Thursday, March 30, 2017

UN Watch e a Comissão de Direitos Humanos - 26/03/2017

Mais um ataque contra o mundo livre esta semana, desta vez em Londres causando a morte de quatro pessoas e ferindo mais de 40 de 10 nacionalidades diferentes, inclusive três crianças francesas.  Desta vez o perpetrador não foi um jovem impressionável, mas um muçulmano de 52 anos nascido e criado na Inglaterra. Este é o resultado da doutrina multiculturalista que negou a integração e assimilação dos estrangeiros por gerações sem fim.

Mas hoje vamos falar sobre o Conselho de Direitos Humanos da ONU. Na segunda feira passada o representante da ONG UN Watch, conseguiu silenciar os membros do Conselho e não foi com uma retórica brilhante, foi simplesmente usando os fatos históricos e incontroversos na cara de cada um deles.

Depois de ouvir os representantes da OLP, Qatar, Sudão, Síria, Bahrain e Arábia Saudita, todos “bastiões” dos direitos humanos, sobre o suposto “apartheid” cometido por Israel, Hillel Neuer, Diretor Executivo da UN Watch, fez as seguintes considerações que coloco em parte:

“Sr. Presidente, deixe-me começar colocando o seguinte nas minutas: Tudo o que ouvimos  - dos piores transgressores dos direitos humanos, direitos das mulheres, de liberdade de religião, da imprensa, de congregação, de expressão, é absolutamente falso.

O relatório proposto hoje não considera que os israelenses merecem direitos humanos. Durante o final de semana, o Presidente Abbas anunciou que daria a mais alta medalha do seu governo a Rima Khalaf, que resignou da Comissão Econômica e Social da Ásia Ocidental depois que o Secretario Geral Guterrez mandou que ela removesse um relatório absurdo acusando Israel de “apartheid”. A acusação é absurda porque 1.5 milhões de árabes que vivem em Israel têm amplos direitos de voto e de serem votados, eles trabalham como médicos, policiais, advogados e são membros da Suprema Corte do país.

Agora eu gostaria de ouvir dos membros desta comissão, que confeccionaram este relatório, os estados árabes que acabaram de falar, o Egito, o Iraque e os outros. Quantos judeus moram em seus países? Quantos judeus moram no Egito, no Iraque, na Jordânia, no Kuwait, no Líbano, na Líbia, no Marrocos?

Houve um tempo em que o Oriente Médio estava cheio de judeus. A Argélia tinha 140 mil judeus. Argélia, aonde estão seus judeus? O Egito tinha 75 mil judeus. Aonde estão os seus judeus? A Síria tinha dezenas de milhares de judeus. Aonde estão seus judeus? O Iraque tinha mais de 135 mil judeus. Aonde estão os seus judeus?

Sr. Presidente, aonde está o apartheid? Porque há uma comissão da ONU sobre o Oriente Médio que não inclui Israel? Desde os anos 60 e 70 os membros desta comissão se recusam a incluir Israel. Aonde está o apartheid Sr. Presidente?

Sr. Presidente, estamos nos reunindo hoje numa agenda que discrimina apenas um estado. O estado judeu. Aonde está o apartheid, Sr. Presidente?”

O silencio na sala que se seguiu foi ensurdecedor.

Nos últimos anos os fortes ventos, contra Israel não param de soprar. Mas de vez em quando podemos sentir uma brisa contrária que nos dá alguma esperança.

Surpreendentemente este discurso da UN Watch pode ter começado uma revolução no Conselho de Direitos Humanos que tem de tudo, menos direitos humanos. Pode ter sido o discurso ou o recente ataque em Londres, mas a Inglaterra tomou a palavra no final da 34ª Sessão e notificou o Conselho sobre o que chamou de “foco desproporcional sobre Israel”.  Somente nesta semana, o Conselho de Direitos Humanos aprovou nada menos que cinco resoluções contra Israel. O representante do Reino Unido deixou claro que seu país votaria junto com os Estados Unidos contra todas as resoluções condenando Israel se “as coisas não mudassem”.

