Sunday, January 31, 2021

O Antisemitismo Galopante nos EUA - 31/01/2021

 Nos primeiros dias como presidente, Joe Biden gastou bastante tempo falando com líderes de outros países. Ele ligou para Boris Johnson em Londres, Angela Merkel na Alemanha e até para Vladimir Putin in Moscow.

Mas ao que parece, até agora, o líder do mundo livre não ligou para Benjamin Netanyahu. Não só Biden decidiu partir de vez com a tradição de ligar para os aliados da América em seus primeiros dias na presidência, mas isso já mostra uma tensão particular entre Biden e Israel. E nos dá uma ideia sobre as prioridades globais desta nova administração. E para o bem ou para o mal, Israel não está entre elas.

E talvez seja para o bem. Com claras diferenças de opinião sobre o Acordo Nuclear com o Irã de 2015, o melhor que Netanyahu pode esperar agora é que Biden foque em questões domésticas como a economia e COVID-19, e na Rússia e China na esfera internacional.

Em sua primeira semana, Biden assinou 25 ordens executivas para desfazer medidas de Trump. Apesar de prometer empregos, com uma assinatura ele acabou com 16 mil empregos diretos e outros milhares indiretos. Com outra ele acabou com os esportes femininos, pois atletas nascidos machos, mas que se “sentem” mulheres podem competir com as moças. Biden prometeu segurança mas com outra ordem mandou soltar centenas de criminosos que iriam ser deportados. Este governo agora não fala de igualdade mas de equidade. E a diferença é que os recursos do governo daqui para frente serão direcionados somente para as minorias. Para os negros, latinos, LGBTQ e outras. Se você é pobre, desempregado, mas teve a má sorte de nascer branco, azar o seu. Você tem o privilégio branco e assim, se vire.

E aí temos um aumento galopante do antissemitismo na América e pasmem, especialmente em Nova Iorque aonde vive a grande maioria da comunidade judaica.

Começando em abril do ano passado, o prefeito Bill de Blasio – que ficará na história como o pior prefeito que Nova Iorque já teve – apontou o dedo para a comunidade judaica como tendo o maior foco e sendo a maior propagadora do Covid-19 na cidade, acusação que ele repetiu em setembro. Outro que entrou neste barco de acusações contra os judeus foi o governador do Estado Andrew Cuomo afirmando que os judeus ultra-ortodoxos eram responsáveis por vários focos de covid no Estado.

E aí Bill de Blasio publicou seu plano de vacinação da cidade, alegando dar prioridade aos locais mais afetados pelo vírus. Um plano completamente racista, baseado nos grupos raciais da cidade de Nova Iorque no qual a comunidade judaica nem figura, apesar de ter sido apontada até agora como o pior foco desta pandemia.

É o antissemitismo vindo das instituições governamentais deste Estado. Algo que infelizmente não é novo. Vimos em 2019, antes do Covid, a violência contra judeus, em sua maioria por afro-americanos em Brooklyn, em Queens e em Jersey City aonde houve o massacre do supermercado casher, e em Monsey com o esfaqueamento do rabino em sua casa em Hanukah. De Blasio os ignorou estes ataques e quando prensado, disse que tinham sido cometidos por supremacistas brancos. Só que os antissemitas em Brooklyn são os afro-americanos e os árabes-americanos. Ninguém conhece supremacistas brancos em Brooklyn. Em outras palavras, os perpetradores são eleitores de De Blasio.

De 2020 e até agora, tanto o prefeito como o governador, continuaram a reforçar sua base com estas mensagens antissemitas. Os dois tem usado o antissemitismo abertamente, atacando os judeus, usando os ortodoxos como bodes-expiatórios, como propagadores do vírus, como criminosos contra a saúde publica, mandando fechar instituições judaicas, escolas, enquanto as outras são mantidas abertas, prendendo pessoas em enterros e outras coisas.

Mas eles continuam a faze-lo porque funciona para eles. E por isso, este antissemitismo vindo do topo não irá parar. Este prefeito, um homem nojento, horrível, viu que ir atrás de judeus lhe dá força política, e o mesmo com o governador, e é isso que está por detrás da política de vacinação aqui.

