício que não são nada mais do que linhas de cessar-fogo. Estas linhas, estabelecidas com a Jordânia em 1949 são as que os palestinos reclamam serem as fronteiras de seu presumido estado.

Ele disse que Israel hoje ocupa 85% da “Palestina”. A Palestina nunca existiu. As áreas da Judeia e a Samaria foram de fato anexadas pela Jordânia. Se ele se refere ao Mandato da Palestina, aí então seu erro, é ainda mais crasso. Logo após a Primeira Guerra Mundial, para apaziguar o clã dos Husseinis que era muito violento e virulentamente anti-britânico e antissemita, os ingleses deram a eles 76% do Mandato da Palestina e criaram para eles a Jordânia. Os judeus não tiveram outra alternativa a não ser aceitar.

Até 1948, os judeus continuaram a viver toda a área da Judeia, Samaria e Jerusalem. Temos famosos massacres de judeus em Jerusalem em 1921 e em Hebron em 1929.

A pequena faixa de terra entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo foi então prometida aos judeus em sua totalidade. Mas em 1947, a ONU resolveu partilhar novamente esta área. De acordo com esta partilha aos judeus ficariam com apenas 13.44% do Mandato original sendo que a vasta maioria das terras alocadas a eles eram desérticas.

Mas os árabes não aceitaram, e foram para a guerra. Milagrosamente os judeus venceram e retiveram 18.72% em vez dos 13.44%. Os 5.28% restantes ficaram, como disse, com a Jordânia e o Egito até a Guerra dos Seis Dias. Assim, senhor deputado, Israel não tem 85% da Palestina.

Sobre sua afirmação de que estes “colonos são agentes do sionismo que o mundo não pode aceitar que eles são ladrões de terras dos outros” é uma imbecilidade. O sionismo é o movimento de autodeterminação do povo judeu. Quer dizer, para este deputado, os judeus não têm este direito, é isso? E os judeus são ladrões de terras dos outros?  Como podem judeus terem vivido 2 mil anos num lugar, serem expulsos por 19 anos e ao voltarem serem chamados de “colonos” e “ladrões” e suas casas, se tornarem magicamente “ilegais”?

Além das Constituições Islâmicas da Autoridade Palestina e do Hamas que proíbem judeus de viverem e ponto, em lugar algum há lei que proíba judeus de se instalarem na Judeia, Samaria e Gaza. Uma afirmação desta vindo de um legislador brasileiro é mais uma mostra do gênero “sapiens” que assola o governo brasileiro!

O que a comunidade internacional disputa é a legitimidade de Israel construir nestas terras em vista de sua aceitação da criação de um estado para a população árabe. Ele deveria saber a diferença.

As explosões deste deputado e a recusa da presidente - ou como ela prefere presidenta, de confirmar Dayan como embaixador não é só um tapa na cara de um país aliado. É um passo além do que o movimento de Boicote, Desenvestimento e Sanções está buscando. O BDS quer rotular produtos produzidos por empresas pertencentes a judeus vindos da Judéia e Samária. Mesmo que estas empresas gerem milhares de empregos para palestinos.
Dilma, por sua vez, quer colocar uma estrela amarela nos 750 mil moradores judeus destas áreas e impedi-los de exercer um cargo diplomático por causa de seu endereço!

Precisamente por causa de seu perfil, Dani Dayan foi escolhido por Bibi Netanyahu e apesar de pessoalmente não concordar com ele em tudo, ele é perfeito para o cargo de embaixador de Israel no Brasil com uma missão.

Além de ótimo negociador e alguém que faz acontecer, Dayan tem conhecimento profundo da situação dos dois lados. Ele poderia angariar os bons ofícios do Itamaraty como um intermediário alternativo aos Estados Unidos nas negociações de paz. Isto elevaria o Brasil substancialmente no âmbito mundial.

Mas não. Brasília prefere alguém insosso que não mexa com a narrativa imposta pelos palestinos de sua embaixada no Brasil, do terreno doado por Lula que vale uma verdadeira fortuna no centro da capital. Aliás, a revista Veja, em fevereiro deste ano, já citava o embaixador Ibrahim Alzeben que declarou abertamente que “Israel tem que desaparecer”.

