Sunday, April 24, 2016

As Gafes de Joe Biden - 24/4/2016

O vice-presidente Americano Joe Biden é mais famoso por suas gafes que por sua proeza política. Dificil encontrar alguém que o ultrapasse. Nem o finado Ibrahim Sued teve jornais como o inglês Daily Telegraph e revistas como a Time compilarem listas de suas declarações disparatadas.

Seus habituais faux-pas se tornaram lendas políticas. Como quando ele pediu para um senador paralítico do Estado de Missouri que levantasse de sua cadeira de rodas num comício; quando não lembrava o nome de seu companheiro de chapa, Barack Obama na campanha para presidente em 2007 ou quando disse que seu estado tinha o maior numero de Índios americanos e que não se podia entrar num mercado ou posto de gasolina sem falar com um sotaque índio. Além da burrice da sentença ele falava para a comunidade imigrante da India – o país!

Mas na segunda-feira da semana passada em Washington as declarações de Biden não foram nada engraçadas. Falando para a organização judaica pró-palestina J-Street Biden lançou críticas mordazes contra Israel, apenas algumas horas após um ônibus em Jerusalem ter sido bombardeado.

Enquanto os médicos ainda tentavam salvar a vida de dezenas de feridos, inclusive do terrorista que perdera as duas pernas na explosão, e a carcaça do ônibus ainda estava quente do fogo, Biden escolheu censurar o estado Judeu de uma maneira nunca usada com um aliado americano.

Biden disse que ele firmemente acreditava que as ações que o governo de Israel havia tomado nos últimos anos – (de acordo com ele) a sistemática e contínua expansão dos assentamentos, a legalização de postos avançados, confisco de terras – estariam empurrando os Estados Unidos e mais importante, empurrando Israel, na direção errada. Neste discurso, que  pareceu copiado da agenda do porta-voz da Autoridade Palestina, Biden insistiu que Israel estava criando uma realidade “perigosa” e revelou sem reservas a esmagadora frustração que a administração Obama sente com o governo israelense.

Ele disse “temos uma grande obrigação, apesar de às vezes sentirmos uma frustração esmagadora com o governo de Israel, de empurra-los com toda a nossa força em direção ao que eles sabem por dentro ser a única solução: a solução de dois estados, enquanto ao mesmo tempo, nos mantemos como os garantidores absolutos de sua segurança”.

Se isto não bastasse, Biden se deu ainda o direito de interferir na política interna de Israel, elogiando sobremaneira um membro de esquerda da Knesset, desejando à ela “que sua visão voltasse a ser mais uma vez a opinião majoritária da Knesset”.

Bem, é realmente discutível se os Estados Unidos, a União Européia ou a ONU – outras que não têm outra coisa a fazer a não ser marretar Israel – se mantêm como “garantidoras da segurança do estado judeu”. Não vimos nenhum deles correrem e oferecerem qualquer ajuda durante as intifadas e todos os comprometimentos de forças de paz, seja no Líbano, em Gaza ou mesmo em Hebron, foram completos fiascos.

Mas Joe, vamos dividir com você um pouco da nossa e da frustração que Israel sente com você e a administração do seu patrão Barack Obama. Sim, aquele que você descreveu em 2007 como o primeiro africano-americano articulado, inteligente, limpo e bem aparentado.

Que direito tem o vice-presidente dos Estados Unidos de falar neste tom com seu único aliado confiável no Oriente Médio, particularmente numa época em que Israel está sofrendo uma onda sem precedente de esfaqueamentos e tiroteios em suas ruas?

Francamente, os israelenses não precisam de sermões de um político de um estadozinho como Delaware com um discernimento em política internacional que no melhor das hipóteses pode ser descrito como “dúbio”. O próprio secretário de defesa de Obama, Robert Gates, colocou em suas memórias que Joe Biden “esteve errado em possivelmente todas as questões envolvendo política externa e segurança nacional nas últimas quatro décadas”.

Um legado impressionante que Biden está tentando esticar para a quinta década. Sua afirmação que Israel precisa ser “empurrada com toda a força” é não só paternalista mas profundamente antidemocrática. E sua arrogância ao dizer poder olhar “por dentro” dos israelenses e saber o que eles realmente querem é condescendente e humilhante.

