Sunday, September 18, 2022

O Viés Antissemita do New York Times - 18/9/2022

 Mais uma vez a mídia esquerdista escancara sua parcialidade e antissemitismo.

O jornal The New York Times publicou na semana passada, uma “investigação” sensacional atacando as Escolas Hassídicas, as Yeshivot Regionais de Nova York.

A grande queixa do artigo é que judeus, especialmente judeus religiosos, mantêm-se separados, não se integram na sociedade e não respeitam os valores liberais que os “investigadores” defendem. O artigo ataca primeiro o tipo de educação que os judeus ortodoxos recebem, o que eles acreditam e o que eles não estudam. É irrelevante que no final, as taxas de uso de drogas, a dissolução familiar e doença mental sejam muito menores entre os chamados “chapéus pretos” do que em qualquer outra comunidade americana.

Depois o artigo ataca o fato de que como muitas escolas particulares, as Yeshivas recebem dinheiro do governo para fornecer uma educação que o New York Times não aprova. Sem dúvida, é melhor dar a uma criança de 8 anos a escolha de ser menino ou menina, e começar tratamento hormonal, do que ensiná-la valores religiosos. Sim, isso está realmente acontecendo em muitas escolas públicas em todo o país.

Não há dúvida de que todas as comunidades religiosas estão muito preocupadas com estas insanidades que a esquerda está tentando impor aos americanos e procuram guiar seus alunos em uma direção diferente. Isso parece muito irritante para os repórteres, que alegam que a punição corporal é excessiva nas Yeshivot apesar de todos os entrevistados terem veementemente negado que ela aconteça. Mas o importante é que estes “repórteres” acreditam que a violência existe porque eles são os liberais de esquerda.

O New York Times também mostra seu viés ao falar de grupos especificos. O Lubavitch é a denominação judaica que mais cresce, com mais de 4.500 Chabad Houses em todo o mundo. O artigo então afirma levianamente que esses judeus ensinam a seus filhos o inglês correto, porque são “missionários”. Nada pode estar mais longe da verdade e, de fato, é uma difamação flagrante. O Chabad existe para educar e fornecer uma oportunidade para judeus que estão buscando esta educação. Eles evitam qualquer coisa que pareça ser missionária. É esse tipo de comentário do New York Times que mostra a mentalidade dos repórteres e a total falta de credibilidade deste artigo.

Ainda, em sua exposição, o jornal tenta comparar as comunidades hassídicas com as escolas comunitárias negras mais pobres de Nova York, escrevendo que as judaicas são ainda pior. No entanto, o jornal não compara o que acontece com esses alunos dentro e fora da escola; as taxas comparativas de crime, prisão, gravidez adolescente, divórcio, alienação e doença mental. Isso mostra o viés repulsivo do jornal, e o nível a que ele se rebaixa para insultar um grupo, no interesse do elitismo de esquerda. Talvez o que está errado com a educação americana é que não temos mais escolas controladas por pais com fortes valores morais, sociais e religiosos.

Os repórteres também reclamam do fato que estudantes da Yeshivah não conseguem os tipos de trabalho que eles acreditam os estudantes deveriam ter. No entanto, eles não falam se estes graduados das Yeshivot têm dificuldades financeiras, porque a comunidade em grande parte cuida dos seus. É uma pena que não tenhamos mais disso na América e no resto do mundo.

Mas pior ainda, os repórteres castigaram as Yeshivot por não terem cooperado com eles para o artigo e pedem para aqueles que tiverem mais informações, mais estórias feias sobre a comunidade, para entrarem em contato. Eles chegaram ao cúmulo de traduzir o artigo para o Yidish para difamar aqueles com os quais eles discordam.

Quer o New York Times queira ou não, os judeus ortodoxos vão buscar seu próprio sistema de valores. E esse sistema não é o que a esquerda politicamente aceitável endossa. O artigo faz menção às diferenças políticas que os judeus ortodoxos têm com a esquerda liberal de Nova York e o fato de usarem seu poder político para beneficiar a comunidade. Bom dia! Isso se chama a América!

