Sunday, August 14, 2022

A Galopante Hipocrisia da Midia e ONGs - 14/08/2022

 

A Operação Amanhecer, a guerra de 55 horas de Israel contra o Jihad Islâmico em Gaza que terminou na noite de domingo passado, não apenas despertou a ira dos habituais antissemitas do mundo, mas também fez com que o cansado mantra de “dois estados” fosse reiterado por funcionários da Casa Branca e do Departamento de Estado em todas as oportunidades, exceto enquanto imploravam ao Irã para retornar ao acordo nuclear.

Mas ao contrário de operações anteriores contra organizações terroristas em Gaza, a Operação Amanhecer foi uma vitória militar decisiva para o exército de Israel e para o país em termos de diplomacia. Israel foi capaz de realizar com sucesso ações contra a organização terrorista, braço do Irã na Faixa de Gaza, e investigar incidentes rapidamente e fornecer respostas para a mídia em tempo real – o mais óbvio dos incidentes foi o ataque em Jabaliya, no qual civis palestinos, incluindo crianças, foram mortos.

No entanto, esse esforço para fornecer informações precisas também expôs ao mundo que algumas fontes da mídia, como a Al Jazeera, não estão preocupadas com os fatos. Estão preocupadas apenas em mostrar Israel como a agressora e os palestinos como vítimas. Onde as alegações palestinas são tomadas como fato, mesmo quando vindas de organizações terroristas, e as reivindicações israelenses – com provas e evidências – são tomadas com ceticismo.

Imediatamente após as explosões perto do campo de refugiados de Jabaliya (sim, porque mesmo dentro de Gaza, os palestinos mantêm seus irmãos e irmãs em campos de refugiados) fontes palestinas e mídias sociais alegaram que o exército de Israel havia bombardeado civis, compartilhando fotos perturbadoras de crianças feridas e ensanguentadas nos canais de mídia social. A notícia foi imediatamente captada por várias fontes na mídia internacional.

Israel, no entanto, não operava nessa área há horas, e não poderia ter sido responsável por esse ataque. O governo israelense e o exército rapidamente emitiram um comunicado e até forneceram imagens de vídeos aéreos da barragem de mísseis do Jihad Islâmico que alvejaram civis israelenses. Os vídeos mostram claramente mísseis dando meia volta e caindo na própria faixa de Gaza.

Além disso, no momento do lançamento deste míssil que acabou matando as crianças em Jabaliya, o jornalista palestino Anas Al Sheriff cobria os eventos em seu canal no Telegram, declarando explicitamente em árabe o que havia acontecido.

Depois que a verdade foi revelada, várias fontes da mídia atualizaram suas informações. A maioria delas, no entanto, não cobriu a história ou o fato de que centenas de mísseis falharam matando cerca de 16 civis palestinos no fim de semana (aliás, mais vítimas civis do que as causadas por Israel em todos os seus ataques aéreos contra alvos do Jihad Islâmico).

O jornal The New York Times, por exemplo, não noticiou inicialmente a história e, embora a CNN e a BBC tenham mencionado o ataque em Jabaliya em meio a outros artigos sobre a operação, ambos relataram isso como uma alegação de Israel que poderia ser contestada. O artigo da BBC afirmou que Israel acusou os militantes do Jihad de terem causado algumas dessas mortes, mas que ela, BBC, não havia conseguido verificar essa afirmação de forma independente.

Curiosamente, nenhum aviso desse tipo é mencionado quando se trata de relatos e de número de mortos fornecidos por grupos terroristas de Gaza. As alegações palestinas são tomadas como fato, enquanto as alegações israelenses, apesar de provas, são publicadas de maneira cética.

Na Al Jazeera árabe e inglês, o mau jornalismo foi ainda mais pronunciado com a rede culpando Israel pela morte de crianças em Jabaliya, sem sequer mencionar o fato de a explosão tinha sido resultado de um míssil defeituoso do Jihad Islâmico. A Al Jazeera em árabe mostrou a imagem de crianças em sacos de cadáveres e alegou que foi um massacre israelense em Jabaliya. Em inglês, eles alegaram que Israel matou cinco palestinos, incluindo três crianças. Até agora a Al Jazeera não publicou uma correção ou pediu desculpas. Isso, vou repetir, é mau jornalismo e o acobertamento dos crimes de um grupo terrorista.

Além da má cobertura da mídia sobre este incidente, vários funcionários da ONU, membros do partido árabe de Israel e do Congresso Nacional Africano saíram contra Israel acusando o exército de massacre. Naturalmente, nenhum desses mesmos indivíduos falou sobre as centenas de mísseis que caíram sobre os palestinos como resultado dos erros de disparo do Jihad Islâmico.

