Sunday, February 24, 2019

O Que Está Acontecendo Com a França? - 24/02/2019


Suásticas em lápides nos cemitérios judaicos e fotos de sobreviventes do Holocausto pregadas nelas. Um judeu é baleado com uma carabina de ar na porta de uma sinagoga em Paris. Um judeu intelectual de 69 anos, membro da Academia Francesa de Letras é chamado de “judeu sujo” nas calçadas de Paris. Uma árvore plantada em memória de um judeu assassinado em um ataque antissemita brutal é cortada pela raiz horas antes de um serviço de lembrança a ele.

Estes são apenas alguns dos ataques viciosos, tenebrosos e antissemitas que ocorreram na França nos últimos dias, gerando uma preocupação real com o crescente sentimento anti-judaico no país da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

A pergunta é: o que está provocando essa onda de ataques?

A recente onda de turbulência social na França e a atmosfera febril gerada pelo chamado movimento “jalecos amarelos” foram identificados como fenômenos que provocaram estes sentimentos antissemitas.

Este movimento dos jalecos amarelos começou como um protesto contra o aumento do imposto sobre o combustível, mas rapidamente se transformou em um movimento de protesto contra a condição socioeconômica da classe trabalhadora e média, com uma retórica populista altamente anti-"elite".

Ao mesmo tempo, o sentimento antijudaico e anti-sionista, vivo e desavergonhado na significativa população muçulmana da França, tem sido um motor de ataques antissemitas no país nas últimas duas décadas.

Yonathan Arfi, vice-presidente do grupo de comunidades judaicas francesas do CRIF, diz que elementos significativos dentro do movimento "jalecos amarelos" identificaram judeus franceses como parte da “elite" que está reprimindo e oprimindo os trabalhadores franceses comuns.

Mesmo que judeus franceses estejam em grande parte nas mesmas circunstâncias econômicas que muitos na classe média e média-baixa, eles estão associados à elite e portanto são culpados pelas injustiças infligidas a outros cidadãos franceses. O sentimento anticapitalista do movimento deu lugar aos estereótipos e preconceitos antijudaicos.

Mas será que é só isso? Antes disso a França não era antissemita? Esta ideia de que a Europa largou seu antissemitismo para trás no dia 7 de maio de 1945 com a rendição incondicional da Alemanha, é uma falácia, uma mentira.

É o mesmo antissemitismo da década de 30 e da década de 70 quando eu ouvia piadinhas escondidas sobre judeus e fornos crematórios na escola. Mas hoje não é preciso mais esconder, não é?

A Polônia insiste em reescrever a história, passando leis asininas sobre a não colaboração dos poloneses com os nazistas. Seu governo deveria sim, revisitar os pogroms que ocorreram depois de 1945 como, por exemplo, o de Kielce de 1946 aonde 42 judeus foram brutal e furiosamente massacrados. De acordo com Yad Vashem 2 mil judeus que tentaram voltar para suas comunidades em busca de parentes foram assassinados depois da Guerra pelos poloneses.

A França não ficou para trás. Em 1941 haviam exibições intituladas “Este Judeu e a França”, junto com as leis raciais e o uso da estrela de Davi nas roupas. Um das mais brutais batidas, visando mulheres e crianças judias, ocorreu em Julho de 1942 no Vel’ d’Hiv quando 13 mil foram judeus presos pelas autoridades francesas. Dos 75 mil judeus franceses deportados para campos de concentração na Polônia, somente 2,500 sobreviveram.

Isto foi o ápice, a culminação da expressão antissemita que putrefava e continua a putrefar a sociedade francesa, justo abaixo de sua hipócrita indignação em defesa do politicamente correto.

Como outrora, manifestantes do jaleco amarelo se agarraram ao fato de que o presidente francês Emmanuel Macron trabalhou no Banco Rothschild e o está acusando de fazer parte de uma conspiração judaica global.  Como não?

Macron tem sido descrito por manifestantes como a "prostituta dos judeus", uma "marionete" dos judeus e "presidente dos ricos", entre outros “elogios”.

Alguns observadores dizem que o movimento do "jaleco amarelo" é composto por membros das mais diversas posições políticas - incluindo tanto a extrema esquerda, que tem um foco anticapitalista, quanto a extrema direita que quer "recuperar" o controle do governo. Mas entre os extremos e o meio, o fator comum que vemos neste movimento é o antissemitismo!

