Sunday, October 25, 2020

Na Reta Final das Eleições Americanas - 25/10/2020

 

Há uma estória que circulava durante o governo de Levi Eshkol, o segundo primeiro-ministro de Israel após Ben-Gurion, na qual seus conselheiros o teriam informado de uma seca. "Onde?" Perguntou Eshkol. No Negev, responderam os conselheiros. “Graças a Deus!” Ainda bem que não é na América.”

Eshkol tinha outra frase que ele usava para descrever a relação entre Israel e os EUA: “Quando a América espirra, é Israel quem pega pneumonia”.

Desde a criação do Estado de Israel, houve uma sinergia com os Estados Unidos. O fato dos dois países compartilharem os mesmos valores democráticos, liberdades de expressão, de culto, de imprensa e proteção de minorias; eleições livres e respeito pela lei.

E isso significa respeito pelo resultado de eleições, com o partido perdedor imediatamente concedendo a derrota e se voltando para o trabalho de servir e defender o povo.

Mas tudo isso mudou com Donald Trump. Antes mesmo de sua inauguração os democratas juravam seu impeachment. Artistas famosos juraram se mudar da  América, ativistas da esquerda gritavam e choravam aos céus. E Hillary no seu canto, lambendo suas feridas, jurava vingança.

Nunca os Estados Unidos tiveram uma presidência com tanta oposição, com tantos milhões de dólares jogados no lixo para investigar supostas conspirações russas que teriam colocado Trump na Presidência.

Estamos há 9 dias das eleições e um numero recorde de pessoas já votaram. As pesquisas de opinião estão cuidadosamente colocando Biden como vencedor mas com pouca vantagem. As mesmas pesquisas que há 4 anos davam Hillary como vencedora certa.

O único instituto de pesquisa que há 4 anos deu com quase precisão, a vitória de Trump – o Trafalgar – está prevendo sua reeleição.

Segundo eles, as outras pesquisas não levam em conta o voto escondido, de pessoas que vão votar em Trump, mas têm vergonha de admiti-lo por medo de serem vistas como ignorantes ou racistas; e irão votar nele pela razão que todo o americano vota em eleições: a economia.

Em todas as pesquisas, pelo menos 56% dos entrevistados dizem estar economicamente melhor hoje do que há 4 anos, durante o governo de Obama-Biden. Se isto for verdade e as eleições sempre seguem a economia, então as pesquisas que dão a vitória a Biden não fazem muito sentido.

O fato é que até o inicio deste ano, antes da pandemia, mesmo com todo o circo e as palavras de ódio e desprezo dos democratas, a América estava gozando de um renascimento sem paralelo. A economia estava numa ascensão vertiginosa, o desemprego mais baixo da história do país, especialmente, entre os afro-americanos e latinos.  E todos nós sabemos que ter um emprego não é só bom financeiramente. É bom para a autoestima, um incentivo para ir pra frente na vida. Você se sente digno quando trabalhou por seu salário em vez de receber esmolas do governo.

A bolsa de valores quebrou recordes diários, afetando positivamente os programas de aposentadoria. A redução de impostos que incentivou novos negócios a abrirem, a renegociação de acordos comerciais com a China, México e Canadá que trouxeram bilhões de dólares para a América, e melhor, trouxeram as fábricas de volta para o país. A eliminação de várias regulamentações inúteis e desburocratização. E a nomeação de centenas de novos juízes tornando o judiciário mais eficiente. Estas foram as conquistas de Trump.

Mas a esquerda não pensa assim. Quando lemos ou assistimos as noticias, parece que tudo aqui é anarquia, caos, e divisão da sociedade, que eles avisam é tanta que se Trump ganhar teremos uma guerra civil.  

Alguém disse que se quiser enfurecer um conservador, conte a ele uma mentira. Se quiser enfurecer um esquerdista, diga a ele a verdade. É irônico que o jornal oficial da União Soviética, se chamava Pravda. Pravda em russo é “verdade”. Incrível, não?

Tendo nascido e crescido no Brasil, e viajado muito por este mundo afora, nunca achei que os Estados Unidos eram um país normal. Os Estados desta União formam um país excepcional. Nenhum outro país do mundo é mais generoso, dá mais oportunidades para seus cidadãos e para os imigrantes que a América. Em nenhum outro país você sente que o sistema é intrinsecamente bom.

Mas há anos que a esquerda ensina as crianças nas escolas que a América é fundamentalmente ruim, sistematicamente racista e todos os males que vemos acontecer fora da América é por culpa dela.