Esta campanha levada à cabo com sucesso por Saeb Erekat e o resto da gangue palestina, irá infelizmente ter o efeito contrário e diminuir o status do Brasil no âmbito internacional.

Quanto a nomear Dayan “ser um insulto para o Brasil, um insulto ao governo, e um insulto a milhões de brasileiros, cujas origens, como a minha, são do mundo árabe”, nem merece meu fôlego. Minha origem, como a deste deputado, também é do mundo árabe. Também é a origem de Guga Chacra, o blogueiro do jornal Estado de São Paulo, que aplaudiu a carreira de Dani Dayan em seu artigo do dia 25 de setembro último (http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/como-e-a-inovadora-proposta-de-paz-do-embaixador-de-israel-no-brasil/).

Mas o que fazer num país aonde a miopia reina e para ser legislador e governante não é preciso nem curso primário?



Sunday, December 13, 2015

Donald Trump e a Imigração Muçulmana - 13/12/2015

Tivemos esta semana um alvoroço na mídia, sobre a declaração do candidato à presidência americana Donald Trump, que disse que a América deveria proibir a entrada de muçulmanos no país. A maioria convenientemente tirou a sequencia da declaração em que ele diz “até que possamos determinar o que está acontecendo”.

Trump estava se referindo à concessão do visto de noiva para Tashfeen Malik, a terrorista - que junto com seu marido - matou 14 pessoas num centro para deficientes na Califórnia na semana passada.

O tumulto foi tanto que até gerou um bate-boca no Twitter entre Trump e o príncipe Alwaleed bin Talal. O príncipe saudita disse que Trump “era uma desgraça não só para o partido republicano, mas para toda a América e que ele deveria sair da corrida presidencial, pois nunca irá ganhar”. Isto vindo de um príncipe de um país aonde mulheres não podem dirigir, não podem sair sem estarem acompanhadas por um homem de sua família, só agora podem votar em algumas eleições municipais e precisam de permissão dos maridos para obter um passaporte. Algumas horas depois, Trump disparou de volta: “Príncipe tolo que quer controlar os políticos americanos com o dinheiro do papai. Não poderá fazê-lo quando eu for eleito”.

Trump sabe que declarações como esta podem machuca-lo no bolso. Ele tem vários projetos no Oriente Médio. Mas é exatamente por isso que ele continua em primeiro lugar nas pesquisas de opinião. Ele diz exatamente o que pensa e do modo que o povo entende. O americano comum que está farto do politicamente correto.

Na França, nesta semana, assistimos um terremoto político quando o partido Front National da Marine Le Pen teve ganhos expressivos nas eleições regionais, tomando quase 28% dos votos. O Front National é conhecido por sua posição anti-imigrante e em especial anti-muçulmana.

Para as elites ocidentais, ambos Donald Trump e Marine Le Pen são candidatos para lá de inaceitáveis. A declaração de Trump sobre barrar a entrada de muçulmanos não passaria um teste constitucional mas se ele, em vez disso, tivesse dito: vamos impedir a entrada de cidadãos dos seguintes países até determinarmos um curso melhor, ninguém chiaria.

De fato, imediatamente após a controvérsia ter pego fogo, o outro candidato republicano à presidência e senador Rand Paul, embarcou no trem de Trump e submeteu legislação barrando a entrada de refugiados da Síria e outros 30 países pendendo checagem estrita de cada requerente. Ninguém protestou.

Esta não é a primeira vez. O presidente mais esquerdista e liberal de todos Jimmy Carter proibiu a entrada de iranianos depois da tomada da embaixada americana em 1979.

Mas a mídia desceu ao ponto de chamar Trump de fascista, de nazista “igualzinho a Hitler”, numa mostra sem paralelo de perversidade ou no mínimo de cretinice histórica.

O fascismo é uma doutrina totalitária de esquerda que deifica o estado e seu líder como vemos na Coréia do Norte hoje. Em sua base, ela tinha uma obsessão com pureza racial e era hostil para com a modernidade e a razão. Hitler adotou o fascismo adicionando a ele, o genocídio de judeus e outras minorias.