Sobre o antissemitismo, o artigo implica que a culpa é dos judeus hassídicos pela maneira como se vestem e não se misturam da maneira que o New York Times considera aceitável.

Esta “exposição” é um golpe grosseiro, mal investigado e mal escrito sobre uma comunidade cujo sistema de valores, crenças educacionais e deveres religiosos são diretamente opostos aos formuladores pelo jornal. Graças a D-us, mais e mais pessoas estão começando a perceber que o New York Times entrou no que chamamos de imprensa marrom, para atacar e minar aqueles com cuja opinião o conselho editorial discorda.

Sunday, September 11, 2022

A Rainha Elizabeth II e Israel - 11/9/2022

 

Hoje a manhã está nublada, muito diferente do 11 de setembro de há 21 anos. Aquela manhã de terça-feira estava límpida, com um céu azul intenso e o ar fresco do começo do outono. Mas aí sofremos o pior ataque terrorista da história da humanidade. Um evento que fez o mundo parar por dias e mudou nossas vidas em um momento. Mudou como andamos nas ruas e metrô, como viajamos, para onde escolhemos ir. Mas sempre lembramos as quase 3 mil vidas que foram tiradas naquele dia.

Tendo dito isto, nesta semana vivemos um evento histórico.  A morte da rainha Elizabeth II, coroada em 1952, quatro anos depois do fim do Mandato Britânico para a Palestina e da criação do Estado de Israel.

Em 1917, a fim de ganhar o apoio judaico para o esforço da Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra, reconhecendo "a conexão histórica do povo judeu com a Palestina", prometeu estabelecer um lar nacional judaico na Terra Santa através da Declaração Balfour.

No entanto, os ingleses também prometeram aos nacionalistas árabes um país árabe unido, cobrindo a maior parte do Oriente Médio árabe, se os turcos fossem derrotados. Quando a luta terminou em 1918, com o Império Otomano derrotado em todas as frentes, nenhuma das promessas foi cumprida.

Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o Mandato para a Palestina para facilitar o estabelecimento de um lar nacional judaico na Terra de Israel. Mas dois meses depois, em setembro de 1922, a Liga das Nações e a Grã-Bretanha decidiram que a criação de um lar nacional judaico não se aplicaria à área a leste do rio Jordão, que constituía três quartos do território incluído no Mandato. A parte leste eventualmente se tornou o Reino da Jordânia.

Mas o mandato era ainda para estabelecer o lar nacional judaico na Terra de Israel. Em vez disso, os ingleses começaram a tomar medida após medida contra seu próprio mandato. Os White Papers de 1930 e 1939 restringiram a imigração e a aquisição de terras por judeus. Depois da guerra, a Grã-Bretanha impôs um mandato de terror, fazendo prisões em massa e assassinatos de judeus, junto com um bloqueio para impedir a entrada na Palestina de refugiados desesperados que fugiam do Holocausto. Eles mandaram de volta dezenas de navios carregados de refugiados, como o Patria, o Stuma e o Exodus e refugiados foram enviados a outros campos de concentração em Chipre.

Em retaliação às ações de rebeldes judeus os ingleses prenderam e executaram vários judeus, inclusive o menino de 16 anos Alexandre Rubowitz, sequestrado e morto por colar pôsteres. Seu corpo nunca foi encontrado.

Depois que a Assembleia Geral da ONU adotou a resolução de dividir a Palestina em 29 de novembro de 1947, a Grã-Bretanha anunciou o término de seu mandato sobre a Palestina, para entrar em vigor em 15 de maio de 1948. Em 14 de maio de 1948, o Estado de Israel foi proclamado.

Ao longo de suas décadas como chefe de Estado do Reino Unido, a rainha Elizabeth cultivou laços amigáveis com figuras comunitárias judaicas, bem como relações cordiais com líderes israelenses. Mas embora tenha feito visitas oficiais a dezenas de países ao longo de seu mandato, ela nunca visitou o Estado de Israel.

De fato, nenhum membro da família real visitou Israel oficialmente até 2018, quando o príncipe William chegou ao estado judeu em uma visita oficial sem precedentes, levantando o boicote não oficial.