Em particular, o representante inglês notou que das 135 resoluções aprovadas pelo Conselho, 68 foram contra Israel. Ele disse que apesar de seu país não reconhecer a anexação dos Altos do Golan, não poderia neste momento exigir que Israel entregasse o território para a Síria. Em sua declaração na sexta-feira, o representante inglês disse que o Conselho precisava reconhecer o contínuo terrorismo, incitação e violência que Israel enfrenta. Os esforços renovados do Hamas em reconstruir os túneis são preocupantes. E a incitação antissemita e glorificação do terrorismo continuam. E apesar disto, nem nas discussões do conselho nem em suas resoluções houve qualquer menção sobre o terrorismo ou incitação. E isso é inaceitável.

A missão inglesa também questionou porque Israel permanecia em uma agenda obrigatória enquanto “a Síria continua a massacrar e assassinar seu próprio povo diariamente”.

A administração de Donald Trump por seu lado ameaçou retirar os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos dizendo que até agora o órgão foi totalmente ineficaz sobre a situação mundial dos direitos humanos.

O novo secretário de estado Rex Tillerson, escreveu uma carta para nove promotores de direitos humanos da ONU e ONGs dizendo que o Conselho precisa de uma considerável reforma para que os Estados Unidos participe. Tillerson expressou sua preocupação com as violações de direitos humanos dos países membros do Conselho como a China, Egito e Arábia Saudita.

Setenta anos atrás, como consequência das atrocidades nazistas, a esposa do presidente Americano Eleanor Roosevelt e o filósofo jurídico francês René Cassin se reuniram para o primeiro encontro da Comissão de Direitos Humanos da ONU para reafirmar os princípios de dignidade humana e estabelecer um órgão que garantisse as liberdades fundamentais para todos.

Com o tempo, a ideia azedou. Ditadores sequestraram esta organização internacional. Em 2003 chegaram a eleger o regime assassino da Líbia de Muamar Khadafi para sua presidência!

Fico imaginando, se Eleanor Roosevelt e René Cassin estivessem vivos hoje, e soubessem que a instituição que criaram tornou-se um corpo grotesco que legitima assassinos, ditadores e antissemitas, não se revoltariam com a transformação da organização?  

Realmente, ouvir condenações da Arábia Saudita que Israel pratica discriminação e extremismo; da Síria, que Israel constrói muros e judaíza Jerusalem; do Sudão, que Israel pratica violência e terrorismo contra os palestinos e de Qatar que o apartheid de Israel constitui um crime contra a humanidade é o cúmulo do absurdo.

Estes países só puderam se apoderar das organizações internacionais porque a esquerda se apoderou do discurso afirmando que se os países desenvolvidos dessem o respeito e o mesmo peso de voto à ditaduras e opressores, eles eventualmente iriam evoluir e se juntar ao mundo civilizado. Não foi isto o que aconteceu.

Agora temos que rezar para que esta brisa vire um furacão e devolva a sanidade ao ocidente para impedir que os piores violadores de direitos humanos do mundo se sentem em julgamento de outros.




Sunday, March 19, 2017

Novas Oportunidades Perdidas - 19/03/2017

Na semana retrasada, o General Joseph Votel do Comando Central Americano, em testemunho ao Senado, disse que as ameaças vindas do Oriente Médio “representam o perigo mais direto para os Estados Unidos e para a economia global... e que o Irã representa a maior ameaça a longo prazo, para a estabilidade desta parte do mundo”.

Ele ainda afirmou que o Oriente Médio continua a ser o epicentro do terrorismo global e do violento extremismo Islâmico.

De 2009 a 2016, a política exterior dos Estados Unidos foi uma de bater em retirada e pedir perdão por supostas transgressões passadas. O objetivo de Obama era reduzir a superpotência americana nivelando-a com outras nações e transferir a autoridade de governos para organizações internacionais que têm como objetivo humilhar os Estados Unidos.

