Sunday, April 28, 2019

Outro Ataque e o Crescente Antisemitismo na America - 28/04/2019


Quando a festa de Pessach acabou ontem à noite, nas sinagogas em Nova York já se comentava sobre o lamentável ataque ao Beit Chabad da cidade de Poway na Califórnia. Ninguém sabia ao certo o que havia sucedido, mas o fato de ter ocorrido exatamente 6 meses depois de Pittsburg, aonde 11 pessoas morreram, não passou desapercebido.

Sem querer diminuir os repulsivos e odiosos ataques terroristas à comunidade cristã do Sri Lanka na semana passada, no meio do domingo de Pascoa, obra do Estado Islâmico, desta vez, um homem, e não um adolescente como vários canais de mídia, resolveu dar vazão ao seu ódio antissemita. Justo antes de sair com sua arma automática em direção à sinagoga, este energúmeno postou seu manifesto no Facebook declarando que “os judeus merecem o inferno. Eu vou manda-los para lá”. Ele também denunciou Donald Trump por apoiar Israel.

Lory Kaye, uma senhora de 60 anos, que tinha ido à sinagoga para falar Yiskor pela primeira vez por sua mãe, morreu ao tentar proteger o rabino que havia sido baleado na mão. Um israelense em visita e uma menina, também israelense, que se mudou para Poway com a família, fugindo dos mísseis de Sderot, também foram feridos.

Foi a mão de D-us que evitou um massacre. A arma do atacante travou dando oportunidade à um policial de folga, a revidar o fogo.

Imediatamente, a mídia, talvez ainda de ressaca da noite dos jornalistas acusou quem? Donald Trump é claro! A CNN logo declarou que vimos o aumento do antissemitismo a partir da eleição de Trump.

Uma mentira de gigantes proporções! Foi durante os anos de Barack Obama, que os incidentes antissemitas aumentaram na América. O seu politicamente correto contra qualquer forma de atribuição de mau comportamento a jihadistas, muçulmanos e negros, foi fundamental para a normalização do uso de trópes antissemitas.

Os judeus são apenas 2% da população americana mas sofreram 60% dos crimes de ódio religioso em 2018. Mesmo assim, temos hoje duas muçulmanas no Congresso Americano, uma usando o véu, que não têm qualquer vergonha ou receio de vomitar seu antissemitismo em todos os canais de mídia social. E os democratas se recusam terminantemente a condená-las com medo de serem rotulados de islamofobos!

É isto que está levando à normalização das manifestações antissemitas.

E prova é o que aconteceu na semana passada com o jornal The New York Times!  Na quinta-feira, em sua edição internacional, o jornal publicou uma caricatura de um presidente Donald Trump cego e usando uma kipá preta, sendo levado por um cachorro com a cara de Netanyahu com uma estrela de Davi pendurada na coleira.

Quando achamos que os comentários da congressista Ilhan Omar sobre a dupla lealdade dos judeus eram problemáticos, o The New York Times se desdobra para ultrapassá-la.

O choque generalizado que a caricatura provocou, levou o New York Times a retira-la da edição online e a tentar um pedido de desculpas esfarrapado. Será que finalmente o The New York Times resolveu revelar o que pensa dos judeus? Seus editores não viram qualquer problema em imprimir uma caricatura do presidente americano sendo cegamente liderado pelo “cão judeu”?

E pior, como aqueles que levaram a matéria a ser impressa, chegaram à conclusão que era ok colocar uma kipá no presidente? Então qual é? Trump é antissemita ou um judeu enrustido sendo conduzido por Israel?

Em outras instâncias que ocorreram no passado, dissemos que as imagens “evocavam lembranças” do antissemitismo da década de 1930. Isso não evocou; isso nos mostrou exatamente como era.

Os nazistas também nos descreveram como animais. Eles também afixaram estrelas de Davi em nós. Os antissemitas nos compararam a cães, porcos e macacos. Depois da Segunda Guerra, costumava a ser a esquerda que descrevia os judeus como controladores do mundo, como um polvo ou uma aranha.