Qualquer que sejam as falhas de Trump, ninguém realmente acredita que ele queira matar todos os muçulmanos e transformar os Estados Unidos num estado totalitário. O que ele disse, tem a aprovação da maioria do povo americano. Desde o ataque da Califórnia, está havendo uma corrida às lojas de armas. O povo está procurando meios para se defender, pois perdeu a confiança na capacidade do governo de fazê-lo.

Petições na Inglaterra e até em Israel foram distribuídas para banir a entrada de Trump nestes países por incitação ao ódio. Tudo isso só porque ele acredita que o governo deve dar um passo para trás e reavaliar a admissão de uma população que sabemos, não é formada inteiramente de terroristas. Mas todos os terroristas são desta população.

Este argumento encontra receptividade com os milhões de americanos decentes e não fascistas. Pessoas que simplesmente querem viver em segurança e com pessoas que respeitam seus valores de liberdade qualquer que seja sua fé. Mas o politicamente correto forçou o abandono destes elementos básicos da sociedade livre e não só isso, demoniza qualquer um que soe o alarme.

Como disse na semana passada, o massacre poderia ter sido evitado se somente a vizinha que notou as atividades suspeitas do casal tivesse avisado a polícia. Mas ela teve medo de ser processada por racismo. Não vamos esquecer que o menino muçulmano que construiu um relógio parecido com uma bomba processou sua escola por 15 milhões de dólares porque o professor chamou a polícia para verificar se o dispositivo era seguro.

O público pode não se importar com Le Pen ou com Trump. Mas neste momento de confronto com esta ideologia islâmica nefasta ambos tocaram num nervo que os políticos de carreira se recusam a admitir: que o islamismo radical é uma ameaça para a democracia e para a segurança pública; e que os líderes muçulmanos - políticos e religiosos - do Oriente Médio, continuam a injetar o ódio contra os valores ocidentais e a inflamar o desejo de islamizar o mundo livre.

A consequência do ataque na Califórnia para a esquerda foi um debate sobre controle de armas e proclamar sua preocupação com um possível aumento de islamofobia!

Enquanto isso, perigos muito maiores que o Estado Islâmico e células terroristas dormentes estão sendo ignorados. Em outubro, o Irã fez seu segundo teste de mísseis balísticos, desde o famoso “acordo nuclear” e em violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU.  A Agência Internacional de Energia Atômica revelou que antes de 2009 o Irã estava tentando criar uma arma nuclear, mas desde então... eles não têm informação. Simplesmente não sabem... Isto não é de espantar, pois o famoso acordo de Obama seriamente restringiu qualquer acesso à base militar e usina nuclear de Parchin.  

Assim, a Agência Nuclear desistiu de inspecionar, o Irã mentiu e continua a violar as resoluções da ONU. O acordo de Obama é uma piada se alguém pensou que iria prevenir o Irã de adquirir a bomba. De fato, o acordo será o fator determinante que possibilitará o Irã de adquirir a bomba. E então, o Estado Islâmico e estes jihadistas parecerão minhocas nadando ao lado de um grande tubarão.   Mas hey, há coisas mais importantes para cobrir, como o aquecimento global e declarações de Donald Trump.




Sunday, December 6, 2015

Mais Um Ataque na América - 06/12/2015

O ataque mais mortífero na América desde 11 de setembro de 2001 aconteceu esta semana em São Bernardino na Califórnia. Um casal totalmente fora do radar das autoridades americanas, vestidos com coletes a prova de balas, mascaras de esqui e óculos go-pro para filmar suas ações, invadiram uma festa de natal de um centro de reabilitação de deficientes e mataram 14 pessoas e feriram outras 17.

As informações que surgiram após o ataque foram surpreendentes. O marido era empregado como especialista em saúde ambiental deste centro há cinco anos. Seis meses atrás, as pessoas que ele matou organizaram um chá de bebê para ele e a esposa na ocasião do nascimento de sua filha. A esposa, uma paquistanesa que cresceu na Arábia Saudita, com curso superior, calmamente deixou sua bebê com a sogra dizendo que tinha uma hora no médico antes de sair para cometer a chacina.