Nunca houve na história uma sociedade que tivesse ativamente decidido trabalhar contra si própria e destruir suas fundações, supostamente para alcançar uma suposta igualdade social. Hoje a esquerda e Joe Biden acusam Donald Trump por cada morte ocorrida pelo corona. Mesmo que a maioria das mortes tenham ocorrido em estados democráticos, governados (ou mal governados) por democratas. Pessoal, posso categoricamente fazer a seguinte afirmação: o vírus não olha para quem você vota. Ele é um grande equalizador. Donald Trump pegou o vírus. E ele não foi a causa da pandemia. A China é culpada.

O que estamos vendo na América com uma politização maluca de tudo (de tênis da Nike, a de sabores de sorvete do Ben&Jerry, ao vírus), é a erupção mais autodestrutiva de uma sociedade na história da humanidade. E esta onda só traz beneficio aos inimigos da America. Seus amigos estão prendendo a respiração.

O resultado destas eleições irá afetar Israel fundamentalmente. O que Israel tinha conseguido até agora, manter boas relações com ambos os partidos, começou a ser destruído com a eleição de Barack Obama. Quando Trump foi eleito e tomou medidas pró Israel, transferindo a embaixada para Jerusalem, reconhecendo a cidade como capital de Israel, reconhecendo a anexação das colinas do Golan, e os acordos de normalização com países do Golfo Árabe e possivelmente o Sudão, Israel não podia ficar silenciosa. Foi normal um agradecimento efusivo chamando o homem mau Trump de melhor amigo que Israel já teve.

A história mostra que Biden nunca foi amigo de Israel e agora está aliado à ala mais radical da esquerda americana que conta com ativistas muçulmanos virulentamente anti-Israel. Se D-us me livre ele for eleito, Israel irá novamente sofrer as consequências.

Vamos torcer para que isso não aconteça, porque se Biden como presidente espirrar, Israel irá diretamente para a UTI.

 

 

 

Sunday, October 4, 2020

Trump Com Covid: O Que o Irã Irá Fazer? - 4/10/2020

 Na semana que passou tivemos o primeiro debate entre o presidente Trump e o ex-vice presidente Biden. Um espetáculo que deixou muito a desejar. A esquerda caiu em cima de Trump, dizendo que ele foi mal educado em interromper as não-respostas de Biden. Mas foi Biden quem quebrou o protocolo insultando o presidente. Ele foi de dizer para ele calar a boca, a chama-lo de “palhaço”. Uma verdadeira vergonha.

Os programas políticos e econômicos ficaram atrás dos ataques pessoais e ao final, não pudemos ouvir absolutamente nada sobre as propostas para levar o país à frente pós-pandemia. Uma mostra clara e triste do declínio da América. Uma América que nos últimos 20 anos, foi remodelada à imagem da mídia de esquerda que trabalhou incansavelmente para destruir os valores morais através da televisão e do rádio. Hoje palavrões, xingamentos, nudez, sexo explícito, tudo é válido, engraçado e aceitável, desde que saia da boca da esquerda que quer destruir o país.

E aí, na sexta-feira, quando achávamos que estávamos no fundo do poço da civilidade, Trump e sua esposa testaram positivos para o Covid. As reações então conseguiram abaixar o nível ainda mais: comediantes, jornalistas, acadêmicos correram para o Twitter para desejar a morte de Trump, declarar que D-us existe e tinha mandado o castigo ou simplesmente mostrar o dedo. Para eles Blacks Lives Matter mas não a vida do presidente ou o respeito pelo cargo.

Interessante foi ver a imprensa iraniana noticiou o contagio de Trump nas manchetes. A liderança iraniana, no entanto, não emitiu qualquer declaração a respeito. A pergunta é: o que o regime está pensando? Será que vão aproveitar e atacar as forças americanas em algum lugar?

Antes já da noticia sobre o estado de saúde de Trump, milícias iranianas atacaram com mísseis de 122mm o aeroporto do Kurdistão aonde estão estacionadas as tropas americanas no Iraque. Isto fora dos ataques de guerrilha diários contra posições americanas ou de seus aliados. Além disso o Irã continua a atacar a Arábia Saudita a partir do Iêmen e ameaçar Israel do Líbano e de Gaza.

Também ameaça os países do Golfo Árabe. Na semana passada um grupo de terroristas, membros da Guarda Revolucionaria iraniana foram apreendidos antes de conseguirem cometer um ataque no Bahrein e outro na Arábia Saudita. O Irã também está tentando convencer o Qatar a patrocinar os rebeldes Houthis que destruíram o Iêmen.