O que os israelenses querem foi expresso nas urnas das últimas eleições 13 meses atrás quando disseram em alto em bom tom que rejeitam a esquerda e a solução de dois estados proposta por ela. Este pequeno fato parece não ter qualquer peso para Biden e ele se sente no direito de expressar descaradamente, sua esperança que o partido trabalhista detenha mais uma vez, a maioria da Knesset. Isto é um escândalo.

Alguém já viu algum oficial ou político sênior de algum país como um vice-presidente expressar quem ele gostaria que controlasse o Parlamento Britânico, ou a Assembléia Nacional da França? Ou o Congresso brasileiro? Claro que não. Isto seria uma ingerência nos assuntos internos do outro país e completamente inapropriado.

Alguém precisa lembrar a Biden que Israel não é o 51º estado dos Estados Unidos. O fato dele se sentir a vontade para se meter na política interna do estado Judeu arremessando sem reservas críticas violentas ao seu governo, fala muito sobre a arrogância que caracteriza a administração da qual ele é parte.

Dando-se conta que talvez teria ido longe demais, Biden tentou assegurar a audiência que “independente de qualquer divergência política os Estados Unidos poderiam ter com Israel – e há hoje divergências políticas – nunca houve qualquer questão sobre o comprometimento com a segurança de Israel”.


Isto se chama jogar a pedra com a direita e vender o band-aid com a esquerda... Ninguém acredita em você Joe. Seu tratamento de Israel prova o contrário.

Sunday, April 17, 2016

Traindo as Mulheres Muçulmanas - 17/4/2016

A semana passada falamos sobre a ONU. Pois é... E justo quando não poderíamos imaginar que esta organização conseguisse descer ainda mais baixo na escala da imoralidade, ela nos surpreende. Nesta última sexta-feira, a Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas, conhecida por UNESCO, adotou em Paris uma resolução apagando os laços dos Judeus, do Judaísmo e de Israel com o Muro das Lamentações, a esplanada do Templo e o Har Habait como um todo.

Esta organização se referiu ao local somente como a Mesquita de Al-Aqsa, a Mesquita de Haram al-Sharif, e à esplanada do Muro das Lamentações como a Praça Al-Buraq. E para não variar, Israel foi chamada de “força de ocupação”, foi comandada a não limitar o acesso de muçulmanos ao Monte do Templo, e condenada por supostas “medidas ilegais contra a liberdade de culto dos Muçulmanos” num “local muçulmano sagrado”. A Unesco ainda exigiu a volta do status quo ao local.

A que “liberdade de culto” a Unesco se refere?? Possivelmente à liberdade de estocarem armas e munições no local? Ou de apedrejarem os judeus que rezam no Muro das Lamentações abaixo? Ou a liberdade de proibirem qualquer pessoa que visita o local de murmurar uma prece? Ou a liberdade de destruir artefatos milenares que são herança histórica mundial? Ou a liberdade de incitar seus devotos a matarem judeus? Sim, porque o imã da mesquita de al-Aqsa na última sexta-feira convocou os muçulmanos a impedirem os judeus de rezarem no Muro das Lamentações durante Pessach.

O status quo desde que Israel libertou o Monte do Templo em 1967 é de proibir a prece não muçulmana no Monte do Templo. Esta política não foi mudada em nenhum momento.

Mas a Unesco foi mais além. Ela simplesmente culpou a “agressão israelense” por toda violência no local sem qualquer menção direta ou indireta aos arruaceiros muçulmanos. O cúmulo foi a condenação de Israel pela decisão de estabelecer um canto igualitário, para judeus não-ortodoxos rezarem ao longo do Muro das Lamentações, e portanto, FORA da área das mesquitas. A Unesco ainda se referiu a Hebron e a Belém como “locais palestinos”.  Assim, o rei David, que reinou de Hebron e Jesus que nasceu em Belem, eram então palestinos! Aliás é isso que prega a Autoridade Palestina.

Vale notar que esta resolução foi submetida por paladinos da cultura mundial como Algeria, Egito, Líbano, Marrocos, Oman, Qatar e Sudão. Mas entre os países que votaram a favor desta resolução degenerada, estão além do nosso querido Brasil, a França, a Espanha, a Eslovênia, a Suécia e a Rússia.

Bibi Netanyahu declarou com razão que esta é ainda outra decisão absurda da ONU. Que a “Unesco ignora a ligação histórica única do Judaísmo com o Monte do Templo aonde dois templos existiram por mil anos, em direção do qual os judeus do mundo inteiro rezaram por 3 mil anos.” Esta é nada menos do que uma tentativa da ONU de literalmente reescrever a história. E mais uma prova da irrelevância desta organização.