O inaceitável, o mais horripilante, é vermos os dois usarem o antissemitismo como instrumento político. Usando a vacina para alcançar uma mobilização política.  É o mesmo que vimos com os czares na Rússia e com os nazistas na Alemanha.

O outro aspecto, que não lida diretamente com o antissemitismo, mas com a verdadeira loucura da esquerda, é o CDC – o Centro de Controle de Doenças – o órgão do governo americano que institui todas as políticas de controle de enfermidades – dizer que a vacinação contra a Covid tem que seguir regras de Justiça Social. E o prefeito de Blasio, ao discriminar contra os brancos e judeus de NY com a sua política de vacinação racista, alegou estar seguindo o protocolo do CDC. Agora a vacina se tornou um instrumento político que permite a discriminação e a implantação de políticas racistas que não tem absolutamente nada a ver com a saúde publica. Como na Alemanha dos anos 30, o governo de NY agora está usando critérios contra nova-iorquinos indesejáveis invocando a saúde publica. E o CDC, um órgão federal, está ativamente discriminando a população branca dos Estados Unidos que é a maioria.

Assim, o antissemitismo está sendo usado na guerra da esquerda contra os brancos, que ela chama de privilegiados. Ela não tem a temeridade de acusar todos os brancos, mas os judeus brancos sim. A maioria dos judeus americanos são de origem europeia e portanto brancos. Ao instituir políticas racistas contra judeus sem qualquer penalidade – que é o que está acontecendo, nas universidades, escolas, e agora na política de saúde, sem qualquer oposição, é um pulo para instituir políticas contra todos os brancos. Mais uma vez o judeu é o canário da mina. Mas não todos.

A maioria dos judeus americanos são de esquerda e se calam ou pior, consentem. Inúmeros panfletos de escolas, clubes e associações judaicas agora promovem o judeu de cor. É tão estúpido! Ok. Eu sou judia sefaradi, mas minha pele é branca. E daí??? Associações judaicas agora publicam ter uma mulher judia negra em sua diretoria. Quem se importa?? Estas comunidades estão perpetrando a política de identidade de modo patético. E para quê? Para ser supostamente “aceito” por esta horda esquerdista? Isso não é como se defende a comunidade. Isso é como nos rendemos. Isso não é só uma tragédia, mas é indesculpável. Estas comunidades aceitaram os rótulos. Aceitaram o antissemitismo. Vestiram a carapuça e a internalizaram. Mas ainda somos judeus. Judeus brancos. É assim que Bill de Blasio e Andrew Cuomo nos veem. E é por causa disso que seremos os últimos a tomar a vacina junto com os outros americanos que tiveram a má sorte de nascerem brancos.

 

 

 

 

Sunday, January 24, 2021

A Primeira Semana de Biden - 24/01/2021

 A “Democracia prevaleceu”. Foi isso o que Joe Biden disse em sua inauguração, sem expectadores e cercado por 25 mil tropas. O suficiente para invadir um pequeno país. A esquerda aprecia a proteção quando são eles em jogo.

25 mil tropas mobilizadas apesar não haver qualquer inteligência que justificasse isso. Simplesmente porque a mídia havia decidido que os apoiadores do presidente Trump iriam tentar protestar. Isso não aconteceu.

O que aconteceu foi uma quebradeira promovida pela Antifa – o grupo de esquerda – nas cidades de Portland, Seattle e Denver, aonde lojas foram quebradas, a bandeira americana queimada e a sede do partido democrata destruída. Nenhuma “insurreição” da direita.

Biden leu seu discurso num prompter com letras maiores que o sinal Hollywood em Los Angeles. Pela primeira vez, o presidente anterior não foi mencionado nem sequer aludido ou sua contribuição reconhecida. Nem mesmo a do vice de Trump, Mike Pence, que esteve na inauguração.

O discurso de Biden foi vazio de conteúdo, mais uma vez plagiando outro discurso, o de Bill Clinton de 2008, clamando por uma unidade utópica e ao mesmo tempo acusando os 75 milhões que votaram em Trump de racistas e de terroristas domésticos. E depois da rápida cerimônia, visivelmente exausto, lendo bilhetinhos sobre a mesa, Biden foi assinar 17 ordens executivas para desfazer as conquistas de Trump.