Mas agora vemos que se tornou regular jogar a culpa pelos problemas do mundo nos judeus e em Israel. Nenhum outro país ou grupo minoritário é submetido a esse ódio implacável e sistemático pelos principais jornais do mundo e agora na América.  Queria ver alguém na mídia se atrever a colocar o rosto de um líder islâmico em um cachorro, com símbolos islâmicos pendurados na coleira, liderando o presidente dos EUA.

Claro que não. Do editor ao porteiro do prédio, alguém iria acabar com isso. O editor da noite, o editor assistente ou um estagiário iria levantar a bandeira vermelha e dizer que "Isso não é certo".

Pessoal, esta caricatura não acabou impressa na edição internacional do The New York Times por engano. Ela foi escolhida; foi designada para figurar em uma página por alguém. Foi verificada e re-verificada. Eu trabalhei em jornal e sei que nada é impresso sem a aprovação de várias pessoas. E se para seus editores isto era algo inofensivo, porque não a publicaram na edição doméstica do jornal?

O jornal reconheceu seu erro de modo completamente patético admitindo que a caricatura "incluía elementos antissemitas". Em seguida, declarou que: "A imagem era ofensiva e foi um erro de julgamento publicá-la".

NÃO. Não é apenas UM erro de julgamento. Existem inúmeros. Entre eles, o uso de um cachorro com uma estrela de David na coleira, para descrever Israel. Alguém pensaria que depois do Holocausto, qualquer uso da Estrela de Davi automaticamente levantaria questões em uma publicação. E colocar o rosto do primeiro-ministro israelense em um cachorro! Vou repetir: Em um cachorro!

Esta caricatura não é algo levemente antissemita. Ela é profundamente antissemita. E é por isso que este pedido de desculpa não é suficiente. Um erro de julgamento é, por exemplo, revelar a foto de um menor relacionado com um crime. Isto não é uma referência antissemita obscura. É prova que existe uma cultura de antissemitismo no NYT.

Este deve ser um momento decisivo. É um momento decisivo porque um dos jornais mais prestigiados da América fez isso, não um jornaleco de uma cidadezinha qualquer. E o fato de ter sido publicado na Edição Internacional é ainda pior. É esta edição que mostra o rosto da América para o mundo. E também dá um sinal de aprovação silencioso para outros antissemitas. Como podemos exigir que haja tolerância zero para o antissemitismo quando toleramos uma coisa desta?

As pessoas devem exigir uma retratação real. Não outro conjunto de declarações em que todos fingimos que isto não foi bem antissemitismo, ou que Ilhan Omar não atacou os judeus claramente de "dupla lealdade".

Precisamos ouvir uma sincera contrição e uma prestação de contas mostrando quem foram os responsáveis pela aprovação desta publicação. O público deve ser incluído na discussão, e o The New York Times deve ouvir o quanto isso é prejudicial e ofensivo.


Sunday, April 21, 2019

Notre Dame em Chamas - 21/04/2019


Os primeiros alertas sobre o incêndio da Catedral de Notre Dame em Paris paralisaram o mundo. As imagens devastadoras de chamas e nuvens de fumaça jorrando do teto, e depois o desabamento da sua torre e telhado, causaram um sentimento de perda generalizado deste inigualável ícone religioso e cultural.

Aqueles que a visitaram, recordam a majestosa arquitetura gótica aonde Joana D’Arc foi declarada mártir, aonde vários reis da França foram coroados incluindo o imperador Napoleão Bonaparte. Imortalizada na novela de Victor Hugo, o Corcunda de Notre Dame, a catedral foi recriada em desenho animado em 1996 pela Disney. Notre Dame é também aonde estão enterrados os Cardeais de Paris, o último, um judeu, Aharão Lustiger que foi convertido ao cristianismo aos 13 anos em meio ao nazismo. Um marco que sobreviveu 850 anos. Sobreviveu à Revolução Francesa, a Duas Guerras Mundiais, a ocupação da Alemanha e a tantos outros traumas.