O problema é que estas pérolas da ONU e suas subsidiárias, junto com este esforço repugnante de boicotar Israel estão se infiltrando em outras organizações de modo escandaloso. Há algumas semanas, a Associação Nacional de Estudos sobre as Mulheres aprovou o boicote a Israel. Sua resolução em parte diz: que como acadêmicas feministas, ativistas, professoras e intelectuais – não podemos passar por cima da injustiça e violência incluindo a violência sexual e violência baseada no sexo, perpetradas contra palestinas e outras árabes na Cisjordânia e Faixa de Gaza, dentro de Israel e nos Altos do Golan, assim como do deslocamento de centenas de milhares de palestinas durante a Nakba de 1948”. Nakba é como os palestinos chamam a criação do estado de Israel e quer dizer “a calamidade”.

Estas professoras de estudos sobre as mulheres estão menos preocupadas com a “ocupação” dos corpos de suas súditas do que a ocupação de um país que nunca existiu: a “Palestina”. Colocar todo o foco desta organização sobre Israel numa era em que há tanto sofrimento de mulheres ao redor do mundo chega a ser um insulto. Mas acima de tudo é uma traição, não só da realidade, mas das mulheres e em especial daquelas que vivem baixo a lei islâmica.

Estas “feministas para a Palestina” simplesmente negam a longa e feia história islâmica de imperialismo, colonialismo, apartheid de sexos e crenças religiosas, racismo, políticas anti-gay, conversões pela espada, execuções de apóstatas e a escravidão. Todas ratificadas pelo Al-Corão.

Esta associação nunca condenou, por exemplo, as atrocidades praticadas pelo Hamas, Estado Islâmico, Boko Haram e o Talibã contra mulheres e crianças muçulmanas e contra mulheres cristãs, Yazidi e Curdas que o Daesh capturou como escravas sexuais.

Esta associação nunca condenou árabes que acobertam os assassinatos por honra seja em Israel, na Judéia e Samária, em Gaza ou mesmo entre muçulmanos no ocidente. Estas feministas nunca condenaram o véu de rosto e corpo forçado na Arábia Saudita e Afeganistão ou o uso do hijab e outras coberturas pesadas no Irã e Nigéria.  Nunca levantou uma minúscula voz para denunciar a difundida pratica de mutilação genital de meninas do Egito ou o aumento de casamentos de meninas impúberes através do mundo muçulmano. Nenhuma delas fala sobre o destino terrível de mulheres que se atrevem a escolher seus próprios maridos.

Israel não é perfeita. Nenhuma sociedade o é. Mas ela é uma democracia moderna que protege os direitos de todas suas minorias. Direitos estes simplesmente inexistentes no mundo islâmico, que alias está em fase final de se livrar de suas populações judaica e cristã.

A Declaração de Independência de Israel foi um dos primeiros documentos constitucionais do mundo a incluir o sexo feminino como classificação com garantia de igualdade de direitos políticos e sociais. Hoje, as mulheres israelenses não só votam e são votadas. Elas são juizes na Suprema Corte, constituem 34% das forças armadas e 57% dos oficiais. A maioria dos estudantes nas universidades são mulheres.

Mulheres árabes em Israel da mesma forma, votam e são membros da Knesset. Em janeiro deste ano foi publicado que elas preferem recorrer às cortes israelenses em vez das cortes islâmicas apesar da pesada pressão de suas comunidades.

Apesar das leis religiosas ainda serem usadas para regular casamentos e divórcios, mulheres em Israel são livres para lutar por seus direitos nas cortes do país. Imaginem o mesmo em Mecca, Mogadishu, Teerã, Islamabad ou Cabul. A internet está cheia de imagens de mulheres presas, estupradas, torturadas, decapitadas ou apedrejadas por tentarem levantar sua voz. Nesta semana um jornal publicou uma foto de um grupo de 11 refugiados sírios, andando no meio da neve para angariar simpatia dos leitores. Dos 11, 7 eram homens jovens, uma mulher e três crianças pequenas. O que foi perdida na foto era que a mulher era a única descalça, a que carregava duas das crianças e a sacola com mantimentos para todo o grupo. Os outros, bem calçados e com as mãos nos bolsos nem mesmo olhavam para a pobre mulher.