Na casa, as autoridades encontraram 12 bombas caseiras, mais de duas mil balas para rifles automáticos e pistolas. Isto em meio a brinquedos e mamadeiras. A pergunta é: o que leva uma jovem mãe abandonar sua recém-nascida para promover o jihad?

Contrariamente ao que líderes muçulmanos querem nos fazer acreditar, jihad não é um tipo de yoga ou meditação para você se aprimorar. Jihad é o empreendimento de uma guerra dos que acreditam no Profeta Maomé contra o resto do mundo que não o segue.

Nos últimos meses temos visto uma escalação de ataques terroristas no Oriente Médio, na África, passando pela Europa e agora nos Estados Unidos. Não vamos ser ingênuos e pensar que os que vivem na América do Sul estão a salvo. Os ataques terroristas na Argentina em 1992 e 1994, e testes recentes feitos em Montevidéu - aonde pacotes foram deixados próximos da embaixada de Israel- estão aí para nos lembrar de que ninguém está a salvo em nenhum lugar. E esta é precisamente a mensagem do jihad global.

Este é um perigo que conhecemos. Pior que isso, no entanto, são as autoridades que deveriam nos proteger mas continuam a negar esta ameaça, continuam a passar açúcar sobre os eventos quando acontecem e saem correndo em defesa dos assassinos numa incompreensível inversão de valores.

Em seu discurso semanal, o presidente Obama ofereceu suas condolências às famílias das vítimas e tipo, “reconheceu a possibilidade que os dois atacantes tivessem sido radicalizados”. Sua conclusão foi “a necessidade de trabalharmos juntos para prevenir pessoas de se tornarem vítimas de organizações extremistas que encorajam a violência.” Quer dizer, os atacantes para ele, são “vítimas” de organizações extremistas.

Ele ainda não perdeu a oportunidade de condenar o direito constitucional de cidadãos portarem armas. Isto, após o ataque ter ocorrido na Califórnia, que tem as leis mais restritivas para a aquisição de armas de todos os Estados Unidos.

O absurdo não para aí. Os candidatos democratas para a presidência não seguraram suas pérolas. Bernie Sanders, mais uma vez culpou o aquecimento global pelo surgimento do Estado Islâmico. Segundo ele, a redução de recursos naturais causados pelo aquecimento leva as pessoas ao radicalismo e terrorismo. De fato, a California tem passado por uma estiagem... tenha paciência... ninguém merece...

E Hilary Clinton imediatamente declarou que a violência com armas tem que acabar. Que não há país com mais casos como estes que os Estados Unidos. Ao que parece, ela não viu o relatório da ONU sobre homicídios em que os países da América Central e do Sul, inclusive o Brasil, lideram o número de mortes por arma apesar de todas as restrições impostas pelos governos para alguém conseguir o porte. Os únicos que têm armas são os bandidos. Se alguma das vítimas do centro de reabilitação estivesse armada, talvez o resultado tivesse sido muito diferente.

Nem Obama, nem Clinton ou Sanders usaram palavras como terrorismo islâmico, islamismo radical ou jihad. Minutos antes de sair atirando, a esposa, Tashfeen Malik postou sua fidelidade ao Estado Islâmico no Facebook. Mas a polícia do politicamente correto chegou até a especular que isto se deveu à depressão pós-parto! O absurdo neste país chegou ao ponto de uma vizinha ter notado as atividades estranhas do casal, trabalhando a todas as horas da noite na garagem e recebendo diariamente pacotes mas ficou com medo de chamar as autoridades e ser acusada de racismo.

Em uma entrevista, a promotora geral disse que seu maior medo era o aumento da retórica anti-muçulmana nos Estados Unidos. Não os ataques e o assassinato de inocentes. Seu maior medo é a retórica contra os muçulmanos!!