Trump não está pronto a deixar ninguém humilhar os Estados Unidos. E é exatamente por isso que precisamos de uma nova abordagem, novas ideias. Mas tampouco podemos esquecer as lições do passado. Mas inexplicavelmente, depois de ter praticamente limpado todos os órgãos governamentais dos nomeados por Obama, as únicas pessoas que Trump decidiu deixar no cargo foram dois indivíduos ligados aos palestinos. Trump deixou Michael Ratner, responsável pela mesa Israel-Palestina no Departamento de Estado e Yael Lempert, uma oponente radical do Estado de Israel no Conselho de Segurança Nacional. Os Democratas, liderados por Martin Indyk, se rejubilaram com a notícia, e isto não é nada bom para um time que está tentando mudar o approach ao problema.

Ao mesmo tempo, Trump enviou para a região seu advogado e agora negociador-chefe para Israel e os palestinos, Jason Greenblatt, para conversar com Netanyahu e Abbas ea tentar reavivar o processo de paz.  Um processo de paz que de fato morreu e foi enterrado 17 anos atrás.

No ano 2000, Yasser Arafat lançou a segunda intifada, claramente rejeitando a proposta de Ehud Barak para a criação de um estado palestino. Isto deixou claro que o proposito de Arafat em assinar os acordos de Oslo era o de conseguir o máximo de transferência de território, administração e população, e usa-los como trampolim para destruir Israel.

Em 1993 a esquerda tinha conseguido convencer Itzhak Rabin que Israel só ganharia ao reconhecer a OLP. Se Arafat estivesse mentindo sobre sua intenção de paz, Israel retomaria as áreas cedidas e tudo voltaria como estava antes. Arafat seria desmascarado e a Europa e os Estados Unidos que durante anos pressionaram Israel para reconhecer a OLP, iriam parar com a pressão e finalmente concordariam que Arafat era apenas o terrorista que conhecíamos.

Mas em 2000, quando Barak declarou que havia tirado a máscara de Arafat depois da devastadora onda de homens-bomba, era tarde demais. A legitimidade que ele recebeu de Israel em Oslo teve o efeito oposto. Em vez dos Europeus e americanos condenarem Arafat, eles castigaram Israel por reclamar da onda terrorista. E loucamente, quantos mais violentos os ataques contra judeus e israelenses, mais o mundo defendeu os palestinos. Israel se tornou um pária da comunidade internacional.

Desde 2000, nem Arafat nem Mahmoud Abbas, deram qualquer indicação que sua intenção seja outra que a destruição de Israel. Muito pelo contrário. Deixaram claro que esta é a política oficial palestina.

Os palestinos não querem um estado. Se quisessem independência de verdade, teriam aceitado as diversas ofertas feitas por Israel e teriam transformado a Faixa de Gaza na Cingapura do Oriente Médio como haviam prometido com a condição que não houvessem judeus. A OLP que recebeu Greenblatt esta semana, é a mesma organização terrorista de 1964, quando foi formada.

Aliás, pouca gente sabe que em sua primeira Carta Magna de 1964, a OLP em seu artigo 24, estabeleceu que a Organização explicitamente não procurava exercer qualquer soberania sobre a Cisjordânia que pertencia à Jordânia ou na Faixa de Gaza que pertencia ao Egito. E no artigo 25 a OLP deixava claro que era a encarregada pela libertação de sua pátria nacional em todas as esferas. Então, que terra a OLP, o Sr. Arafat, procuravam “libertar” em 1964? Precisamente Israel própria. E isso ainda não mudou.

Dada esta imutável realidade, não é construtivo para Israel ou os Estados Unidos continuarem a patrocinar este falso processo de paz. Mas surpreendentemente, nem Trump, nem Bibi Netanyahu parecem entender o problema.