E é por isso, que como a ONU, organizações como esta, perdem sua credibilidade e relevância ao preferirem o antissemitismo vestido de anti-israelismo, no lugar de ações que fariam alguma diferença.

O especialista em Holocausto, o professor Raul Hilberg, disse décadas atrás que o antissemitismo procedera em três estágios: o primeiro que disse, Vocês não podem viver no nosso meio como Judeus, e tentaram converte-los à força. O segundo, disse “vocês não podem viver no nosso meio” e então os expulsaram. O terceiro simplesmente disse “vocês não podem viver” e aí os exterminaram. Mas parece que ele perdeu mais um estágio: Vocês nunca existiram e portanto, precisamos erradicar, apagar sua história e sua presença no mundo. Sim, porque se três mil anos de presença judaica na Terra Santa for colocada em questão, como o está sendo, então o povo judeu deixará de ser um povo e não mais terá qualquer proteção como minoria.


É contra esta e outras injustiças que precisamos levantar nossa voz. Especialmente num dia como hoje, em que tantos entre nós querem dar um basta. Vamos dar um basta também ao antissemitismo, independente de como ele estiver vestido.


Sunday, April 10, 2016

A Podridão Que Reina na ONU - 10/4/2016

O comentário de hoje é dedicado à podridão que reina na ONU. Esta organização, que foi criada supostamente para prevenir e combater o mal, tornou-se ela própria uma entidade do mal, dominada por tiranias.
Só no mês passado, no dia 24 de março em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos concluiu sua sessão anual aprovando nada menos que cinco resoluções condenando Israel. Mas estas foram somente as últimas de uma série de libelos de sangue acusando Israel, o único país democrático do Oriente Médio, uma região aonde impera o barbarismo, de ter uma política deliberada de assassinar crianças palestinas.
Em sua história, este Conselho de Direitos Humanos passou mais resoluções contra Israel que todas as resoluções condenando outros países juntas. E os países que passaram estas resoluções são eles próprios, os piores violadores de direitos humanos.
A Organização das Nações Unidas, inicialmente concebida pelas democracias ocidentais, junto com suas subsidiárias, tornou-se um órgão dominado por nações islâmicas, tiranias e estados párias que ao se juntarem à ela, procuram apenas legitimar suas políticas horrendas.
Entre seus órgãos está o Conselho de Direitos Humanos. É para este Conselho degenerado que a Arábia Saudita foi eleita no ano passado para ser presidente de um painel chave. Imagine a Arábia Saudita, um país aonde mulheres não podem dirigir ou sair na rua desacompanhadas de um homem de sua família e aonde todas as sextas-feiras há decapitações de pessoas acusadas de crimes absurdos como magia e feitiçaria.
Este Conselho consistentemente nomeou os relatores mais antissemitas e anti-Israel que puderam encontrar com o único propósito de demonizar o estado judeu e acusar seu exército de crimes de guerra. 
A mesma posição antissemita é também prevalente na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança que demonizam, deslegitimam e atribuem todos os males do mundo a Israel, bem reminiscente da propaganda nazista e da Inquisição da Idade Média, aonde os judeus eram responsabilizados por todas as tragédias, incluindo a peste negra, terremotos, fogos e enchentes.
Os estados que hoje dominam a ONU promovem os Protocolos dos Sábios do Sião como verdade e o Mein Kampf como a solução de seus problemas.
Senão vejamos:
-        A Líbia de Muamar Qadafi e Qatar foram presidentes da Assembleia Geral;
-        O Irã foi vice-presidente;
-        O Presidente do Irã, Hassan Rouhani, um dos piores patrocinadores do terrorismo ao redor do mundo, usou a Assembleia Geral para “condenar o terror” intercalando seu discurso com menções virulentamente antissemitas;
-        O Irã, que apedreja mulheres suspeitas de adultério foi nomeado para liderar a Comissão da ONU sobre o status das mulheres;
-        A Síria de Bashar Assad foi eleita para a comissão da UNESCO que lida com direitos humanos e proliferação nuclear;
-        Em 2010, o Conselho de Direitos Humanos publicou um relatório elogiando a Líbia;
-        Um representante do Sudão, o presidente do qual está sendo procurado pela Corte Internacional de Justiça por genocídio, foi eleito vice-presidente do Conselho Social e Econômico, que regula direitos humanos;
-        A Coréia do Norte – sim, ouviram bem – a Coréia do Norte, foi eleita para presidir a Conferência sobre Desarmamento!