Ariel Kandel, diretor da organização Qualita para imigrantes franceses em Israel, acertou em cheio quando disse que o antissemitismo expresso pelo movimento “jaleco amarelo” é o caso de crenças antissemitas clássicas se manifestando mais uma vez na sociedade moderna.

“Tudo volta aos judeus: 'Eles têm dinheiro, têm poder, são sionistas' e, apesar de não terem nada a ver com os problemas na França, quando há problemas, os judeus são culpados”, disse Kandel. "É triste ver o retorno de atitudes medievais em que os judeus são reflexivamente culpados pelos problemas de um país".

Kandel ainda disse que a recente onda de ataques é parte de uma bola de neve na qual um ataque antissemita causa outras pessoas a deixarem suas inibições de lado sobre a ilegitimidade do antissemitismo. E isso leva a outros incidentes e ataques cada vez mais sérios.

E os muçulmanos da França, como vimos recentemente, não têm qualquer inibição em expressar seu antissemitismo. E aí os outros seguem. Incidentes antissemitas que até 20 anos atrás eram contados nas dezenas por ano, hoje contam nas centenas.

Independentemente da razão precisa destes ataques antissemitas, a França está claramente no meio de uma onda de ataques preocupante à sua comunidade judaica e seu lugar na república.

Sim, na noite de terça-feira passada, políticos de todo o espectro político manifestaram-se contra o fenômeno e os comícios mostraram que uma grande parte da população ainda se opõe ao antissemitismo.

Mas o antissemitismo, em várias formas e disfarces, também se tornou mais legítimo aos olhos de muitos que finalmente se sentem livres de seus estigmas, a ponto de repetir insultos e difamações antigas contra seus concidadãos.

Como disse o presidente da Agência Judaica, Isaac Herzog, na terça-feira, o vírus do antissemitismo voltou mais uma vez ao coração da Europa. E este talvez seja o começo do alerta para esta comunidade procurar sua Liberdade, Igualdade e Fraternidade em outro lugar.

Este é meu comentário, mas não posso deixar passar o que está se passando na Venezuela. Duas pessoas deram suas vidas neste final de semana tentando fazer passar a ajuda americana para dentro do país. Enquanto isso, Maduro dançava nas ruas de Caracas, aproveitando a adulação dos seus apoiadores. Esta é a lição da semana sobre o socialismo meus amigos: Que ele não sobrevive sem tirania. Nem na União Soviética, nem na China, nem em Cuba e nem na Venezuela. Maduro é um tirano porque quer o poder acima de tudo. Ele proibiu a entrega da ajuda humanitária americana, de comida, de remédios, porque não se importa de modo algum com a sorte de seu povo que está morrendo de fome e penúria devido a anos de mal gerenciamento e corrupção. Esta é a hora da verdade do socialismo minha gente. E quem continuar a apoiar este regime criminoso, sejam seus capangas, ou os militares, deve ser igualmente julgado por crime contra a humanidade.

Sunday, February 17, 2019

A Vitória de Bibi em Varsóvia - 17/02/2019


Que diferença alguns anos fazem. Em 1967, a Liga Árabe emitiu o que foi chamado de Resolução de Khartoum. Em sete curtos parágrafos os Árabes colocaram em uníssono sua posição em relação a Israel: Não à paz com Israel, não ao reconhecimento de Israel e não à negociações com Israel. Cinquenta e dois anos após este encontro, lideres árabes não mais se envergonham de serem vistos apertando a mão do primeiro ministro Benjamin Netanyahu e de fato, alguns deles veem Israel como o único país de enfrentar um inimigo muito real.

Depois da Guerra de Yom Kipur, Israel deixou de ser visto como uma ameaça aos países árabes vizinhos. Especialmente depois da paz com o Egito, quando Israel retornou toda a península do Sinai conquistada na Guerra dos Seis Dias, os países árabes parecem ter se resignado com a existência de Israel no Oriente Médio. De modo quieto, é claro.

Mas depois da revolução iraniana, e com os aiatolás prometendo dominar a região e impor sua seita xiita do islamismo junto com um programa nuclear, a frase “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”, nunca se fez tão verdadeira.

Assim, na semana passada, os Estados Unidos promoveram em Varsóvia na Polônia, a Cúpula sobre o Oriente Médio, focando nas destrutivas atividades do Irã na região. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Jacek Czaputowicz, foram os anfitriões oficiais da conferência de dois dias, na qual participaram altos funcionários de 60 países.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o vice-presidente dos EUA Mike Pence estiveram presentes, e mais de 20 outros países do mundo participaram em nível ministerial, incluindo o Brasil e vários países árabes, como Marrocos e Arábia Saudita.

