Hoje o aeroporto de Zaventem
na Bélgica voltou a operar parcialmente. Os ataques a Bruxelas foram mais alarme
para a Europa acordar de seus sonhos de segurança e multiculturalismo.
O fato de apenas dois irmãos
terem conseguido levar a cabo dois ataques que paralisaram a Europa inteira,
mobilizaram milhares de policiais, prenderam as pessoas em casa por horas, não
deve ter passado despercebido pelo Estado Islâmico.
Defensores da imigração islâmica
no ocidente, rápidos a dizer que estes terroristas não representam a maioria dos
muçulmanos pacíficos que vivem na Europa, gostam de argumentar que a
porcentagem de radicais é pequena, de apenas 5 a 10%. Mas 5% de 1.7 bilhões de
pessoas são 85 milhões de radicais que querem destruir a cultura ocidental!
Quando pensamos no estrago feito por apenas dois irmãos, chegou a hora de pararmos
para reavaliar as consequências da política de portas abertas que os países
Europeus adotaram.
Mas a própria Europa não está
disposta a acordar tão cedo. Dois dias após os ataques em Bruxelas, o Conselho
de Direitos Humanos da ONU, fechou sua sessão anual em Genebra, proclamando
Israel como o pior violador dos direitos humanos do mundo. O Conselho passou
nada menos que cinco resoluções contra o Estado Judeu. O Conselho aprovou
apenas uma resolução contra a Síria, uma contra a Coréia do Norte e uma contra o
Irã. Frequentes violadores de direitos humanos como a Arábia Saudita e a China
não mereceram qualquer resolução.
No dia seguinte, o Conselho votou
em criar um banco de dados de todas as empresas que mantêm qualquer relação
comercial com negócios na Judeia e Samaria. Danni Dannon, o embaixador de
Israel na ONU acusou o Conselho de Direitos Humanos de ser obcecado com Israel.
Ausente de qualquer menção
pelo Conselho de Direitos Humanos esteve o Estado Islâmico, apesar de perpetrar
ataques terroristas quase que diariamente ao redor do mundo, de vender crianças
como escravas sexuais, de destruir o patrimônio histórico mundial, de decapitar
sem julgamento a opositores e os que consideram hereges, de apedrejar mulheres
suspeitas de conduta imodesta e outras tantas violações. Só em Palmira, liberada
esta semana, 45 corpos foram encontrados em uma vala comum. De acordo com a
Agência Reuters, alguns haviam sido decapitados, outros torturados, mas entre
os mortos havia muitas mulheres e crianças.
E apesar de Israel dar
tratamento médico gratuito a Sírios feridos na guerra e a palestinos, inclusive
a parentes de Abbas e do líder do Hamas, é ela quem ganha o prêmio de maior
violadora de direitos humanos, inclusive pela Organização Mundial de Saúde!
Esta é a retribuição.
Como Israel, o que a
generosidade europeia trouxe ao continente? Os ataques em Paris e em Bruxelas
foram um verdadeiro tapa na cara. A França é o país com o maior número de
imigrantes muçulmanos, mas o que ela ganhou desta população não foi nem um
pouco de gratidão. Ganhou bairros aonde não muçulmanos não entram, onde a lei
islâmica está aos poucos sendo implantada em empresas e a recusa total de
qualquer assimilação. E a Bélgica, o que ela ganhou após ter distribuído
centenas de milhões de dólares a muçulmanos, incluindo a terroristas palestinos
em prisões israelenses? Este dinheiro, sujo de sangue, trouxe para a Bélgica
alguma boa vontade por parte dos terroristas?
Não. Quanto mais se alimenta a
besta, com mais fome ela fica. Israel aprendeu esta lição a duras penas: ao
sair do Líbano, ao desmantelar as comunidades judaicas de Gaza, que quanto mais
fraqueza os terroristas detectarem, mais encorajados eles ficarão para
escalarem seus ataques.
E isto parece ser da natureza
humana. O problema acontece quando líderes do mundo livre, que tem a obrigação
de manter-nos em segurança, adotam estas políticas imbecis de apaziguamento esperando
que seus gestos de boa vontade sejam retribuídos na mesma moeda. E não é assim.
Nunca foi assim. E a história é a prova.
Não precisamos voltar muito atrás.
É só ver a lista de disparates cometidos por Obama e sua desastrosa política
internacional.