A eleição de Trump deu uma tremenda oportunidade para Israel. Trump não pregava a ideia que judeus são a causa da falta de paz e não correu para apaziguar a OLP como os presidentes americanos anteriores o fizeram, achando que flexibilizariam os palestinos. Mas ao que parece, Bibi não soube o que fazer com isto.

Na reunião com Trump, Bibi disse que apoiaria a criação de um estado palestino soberano, mas desmilitarizado e Israel anexaria as comunidades judaicas na Judeia e Samaria. O maior problema com esta posição e a continuação da legitimidade a esta organização terrorista que quer destruir Israel. Com esta declaração, Bibi jogou um salva-vidas para Abbas e a Autoridade Palestina, a Fatah e a OLP continuarão a ser tratados pelo mundo como parceiros moderados e Israel continuará a ser culpada pela falta de paz.

Se o próprio Netanyahu não rejeita esta quimera, porque Trump o faria??

Todas as matérias escritas sobre Jason Greenblatt o retratam como um judeu religioso, humilde, quieto e que estudou em Gush Etzion, na Judeia, muitos anos atrás. Ele foi para Israel e se encontrou com líderes dos conselhos regionais da Judeia e Samaria, algo que nenhum predecessor fez.

Mas o fato é que, como representante americano para chegar a um acordo, ele veio explorar a limitação da presença judaica na Judeia e Samaria para dar lugar a um estado palestino viável. E Yael Lempert veio com ele.

Em sua visita a Abbas em Ramallah, Greenblatt educadamente pediu para que o “presidente” palestino fizesse um esforço para reduzir a incitação e propaganda antissemita na mídia, escolas e na sociedade palestina em geral. Abbas, por seu lado, exigiu que Israel voltasse para as áreas além da linha de armistício de 1949, soltasse terroristas assassinos das prisões israelenses e cessasse toda a construção por judeus na Judeia, Samaria e Jerusalem.

Em vez de Greenblatt entregar um ultimato, ele discutiu um pacote de ajuda americana que em vez de ir para o desenvolvimento econômico dos palestinos, irá subsidiar os salários dos terroristas e suas famílias, que hoje ultrapassa de 300 milhões de dólares por ano.

O falso trem da paz, que pensávamos ter sido aposentado, deu partida e está novamente viajando a todo vapor.  

Netanyahu parece acreditar que se ele não der legitimidade a Abbas e às suas organizações terroristas, os países árabes sunitas se distanciarão de Israel num momento em que a região precisa de unidade para combater a hegemonia do Irã. O que Bibi não entende é que são os países sunitas como a Arábia Saudita, Kuwait, Emirados, a Jordânia e o Egito que precisam de Israel para interceder junto à Casa Branca contra este acordo nefasto que dará aos aiatolás o uso da bomba atômica. Assim, Netanyahu está pagando por algo que ele teria de graça.

Itzhak Rabin comprou de Shimon Peres a ideia de que Israel não teria nada a perder ao reconhecer a OLP. Ou chegariam a um acordo de paz, ou a pressão europeia e americana sobre Israel desapareceria. Rabin e Peres estavam redondamente errados e Israel pagou com milhares de vidas este erro.

Dizem que um sinal de loucura é fazer a mesma coisa do mesmo jeito esperando um resultado diferente. Israel tem que uma vez por todas reconhecer que não tem um parceiro para a paz em Abbas ou no resto da liderança palestina. Se insistir nas mesmas fórmulas falhas, Israel continuará a pagar um preço alto em vidas e não terá a paz.

Mudando de assunto, o time de Israel de baseball surpreendeu o mundo no Campeonato Mundial do esporte. Depois de ganhos sucessivos, na quarta-feira, Israel perdeu do Japão e não conseguiu chegar às semi-finais. Mas apesar da eliminação, a incrível trajetória do time lhe alcançou o apelido de Cinderela do baseball. O time, na verdade, tinha apenas 2 israelenses. O resto, 28 jogadores, eram judeus americanos afiliados com a Liga Americana de Baseball. E foi nisto que a mídia focou. 