Seja a mídia internacional ou líderes da ONU ou de outras organizações, é impossível falar sobre alegados “erros” cometidos por Israel sem mencionar os crimes de guerra de organizações terroristas como o Jihad Islâmico e o Hamas. Por parte da imprensa, este é um fracasso imperdoável porque deturpa completamente o relato histórico tirando do Jihad Islâmico toda a responsabilidade pelas baixas civis palestinas e negando os crimes de guerra não apenas contra israelenses, mas contra seu próprio povo.

Essa falta de honestidade prejudica a credibilidade das organizações de notícias, bem como da ONU, e embora Israel tenha sido bem-sucedida em fornecer as informações reais por trás das acusações difamatórias, Israel e seus aliados também devem trabalhar para mostrar o preconceito explícito e desinformação da mídia, como no caso da Al Jazeera sobre o incidente de Jabaliya.

Mas não é só a mídia. Organizações como Anistia Internacional também mostraram sua face hipócrita neste conflito, mas de um modo indireto.

Na quinta-feira, a Anistia Internacional publicou um controverso relatório alegando que os militares ucranianos colocaram civis em perigo com suas táticas, claramente promovendo a propaganda russa. Mas foi a miniguerra de Israel contra o Jihad Islâmico que ameaça a credibilidade global do grupo de direitos humanos.

Incrivelmente, o que a Anistia Internacional descreveu acusando a Ucrânia, foram as mesmas táticas usadas pelo Jihad Islâmico contra Israel! Se a ONG não condenar o grupo terrorista por essas ações, mostrará ao mundo não apenas seu viés político, mas também uma demonstração impressionante de hipocrisia.

De acordo com a Anistia Internacional, “as forças ucranianas colocaram civis em perigo ao estabelecer bases e operar sistemas militares em áreas residenciais povoadas, incluindo escolas e hospitais, para repelir a invasão russa que começou em fevereiro”. As forças armadas são obrigadas a proteger os civis dos efeitos das operações militares e dar a esses indivíduos avisos eficazes de seus ataques, declarou a Anistia.

Ao longo do fim de semana, vídeos do Jihad Islâmico mostraram mísseis disparados contra Israel de dentro de densas áreas residenciais em Gaza, inclusive o que falhou em Jabaliya. “O direito internacional humanitário exige que todas as partes em conflito evitem localizar, na medida do possível, objetivos militares dentro ou perto de áreas densamente povoadas”, alertou a Anistia à Ucrânia.

A ONG também chamou de falha da Ucrânia em não evacuar civis quando estabeleceu posições em áreas civis. Até agora, não parece que o Jihad Islâmico tenha alertado os civis para evacuar as zonas que está usando para combate. Em vez disso, os vídeos que circulam mostram crianças aplaudindo os lançamentos de misseis e jornalistas observando seu lançamento.

A Anistia acusou a Ucrânia de não só colocar armamentos em áreas civis, mas de usar hospitais e escolas como bases militares. Os terroristas de Gaza usaram essas instalações ao longo de suas campanhas contra Israel. No final de julho, o exército israelense publicou a localização de várias instalações do Hamas que incluíam um armazém de armas próximo ao Hospital Shifa e um túnel sob uma escola da UNRWA. Houve condenação da Anistia? Não.

Os ataques de Israel nesta operação foram extremamente precisos. As baixas de Gaza por Israel são majoritariamente de combatentes. No entanto, o Jihad Islâmico vem realizando ataques não menos indiscriminados que a Rússia. Até a noite de domingo, mais de mil mísseis foram lançados em Israel, cerca de 30% deles caíram dentro da Faixa de Gaza. Os mísseis não são guiados, mas são direcionados a alvos civis israelenses.

Com este relatório a Anistia deu um chute no próprio pé. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky denunciou o relatório, acusando a ONG de “tentar transferir a responsabilidade do agressor para a vítima”. E ele tem razão.

Até hoje, a Anistia Internacional não comentou sobre as ações do Jihad Islâmico na Faixa de Gaza ou sobre a Operação Amanhecer em geral. Como a al-Jazeera, a Anistia acabou de mostrar que está armada com hipocrisia, não com direitos humanos e está também encobrindo os crimes do grupo terrorista.

E aí temos dois ataques terroristas deste final de semana. Na sexta-feira, um americano filho de libaneses xiitas de 24 anos de New Jersey, tentou assassinar o escritor Salman Rushdie, que há 33 anos foi alvo de um decreto de morte pelo aiatolá Khomeini, por ter escrito um romance, titulado Versos Satânicos, que gira em torno da Sura 53 do Alcorão. A Hezbollah, braço do Irã no Líbano, confirmou o relacionamento com o terrorista. E ontem à noite, um seguidor do Jihad Islâmico atirou num ônibus perto da cidade velha de Jerusalem, que levava pessoas que tinham ido orar no Muro das Lamentações ferindo várias pessoas. Todos os grupos terroristas comemoraram e incentivaram mais ataques. São os tentáculos do Irã levantando sua cabeça feia em todo o mundo.