Entre as ordens que ele assinou, Biden suspendeu a finalização da construção da barreira com o México e prometeu dar cidadania a mais de 10 milhões de ilegais que moram nos Estados Unidos. Isto quando mais de 10 milhões de americanos estão desempregados por causa desta pandemia.

Caravanas da América Central já estão a caminho da América porque foram claramente convidadas. A estratégia de Biden é usar tecnologia e dar 4 bilhões de dólares a governos corruptos para que não haja mais necessidade destas pessoas deixaram seus países. Quando isso funcionou? Estes 4 bilhões seriam melhor aplicados se dados às famílias necessitadas e que perderam seus negócios aqui na América.

Biden também sustou as ordens de deportação, mesmo as de criminosos violentos, ordenadas por juízes, inclusive de gangs violentas como líderes do MS13. E enquanto os cidadãos americanos ainda aguardam a vacina, estes presos terão prioridade.

Ainda pior, foi a ordem executiva de cancelar a construção do oleoduto Keystone, que vai do Canadá ao Golfo do México. Este oleoduto foi comissionado em 2010 e facilitaria o transporte de petróleo do Canadá, que tem a terceira maior reserva do mundo, para as refinarias no Texas e Illinois. O oleoduto é uma tubulação subterrânea, com impacto zero no meio ambiente. E aí vemos a hipocrisia dos democratas. Agora o petróleo terá que ser transportado em caminhões ou barcaças com grande perigo de derramamento além da emissão de carbono dos veículos. O Canadá está furioso porque já gastou um bilhão de dólares no projeto e ameaçou processar os Estados Unidos. O resultado imediato deste cancelamento além de mais desemprego, será o aumento do preço da gasolina e o fim da independência em energia, colocando os Estados Unidos novamente na dependência da OPEC.

Biden também retornou os Estados Unidos aos Acordos de Paris, que custará 400 mil empregos, principalmente na manufatura, que voltarão para a China.

Trump queria América primeiro. Biden quer a China primeiro. A China que não perdeu tempo em colocar as mangas de fora nesta semana mandando dezenas de aviões de guerra sobrevoar Taiwan, provocação que até agora não teve nem uma menção de Biden.

Como parte dos acordos de Paris, a América estará se comprometendo a instituir classes mandatórias em aquecimento global, ensinando os alunos de primário sobre mudança climática e vejam bem, como protestar contra lideres que não seguem a cartilha. Vejam a lavagem cerebral imposta aos nossos filhos.

Mas o que é bom para nós, não o é para eles, para a elite de Washington. Duas horas depois de assinar outra ordem executiva mandando o uso de máscaras em propriedades federais, o recém-inaugurado Biden foi ao Memorial de Lincoln com sua família para tirar fotos, todos sem máscara. Foi o mesmo com Nancy Pelosi que promoveu o fechamento de pequenos negócios, mas mandou abrir seu cabelereiro para tingir o cabelo. O governador da Califórnia proibiu famílias de irem ao restaurante e no mesmo dia foi a uma festa de aniversário de um doador num restaurante aonde ninguém estava de máscara. E tudo o que este pessoal quer fazer é prosseguir com este impeachment de um presidente que já não está no cargo.

É isso o que a esquerda quer. A América foi o único país da história da humanidade fundado no princípio de quanto menos governo melhor. Quanto mais liberdade de criar, de produzir, sem empecilhos do governo, melhor. E foi assim que a America chegou aonde chegou. Mas hoje, a liberdade não é mais importante. O que a esquerda ensina é que o governo tem que tomar conta de você. Qualquer opinião adversa é intolerável. E quem discorda tem que ser reprogramado como algumas celebridades advogaram esta semana, desavergonhadamente.

E isso nos leva a Israel. Biden deixou claro em sua campanha que iria retornar a América ao acordo nuclear com o Irã. A pergunta é: o que o time que Biden está colocando para lidar com Israel significará para a cooperação em segurança?

Um deles, William Burns, que foi vice Secretário de Estado do governo Obama, e nomeado por Biden como diretor da CIA, é um proponente do acordo nuclear com o Irã e é muito relutante sobre ações militares, mesmo as secretas. Ele fica desconfortável e colocou dúvidas sobre a inteligência e ações de Israel contra alvos iranianos. Ele também não gosta e condenou ações americanas como a eliminação de Qassem Soleimani.