-        A Unesco continua a condenar Israel e somente uma vez condenou a Síria mas ainda assim, a Síria foi eleita para um de seus comitês de Direitos Humanos;
-        Em 2015 a Organização Mundial de Saúde teve a cara de pau de aprovar uma resolução apresentada pela Síria, por 104 votos contra 4 e 6 abstenções, condenando Israel por “alvejar a saúde de sírios nos Altos do Golan, injetando-os com vírus”. A OMS nunca, nunca em sua história, aprovou qualquer resolução condenando qualquer país. E como se tratava de Israel, ela não conduziu sequer uma investigação para verificar as alegações. Nenhuma palavra sobre as centenas de sírios tratados de graça em hospitais de Israel.
-        E nesta semana, foi publicado que o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários nos Territórios Ocupados da ONU, tem consistentemente manipulado os dados sobre as fatalidades e demolições de estruturas palestinas com o único propósito de demonizar Israel.
E há tantos outros exemplos desta ONU hipócrita, corrupta e maléfica.
Depois da derrota do nazismo, os fundadores das Nações Unidas endossaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Aquelas democracias nunca imaginaram que a organização que criaram iria ser dominada por ditaduras e tiranias que a explorariam para promover o mal, incluindo o endosso de genocídio.
Israel se tornou o canário da mina. Duas décadas após ter votado a criação do Estado de Israel, a ONU iniciou um esforço em conjunto para deslegitima-la. E de lá para cá, só piorou. Em 1990 o Conselho de Segurança se recusou a impedir o genocídio em Rwanda apesar de ter forças na área. Em 1995, em Srebrenica na Bosnia, a ONU entregou 8 mil civis muçulmanos refugiados em sua zona livre para serem todos massacrados pelos militares sérvios. Em 2003, a ONU não fez absolutamente nada para evitar o genocídio no Sudão e o mesmo aconteceu no Iraque e na Síria. Em vez disso, a ONU intensifica suas campanhas contra Israel. Dá para pensar para que serve esta organização que custa bilhões de dólares por ano.
O que é mais desprezível é que os Europeus, que inicialmente resistiram a alguns dos ataques mais escandalosos, reverteram ao seu papel dos anos 30 e se colocaram de lado enquanto as forças das trevas envolviam o povo judeu.
Eles jogaram fora qualquer bússola moral que temporariamente tiveram. Hoje os europeus raramente votam contra as resoluções anti-Israel mais extremas, preferindo se abster para não antagonizar suas crescentes populações muçulmanas e as tiranias que os acompanham na ONU.   Estes países Europeus se unem aos que exigem que Israel responda mais “proporcionalmente” a ataques de palestinos que querem matar seus civis.
Mas agora, foram mais além. Num mundo repleto de injustiças e violações de direitos humanos, os europeus estão preocupados em rotular produtos produzidos por judeus que moram além da linha de armistício de 1949.  Esta iniciativa precedeu a resolução do Conselho de Direitos Humanos de compilar uma lista de empresas que fazem negócios na Judeia e Samaria, uma extensão do desprezível movimento BDS.
O que poucos sabem é que esta é apenas uma parte da campanha para revogar a Resolução 242 da ONU que recomendou negociações com base em fronteiras defensáveis para Israel e substitui-la com a exigência de retorno às fronteiras indefensáveis de 1949 a não ser que Israel e os palestinos cheguem a um acordo. O que agora parece ser impossível. Neste contexto, as cidades judaicas da Judeia e Samaria, os bairros judaicos de Jerusalem do leste, norte e sul e até o bairro judaico da Cidade Velha de Jerusalem incluindo o Muro das Lamentações são considerados territórios ocupados.
Até hoje, o Conselho de Segurança não conseguiu aprovar esta resolução por causa do veto dos Estados Unidos. Mas o próprio Barak Obama está na vanguarda desta iniciativa, só não conseguindo leva-la à frente por não ter apoio do Congresso. Mas há uma crescente preocupação que ele o faça entre as eleições e sua saída do governo. Ele já deu indicações que quer ser o próximo secretário geral da ONU e nada como agradar os que dominam a organização para conseguir o cargo.

Estamos vendo a ONU intensificar sua campanha contra Israel. Os horrendos ataques do Estado Islâmico na Europa de modo algum impactaram a política europeia em relação ao estado judeu. E ninguém levanta sua voz. Os países democráticos deveriam lembrar das palavras de Dietrich Bonhoeffer, o teólogo alemão executado pelos nazistas. Ele disse que “o silêncio face ao mal, é por sí só o mal: D-us não nos considerará inocentes. Não falar é falar. Não agir é agir”.