A França e a Alemanha enviaram funcionários de baixo escalão e a hefe de política externa da União Européia, Federica Mogherini, se afastou totalmente do evento.

A Rússia e a China resolveram não participar mostrando do lado de quem estão e nem os palestinos, que pediram para o mundo boicotar a reunião. Javad Zarif, ministro do exterior do Irã declarou que esta cúpula estava morta antes de começar.

Mas bem ou mal, os aiatolás e os palestinos devem ter tido arrepios ao verem Netanyahu cercado pelos ministros do exterior da Arabia Saudita e Bahrain e receber um caloroso aperto de mão do Ministro do Exterior de Oman, Yusuf vin Alawi bin Abdulah.

E pior (ou melhor) ainda, Netanyahu declarou no final da Cúpula que "Quatro dos cinco ministros das Relações Exteriores árabes que se dirigiram à conferência falaram forte e claramente contra o Irã, dizendo exatamente o que ele vem dizendo há anos". "Eles foram o mais claros possível sobre a questão e o direito de Israel de se defender contra a agressão iraniana." Netanyahu não especificou quais quatro ministros estrangeiros árabes falaram mas tenho a impressão de que foi o Kuwait que silenciou.

Para Netanyahu isto foi uma grandíssima vitória diplomática. Num evento em que estavam presentes ministros do exterior árabes dizendo que os israelenses têm o direito de se defender, e não o fazendo em segredo, mas em um palco com outros 60 países presentes, é algo não só inusitado mas surpreendente.

Há apenas alguns anos, o conflito com os palestinos tinha tomado o centro das atenções mundiais. Em todos os fóruns, da ONU à Organizações dos Estados Americanos, não tinha quem não apontasse para o problema como a causa de todos os males da humanidade.

Hoje, os principais países do ocidente como Estados Unidos, Inglaterra e os principais países árabes, concordam que o problema da expansão da influencia e do suporte ao terrorismo iraniano, se sobrepõe a todas outras urgências.

E nesta linha, Netanyahu pediu aos líderes árabes que não rejeitem o plano de paz que Trump irá propor antes da administração americana apresenta-lo.

Surpreendentemente, Netanyahu disse aos líderes árabes durante o mesmo encontro que no caso de Israel ele sabia que a paz era uma "via de mão única".

"Para que Israel esteja em paz ou normalize as relações com o mundo árabe mais amplo, precisamos ter a paz entre Israel e os palestinos", disse ele. “Como a paz nunca esteve próxima, não tivemos nenhuma opção.”

E esta declaração de Netanyahu é o que preocupou os israelenses que o suportam. Às vésperas das eleições, Bibi dizer que a paz será feita através de concessões israelenses somente, não é uma coisa boa.

Os palestinos foram relegados ao segundo plano precisamente por terem sempre rejeitado todas as ofertas de paz, inclusive a de Ehud Olmert que irresponsavelmente concordou em entregar o Muro das Lamentações aos palestinos! E Mahmoud Abbas disse a ele que iria pensar... Nunca lhe respondeu!

A paz com os palestinos, como disse já aqui neste programa, não é possível simplesmente por que os valores dos dois povos estão anos luz a parte. Qualquer concessão de Israel será vista como um sinal de fraqueza e uma indicação para os palestinos continuarem rejeitando ofertas esperando mais e mais concessões.

Israel deveria deixar isso claro aos outros países árabes que conhecem bem sua cultura. Hoje eles precisam de Israel e ficaram do seu lado por causa do Irã. Depois que o perigo passar, eles voltaram aos seus maus hábitos. Se há um acordo a ser arrancado com os palestinos, ele tem que ser feito agora nos termos de Israel. Só assim Israel ganhará o respeito de seus vizinhos e um lugar de honra no Oriente Médio, em meio à eles.



Sunday, February 10, 2019

A Insanidade da Esquerda Americana - 10/02/2019


Na quinta-feira as notícias vindas de Israel falavam principalmente de um assassinato chocantemente brutal de uma jovem israelense, de apenas 19 anos. Seu corpo havia sido encontrado num parque do sul de Jerusalem em um estado indescritível, com diversas facadas pelo corpo e muitos sinais de violência.
Durante a tarde aqui em NY, o noticiário já havia dado o nome da menina, Ori Ansbacher, da comunidade de Tekoa que fica a apenas 16 km ao sul de Jerusalem. Mas naquela altura não se sabia se havia sido um ataque terrorista, um assalto ou qualquer outra coisa. Ori estava prestando o serviço nacional e trabalhava num centro para jovens em Jerusalem.
O suspeito do assassinato foi logo identificado no sábado, após um exame de DNA deixado no corpo de Ori. Seu nome Arafat Irfaiya, de 29 anos de idade, da cidade de Hebron e que se encontrava em Israel ilegalmente. Depois de uma caça que levou o exército a Ramallah e Al-Bire, ele foi apreendido e confessou o crime.