Interessante estes fatos sobre judeus esportistas. Em 1965, um jogador judeu, Sandy Koufax, levou os Los Angeles Dodgers para a vitória do campeonato americano. Mas ele não é lembrado por isto. Ele é mais lembrado por não ter participado do primeiro jogo do campeonato porque caiu em Yom Kippur. O time de Israel acabou perdendo, mas alcançou o mesmo que Koufax em 1965: espalhar o orgulho judaico pelo mundo. Só por isso, agradecemos os jogadores americanos que integraram o time de Israel e esperamos que eles sejam uma inspiração para a nova geração de esportistas judeus.


Sunday, March 12, 2017

A Nova Estrela da Esquerda Americana - 12/03/2017

Uma nova estrela está surgindo da improvável aliança entre a esquerda e o radicalismo islâmico aqui nos Estados Unidos. O nome dela é Linda Sarsour, uma americana nascida em Nova Iorque, de 36 anos, filha de imigrantes palestinos, quem Obama nomeou “campeã da mudança” de seu governo.

Linda veste o véu islâmico e se gaba de ter membros de sua família em prisões israelenses por serem membros do Hamas. O prefeito de Nova Iorque Bill de Blasio pediu seu endosso e ela fez parte da campanha presidencial de Bernie Sanders. Ela foi também uma das delegadas na Convenção Democrata de 2016.

Sarsour tem sido convidada em programas de televisão e foi entrevistada pelo New York Times. Keith Ellison, o ex-candidato à presidência do partido democrata e ex-membro da Nação do Islão é um dos seus apoiadores.

Sarsour tem o hábito de errar e depois se corrigir. Ela condenou a morte de Shaima Alawadi de 32 anos em 2012 dizendo ter sido um crime de ódio contra muçulmanos só para se retratar quando ficou provado que fora seu marido que a havia assassinado para resguardar sua honra, porque ela queria se divorciar dele.

Ela também despreza o governo americano afirmando que agentes federais matam americanos para enquadrar muçulmanos e que crianças muçulmanas são executadas nos Estados Unidos pelo governo. Ela também defende a Arábia Saudita por aplicar a lei islâmica que dá benefícios como licença maternidade remunerada, e zero juros nos cartões de credito.

Linda parece desconhecer a odiosa opressão da Arábia Saudita aonde homossexuais são condenados a morte assim como os ateus, e as mulheres que são consideradas propriedade, sem poderem dirigir, votar ou sair na rua sem estarem acompanhadas de um macho de sua família. Tudo é perdoado quando os juros do cartão de crédito é zero. Que paraíso!

Sarsour chegou a dizer que Ayaan Hirsi Ali, que sofreu mutilação genital quando menina, deveria ter seus órgãos reprodutores removidos porque uma mulher de verdade não rejeita o islamismo.

Linda Sarsour promove uma visão do islamismo mentirosa e enganadora dizendo que o profeta Maomé era um ativista pelos direitos humanos, pelo fim da discriminação racial, um verdadeiro feminista. Para ela o profeta foi um homem que se importava com o meio ambiente, com o direito dos animais (??) e quem também fora vítima de islamofobia (!!!).

Isto é levar a asneira à infinitésima potência!

Impressionante o fato dela ter dito, após ter se juntado ao movimento Black Lives Matter, que o sacrifício dos escravos negros não foi nada comparado com a islamofobia que os muçulmanos sofrem hoje.

E aí temos senhoras e senhores, a nova estrela da esquerda americana. Ninguém nem pára para questionar estas afirmações absurdas.