A ideia de que existe a menor chance de alcançar a paz, muito menos uma "solução de dois Estados", com uma sociedade que promove o assassinato e acolhe o martírio é risível. E pior, com uma sociedade corrupta e desunida. Com um governo na Judeia e Samaria, outro em Gaza com o Hamas, e dentro de Gaza grupos terroristas que fazem o que querem. Com quem exatamente o mundo recomenda que Israel assine um papel criando o “Estado Palestino”? É por isso que cada vez menos israelenses consideram essa uma opção para solucionar o conflito.

Enquanto isso, a preparação e a destreza militar permanecerão imperativas para Israel. Como dizemos, o que não tem remédio, remediado está.

 

Sunday, August 7, 2022

Apaziguando Bullies - 07/08/2022

 

Esta foi uma semana cheia de eventos importantes e que, direta ou indiretamente, impactam nossas vidas. Mas apesar de terem acontecido em pontos diversos do mundo, todos eles tiveram um ponto em comum. E este é o apaziguamento a todo o custo. O problema é que os bullies nunca param quando têm a vítima entre as mãos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, com a morte de milhares de inocentes, um desrespeito total pela vida e direitos humanos além da economia mundial, causando a alta do trigo, do petróleo e do transporte internacional, apesar de condenada pelo mundo, na semana passada deu uma virada. O presidente francês François Macron declarou que “não podemos humilhar a Rússia, porque quando o combate terminar poderemos construir um caminho através de canais diplomáticos”. Claro, Macron, que está sofrendo uma crise de energia e falta de alimentos básicos, já está cheio. Mas isto quer dizer o quê para a Ucrânia? Ela tem que desistir de sua independência e dar as costas ao Ocidente e aos valores ocidentais para que Macron fique contente? É esse tipo de coisa que dá ímpeto a Putin de continuar seu bullying do Ocidente.

Zelensky, por seu lado, deve só sonhar com todas as armas nucleares que a Ucrânia entregou para a Rússia contra um pedaço de papel no qual os Estados Unidos e a Inglaterra “garantiram” a segurança do seu país. Promessa que valeu o papel em que foi escrita. Que mensagem é essa não só para a Rússia, mas para a China e o Irã?

E por falar no Irã, novamente esta semana, o chefe da autoridade de energia atômica, Mohammad Eslami, declarou que “o Irã tem a capacidade técnica de produzir a bomba nuclear, mas que não tem intenção de fazê-lo”. Não vamos abrir o champagne ainda! É mais uma admissão do Irã que está enriquecendo urânio acima dos níveis necessários para energia elétrica ou para propósitos médicos como alega. E o que acontece? O Ocidente reabre as negociações para ressuscitar o acordo nuclear de 2015 que irá somente, e somente, livrar o Irã das sanções econômicas, enchendo os bolsos dos mulás para continuarem seu patrocínio do terrorismo mundial. Não sei se isso foi apaziguamento ou direto uma capitulação.

Hoje, as notícias estão inundadas sobre a vinda próxima a Nova York do presidente iraniano Ibrahim Raisi, conhecido como o “açougueiro de Teerã” (sem querer ofender os açougueiros) – ele próprio um criminoso de guerra acusado de cometer crimes contra a humanidade. Mas como chefe de estado, ele tem imunidade.

 

E aí temos a China. Nesta semana a porta-voz do Congresso, Nancy Pelosi, teve a audácia de visitar Taiwan, apesar (vejam só) apesar de ameaças da China. E ainda bem que ela foi! As palavras da China foram: “aqueles que brincam com fogo não terão um final feliz e aqueles que ofendem a China serão punidos”. Claramente os chineses veem o governo Biden como fraco e patético para usar esta linguagem. Isso não teria acontecido com Trump. E o avião de Pelosi tinha mal decolado quando a China começou exercícios militares, violando abertamente o espaço aéreo e as águas territoriais de Taiwan. A mesma Taiwan que também tem uma promessa em papel dos Estados Unidos de defender sua independência.

O Diretor do FBI, Christopher Wray disse recentemente que “a maior ameaça de longo-prazo para a propriedade intelectual e de informação e para a vitalidade econômica dos Estados Unidos é a espionagem econômica e de contrainteligência da China”. E daí? Nada.

E aí chegamos a Israel.