Em sua memória, Burns explicitamente criticou Israel porque o Estado judeu não havia estabelecido uma visão clara de um estado palestino viável.

De agora em diante, até Biden voltar ao acordo com o Irã e depois disso, haverá certa falta de confiança entre as partes. Washington não irá avisar Israel sobre os detalhes e datas de grandes passos mesmo que mantenha uma coordenação limitada. Do mesmo modo, Israel e os países do Golfo Árabe podem acabar planejando e tomando passos diplomáticos e até operacionais, que podem conflitar com os objetivos americanos em relação ao Irã.

Sim, a Democracia prevaleceu porque ela sempre prevaleceu. Mas por enquanto, os inimigos da América e de Israel, a China, a Rússia e o Irã, estão aplaudindo a inauguração de Biden, e isso não é um bom sinal nem para os Estados Unidos, nem para Israel ou para o resto do mundo livre.

Sunday, January 17, 2021

A Ditadura das Big Techs - 17/01/2021

 Benjamin Franklin, um dos fundadores dos Estados Unidos, uma vez disse que “aquele que quiser acabar com a liberdade de uma nação, deve começar por subjugar a liberdade de expressão”. Ele também disse que “a liberdade de expressão é o pilar principal de um governo livre; quando este suporte é retirado, a constituição de uma sociedade livre desaparece e a tirania se erige em suas ruinas”.

Na semana passada falei sobre o fim da liberdade de expressão nos Estados Unidos. Minha premonição foi dita aqui sem saber o quanto ela estava correta. O que começou com o banimento do presidente Trump do Twitter, continuou com seu banimento em todas outras plataformas, incluindo Tic-Tok (porque ao que parece vídeos de dança e musica podem inspirar violência) e até Pintrest (que o impede de organizar fotos, ideias e outras coisas interessantes na internet como moda, terapia de arte e shakes saudáveis, porque pode gerar violência). Mas quem pensou que acabou por aí estava enganado.

Nesta semana, o site Project Veritas, publicou um vídeo no qual Jack Dorsey, o presidente do Twitter, elaborou os planos para o futuro para seus empregados. Ele disse que “o Twitter iria fazer uma verificação completa do histórico (dos Twitts) e isto levaria tempo. Ele disse “agora sabemos que estamos concentrados em uma só conta (a de Donald Trump), mas isto será muito maior que somente uma conta e seguirá por muito mais tempo do que somente este dia, esta semana (quando ocorreu a violência no Congresso); e isso irá muito além da inauguração (de Biden). Temos que estar preparados para isso. O foco agora é certamente esta conta (@realDonaldTrump) e como ela se relaciona com a violência real no mundo – vejam no mundo, não no Congresso – mas temos que pensar a longo prazo...”

E aí, Twitter, Amazon, Google e Apple se uniram para fechar a companhia Parler, a competidora do Twitter que funcionava como a voz dos conservadores. Não é que suspenderam seu acesso. Simplesmente a retiraram do ar. Arbitrariamente, sem poder apelar, estes ditadores fecharam a empresa porque não gostam do que está postado lá, como a ousadia de alguém dizer que acha que a eleição de Biden foi roubada.

Eles querem que acreditemos que Biden foi eleito com mais votos do que Obama em suas duas eleições e que Trump perdeu apesar de ter recebido mais votos nesta eleição que em 2016.  

Agora temos a prova de que estes oligarcas da big Tech americana tem mais poder do que os três poderes do governo juntos. Nem o poder executivo, nem o legislativo e tampouco o judiciário poderiam fechar uma empresa sem qualquer pré-aviso, do modo que estas quatro empresas o fizeram. E por serem empresas privadas, a não ser que haja regulamentação aprovada pelo congresso para limitar seu poder, não há nada que ninguém possa fazer.

E o Congresso, agora nas mãos da esquerda, não fará nada, pois usa este braço armado para silenciar vozes divergentes. Estes monopólios se fundiram com a mídia e com um partido – o democrata – que agora controla o Estado americano.

Isto é um aviso não só para Trump, mas para todos nós. Se ousarmos falar o que eles não gostam seremos expostos à humilhação, ao cancelamento e ao banimento. É o bullying sancionado para não “ofender”, não “ferir os sentimentos” daqueles que eles apoiam ou para supostamente “proteger o bem comum”. Palavras de efeito, mas completamente vazias.