Mas a catedral não esconde seu passado sombrio. Ela começou a ser construída em 1163. Mas para pagá-la e reabastecer os cofres do rei da França, em 1182 os judeus foram expulsos e seus bens confiscados. Mas surpreendentemente, alguns dos trabalhos de arte mais proeminentes da Catedral, dizem respeito aos judeus. Ao lado da entrada principal há duas esculturas: a imponente e altiva Eclesia do lado esquerdo, representando a Igreja Católica, e a Sinagoga do lado direito representada por uma figura feminina cabisbaixa, com uma serpente na cabeça enrolada sobre seus olhos, representando a cegueira dos judeus e sua subjugação à Igreja.

Na época em que esse friso estava sendo esculpido, os judeus eram implacavelmente perseguidos em Paris e em outros lugares da Europa. Em 1239, o papa Gregório IX fez dezenas de acusações contra o Talmud. Isto levou a conclamações para coletar e destruir esta obra sagrada judaica. Em nenhum lugar esta instrução horrenda foi levada a cabo com mais zelo do que em Paris. Em 3 de março de 1240, as autoridades da igreja invadiram as sinagogas de toda a França. Era um Shabat e as sinagogas estavam cheias. Os judeus indefesos só puderam olhar horrorizados seus volumes sagrados sendo levados embora.

O rei francês Luís IX, que depois foi canonizado como São Luis, exigiu que o Talmud fosse julgado. Quatro rabinos fizeram sua defesa de blasfêmia e outras acusações; sem surpresa, os rabinos foram declarados perdedores e o Talmud condenado à fogueira. Em 17 de junho de 1242, oficiais da Igreja trouxeram para a Place de Grève, que fica ao lado de Notre Dame, 24 carroças cheias de volumes do Talmud, cerca de 10 mil livros ao todo e lá, foram queimados publicamente. Numa época antes da imprensa, a destruição de todas as cópias conhecidas do Talmud da França foi um golpe  indescritível para os judeus.

O rabino Meir de Rothenburg, conhecido como o Maharam, testemunhou a queima. Ele escreveu uma lamentação assombrosa que recitamos cada Tishah Be’Av dizendo “Minhas lágrimas formaram um rio que alcançou o deserto do Sinai e as sepulturas de Moisés e Aarão. Existe outra Torá para substituir a que você tirou de nós?”

Mas hoje, em 2019, porque este incêndio fez a França e o resto do mundo chorar? Afinal, Notre-Dame ainda está lá, seus danos serão reparados e as cicatrizes que ficarão se tornarão parte de sua história.  

A tristeza francesa, ao contrário de todas as outras, não é sobre a estrutura, mas sobre a alma perdida de uma nação; sobre uma França que uma vez foi, e que jamais retornará. Hoje a França é uma nação culturalmente perplexa; aonde mais de 50% se declara ateu, e menos de 10% se define como católico praticante. Por outro lado, os imigrantes que os franceses mantêm à distância se multiplicam e as mesquitas que eles constroem proliferam, às vezes nos próprios santuários abandonados do catolicismo.

Dennis Prager, o escritor americano-judeu disse que “é como se o próprio Deus quisesse nos advertir da maneira mais inequívoca que o cristianismo ocidental está queimando - e com ele, a Civilização ocidental."

Infelizmente, isso parece ser a verdade. Incrivelmente, um dia antes do incêndio, o escritor Raymond Ibrahim publicou um artigo no Gatestone Institute intitulado: “As Igrejas Europeias: Vandalizadas, Defecadas e Queimadas Todos os Dias”. No artigo ele enumera dezenas de casos de ataques à igrejas cristãs perpetrados por “imigrantes” muçulmanos especialmente na França e na Alemanha. Somente em 2018, 1063 ataques a igrejas ou símbolos cristãos foram registrados na França. Em março deste ano quatro igrejas foram profanadas ou incendiadas na Alemanha. As pichações incluem expressões islâmicas como “AllahUakbar”.