Estamos vendo um novo tipo de terrorismo, um novo tipo de atacante e uma prontidão para morrer levando a cabo estes atos nunca antes vista. E a capacidade do governo americano lutar contra estes atacantes está sendo minada a cada dia pelo politicamente correto, pelo medo de ferir os sentimentos destes energúmenos. Por isso levou quase três dias para o FBI finalmente declarar de modo desajeitado o que todos nós já sabíamos: que se tratava de um ataque terrorista.

O problema é que como disse antes, este casal não estava no radar de nenhuma autoridade. De acordo com o FBI, há nos Estados Unidos mais de mil investigações de simpatizantes do Estado Islâmico e outros grupos radicais e não há recurso humano suficiente para dar seguimento a todas elas. Com tudo isso, e apesar do Estado Islâmico declarar ter infiltrado os refugiados procurando asilo na Europa, o presidente Obama insiste em trazer milhares deles para os Estados Unidos.

Seus próprios conselheiros avisaram que não há como checar a identidade e a história destes refugiados pois não há data bases de sírios ou iraquianos. Quando senadores aventaram a possibilidade de aprovarem cristãos e yazidis, por exemplo, Obama reagiu furiosamente dizendo que isto era discriminação e zombou dos senadores dizendo que  temiam “viúvas e órfãos”.

Esta semana tivemos uma jovem mãe pivô de uma chacina. Temos sim que ter medo de todos que não podem ser verificados e estes não devem entrar nos Estados Unidos ou na Europa. Ontem houve um ataque no metrô de Londres aonde três pessoas foram esfaqueadas por um muçulmano que declarou ser pela Síria!! O terrorista teve que ser eletrocutado seis vezes antes de ser preso. Os ingleses logo declararam ter sido terrorismo.

E com tudo isso ocorrendo, o mundo se recusa a largar o osso e deixar Israel em paz.

Nesta sexta-feira, a ministra das relações exteriores da Suécia, Margot Wallström, em uma sessão do parlamento sueco declarou que a reação de Israel à onda de esfaqueamentos era “desproporcional”. Para ela, o fato da contagem de corpos estar mais alta do lado palestino, é prova de que Israel estaria “executando palestinos extrajudicialmente”. Esta afirmação é tão escandalosa que merecia uma quebra de relações entre Israel e a Suécia. Esta é a terceira vez que esta ministra lança seu veneno e culpa o estado judeu pelos males do mundo.

Ela também deveria ler o relatório de homicídios da ONU que demonstra que no mundo inteiro, a maioria dos assassinatos em números absolutos, são cometidos por facas ou outros objetos pontiagudos. Mas isto não é conveniente para a sua retórica.

E então foi a vez de John Kerry que tentou condenar ambos Israel e os palestinos pelo impasse e a falta de negociações de paz. Ele falou sobre a incitação dos lideres palestinos mas comparou seu efeito com a construção nos assentamentos judaicos na Judeia e Samaria. Em outras palavras, para Kerry, matar alguém e construir dentro de um assentamento deveria acarretar a mesma punição.

Infelizmente com o líder maior do mundo livre mais preocupado com o aquecimento global (e alguém ainda precisa me explicar o que causou o fim da era glacial quando o mundo aqueceu sem emissão de carbono), mais preocupado em ser politicamente correto, em não ferir os sentimentos de muçulmanos, estamos num beco sem saída. Não há evento que o faça repensar sua retórica, numa mostra horrenda de ignorância e arrogância, seja quando ele definiu o Estado Islâmico como um time júnior no ano passado, ou quando declarou que o Estado Islâmico estava “contido” no mesmo dia do ataque em Paris, ou quando culpou os portadores de armas pelo ataque na Califórnia.

Colocar ênfase em como as vítimas do terrorismo em Israel se defendem ou na construção de casas por judeus é desviar a atenção da própria natureza destes ataques terroristas que é a mesma que temos em Paris, Madrid, Londres, Mumbai, Nigeria e Estados Unidos. Se os líderes do mundo em vez disso condenarem e agirem para prender os perpetradores, os financistas e os instigadores do terrorismo, nem os cidadãos de Israel nem de outros lugares precisarão usar de métodos de auto-defesa.