É o que estamos testemunhando com este absurdo impeachment de Trump, há 3 dias dele deixar a presidência. 4 mil pessoas estão morrendo por dia de Covid nos EUA e centenas de milhares estão sem dinheiro para comer ou pagar por aquecimento. Mas o Congresso não está interessado nisso. O que é importante é seguir com o segundo impeachment de Trump.

Lamentável é ver várias organizações judaicas pulando neste trem e aplaudir esse impeachment pela Câmara dos Representantes.

O Comitê Judaico Americano, uma das mais antigas e respeitadas organizações judaicas dos Estados Unidos, disse que saudou a aprovação da resolução de impeachment e reiterou sua "condenação incondicional" das ações de Trump, que disse "contrariar os valores democráticos que defendemos”, e desqualificar o presidente de continuar ocupando seu cargo.

A União do Judaismo Reformista disse que aplaudia o impeachment “por seu incitamento à violência contra o governo dos Estados Unidos” e instou o Senado a condená-lo também.

A organização pró-palestina J Street, que pediu a remoção de Trump do cargo imediatamente após a tomada do Capitólio, também elogiou a aprovação do impeachment. “A Câmara acabou de votar (pela segunda vez) para deixar claro o que a maioria dos americanos sabe ser verdade: Trump é um perigo para nossa democracia e não é adequado para ser nosso presidente. Ele nunca foi e nunca deverá ter a oportunidade de ocupar um cargo publico novamente”, disse essa organização no Twitter.

E aí temos. A não ser que Trump apresente sua resignação, ele tem que ser impeached. É o que pensam os grupos judaicos de esquerda. É ok extinguir milhares de contas na mídia social que ousam questionar o resultado da eleição americana. Nada do que ele fez em prol de Israel, ou mesmo em prol da América é lembrado, ou lhe dado crédito.

Para a esquerda tudo o que ele fez é irrelevante. O que eles procuram, e sempre procuraram é o poder ilimitado e a calar qualquer oposição, como acontece na China, na Coreia do Norte e em Cuba. A MSNBC nesta semana defendeu a “reprogramação dos milhões de eleitores de Trump que na opinião do canal, são brancos e fazem parte de um culto”. Também sugeriram forçar o senador Ted Cruz do Texas, um dos homens mais integros de Washington, a resignar do cargo por ele ter apoiado Trump e assim decapitar qualquer futuro candidato republicano. Biden chamou Ted Cruz de nazista esta semana.

No mundo acadêmico, aonde deveriamos esperar o debate aberto, alunos de Harvard se reuniram esta semana para pedir para a Universidade cancelar os diplomas dos graduados que apoiaram Trump ou trabalharam em sua administração. É uma loucura.

Pessoal, se vocês acham que isso se limita aos Estados Unidos, estão enganados. Estes big Techs estão monitorando toda a conversa em qualquer língua. Por isso esta semana viu uma debandada do WhatsApp para o aplicativo Signal porque o Facebook avisou que estava mudando sua política de privacidade e iria olhar para o que estavamos escrevendo e passar a informação para o Facebook e outras empresas do grupo para supostamente nos dar uma melhor “experiência na internet”.

Há algumas semanas, Joe Biden prometeu um inverno negro. Agora não acho que ele estava falando do Covid. Mais da metade do país está sendo colocado no buraco e silenciado pelas Big Tech. Estamos no começo de algo muito ruim quando a expressão política é comparada a terrorismo doméstico.

Se estas empresas conseguiram calar o presidente dos Estados Unidos, eles calarão a todos nós. Eles irão suprimir a America que conhecemos e talvez tenha chegado a hora de pensarmos em outra alternativa.



 

 

Sunday, January 10, 2021

Invadindo o Congresso Americano - 10/01/2021

 A quarta-feira passada na capital Washington DC começou com milhares de pessoas que apoiam o presidente Trump se dirigindo para as escadarias do Congresso americano para ouvir seu discurso. Sim, é verdade que Trump pediu para as pessoas irem e alojarem seu protesto. Afinal, o protesto é a essência da democracia. Trump queria mostrar ao pântano de Washington o apoio que ele tem no meio da votação para confirmar Joe Biden como presidente. E Não, não é verdade que ele incitou as pessoas à violência. Mas infelizmente descambou para uma e com a perda de vida de uma veterana da força aérea de 35 anos que foi baleada pela polícia.  