De acordo com ele, Irfayia saiu de sua casa em Hebron na quinta de manhã armado de uma faca e se dirigiu para Jerusalem. Assim que avistou Ori, ele “a atacou e assassinou”.

Irfayia já havia cumprido pena por estar ilegalmente em Israel e por porte de faca, e por isso as autoridades o identificaram tão rapidamente. A discussão em Israel agora, é sobre a intenção do assassino, se foi um ataque terrorista ou não.

Isto realmente não é importante para a família. A vida de Ori foi arrancada de modo selvagem e cruel. Você tem uma filha, a cria, cuida dela, tem mil sonhos com ela, sua graduação, seu casamento, os netos que ela vai te dar. E tudo isso é tirado de você em um instante por um animal (sem querer ofender os animais) que acha que estará ganhando o céu por este ato desumano.

Muitos detalhes horrendos foram publicados na mídia social, mas em deferência à família - que pediu para todos lembrarem só do sorriso e da luz de Ori, não vou mencioná-los aqui.

Mas quando um palestino sai de sua casa para Jerusalem, armado de uma faca, ele não está indo para um passeio no parque. E ele sabe que se levantar a bandeira da “ocupação” como razão, ele automaticamente receberá um salario milionário pago pela Autoridade Palestina, cortesia da generosidade da comunidade internacional. Se jamais houvera uma razão para aplicar a pena de morte, esta é uma.

Pessoal, nunca haverá paz com os palestinos. Este imbecil, de 29 anos, cresceu no clima dos acordos de Oslo, acordos que deveria ter levado à paz, mas que somente deram à liderança palestina liberdade para pregar seu ódio, racismo e islamismo radical. Isto enquanto os israelenses recebiam a dose diária de mentira que “não há solução militar para o conflito”, tirando de nossos soldados toda a vontade de “ganhar esta guerra”.

O mundo continua a não entender ou a não querer entender isso. De todos, foi o presidente do Egito que ultimamente mostrou a maior sabedoria ao responder às criticas do presidente Frances François Macron.

Macron visitou o Egito no final de janeiro para assinar contratos super lucrativos para seu país. Isso não o impediu, no estilo da esquerda festiva, de criticar seu hospedeiro, virando o nariz à Sissi.

Em seu discurso, Macron disse que “o sucesso do Egito é importante para o mundo, dado seu tamanho, localização e capacidade militar, mas a liberdade de expressão é uma das melhores salvaguardas contra o extremismo. Macron continuou dizendo que a “estabilidade e paz duradoura acompanham as liberdades pessoais e um estado de direito. Isso não pode ser separado dos direitos humanos”. “Temos valores que são universais, não são apenas valores franceses. Nós temos requisitos e os direitos humanos estão entre eles. E podemos, francamente, afirma-los, e é o que decidi fazer hoje”.

Sissi imediatamente rebateu, lembrando a Macron que os valores do povo egípcio são diferentes dos franceses. Sissi foi claro ao dizer: Nós não somos a Europa ou os Estados Unidos e não esqueçam que estamos numa região conturbada. Temos coisas mais urgentes para focar do que direitos humanos, como saúde, habitação e segurança para sua população de quase 100 milhões.

Direitos humanos vão contra os valores islâmicos do país. Mulheres são consideradas propriedade dos homens de suas famílias e homossexuais são perseguidos. Isto é algo que o povo egípcio não está pronto a renunciar para se mostrar “mais ocidental”.  

Casamentos de meninas de 9 anos de idade são comuns para os homens supostamente seguirem nos passos do “profeta”; assassinatos de meninas e mulheres para resguardarem a honra da família também. Membros da comunidade LGBQ são repetidamente presos, torturados e podem pegar até 15 anos de cadeia se condenados. Em outras palavras: a paz não é possível agora nem nas próximas gerações porque a cultura árabe não permite. Nossas visões são outras, nossos valores são outros e nossa honra está em outro lugar.