O que é incrível é o fato de praticamente em todos os casos as autoridades e a mídia se desdobram para esconder a identidade dos vândalos. Nos raros casos em que a identidade é vazada, os perpetradores são apresentados como portadores de problemas mentais. Conforme ressalta a recente reportagem da PI-News:

"Quase ninguém escreve ou fala sobre os crescentes ataques a símbolos cristãos. Há um silêncio ensurdecedor tanto na França quanto na Alemanha em relação ao escândalo das profanações e a origem dos perpetradores. Nem uma palavra, nem mesmo o menor indício que poderia levar à suspeita de imigrantes”... Assim, não são os vândalos que correm o risco de serem malvistos e sim aqueles que ousam denunciá-los. Estes são acusados de ódio, discurso de incitamento, racismo e islamofobia.

É o PIOR do politicamente correto. Que pena que os judeus nunca puderam se beneficiar dele, não é? Mesmo assim, judeus correram para ajudar na reconstrução da Catedral. De acordo com a CBS, Lily Safra, a conhecida filantropa brasileira judia, prometeu US$22 milhões de dólares e Françoise Bettencourt Meyers, dona da L'Oreal de Paris, que se casou com um judeu e tem filhos judeus, prometeu outros US$100 milhões. No entanto, ambas deveriam condicionar suas generosas doações ao reparo do antissemitismo patentemente retratado na Catedral e que novas esculturas, exaltando a milenária contribuição dos judeus para a França fossem incluídas na nova Notre Dame.

Ainda não sabemos ao certo o que provocou o incêndio. Mas sem dúvida, o que arrebatou os franceses não foi o templo, pois ele já foi queimado de suas próprias vidas há muito tempo. O que os tocou foi o lugar da Catedral na vida de seus antepassados. O que no fundo eles estão lamentando não é o futuro de sua nação sem um edifício majestoso, mas o irreversível desaparecimento de seus valores e do seu passado por suas próprias mãos.



Sunday, April 14, 2019

Bolsonaro e o Holocausto - 14/04/2019


Por incrível que pareça agora o Brasil está no mapa da mídia internacional. Durante 14 anos não vimos nenhum artigo no The New York Times ou outro jornal ou tv americanas sobre as perolas de Lula - como o fato de não ter no Brasil uma “viva alma mais honesta que ele” ou o fato dele ter “cansado de viajar o mundo falando mal do Brasil”. Ou as centenas da Dilma, como a “mulher sapiens”, “a saída do pessoal do Nordeste para o Brasil”, e o empacotamento do vento, a saudação da mandioca e daí para frente...

Agora cada palavra do nosso presidente Jair Bolsonaro é pesada, medida e imediatamente interpretada, ou melhor, mal interpretada pela mídia internacional de esquerda ainda inconformada com sua vitória.

Neste final de semana, os jornais caíram em cima do presidente por ele ter dito, num encontro com lideranças evangélicas no Rio de Janeiro, que “podemos até perdoar o Holocausto, mas não podemos esquecê-lo”. Imediatamente as manchetes abundaram na internet declarando que Bolsonaro queria perdoar o Holocausto.

Eu ouvi o discurso e sinceramente não achei nada de mais. Entendi que ele estava falando do perdão cristão, num meio evangélico, aquele que prega “perdoai a quem nos tem ofendido” e não que os judeus ou Israel deveriam perdoar os nazistas. A mensagem mais importante, no entanto, que ele tentou transmitir, que o Holocausto não deveria ser esquecido, isso foi passado por cima!

A pressão foi tanta que provocou até uma resposta do Museu do Holocausto em Jerusalem, Yad Vashem. E como se isto não bastasse, como que para provar que o presidente fala besteira, a mídia foi para traz, buscar outra declaração de Bolsonaro quando de sua visita a Israel em ele afirmou que o nazismo tinha sido um movimento de esquerda.

Gente, a esquerda De-tes-ta quando alguém diz que o fascismo ou o nazismo foram movimentos de esquerda. Porque o foram.

O nome inteiro do partido nazista era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha. Ele subiu ao poder explorando uma retórica indisputavelmente anti-capitalista. Hitler foi um revolucionário de esquerda que denunciou a burguesia, os tradicionalistas, os aristocratas e os monarquistas. Hitler, assim como Mussolini, queria promover um sistema econômico corporativista em que empregadores e sindicatos de empregados estariam unidos em associações para representar coletivamente produtores e trabalharem ao lado do Estado e juntos definirem a política econômica nacional. De acordo com eles, este sistema resolveria o conflito de classes através da colaboração entre elas. Isso lembra alguma coisa?