Sunday, April 3, 2016

A Fraqueza de Obama Face aos Bullies do Mundo - 3/4/2016

Hoje o aeroporto de Zaventem na Bélgica voltou a operar parcialmente. Os ataques a Bruxelas foram mais alarme para a Europa acordar de seus sonhos de segurança e multiculturalismo.

O fato de apenas dois irmãos terem conseguido levar a cabo dois ataques que paralisaram a Europa inteira, mobilizaram milhares de policiais, prenderam as pessoas em casa por horas, não deve ter passado despercebido pelo Estado Islâmico.

Defensores da imigração islâmica no ocidente, rápidos a dizer que estes terroristas não representam a maioria dos muçulmanos pacíficos que vivem na Europa, gostam de argumentar que a porcentagem de radicais é pequena, de apenas 5 a 10%. Mas 5% de 1.7 bilhões de pessoas são 85 milhões de radicais que querem destruir a cultura ocidental! Quando pensamos no estrago feito por apenas dois irmãos, chegou a hora de pararmos para reavaliar as consequências da política de portas abertas que os países Europeus adotaram.

Mas a própria Europa não está disposta a acordar tão cedo. Dois dias após os ataques em Bruxelas, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, fechou sua sessão anual em Genebra, proclamando Israel como o pior violador dos direitos humanos do mundo. O Conselho passou nada menos que cinco resoluções contra o Estado Judeu. O Conselho aprovou apenas uma resolução contra a Síria, uma contra a Coréia do Norte e uma contra o Irã. Frequentes violadores de direitos humanos como a Arábia Saudita e a China não mereceram qualquer resolução. 

No dia seguinte, o Conselho votou em criar um banco de dados de todas as empresas que mantêm qualquer relação comercial com negócios na Judeia e Samaria. Danni Dannon, o embaixador de Israel na ONU acusou o Conselho de Direitos Humanos de ser obcecado com Israel.

Ausente de qualquer menção pelo Conselho de Direitos Humanos esteve o Estado Islâmico, apesar de perpetrar ataques terroristas quase que diariamente ao redor do mundo, de vender crianças como escravas sexuais, de destruir o patrimônio histórico mundial, de decapitar sem julgamento a opositores e os que consideram hereges, de apedrejar mulheres suspeitas de conduta imodesta e outras tantas violações. Só em Palmira, liberada esta semana, 45 corpos foram encontrados em uma vala comum. De acordo com a Agência Reuters, alguns haviam sido decapitados, outros torturados, mas entre os mortos havia muitas mulheres e crianças.

E apesar de Israel dar tratamento médico gratuito a Sírios feridos na guerra e a palestinos, inclusive a parentes de Abbas e do líder do Hamas, é ela quem ganha o prêmio de maior violadora de direitos humanos, inclusive pela Organização Mundial de Saúde! Esta é a retribuição.

Como Israel, o que a generosidade europeia trouxe ao continente? Os ataques em Paris e em Bruxelas foram um verdadeiro tapa na cara. A França é o país com o maior número de imigrantes muçulmanos, mas o que ela ganhou desta população não foi nem um pouco de gratidão. Ganhou bairros aonde não muçulmanos não entram, onde a lei islâmica está aos poucos sendo implantada em empresas e a recusa total de qualquer assimilação. E a Bélgica, o que ela ganhou após ter distribuído centenas de milhões de dólares a muçulmanos, incluindo a terroristas palestinos em prisões israelenses? Este dinheiro, sujo de sangue, trouxe para a Bélgica alguma boa vontade por parte dos terroristas?

Não. Quanto mais se alimenta a besta, com mais fome ela fica. Israel aprendeu esta lição a duras penas: ao sair do Líbano, ao desmantelar as comunidades judaicas de Gaza, que quanto mais fraqueza os terroristas detectarem, mais encorajados eles ficarão para escalarem seus ataques.

E isto parece ser da natureza humana. O problema acontece quando líderes do mundo livre, que tem a obrigação de manter-nos em segurança, adotam estas políticas imbecis de apaziguamento esperando que seus gestos de boa vontade sejam retribuídos na mesma moeda. E não é assim. Nunca foi assim. E a história é a prova.