Imediatamente, e com medo de ter ofendido Sissi, Macron recuou dizendo ser importante respeitar a soberania do Egito.

É assim, pessoal. A esquerda sempre recua quando confrontada com os fatos crús da realidade. E rapidamente, foi isso o que aconteceu aqui nesta semana em Washington.

Durante o discurso de Trump no Congresso, no anual Estado da União, Trump enumerou seus sucessos e os programas que ele quer concluir. E hipocritamente, as iniciativas que mais motivavam os democratas até dois anos atrás, e que Trump quer implementar, de repente perderam sua importância como fronteiras seguras, cidadania para os jovens que foram trazidos ilegalmente quando crianças para os Estados Unidos, lutar contra a epidemia dos opióides e Aids.  Nesta parte do discurso os democratas sentaram sobre suas mãos mostrando que sua verdadeira face: que eles não se importam com o povo, se importam apenas consigo próprios.

Outro evento que escancarou a hipocrisia democrata foi a denuncia de duas mulheres contra o vice-governador da Virginia Justin Fairfax por abuso sexual e estupro. As duas mulheres lembram aonde, quando e quem foram as pessoas para as quais elas contaram sobre o ataque. Lembram o que ocorreu quando o candidato à Suprema Corte, Brett Kavanaugh foi questionado pelo Congresso? Um escândalo! Tudo porque uma mulher disse ter sido bulinada por ele durante uma festa quando eram adolescentes mas não lembrava quando, aonde, ou quem soube do ataque. Agora, silencio completo das mulheres democratas, mostrando que elas não estão defendendo valores mas defendendo somente o partido e suas ideias de esquerda.

A semana fechou para os democratas com uma proposta da congressista novata Alexandria Ocasio-Cortez de NY com seu Novo Negocio Verde. De acordo com ela, é possível atingir um zero-net emissões de gases que causam o aquecimento global. Isto se todos os edifícios americanos forem reconstruídos ou adaptados, acabarmos com aviões e acharmos uma maneira de reduzir a flatulência – os gases – emitidos por bovinos. Ela também quer saúde e faculdade gratuita e um salario para quem não quer trabalhar. A pura imagem do comunismo! E para pagar isto tudo, para ela, é só imprimir dinheiro...!! 

É, muita gente riu, mas o plano foi endossado pelos candidatos democratas à presidência em 2020 como Bernie Sanders, Cory Booker, Kamala Harris e a Pocahontas, Elizabeth Warren. Espero mesmo que estes serão os candidatos contra Trump nas próximas eleições presidenciais. O povo americano é mais inteligente que isto e chutará estes idiotas rapidamente para o escanteio.




Sunday, February 3, 2019

Os Judeus Não São Brancos - 03/02/2019


Um dia após a eleição de Donald Trump em 2016, Teresa Shook, uma avozinha aposentada no Havaí criou uma página no Facebook para organizar uma marcha de mulheres para protestar não só o resultado da eleição, mas promover direitos das mulheres, dos homossexuais, reformas da imigração, da saúde, do meio-ambiente, defender a justiça racial e igualdade racial. A ideia pegou fogo e a primeira marcha ocorreu no dia 21 de janeiro de 2017, um dia após a inauguração de Trump com a participação de milhões de mulheres nas principais cidades americanas e do mundo.

Apenas dois anos depois, o movimento está severamente dividido e Teresa Shook foi à publico para exigir a resignação das co-organizadoras do evento que, desviaram de seu propósito e sequestraram o movimento e o estão usando para promover sua própria agenda ideológica.

As co-organizadoras de Nova Iorque são, a designer Bob Bland, e as ativistas Tamika Mallory, Linda Sarsour e Carmen Perez. Estas três últimas, conseguiram expulsar Vanessa Wruble do movimento por ser judia. Evvie Harmon, uma outra organizadora, disse que viu Carmen Perez gritar com Vanessa dizendo: vocês detêm toda a riqueza. Elas também simpatizam abertamente com o líder da Nação do Islão, Louis Farrakhan. É o mesmo que chamou os judeus de cupins no ano passado. E este foi quase um elogio porque ele chama os judeus regularmente de Satans, de inimigos da América, responsáveis pelo homossexualismo de Holywood e pelos ataques de 11 de setembro de 2001.