Será que o Irã pensa que o poder de dissuasão dos EUA possa ter diminuído devido à doença de Trump? ou devido às eleições dos EUA?

O Irã está sob sanções econômicas cada vez mais estritas desde que, em 2018, Trump denunciou o Acordo Nuclear assinado por Obama. As tensões entre o Irã e os EUA aumentaram em maio de 2019, quando a Casa Branca alertou sobre possíveis ataques iranianos. Os ataques ocorreram contra petroleiros no Golfo de Omã e drones e mísseis na Arábia Saudita. As tensões aumentaram quando o Irã derrubou um drone americano e novamente quando grupos pró-iranianos no Iraque dispararam mísseis contra forças americanas e ataques misteriosos ocorreram nos armazéns de munição das facções apoiadas pelo Irã no Iraque.

O Irã então ordenou aos Houthi alvejarem o campo de gás Shaybah e usou 25 drones e mísseis de cruzeiro contra a refinaria de Abqaiq na Arábia Saudita. Enquanto isso, Israel foi para a ofensiva para impedir a instalação do Irã na Síria bombardeando milhares de alvos iranianos e comboios de armas para a Hezbollah no Líbano.

Quando os Estados Unidos interceptaram várias embarcações do Irã com armas destinadas aos Houthis, os iranianos mandaram suas milícias no Iraque aumentar os ataques com mísseis. Em dezembro, um empreiteiro americano foi morto e os aliados do Irã invadiram a embaixada americana no Iraque. Aí os Estados Unidos responderam matando o comandante da Guarda Revolucionária, o legendário terrorista Qasem Soleimani. Seguiram-se dúzias de ataques dos dois lados mas os Estados Unidos conseguiram consolidar suas bases e reduzir o numero de soldados no Iraque.

É onde estamos agora. Um embargo de armas ao Irã está expirando neste mês. As tentativas da America de reaplicar as sanções da ONU falharam. O Irã está tentando fortalecer suas relações com países como a Venezuela (que também está sob sanções dos EUA), Líbano, Síria e também a Rússia, China e Turquia. No Líbano, Israel publicou recentemente um vídeo mostrando supostas fábricas de mísseis. Em seu discurso na ONU, Bibi chegou a mostrar fotos de depósitos de armas da Hezbollah ao lado do Aeroporto de Beirute. A Hezbollah negou a existência dos armazéns.

Do seu lado, Trump conseguiu algo inédito: trazer as lideranças libanesa e israelense para a mesa de negociações sobre a demarcação de fronteiras marítimas. É um começo. E algo que ninguém conseguiu em mais de 30 anos.

Se por um lado o Irã não para de tentar provocar Israel, por outro não parece querer testar Jerusalém. É por isso que Teerã prefere atacar a Arábia Saudita porque acha que Riad não vai responder diretamente.

O Irã sabe que Trump quer cumprir sua promessa de campanha e acabar com as guerras sem fim, tirando as tropas americanas do Iraque e do Afeganistão. Mas também sabe que ele responderá duramente se soldados americanos forem mortos. É por isso que o Irã quer criar uma situação estável o suficiente para os EUA deixarem o Iraque, mas ainda assim, uma situação aonde chovem mísseis, mas sem vítimas. O Irã também quer que os EUA saiam do Afeganistão. Mas para isso tem quer esperar o fim do embargo de armas. Enquanto isso o Irã avança em seu objetivo de estabelecer uma nova ordem mundial com a Rússia, China e Turquia como parceiros e aliados.

Só depois, o Irã se voltará para seu projeto maior: o de desestabilizar o Golfo. O Irã sabe que o Líbano está falido e em crise, por isso não pode pedir à Hezbollah, que está com sua credibilidade bastante abalada no país, que faça muita coisa no momento. Mas pode enviar mais armas para a Síria, para continuar a ameaçar Israel. Como uma gigantesca sucuri, o Irã está consumindo a Síria aos poucos.

A sucuri pode se mover rapidamente se sentir fraqueza num oponente, como Trump, mas sabe que precisa de bastante tempo para digerir lentamente sua presa. Vamos ver se o Irã irá agir com cautela antes de testar um governo americano que pode parecer estar momentaneamente sem líder. O Irã sabe que o membro mais forte do governo Trump é Mike Pompeo, que não é nem um pouco fã dos aiatolás. Apesar da idade, da pandemia e de todo o resto, Trump continua alerta e trabalhando 20 horas por dia. Será melhor para o Irã se a sucuri não testar o vespeiro.