Seu avô, o príncipe Philip, fez uma visita pessoal a Israel em 1994 para homenagear sua mãe, a princesa Alice da Grécia, que está enterrada no Monte das Oliveiras, em Jerusalém. E o príncipe Charles visitou Israel em 1995 e 2016 para participar dos funerais de Yitzhak Rabin e Shimon Peres. Essas estadias não eram, no entanto, visitas reais oficiais.

A recusa de décadas da família real em realizar uma visita oficial ao Estado de Israel – sem hesitar em visitar monarquias autoritárias como Arábia Saudita e Catar – é de coçar a cabeça.

Poder-se-ia dizer que a Inglaterra não tem um passado tão sangrento com estes países como com Israel. Mas a rainha não hesitou em visitar a Índia 3 vezes, que foi sua colônia e que também lutou bravamente por sua independência, e ainda pior, visitou a Irlanda, basicamente pedindo desculpas pelo passado. Foi uma reconciliação espantosa já que seu próprio primo, Lord Louis Mountbatten fora assassinado pelo IRA em 1979.

Um funcionário anônimo do governo britânico disse ao jornal The Telegraph em 2015 que “até que haja um acordo entre Israel e a Autoridade Palestina, a família real não pode realmente ir lá”.

Apesar do desprezo, a rainha cultivou laços estreitos e ganhou a lealdade dos judeus britânicos e qualquer crítica a ela é feita a portas fechadas.

Em 1996, durante uma visita à Polônia, a rainha Elizabeth foi criticada por não agendar uma parada no campo de concentração de Auschwitz. Em uma adição de última hora ao seu itinerário, ela visitou e colocou uma coroa de flores em um memorial judaico em Varsóvia, onde os judeus foram presos e transportados para o campo de extermínio de Treblinka.

Quase duas décadas depois, ela visitou um campo de concentração nazista. Em sua última viagem oficial ao exterior a rainha Elizabeth viajou para a Alemanha. Embora fosse sua quinta viagem oficial à Alemanha, a rainha fez sua primeira visita a um campo de concentração em Bergen-Belsen e se encontrou com sobreviventes do Holocausto no local.

Depois de ouvir suas histórias, ela respondeu: “Deve ter sido horrível”.

Sim, foi. Foi horrível.

Passou da hora de termos uma visita oficial a Israel por um monarca britânico. Não há nenhuma desculpa legítima para isso não ter acontecido décadas atrás - exceto pelas políticas errôneas do Reino Unido, em relação ao Oriente Médio.

Esperamos que esse erro seja corrigido agora com o novo rei Charles III.

Sunday, September 4, 2022

A Cara de Pau de Mahmoud Abbas - 4/9/2022

 

Na última quarta-feira, o primeiro-ministro palestino Mohammad Shtayyeh exigiu que o governo americano não bloqueasse a candidatura palestina para sua associação à ONU, como Estado. Os Estados Unidos já indicaram que não têm qualquer intenção em reconhecer o Estado da Palestina que de fato não tem fronteiras reconhecidas, tem dois governos, o de Ramallah e o de Gaza e continua a ser dependente da ajuda estrangeira para seu funcionamento, em especial e ironicamente de Israel.

Esta é mais uma tentativa do presidente Mahmoud Abbas de tentar melhorar sua imagem junto aos árabes já que sua aprovação está no tanque. O líder de 87 anos que está no cargo há 17, de um mandato de 4 anos, mais uma vez irá usar o pódio da ONU para culpar Israel por sua má gestão, violência e corrupção.

Ele é a própria definição do cara de pau que conhecemos. Aquele que mata o pai e a mãe para ir no baile dos órfãos.

A questão é que o Conselho de Segurança e os outros organismos da ONU parecem não se cansar de castigar Israel em suas discussões mensais obrigatórias sobre os palestinos aos quais foi concedido o status de “refugiado perpétuo”. Poderíamos pensar, na situação do mundo hoje, que haveria outros refugiados necessitados de atenção, como por exemplo, ucranianos, após a invasão da Rússia, afegãos, após a tomada pelo Talibã e o conflito na Etiópia  – mas não, a posição dos palestinos não pode ser tocada e muito menos resolvida  dentro da ONU.