Há alguns anos, Louis Farrakhan era um pária. Mas hoje, tais comentários não são suficientes para cancelarem sua conta no Twitter. Mas opiniões conservadoras o são como as contas de Dennis Prager, Jessy Kelly, Dan Bongino e Michael Flynn Junior.
Isto tudo tem a ver com a controvérsia sobre o antissemitismo que permeou a Marcha das Mulheres que adotou o rótulo de judeus como “brancos”, como em “brancos privilegiados”.
É incrível que apenas 70 anos depois do Holocausto e toda a história do antissemitismo anterior que hoje os judeus sejam considerados como brancos suprematistas. Isto quando o termo “branco” se tornou algo pejorativo.

De repente, para a esquerda, os judeus não mais são diversos racial e culturalmente. Ela não reconhece a existência de judeus vindos do Iêmen, Marrocos, Iraque, Irã, Turquia, Etiópia, Índia com cores de pele e culturas diferentes.

Os judeus na América até hoje têm sido considerados como vítimas do racismo e como tal, não podem ser atacados. O único grupo na América que não pode dizer que sofre é o "branco". Quando os americanos dizem que os "judeus são brancos", a ideia é arrancar essa diversidade e branquear todos até que não haja história do povo judeu. E com isso pode-se justificar o aumento astronômico de atentados antissemitas na America que subiu no ano passado em mais de 60% ao ano anterior.

Só na semana passada, dois judeus em Brooklyn foram surrados em frente à sinagoga de Crown Heights, aonde fica a sede do Chabad, por nenhuma razão aparente. O FBI publicou que de todos os crimes de ódio, ataques a judeus ou à sua propriedade está em primeiro lugar no ranking.

Interessante que ninguém chama muçulmanos de “brancos” apesar de uma grande parte dele o serem. E isso revela algo importante: o antissemitismo não morreu. Só mudou de roupa. E de desculpa, que hoje se resume a se declarar anti-Israel.

Isso me traz ao Brasil.

Não foi desde meus tempos de colegial, quando ouvi manifestações anti-judaicas na escola durante a transmissão do seriado Holocausto, que senti o antissemitismo tão crú no Brasil. Logo que o grupo de 130 soldados, médicos, e outros especialistas de Israel desembarcaram em Minas para ajudar no resgaste de Brumadinho, artigos e cartoons antissemitas foram publicados em toda a imprensa. Soldados descendo do avião com sangue nas mãos dizendo que não vieram antes porque estavam matando palestinos, o Brasil sob nova gerência amarrado com a bandeira de Israel e muitos outros. Alguns chegaram a afirmar que o objetivo de Israel era na verdade de implantar um núcleo do Mossad no Brasil ou até de mexer com evidências de culpa da Vale – que com certeza, de acordo com eles, está nas mãos dos judeus.

Nenhum se deu ao trabalho de verificar o que esta equipe de resgate tem feito mundo afora desde sua fundação em 1984. Já em 85 estiveram resgatando sobreviventes de 4 terremotos no México e novamente em 2017. Em 1988 foi o terremoto na Armênia. 

Em 1994 participaram no resgate das vítimas do ataque à AMIA na Argentina e no Congo ajudaram refugiados da Guerra Civil de Ruanda. Em 1998 Israel foi ajudar resgatar os sobreviventes do ataque terrorista à embaixada americana no Kenya; trabalharam em outros terremotos em 99 na Turquia e na Grecia. Em 2001, foi a vez do terremoto na India e muitos outros eventos no Egito, Sri Lanka, Estados Unidos, Haiti, Colombia, Japão, Bulgaria, Ghana, Filipinas, Nepal, e até na Siria.

É uma verdadeira tragédia quando há pessoas que não sabem reconhecer o bem que recebem de outros. E usam este bem para derramarem seu veneno. É verdade também que muitos outros por outro lado, inundaram as contas do Twitter do Exercito de Israel e do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu com palavras de agradecimento.

Não estou minimizando este fato, mas é nossa obrigação denunciar estes antissemitas.

È realmente muito difícil compreender de onde vem este sentimento, especialmente num país que é uma verdadeira mistura de todas as raças e credos. Sabemos que o antissemitismo na Europa não morreu no dia seguinte à rendição dos nazistas aos aliados em 1945. Pogroms se seguiram na Polônia e em outros lugares aonde os judeus tiveram a temeridade de retornar.

Mas tínhamos sempre a esperança que o mundo aprendera a lição. Infelizmente parece que não. Dizer que não tem nada contra judeus mas contra o Estado de Israel - que encorpa a autodeterminação judaica, é uma falácia. Dizer hoje que os judeus não são uma minoria, mas são “brancos” é outra.