Logo após assumir a
presidência, Obama mandou retirar as tropas americanas do Iraque, sem deixar
qualquer força para trás. Imediatamente, o país desceu ao caos e uma guerra
civil irrompeu entre sunitas e xiitas. Os sunitas do exército iraquiano, sem alternativa,
juntaram-se ao Estado Islâmico, levando consigo não só o treinamento recebido,
mas todo o arsenal de tanques, armas e munição deixados pelos Estados Unidos.
Obama estendeu sua mão ao
mundo islâmico com seu discurso no Cairo no qual ele fez questão de convidar
líderes da Irmandade Muçulmana. Logo após, ele apoiou a destituição de Mubarak,
o maior aliado árabe dos Estados Unidos, enviando Hillary Clinton para
Alexandria para louvar o processo democrático que havia elegido Mohamed Morsi
da Irmandade Muçulmana. Quando Morsi tentou mudar a constituição para se
atribuir poderes de ditador, o Egito desceu para o caos e só foi salvo porque o
exército resolveu intervir.
O único país que Obama
concordou em intervir militarmente foi a Líbia, porque havia a sanção da ONU.
Só que não havia qualquer objetivo militar claro a ser alcançado. Depois da
morte de Qaddafi - o único líder a conseguir unir as diferentes tribos que
mandam no país – a Líbia se tornou alvo fácil da Al-Qaeda e do Estado Islâmico.
Às vésperas das eleições americanas em 11 de setembro de 2012, o consulado em
Bengazi foi atacado e quatro americanos, incluindo o embaixador Chis Stevens
foram mortos. Aí começou o encobrimento da responsabilidade.
E aí tivemos a Síria. Obama anunciou
uma linha vermelha que, se atravessada, ele iria intervir militarmente. Esta
linha era o uso de armas químicas. Quando foi provado que Assad estava gaseando
sua própria população, Obama decidiu agir. Mas algumas horas mais tarde, ele
voltou atrás. Ele disse que não seria
pressionado a usar o exército americano como havia acontecido na Líbia e
declarou este ter sido um momento de orgulho para ele. Mas o que este momento
produziu? Estamos todos testemunhando os resultados.
Esta indecisão, este medo de
agir e de perder o Premio Nobel da Paz foi o sinal de fraqueza para os bullies
do mundo.
Em 2012 Mitt Romney, o então candidato
republicano à presidência americana, havia sido ridicularizado por Obama por
dizer que a seu ver, a Rússia era a maior inimiga dos Estados Unidos. Obama
rindo histericamente mandou avisar
Romney que a guerra fria havia terminado.
Para mostrar que estava
correto, Obama tentou um recomeço com Putin. Mandou retirar os tanques
americanos da Alemanha, jogou no lixo um projeto de defesa através do espaço e
assinou um protocolo no qual uma risonha Hillary Clinton foi fotografada com o
dedo num botão vermelho.
O mundo esperou a reação
russa. Não demorou e Putin anexou a Criméia. Depois da inação de Obama na
Síria, Putin se animou e invadiu a Ucrânia.
Hoje a Rússia ameaça toda a Europa oriental. Mas o insulto somado a
injuria não parou aí.
Aproveitando a viajem de Obama
ao Alaska, Putin mandou seus navios de guerra para as aguas da Península. A
reação do presidente americano foi avisar que um grande perigo estava à
espreita e ele era o aquecimento global... Sem Obama se dar ao menos conta, o
mundo entrou num novo capítulo da guerra fria.
Infelizmente, a Rússia não foi
a única. A China se aproveitou da apatia americana e começou a invadir as aguas
de países vizinhos, construindo ilhas artificiais para instalar bases
militares. Os mulás do Irã, não esperaram nem alguns meses para fazerem testes
com mísseis balísticos em violação “ao espírito do acordo nuclear” como disse
Obama. Até a Coreia do Norte se aventurou a outros testes nucleares, virando o
nariz às condenações do mundo.
Obama sem dúvida não quer que
a América seja o policial do mundo. Mas infelizmente ou felizmente, ela o é. E
quando o policial tira folga, todos os bandidos saem para perpetrar suas
atrocidades.
Depois de oito anos, Obama
deveria ter aprendido que não podemos nos dar ao luxo de tirarmos folga, ou
mesmo uma pequena soneca. O seu legado, com o qual está preocupadíssimo, não será
de ter sido o presidente da paz, mas aquele que deixou o mundo vastamente mais
perigoso e violento.
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