Somente os palestinos têm uma organização dedicada às suas necessidades, a UNRWA com um orçamento de 1.6 bilhões de dólares para 5.6 milhões de refugiados registrados, incluindo netos e bisnetos que nasceram na Europa e Estados Unidos. Todas as outras pessoas, deslocadas, refugiados, oprimidos, perseguidos – onde quer que estejam espalhadas pelo mundo – são tratadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que tem um orçamento de 8 bilhões para lidar com quase 90 milhões de pessoas.

Na quinta-feira passada, o Conselho de Segurança da ONU de 15 membros ouviu falar de uma ameaça “existencial”. Essa palavra, traz à mente assuntos de extrema gravidade – como os planos do Irã para obter capacidade nuclear enquanto ainda apoia o terrorismo e desenvolve mísseis guiados para ameaçar o mundo ocidental. Mas o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, usou esta frase para descrever a queda no financiamento da sua organização.

Lazzarini disse que a agência, não recebeu todos os fundos prometidos e culpou as “campanhas coordenadas para deslegitimar a UNRWA”. Ora, a UNRWA faz um bom trabalho para se deslegitimar sozinha.

Os números são conhecidos, mas vale a pena repetir. A UNRWA foi fundada em 1949 como uma solução temporária para "refugiados palestinos”. Na época, aproximadamente 700 mil árabes estavam sob os auspícios da UNRWA, muitos deles com nacionalidades estabelecidas como jordanianos, egípcios, sauditas, mas que se encontravam no território que se tornou Israel em algum momento entre 1946 e 1948. Graças à política de permitir que eles passem seu status de refugiado para seus descendentes, seus números aumentaram para milhões nas últimas sete décadas.

Esse crescimento exponencial é uma das razões pelas quais é difícil atrair a simpatia e financiamento que obteve no passado. Ninguém vê uma luz no final do túnel. Outra é a falta de transparência. Ninguém sabe para onde está indo o dinheiro. Os livros escolares das escolas da UNRWA mostram seu apoio a uma cultura que promove o terrorismo e o martírio. E depois há aqueles casos em que foram encontrados túneis e armazéns de armas embaixo de escolas e postos de saúde da UNRWA em Gaza, que a ONU condenou, mas não conseguiu impedir.

Assim, no mesmo dia em que o chefe da UNRWA estava alegando pobreza em relação aos refugiados, o embaixador palestino na ONU, Riad Mansour, diz estar otimista sobre a adesão plena da AP à organização. Em outras palavras, Abbas quer um Estado sem negociar qualquer acordo com Israel sobre fronteiras, segurança, água, esgoto, eletricidade, espaço aéreo e outras questões críticas. É o mesmo Abbas que no mês passado acusou Israel em solo alemão, de cometer “50 holocaustos” em vez de se desculpar pelo massacre olímpico de Munique quando ele estava no comando das finanças do Setembro Negro.

Aqui reside o absurdo da situação palestina: de acordo com a ONU eles seriam refugiados mesmo que vivessem em seu próprio estado plenamente reconhecido. Que hipocrisia! E isso não dá à Abbas nenhuma motivação para voltar à mesa de negociações de boa-fé para resolver as questões que podem permitir que Israel e os palestinos vivam lado a lado. Pelo contrário.

Agora também é óbvio para todos que Israel está aqui para ficar, com ênfase no aqui – em sua antiga pátria. Tendo recusado várias rodadas de negociações e processos de paz – que geralmente terminam com ondas de terrorismo a AP não pode ser recompensada com um reconhecimento na ONU. Não vamos esquecer que os mapas da “Palestina” incluem todo o Israel, “do rio ao mar”.

Ao mesmo tempo, o plano de longo prazo dos palestinos é continuar sua dependência da ONU e de mendicância para manter seu status de refugiados. Não é tanto um paradoxo quanto uma paródia. É muita cara de pau.