Como filha de palestinos, ela sempre usou de retorica venenosa contra Israel encorajando o apedrejamento de soldados israelenses, discursando sobre o imaginário apartheid em Israel e sobre supostos massacres de árabes israelenses e em Gaza. Recentemente, ela posou numa foto com Salah Sarsour, um membro do Hamas preso em Israel nos anos 90. Mas nos últimos três anos, Sarsour amenizou sua retorica contra os judeus e Israel, chegando a dizer que apoiava a solução de dois estados, para não ferir suas chances políticas.

Linda Sarsour conseguiu verdadeira notoriedade quando coordenou a marcha das mulheres no dia seguinte da inauguração de Trump. Uma marcha pró-aborto e feminista, valores totalmente opostos aos da sharia que ela defende. Foi ela, uma muçulmana usando o véu, que mandou retirar da marcha o grupo mulheres que era contra o aborto.

Mas porque falar sobre Linda Sarsour? Porque ela faz parte de um grupo que ativamente tenta inserir a retorica anti-Israel, anti-judaica em todos os movimentos americanos, incluindo os movimentos negros, latinos, feministas, comunistas e LGBTQs.

Nos últimos 10 anos temos assistido ataques perversos contra judeus e grupos pró-Israel na mídia, no mundo acadêmico e no mundo político. Um verdadeiro assalto à liberdade de expressão perpetrado pela esquerda. E com o sucesso de seu avanço, os antissemitas hoje estão expandindo sua atuação criando uma rede de organizações, muitas das quais com objetivos sem qualquer relação com Israel ou a causa palestina.

O movimento Black Lives Matter, por exemplo, foi criado para protestar a violência policial contra a população negra americana. Quando publicou sua plataforma no ano passado, sob a orientação de Sarsour, o grupo explicitamente incluiu em seus objetivos a destruição de Israel. O BLM acusou Israel de cometer “genocídio” contra os palestinos e de ser um estado apartheid.

Outro é o movimento feminista que tem promovido marchas de mulheres em todos os Estados Unidos. O “International Women’s Strike” organizou protestos no Dia Internacional da Mulher para os quais Sarsour convidou Rasmeah Odeh. Nos anos 70, Odeh foi membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina e participou de um ataque terrorista a um supermercado em Jerusalem que deixou dois estudantes israelenses mortos.

Com patrocinadores do Hamas e terroristas palestinos servindo de líderes de uma organização pelos direitos das mulheres, não é de admirar que o movimento de International Women’s Strike seja anti-Israel. A plataforma do grupo, além de exigir abortos, demanda a “descolonização da Palestina”, isto é, o fim de Israel e a expulsão de todos os judeus da área.

Assim, os antissemitas agora estão usando as feministas, os negros, os homossexuais e todos os grupos a seu alcance para avançar sua agenda anti-Israel.

A justificativa maior usada pela esquerda é que suas ações são protegidas pela liberdade de expressão. Uma justificativa ridícula. Há uma grande diferença entre expressão e ação. Quando estudantes impossibilitam uma palestra aos gritos e quebradeira, porque não concordam com as opiniões do palestrante, não estão exercendo seu direito de livre expressão. Eles o estão negando aos outros.

Quando defensores do BDS, o boicote contra Israel, forçam universidades e corporações a desinvestirem de Israel e proíbem a presença de israelenses em seus campus, isto não é o exercício da liberdade de expressão, mas uma imposição cultural e econômica contra Israel.

O pior é que alguns grupos americanos judaicos compraram esta justificativa manca da esquerda e decidiram defender a “liberdade de expressão” destes grupos.

Dada a inabilidade da comunidade judaica americana de entender a extensão da campanha que está sendo feita contra ela e contra Israel por esta rede de organizações, podemos esperar um aumento da ferocidade dos ataques antissemitas nos Estados Unidos.  

Estamos vivendo tempos estranhos, em que uma muçulmana defensora da sharia que subjuga e oprime mulheres e homossexuais é celebrada sem qualquer hesitação pelos líderes de movimentos de direitos civis e das mulheres. Tempos em que críticas legítimas a ela são rotuladas de islamofobia e racismo.