A única diferença entre o nazismo/fascismo e o marxismo era que os dois primeiros eram movimentos nacionalistas, exaltando o primeiro o povo alemão e o segundo, o povo italiano.

Mas as similaridades excedem este ponto em muito. Tanto o nazismo/fascismo quanto o marxismo foram regimes totalitários que viam tudo como político e acreditavam que qualquer ação do Estado era justificada para alcançar um suposto bem comum. Os três tomam conta de todos os aspectos da vida, incluindo a saúde e bem-estar (vide a Coreia do Norte que acorda seus cidadãos todos os dias na mesma hora) e impõe uma uniformidade de pensamento e ação, seja por força ou por lei ou pressão social.

Estas similaridades causam um grande desconforto na esquerda. Afinal a ideologia de esquerda precisa que as “classes dominantes” e a “burguesia” sejam rotuladas de vilãs e as classes baixas, ou o “proletariado” e os desempregados, sejam vistos como os “explorados” que apoiam o marxismo. Te-los apoiando o fascismo ou nazismo não funciona. Mas esta era a base destes partidos que foram movimentos populares. Foi para o povo que Hitler ordenou em 1937 a criação da Volkswagen, o carro do povo, para que todo o alemão trabalhador tivesse acesso e sua política econômica era voltada para as classes baixas.

Antes da segunda guerra mundial, o fascismo era visto como um movimento social progressivo com muitos adeptos de esquerda na Europa e nos Estados Unidos. O horror do Holocausto completamente mudou a imagem destes partidos que se tornaram algo mau, atrelados ao nacionalismo extremo, paranoicos e racistas genocidas.

Depois da guerra, estes esquerdistas que nas décadas de 20 e 30 tinham elogiado Mussolini e até Hitler – não vamos esquecer que Hitler em 1938 foi escolhido como o homem do ano da revista Time – estes esquerdistas foram obrigados a se distanciar dos horrores do nazismo. Assim, eles começaram a redefinir tanto o fascismo como o nazismo como movimentos de direita e projetaram seus próprios pecados sobre os conservadores, apesar de continuarem a promover o pensamento fascista.

Hoje o fascismo se tornou sinônimo de qualquer coisa indesejável. A resposta da esquerda para qualquer crítica é que a pessoa é fascista. É uma resposta mais visceral, instintiva e zombeteira que algo racional ou baseado em princípios ou fatos. Trump é rotineiramente chamado de fascista e racista, que sempre vai junto, apesar dos Estados Unidos hoje terem o menor índice de desemprego entre os afro-americanos e os latinos de toda a história americana.

A lógica da esquerda é que as coisas que eles aprovam são boas e coisas boas não podem ser fascistas. Assim, por exemplo, apesar de Fidel Castro ter sido um fascista na integralidade, ninguém jamais teve a coragem de chama-lo de fascista, porque afinal de contas, a esquerda aprovava sua suposta “resistência” ao imperialismo americano, incluindo Obama!

Mas ninguém tem qualquer problema em chamar simples conservadores como George Bush, Trump e Bolsonaro, de fascistas. E não vou nem mencionar Bibi Netanyahu que além de fascista é genocida, líder de um governo racista de apartheid e todo o resto.

Vocês também podem notar a hipocrisia flagrante da mídia, que continua a rotular Trump e Bolsonaro de líderes da “extrema-direita”, mas não chama ninguém, nenhum regime de “extrema-esquerda”, nem mesmo a Coreia do Norte.

Hoje, uma das expressões deste fascismo de esquerda que está tomando os regimes ocidentais é o fascismo verde. Temos aqui em NY Alexandria Ocasio-Cortez que está vendendo o fim do mundo em 12 anos se não reduzirmos as emissões do carbono. Hitler também era pró-meio ambiente com uma visão holística acusando o ocidente de estar “doente”, “corrupto” e “em desarmonia com a natureza”. Sim temos que cuidar da limpeza mas não impor soluções como as apresentadas por ela no seu Novo Negocio Verde aonde eliminamos as vacas por causa do gás que emitem ou deixamos de ter filhos.