Se foram partidários de Trump ou arruaceiros da Antifa que aproveitaram a ocasião para desacreditar os republicanos (e há evidências disso), provavelmente não saberemos nunca. Especialmente agora que o governo está completamente nas mãos dos democratas.

E porque Trump continua disputando o resultado das eleições? Já em fevereiro de 2020, 9 meses antes das eleições, a mídia americana estava alertando para os problemas das maquinas de votação que davam erros enormes e sem que o eleitor pudesse checar se seu voto foi ou não para seu candidato. Essas máquinas funcionam com o toque do dedo na tela sobre o nome do candidato e aí então um código de barras é impresso e só aí máquina lê o voto. Só que ninguém consegue traduzir o nome do candidato impresso no código de barras e portanto, ninguém sabe se seu voto foi ou não para o seu candidato ou para outro.

A quantidade de fraude e ações na justiça que ainda estão pendentes com declarações juramentadas de eleitores e até de mesários e conferentes é astronômica se comparada a eleições anteriores. Mas em vez de deixar as cortes calmamente reverem as alegações, o Congresso democrata rapidamente votou a confirmação de Biden. É lógico que qualquer um, especialmente Trump, ficaria frustrado. Mas nem ele, em toda a sua exuberância, teria a coragem de pedir violência.

E aí tivemos outra vergonha vinda da maior democracia do mundo, do bastião da livre expressão: em seus últimos dias como presidente, Trump foi suspenso do  Facebook e banido para sempre do Twitter. Só agora que Trump está há dias de deixar a Casa Branca, Jack Dorsey, o maior fascista da mídia social, decidiu bani-lo.

A conta de Trump foi cancelada totalmente porque ele teve a audácia de dizer que havia ganho as eleições. Ele e outros 75 milhões de americanos acreditam nisto.

O Twitter não cancelou as contas das dezenas de democratas que durante dois anos falsamente acusaram Trump de ter ganhado por causa da interferência da Rússia. Ou quando afirmaram mentirosamente que tinham provas irrefutáveis do seu conluio. Ou quando a campanha de Joe Biden e Kamala Harris arrecadou fundos para pagar a fiança dos violentos saqueadores e arruaceiros do Black Lives Matters que destruíram incontáveis pequenos negócios.

Ninguém fala que a 5ª avenida de NY, o Rodeo Drive de Los Angeles e as vitrines das lojas de Boston e Chicago foram cercadas um dia antes da eleição, não com medo dos eleitores pró-Trump mas com medo da quebradeira da esquerda.

A decisão do Twitter de banir a conta do presidente dos EUA está legalmente errada. Isto é um policiamento político feito pela esquerda que domina, além do Congresso, também o Vale do Silício.

O Washington Post, de esquerda, chegou a racionalizar as ações do Twitter dizendo que “Essas medidas foram necessárias, mesmo que não estivessem enraizadas em regras transparentes, mas em uma reação de pânico a uma crise”. Wow! Hitler teria adorado este tipo de defesa.

As empresas de mídia social não são o governo. Elas receberam imunidade contra ações judiciais sob a alegação de serem somente um veículo de expressão. Mas as incontáveis vezes que conservadores e republicanos tiveram suas contas suspensas por terem supostamente “ofendido” alguém, prova que nem o Twitter, nem o Facebook são plataformas imparciais. Elas monitoram e decidem que tipo de fala é permitida ou aceitável, para eles.

E é por isso que muitos conservadores estão deixando o Twitter e indo para o Parler.

A questão que surge depois da decisão de banir Trump é: por que o Twitter ainda permite que figuras violentas como o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, seu ministro das relações exteriores Javad Zarif, Maduro e outros, permaneçam na plataforma?

Embora o Twitter tenha retirado um tweet de Khamenei no sábado, após ele lançar dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra o coronavírus, chamando-as de “completamente indignas de confiança”, Jack Dorsey continua a permitir que ele tuite declarações antissemitas e ações violentas contra Israel.