Nesta semana, o enviado americano Amos Hochstein chegou em Beirute para ajudar a resolver a longa disputa de fronteiras marítimas entre Israel e o Líbano. Esta disputa está impedindo o Líbano de começar a prospectar o depósito de gás natural na sua costa. Israel já construiu a plataforma de Karish em suas águas territoriais e espera começar a prospecção em setembro. Mas em vez de tentar resolver o problema, a Hezbollah, braço do Irã, decidiu ameaçar atacar a plataforma de Israel. Nasrallah declarou que “se a extração de petróleo e gás de Karish começar em setembro antes que o Líbano obtenha seu direito, estaremos caminhando para um problema e faremos qualquer coisa para alcançar nosso objetivo”. Israel frustrou recentemente pelo menos três infiltrações de drones do Hezbollah, duas delas indo para Karish.

Pressão está sendo feita sobre Israel para que ela aceite, por exemplo, abrir mão de parte da área rica em recursos naturais – mesmo que a organização terrorista que domina o Líbano e é a causa da miséria no país, não mostre qualquer sinal de abandonar seu objetivo de destruir o Estado Judeu ou renunciar seu apoio ao jihad global. Há uma razão pela qual a Hezbollah é considerada uma organização terrorista pelos EUA, Reino Unido, Liga Árabe e outros, e ceder às suas ameaças é uma receita certa para mais chantagens e ameaças.

E desde sexta-feira, Israel se encontra em guerra no sul, desta vez contra o Jihad Islâmico Palestino.

Tudo começou com a prisão do terrorista sênior do grupo Bassam al-Saadi e seu genro em Jenin depois de Israel ter descoberto um plano do grupo para alvejar civis na Judeia e Samaria. Então, o Jihad Islamico de Gaza, ameaçou lançar mísseis contra Israel se al-Saadi não fosse solto. O aconteceu a seguir foi uma vitória para os terroristas – aqueles cuja razão de ser é espalhar o medo. Preocupados com a retaliação o primeiro-ministro Yair Lapid, o ministro da Defesa Benny Gantz e altos funcionários da segurança decidiram fechar estradas e a linha de trem no Negev perto da fronteira com a Faixa. Milhares de moradores do Sul de Israel ficaram presos em casa devido à ameaça de ataques. Tudo isso sem que o Jihad Islâmico tenha atirado uma única bala, um míssil ou um projétil antitanque.

Como a situação não poderia durar mais, Israel decidiu neutralizar o comandante do Jihad Islâmico que estava fazendo as ameaças assim como destruir depósitos de armas do grupo. Numa ação espetacular e cirúrgica, Israel eliminou Tayseer al-Jabary, o comandante do norte de Gaza. O Jihad então lançou centenas de mísseis contra Israel. Até sábado à tarde, mais de 350 mísseis foram lançados, 227 atravessaram para dentro de Israel, dos quais 162 foram interceptados pelo Domo de Ferro, 29 caíram no mar outros em espaços abertos, mas 94 caíram na própria Faixa de Gaza. E foi um destes mísseis que matou vários adultos e 3 crianças no bairro de Jabalyiah. Alguém ouviu alguma condenação da mídia por estas mortes? Mas se tivesse sido Israel, não iriamos ouvir o fim delas.

O Hamas, inteligentemente, ficou fora da briga. Ele também tem um problema com o Jihad Islâmico que instalou um governo dentro de seu governo. O Hamas tem tentado finalmente reconstruir Gaza, conseguiu que Israel permitisse a milhares de seus residentes trabalharem em Israel e outros alívios que os egípcios se negam a dar. Mas o Jihad Islâmico, com sua liderança sentada confortavelmente na Síria e no Irã, prometeu continuar os ataques.  Claramente, o Jihad Islâmico não é só perigoso para israelenses, mas também para os palestinos.

Como sempre, no entanto, o mundo e a mídia estão condenando Israel.

E assim, os bullies globais continuam rindo de nós. Tanto a ação quanto a inação vêm com um preço que precisa ser cuidadosamente considerado, mas o ponto principal é: se você deixar terroristas e ditadores escaparem impunes, usarem somente de apaziguamento para fazê-los mudar de comportamento, eles não terão motivos para parar. O mundo livre não pode se dar a este luxo.

Hoje nos encontramos em uma situação insustentável. Não importa se for Putin, Xi Jinpin ou os aiatolás do Irã. Todos eles representam uma ameaça grande demais para ficarmos complacentes. A sobrevivência de nossas democracias exige que nos mantenhamos firmes nos mesmos princípios que as fizeram florescer – o Estado de Direito, a liberdade de expressão, os direitos humanos e, acima de tudo, o reconhecimento de que a vida é sagrada.