A diferença entre nós os conservadores e a esquerda, é que eles consideram o meio-ambiente sua nova religião e nós os heréticos. Nós nos consideramos os guardiões da terra e tentamos fazer o melhor dentre as opções que temos.

Assim minha gente, não comprem esta retórica ignorante da mídia e da esquerda. Não vamos mais deixar eles vestirem todos os que os criticam com o manto do nazismo ou fascismo. Chega de aceitarmos estes rótulos calados. Temos agora que começar a jogar a verdade na cara deles.



Sunday, April 7, 2019

A Visita de Bolsonaro a Israel - 07/04/2019


Nesta semana, como vocês sabem, tive a honra e o privilégio de estar com nosso presidente Jair Bolsonaro em Jerusalem. Esta viagem histórica foi extremamente proveitosa para o Brasil. Vários acordos de cooperação importantes foram assinados que trarão não só tecnologias novas, mas criarão milhares de empregos no Brasil.

As áreas que o governo brasileiro se concentrou foram as de ciência e tecnologia, segurança pública, defesa, segurança e serviços aéreos, saúde e medicina. Tive o prazer de presenciar a seriedade e a vontade de trabalhar dos membros da comitiva que estiveram o tempo todo focados em seu trabalho.

Netanyahu, por seu lado, organizou uma recepção única, abrindo as tecnologias mais avançadas para o Brasil. Fiquei na cola das minhas amigas, a deputada Federal pelo Distrito Federal Bia Kicis, uma defensora implacável de Israel e Soraya Thronicke, a senadora pelo Mato Grosso do Sul que passou cada minuto procurando ideias e meios que pudessem ajudar o pequeno agricultor. Realmente parabéns a todos!

Um ponto que não pôde deixar de ser discutido foi a situação precária da Venezuela e o preocupante envolvimento da Rússia naquele país. Nesta semana, Putin resolveu enviar uns 100 “conselheiros”, ou seja, soldados, junto com equipamento militar para apoiar o governo ou desgoverno de Maduro. A Casa Branca mandou uma mensagem inequívoca para os russos saírem da Venezuela.

E porque isto é importante? Esta não é a primeira vez que a Rússia envia um contingente de “conselheiros” para um país. Em 2015, Moscou enviou um grupo semelhante para a Síria. Na prática isto significou que qualquer resolução da guerra civil síria teria que passar pela Rússia. É o que temos hoje. Ninguém se move no país sem o ok de Putin. E foi este ok que permitiu o retorno do corpo do soldado israelense Zecharia Baumel depois de 37 anos! Israel agradeceu a Rússia e ninguém mais.

Na Venezuela, a presença russa se faz sentir de duas maneiras: econômica e geopolítica. Durante décadas a Rússia investiu na indústria do petróleo venezuelano e não vai engolir o prejuízo por seu mau gerenciamento. A Venezuela deve à Rússia mais de seis bilhões de dólares e irá seguir Maduro aonde ele for para receber seu dinheiro de volta.

Do lado geopolítico Putin passou as duas últimas décadas cultivando o relacionamento com a liderança venezuelana assegurando sua influência do outro lado do globo e com um país próximo aos Estados Unidos. Isto é algo que só vemos com grandes potencias.
Putin também está investido em destruir a OTAN. A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi criada em 1949 para barrar o avanço da União Soviética durante a guerra fria. O foco principal da organização foi declarar que se um membro fosse atacado, todos os membros o defenderiam.

Em 1955, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia para contrapor a OTAN. Ironicamente, todos os países membros do Pacto de Varsóvia, abandonaram a Rússia e se uniram à OTAN.  Putin quer recuperar a imagem de uma Rússia todo-poderosa e está usando todos os meios para consegui-lo... com os atuais párias do mundo.