Em um tweet no ano passado, Khamenei pediu “Jihad” contra Israel. “Todos devem ajudar os combatentes palestinos”, escreveu ele, acrescentando que “a luta para libertar a Palestina é Jihad no caminho de Deus. A vitória em uma guerra está garantida porque uma pessoa, mesmo se for morta, receberá 'uma das duas recompensas excelentes.' ”

Esta é uma referência do al-Corão às recompensas religiosas por ser morto lutando contra descrentes. Ele também escreveu que o “regime sionista é um tumor mortalmente canceroso” e que deve ser “desenraizado e destruído”.

Quando confrontado em julho durante uma audiência do Knesset sobre permitir que a conta de Khamenei permanecesse ativa, um executivo do Twitter disse que seus comentários não violam as regras do discurso de ódio, uma vez que são considerados "violência da política externa".

O vice-presidente de políticas públicas do Twitter, Sinéad McSweeney, foi além, escrevendo ao ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Orit Farkash-Hacohen, que os odiosos tweets de Khamenei não violavam suas políticas internas.

“Os líderes mundiais usam o Twitter para conversar entre si, assim como com seus constituintes”, escreveu McSweeney em uma carta de 15 de junho.

Embora os comentários sejam ridículos, eles expõem uma parcialidade que deve ser discutida. Se a conta de Trump foi suspensa por causa da preocupação de que ele incentive a violência, então o mesmo precisa acontecer com a conta de Khamenei, especialmente considerando que ele é o líder de um país que é o maior patrocinador do terrorismo no mundo, e continua a buscar a bomba atômica, abertamente ameaçando o genocídio de outro país - Israel.

Onde está a linha através da qual a conta de alguém pode ser suspensa? Ninguém sabe. O fato de Trump ter sido banido, mas Khamenei ainda poder twittar sobre genocídio, fala muito sobre o que está acontecendo. Estamos vendo o fim da liberdade de expressão nos Estados Unidos.

A conta de Trump não precisava ter sido suspensa por ele ter convocado uma manifestação. Isto não é incitação à violência. Mas permitir que Khamenei permaneça ativo é uma mancha nas empresas de mídia social e em suas chamadas regras e políticas. Especialmente agora quando seu governo está planejando a execução de mais atletas, jornalistas e qualquer voz que se oponha ao seu governo insano.

A conta de Khamenei, Javad Zarif e seus outros capangas precisam ser banidas agora.

Sunday, January 3, 2021

As Fake News de Javad Zarif - 03/01/2021

Ontem, o ministro das relações exteriores do Irã, Javad Zarif, seguindo o roteiro das piores novelas antissemitas do passado, postou no twitter que Israel estaria atrás de um “fake casus belli” numa conspiração para empurrar o Irã e os Estados Unidos para a guerra.

O twit dele disse o seguinte: “Nova inteligência do Iraque indica que agentes provocadores de Israel estão conspirando para perpetrar ataques contra americanos – colocando a administração Trump numa situação difícil de um casus belli”. Aí ele avisa: “Tenha cuidado com uma armadilha, Donald Trump. Qualquer fogo de artificio sairá pela culatra de um modo muito ruim, particularmente contra seu melhor amigo.”

Trump avisou que responsabilizaria o Irã por qualquer ataque contra os EUA no Iraque. Desde maio de 2019, milícias apoiadas pelo Irã têm perpetrado dezenas de ataques com mísseis contra as forças americanas especialmente contra a embaixada americana em Bagdá que mataram um americano e três membros da coalizão internacional liderada pelos EUA.

Mas há exatamente um ano, os Estados Unidos mataram o líder da Guarda Revolucionaria iraniana, Qasem Soleimani. E agora, no primeiro aniversário de sua morte, o Irã colocou suas forças em alerta porque grupos pró-Irã podem querer atacar as forças americanas na região ou atacarem Israel para vingar o assassinato.

Javad Zarif há muito tenta culpar Israel pelas tensões com os EUA, acusando Benjamin Netanyahu de querer provocar uma guerra. Zarif, que foi educado nos Estados Unidos (e frequentemente fala em think tanks norte-americanos e é elogiado nas capitais ocidentais), sabe que a linguagem que ele usa é projetada para apelar às conspirações ocidentais que vê Israel por trás de todos os conflitos do globo. Essa conspiração tem raízes antissemitas que datam da publicação dos Protocolos dos Sábios de Sião, um livro fake publicado pelo Império Russo em 1903, que afirmava que os judeus procuram controlar o mundo e os culpa por estarem por trás de todos os males, desde desastres econômicos e guerras.