Caberá a nós expor e desacreditar líderes como Sarsour que usam quem são (uma mulher muçulmana de véu) e não o que acreditam para promoverem sua agenda anti-Israel e antissemita. E estarmos atentos ao que mais ela tentará fazer.


Sunday, March 5, 2017

Trump Não É Antissemita! 5/3/2017

Viver nos Estados Unidos está cada vez mais estranho. Além de ter que lidar com uma esquerda ainda inconformada com o resultado da eleição e sua implacável busca em deslegitimar o governo de Donald Trump, agora temos que lidar com o oculto! Sim, é isso mesmo!

Enquanto os oponentes de Trump sabem que terão que esperar pelo menos quatro anos para substitui-lo, as bruxas americanas estão mais otimistas! Numa página do Facebook criada especialmente para a ocasião, elas conclamaram as irmãs para lançarem um feitiço contra o presidente à meia-noite da sexta-feira passada. As adeptas tinham que esculpir o nome do presidente em uma vela usando um alfinete, recitar uma encantação que pedia entre outros para que Trump não pudesse causar danos a plantas e pedras e então queimar sua foto na chama da vela.

Como dizia Raul Seixas, pare o mundo que eu quero descer!!! Aonde chegamos? e pior, para onde estamos indo??

O que dominou as manchetes nesta semana foram as profanações de cemitérios no Estado de Missouri, Pensilvânia e Nova Iorque, e ameaças de bombas a clubes judaicos e sinagogas nos Estados Unidos. Imagens do vice-presidente Mike Pence repondo lápides e Trump condenando duramente os ataques foram contrapostas por alegações da mídia incorrigível, que a própria eleição de Trump teria encorajado os antissemitas.

Mas porque de repente, todo o mundo está preocupado com o ressurgimento do antissemitismo!

Nas últimas décadas o sentimento anti-judaico, fantasiado de anti-israelismo, tem permeado a mídia, o meio acadêmico e a esquerda política com um notável conforto. As semanas de apartheid israelense nas universidades, os libelos de sangue sobre o assassinato de crianças palestinas por israelenses, os constantes ataques e condenações da ONU e outras organizações internacionais, e os ataques físicos a judeus e a suas propriedades nos Estados Unidos, nunca poderiam ser chamados abertamente de antissemitismo. E pior, se alguém se atravesse a notar que a maioria dos ataques eram perpetrados por muçulmanos, então esta pessoa era rotulada de islamofobica ou acusada de criar desculpas para os judeus brandindo a bandeira do holocausto.

Cada um tem direito a sua opinião mas não aos seus fatos. Entre as tarefas do FBI está registrar e publicar anualmente um sumário sobre crimes de ódio. E pelo menos nos últimos 10 anos, crimes contra judeus na América ficaram na média de 60% dos crimes contra um grupo religioso. Com todo o furor contra a islamofobia, somente 14% destes crimes foram cometidos contra muçulmanos. Isto nos últimos 10 anos, muito antes de Donald Trump chegar a considerar a presidência americana.

Isto não quer dizer que os últimos eventos não são alarmantes. Além dos cemitérios, ameaças de bombas forçaram a evacuação de mais de 100 centros comunitários e outras instituições, inclusive escolas e jardins de infância judaicos.  

Um africano-americano de nome Juan Thompson foi preso neste final de semana por ameaças a oito centros judaicos e à Liga Anti-Difamação.  Mas este é o trabalho de mais de uma pessoa e em vários Estados.

Quem escuta o pessoal de esquerda, sai com a impressão de que eles absolutamente “sabem” que este é o trabalho de neofascistas comandados pelo presidente Trump (que é antissemita) e seu conselheiro Steve Bannon, chamado de supremacista branco.

Acusações absurdas.

Trump é um dos presidentes mais pró-judeus e pró-Israel a ser eleito para a Casa Branca. Steve Bannon é um grande amigo dos judeus e longe de ser um racista ou fascista, ele acredita em restaurar e defender os valores judaico-cristãos que formam a identidade nacional dos Estados Unidos.