Não precisamos voltar muito atrás. É só ver a lista de disparates cometidos por Obama e sua desastrosa política internacional.

Logo após assumir a presidência, Obama mandou retirar as tropas americanas do Iraque, sem deixar qualquer força para trás. Imediatamente, o país desceu ao caos e uma guerra civil irrompeu entre sunitas e xiitas. Os sunitas do exército iraquiano, sem alternativa, juntaram-se ao Estado Islâmico, levando consigo não só o treinamento recebido, mas todo o arsenal de tanques, armas e munição deixados pelos Estados Unidos.

Obama estendeu sua mão ao mundo islâmico com seu discurso no Cairo no qual ele fez questão de convidar líderes da Irmandade Muçulmana. Logo após, ele apoiou a destituição de Mubarak, o maior aliado árabe dos Estados Unidos, enviando Hillary Clinton para Alexandria para louvar o processo democrático que havia elegido Mohamed Morsi da Irmandade Muçulmana. Quando Morsi tentou mudar a constituição para se atribuir poderes de ditador, o Egito desceu para o caos e só foi salvo porque o exército resolveu intervir.

O único país que Obama concordou em intervir militarmente foi a Líbia, porque havia a sanção da ONU. Só que não havia qualquer objetivo militar claro a ser alcançado. Depois da morte de Qaddafi - o único líder a conseguir unir as diferentes tribos que mandam no país – a Líbia se tornou alvo fácil da Al-Qaeda e do Estado Islâmico. Às vésperas das eleições americanas em 11 de setembro de 2012, o consulado em Bengazi foi atacado e quatro americanos, incluindo o embaixador Chis Stevens foram mortos. Aí começou o encobrimento da responsabilidade.

E aí tivemos a Síria. Obama anunciou uma linha vermelha que, se atravessada, ele iria intervir militarmente. Esta linha era o uso de armas químicas. Quando foi provado que Assad estava gaseando sua própria população, Obama decidiu agir. Mas algumas horas mais tarde, ele voltou atrás.  Ele disse que não seria pressionado a usar o exército americano como havia acontecido na Líbia e declarou este ter sido um momento de orgulho para ele. Mas o que este momento produziu? Estamos todos testemunhando os resultados.

Esta indecisão, este medo de agir e de perder o Premio Nobel da Paz foi o sinal de fraqueza para os bullies do mundo.

Em 2012 Mitt Romney, o então candidato republicano à presidência americana, havia sido ridicularizado por Obama por dizer que a seu ver, a Rússia era a maior inimiga dos Estados Unidos. Obama rindo histericamente  mandou avisar Romney que a guerra fria havia terminado.

Para mostrar que estava correto, Obama tentou um recomeço com Putin. Mandou retirar os tanques americanos da Alemanha, jogou no lixo um projeto de defesa através do espaço e assinou um protocolo no qual uma risonha Hillary Clinton foi fotografada com o dedo num botão vermelho.

O mundo esperou a reação russa. Não demorou e Putin anexou a Criméia. Depois da inação de Obama na Síria, Putin se animou e invadiu a Ucrânia.  Hoje a Rússia ameaça toda a Europa oriental. Mas o insulto somado a injuria não parou aí.

Aproveitando a viajem de Obama ao Alaska, Putin mandou seus navios de guerra para as aguas da Península. A reação do presidente americano foi avisar que um grande perigo estava à espreita e ele era o aquecimento global... Sem Obama se dar ao menos conta, o mundo entrou num novo capítulo da guerra fria.

Infelizmente, a Rússia não foi a única. A China se aproveitou da apatia americana e começou a invadir as aguas de países vizinhos, construindo ilhas artificiais para instalar bases militares. Os mulás do Irã, não esperaram nem alguns meses para fazerem testes com mísseis balísticos em violação “ao espírito do acordo nuclear” como disse Obama. Até a Coreia do Norte se aventurou a outros testes nucleares, virando o nariz às condenações do mundo.

Obama sem dúvida não quer que a América seja o policial do mundo. Mas infelizmente ou felizmente, ela o é. E quando o policial tira folga, todos os bandidos saem para perpetrar suas atrocidades.

Depois de oito anos, Obama deveria ter aprendido que não podemos nos dar ao luxo de tirarmos folga, ou mesmo uma pequena soneca. O seu legado, com o qual está preocupadíssimo, não será de ter sido o presidente da paz, mas aquele que deixou o mundo vastamente mais perigoso e violento.