A alegação que Israel estaria por trás de ataques em nome do Irã para levar os EUA à guerra é parte dessa história de culpar os judeus por conflitos que existe há anos. Em 2003 ela foi usada para culpar Israel pela invasão do Iraque pelos EUA e de outras guerras no Oriente Médio.

O líder antissemita da Malásia Mahathir Mohammed disse à Organização da Conferência Islâmica que "os judeus governam o mundo por procuração, eles fazem com que outros lutem e morram por eles". Essa conspiração antissemita encontrou raízes em grupos islâmicos, incluindo a Irmandade Muçulmana, o Hamas e claro, entre os membros do regime em Teerã.

Alegações de que "o Estado Islâmico foi criado por Israel e os EUA", foi outra conspiração que os membros do regime do Irã espalharam no passado. Essas teorias também encontraram seu caminho nos campus das universidades americanas e inglesas e chegaram até a serem apresentadas por membros de partidos políticos no Ocidente que tentam argumentar que Israel “se beneficia” de conflitos.

Em 2012, um atentado terrorista no Egito foi atribuído a Israel, que teria supostamente “interesse em matar egípcios”.

A teoria da conspiração de Zarif foi projetada para culpar Israel se milícias apoiadas pelo Irã atacarem os EUA no Iraque. É parte de um conceito cuidadosamente projetado para buscar alavancar uma campanha silenciosa contra Israel no oeste que já culpa Israel pela política dura de Trump sobre o Irã, ao insinuar que Israel é o culpado pelas tensões EUA-Irã.

O Irã tem frequentemente levantado esse ponto nos EUA para ganhar o favor de grupos pró-Irã e algumas vozes no Congresso, afirmando que Israel é o problema e que se apenas os EUA estendessem a mão então as coisas seriam melhores com o Irã.

Este ponto de discussão busca usar Israel como bode expiatório para as más relações entre o Irã e os Estados Unidos, ao invés de observar que foi o Irã que manteve os americanos como reféns em 1979, que foi o Irã que ordenou ataques às forças dos EUA na região e que grupos se vincularam ao Irã têm sido responsáveis ​​por ataques a judeus em lugares como a Argentina e ataques a Israel na região e no mundo.

Esta parece ser mais uma tentativa do Irã de espalhar libelos de sangue e conspirações antissemitas inventadas pelo Império Russo para culpar Israel e os judeus pelos seus próprios atos.

Além de estar com uma economia em frangalhos, o Irã está engasgado com os EUA e Israel. O assassinato de Suleimani pela América, os mais de mil ataques aéreos de Israel contra alvos iranianos na Síria, o não reivindicado assassinato do chefe do programa nuclear Fakhrizadeh são contas em aberto que o Irã está desesperado em fechar.

Assim, o Irã parece que está planejando um ataque e já preparou o terreno para culpar Israel. Mas este tipo de acusação só traz mais descrédito ao regime do Irã e ao reino das teorias de conspiração antissemitas. Este último tweet parece dar às milícias do Irã no Iraque um ok para atacar os EUA, para o Irã poder então culpar Israel.

Em contrapartida, apesar da pandemia, Israel fechou o ano com quatro novos acordos de paz que oferecem um potencial econômico enorme para o estado judeu. E tudo com a aprovação do inimigo mor do Irã, a Arábia Saudita, que deve, em algum ponto, também normalizar suas relações com Israel.

2020 impôs muitas mudanças a todos neste planeta. Pessoal e coletivamente. Mas no Oriente Médio, apesar da pandemia, Israel saiu mais forte. A aliança com os Emirados, Bahrain, e Arábia Saudita, envia uma mensagem muito forte ao Irã e um aviso para Biden. Para que a nova administração americana não reverta aos maus hábitos do passado. Eles se uniram a Israel porque Jerusalem não vacilou frente ao inimigo.

Não há respostas fáceis para esta situação com riscos tão altos. Agora dependerá de Biden se Israel escolher tomar uma ação decisiva contra o Irã, mais cedo ou mais tarde.