Então o que dizer dos ataques contra alvos judaicos desde 2008? Cemitérios em quase todos os estados da união foram profanados, estudantes judeus intimidados, organizações como Hillel ameaçadas, palestrantes pró-Israel escorraçados. E isso nos Estados Unidos!

Se ilogicamente estes atos são por causa de Trump, qual é a desculpa da Europa? Lá há décadas que usam um padrão duplo. Enquanto a demonização de Israel e a remoção de sinais judaicos são encorajadas, qualquer ataque a judeu é imediatamente descartado com sendo antissemita.  

O que não pode ser descartado foi o ataque ao supermercado Hypercasher  em Paris na esteira do massacre do jornal Charlie Hebdo. Nem o horrível ataque à escola Ozar Hatorah em Toulouse em que um professor e três crianças foram abatidas como gado por um muçulmano francês conseguiu forçar o debate sobre o antissemitismo na Europa. Naquela ocasião, franceses saíram de braços dados com islamistas contra Israel e a “islamofobia”.

O rastro de sangue judeu nos leva diretamente para a esquerda que apoiou, higienizou e incentivou o antissemitismo muçulmano. Hoje, não há qualquer intenção desta esquerda de abandonar seus aliados islâmicos. Mas ela precisa desviar o rastro.

E os movimentos nacionalistas europeus deram a desculpa perfeita. Se você votou por Trump, ou pela saída da Inglaterra da União Europeia, você é um racista, um neonazista e um antissemita. Os ataques antissemitas mais violentos da Europa foram cometidos por muçulmanos, mas você nunca,  nunca irá ouvir qualquer menção sobre o ódio islâmico aos judeus.

Se você é alguém que simpatiza com nacionalistas europeus como o Partido da Liberdade da Áustria, ou com Marie Lepen na França ou Geert Wilders na Holanda, você é um nazista, porque apesar dos três terem denunciado o antissemitismo eles são abertamente anti-islâmicos.

A diferença entre um nacionalismo racista e a defesa de uma identidade nacional legítima será um dos pontos mais contenciosos no Ocidente em futuras eleições.

Para a esquerda, a defesa de uma identidade nacional com valores baseados em uma moral e valores judaico-cristãos é coisa da direita. E para eles, somente a direita é antissemita. E portanto, aqueles que defendem o orgulho em sua identidade nacional tem que ser necessariamente fascistas antissemitas. A esquerda precisa nos convencer disto para satisfazer sua própria fantasia de virtude.

O fato é que uma forte identidade nacional é essencial para a defesa da democracia e de liberdades individuais. Donald Trump é chamado de fascista porque quis bloquear a entrada de indivíduos de países problemáticos que também são islâmicos. Pudemos então ver a esquerda nos aeroportos em protesto, clamando que a América é um país de imigrantes!

Sim. A América, assim como o Brasil, é um país de imigrantes. Não um  país de refugiados. Um imigrante é o que voluntariamente deixa sua terra natal e cultura e escolhe adotar novos valores porque ela lhe dá mais oportunidades de vida. Um refugiado, ao contrario, é o que deixou seu país e sua cultura a força, e ele pode nunca se adaptar à cultura que o recebeu e como vimos na Europa, procura modificar à força os valores de seus anfitriões.

Donald Trump não é antissemita, racista ou fascista. Não foi ele quem promoveu ataques antissemitas na última década. Os promotores foram os que deram o braço a radicais islâmicos com valores totalmente opostos aos nossos.

Os governantes de esquerda em todo o mundo ocidental devem estar furiosos vendo seu projeto de globalização e multiculturalismo se despedaçar aos poucos. O povo está enviando sua mensagem. Ele quer a volta do patriotismo, do orgulho de pertencer, de sua cultura e liberdades. O povo quer a volta da sanidade.