A Rússia continua a assessorar o Irã em seu programa nuclear. Continua a expandir suas bases na Síria. Está envolvida na Venezuela, e devagar está minando o relacionamento dos Estados Unidos com países da Europa Ocidental. A Rússia e a Alemanha assinaram um projeto pelo qual Moscou irá fornecer gás natural para a Alemanha através de uma empresa controlada pelo governo russo. Em seu encontro com membros da OTAN, Trump fez a pergunta óbvia para a Alemanha: porque ela estaria se sujeitando a se tornar dependente do gás da Rússia?

E aí temos a Turquia. O radical distanciamento do ocidente pela Turquia sob o presidente Recep Erdogan não é nenhuma novidade. O que é novidade é a aproximação dos turcos com a Rússia. Desde 1952, a Turquia é membro da OTAN se beneficiando de toda a tecnologia americana e treinamentos conjuntos.

Quem sabe bem disto é Israel que tem enfrentado uma Turquia militante e agressiva desde a Operação Chumbo Fundido de Gaza em 2009. Há apenas alguns meses, a Turquia denunciou o “racismo flagrante” do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu porque ele chamou Israel de estado-nação do povo judeu. Em resposta, Netanyahu disse que Erdogan era um "ditador" e uma "piada".

Felizmente na semana passada, Trump acordou para o que está acontecendo na Turquia e decidiu agir. Na segunda-feira, o Pentágono anunciou que estava suspendendo a entrega de caças F-35 depois da Turquia ter declarado que havia comprado o sistema antimísseis russo S-400.

Esta suspensão tem importantes consequências estratégicas para o Estado de Israel. A Força Aérea Israelense tem atualmente uma frota de 14 jatos F-35, conhecidos em Israel pelo nome de Adir, e espera-se que receba outros 50 para completar dois esquadrões até 2024. Construídos pela Lockheed Martin, os jatos têm uma assinatura de radar extremamente baixa, permitindo a operação em território inimigo sem serem detectados evadindo sistemas avançados de defesa como o S-300 e o S-400.

Há tempo que Israel se pergunta se a Turquia está se tornando um outro Irã. Até a revolução islâmica em 1979, Israel e Irã eram aliados muito próximos. Teerã comprava muitas armas de Israel e chegaram inclusive a trabalhar em sistemas de defesa conjuntos.

Tudo isso mudou quando os aiatolás assumiram o controle e as armas vendidas por Israel se voltaram contra ela. Israel e a Turquia também tiveram uma relação semelhante. A Força Aérea de Israel, por exemplo, costumava treinar livremente no espaço aéreo turco, e os chefes de equipe de ambos os países costumavam se reunir para compartilhar informações.

Agora, porém, os países não têm mais embaixadores. Em maio do ano passado, num incidente cuidadosamente orquestrado pelo governo de Erdogan, o embaixador de Israel na Turquia, Eitan Naeh, foi forçado a passar por um humilhante busca no aeroporto de Istambul com câmeras de mídia filmando e circulando o incidente.

Com a contínua radicalização do país, não perguntamos mais se o que aconteceu com o Irã pode também acontecer com a Turquia.  Só quando irá acontecer.

Se por um lado, como membro da OTAN a Turquia deveria estar comprometida com os valores do Ocidente, por outro, os Estados Unidos devem ficar atentos à esta guinada em direção ao radicalismo muçulmano. Erdogan apoia abertamente o Hamas, ataca Israel e despeja quantias enormes de dinheiro em instituições e organizações islâmicas em Jerusalém. Ele também usa seu cônsul para enviar ajuda para a Faixa de Gaza.

Como esperado, a Turquia está culpando Israel pela suspensão da entrega dos F-35. Uma fonte turca disse à agência de notícias TRT que Israel havia pressionado os EUA a suspender o acordo. Nada sobre a flagrante contradição de pertencer a uma organização militar de combate à Rússia por um lado e estar comprando armamentos e sistemas de defesa russos por outro. Sistemas estes que deverão ser integrados aos do país e da OTAN. É a pura hipocrisia.

Os EUA tomaram a decisão certa de suspender as entregas da aeronave. A Turquia precisa decidir de que lado está. No meio tempo, este impasse pelo menos assegura a Israel o continuo e total domínio sobre os ares do Oriente Médio.