Sunday, September 30, 2012

O Discurso que Obama Deveria ter Dado - 30/09/2012


O discurso de Barack Obama na Assembléia Geral das Nações Unidas esta semana brilhou pela falta. Em vez de dirigir-se aos chefes de Estado presentes e ao mundo em geral, como está em campanha para a reeleição, ele preferiu se dirigir ao povo americano, ainda indignado pelo assassinato brutal do embaixador Chris Stevens. Depois, como para justificar os bilhões de dólares dos contribuintes americanos que estão sendo enviados aos árabes, ele se dirigiu aos povos da região, hoje borbulhando de sentimentos anti-americanos.

Não podemos dizer que ele não é concentrado em seu objetivo. No dia do ataque que causou a morte do embaixador na Líbia Obama simplesmente disse que “teve um dia difícil” e logo voou para Las Vegas para angariar fundos para sua campanha.

Mas, uma vez por ano todos os líderes do mundo inteiro se encontram na Assembléia Geral abrindo uma oportunidade única para reunir várias partes e negociar soluções para problemas.

O mundo está em tumulto. Só nesta semana tivemos manifestações violentas na Grécia, na Espanha, na Itália por causa da recessão na Europa. Empresas francesas gigantes como a montadora Peugeot-Citroen e a farmacêutica Sanofi anunciaram demissões em massa aumentando a crise de desemprego na França. A China e o Japão estão a beira de um confronto sobre um punhado de ilhas. Os países árabes com suas revoluções, a situação na Síria que se deteriora a cada dia, o programa nuclear da Coréia do Norte, a ameaça nuclear do Irã, mas nada disso teve precedência sobre sua campanha. Obama só teve tempo para ir ao programa The View com a comediante Whoopy Goldberg.

Em conclusão, seu discurso foi uma repetição do mesmo mantra dos últimos 4 anos: o Irã deve se submeter à inspeções e suspender qualquer programa nuclear armamentista ou então... bem, apesar de intolerável, todas as opções estão na mesa. Já cansamos de ouvir isso. Foi uma vergonha.

Netanyahu, por seu lado, também fez um discurso incomum. Mas contrariamente à Obama, o seu foi profundamente significativo. Ele conseguiu ser ao mesmo tempo rabino, historiador, professor de física nuclear e um líder lutando contra mais uma tentativa de aniquilação do nosso povo.

Ele começou dizendo que por três mil anos os judeus viveram na terra de Israel, mesmo sofrendo perseguições, escravidão e exílio. Isso foi uma resposta direta à Abbas que em seu discurso no dia anterior, tirou do seu chapéu mágico um “antigo povo palestino” do qual Abraão e Jesus teriam feito parte. Este “povo” tinha “uma vida linda e harmoniosa”, até a chegada dos sionistas e da Nakba – o dia da tragédia como eles chamam a criação do Estado de Israel. Como se os judeus não tivessem raízes na região. Difícil acreditar que alguém que vê sua existência como tragédia estaria pronto para com ele fazer a paz e lhe reconhecer  direitos. Fica mais complicado ainda quando um país como o Egito, que assinou um tratado de paz, declara, como o fez hoje, que toda Israel é Palestina ocupada.

Mas acima de tudo, o discurso de Netanyahu foi de um líder confrontado por centrífugas e urânio enriquecido por um regime iraniano medieval e apocalíptico. Centrífugas que não param de operar enquanto o ocidente tenta convencer os Ayatolahs a dialogar.

Netanyahu esteve muitas vezes na sede na ONU aqui em Nova Iorque. Eu também estive e posso atestar para sua rejeição ao estado de Israel e um antissemitismo que transpira por todas suas paredes e corredores. Mas Netanyahu como soberbo orador que é, conseguiu fazer daquele pódio, o seu.

Os iranianos estão marchando em direção à bomba nuclear e em menos de um ano eles terão suficiente urânio enriquecido em alta porcentagem. Aí será uma questão de meses para eles montarem uma bomba. Seu objetivo não foi de justificar um ataque amanhã mas fazer de tudo para convencer a comunidade internacional da necessidade de estabelecer um ponto de não retorno para os iranianos. Exatamente como nos ensina a história.

Netanyahu lembrou bem que quando linhas claras foram traçadas, a guerra foi evitada. A criação da OTAN, avisando que um ataque a qualquer membro seria um ataque a todos, assegurou a paz para a Europa. O presidente Kennedy, ao estabelecer uma linha vermelha evitou a crise dos mísseis de Cuba.

De fato, linhas vermelhas já funcionaram com o Irã. No começo deste ano, quando o regime iraniano ameaçou fechar o estreito de Hormuz, os Estados Unidos avisaram que este ato teria sérias consequências e os iranianos voltaram atrás.

Netanyahu deslanchou sua carreira como embaixador de Israel na ONU. Não é de espantar que foi do seu pódio que ele proferiu este discurso contundente. Muitos na mídia criticaram o diagrama da bomba como criancice mas não é ao uso de um desenho que devemos atentar. É ao impacto que terá a compreensão do problema pelos líderes presentes.

O primeiro ministro de Israel reiterou que hoje estamos numa guerra entre civilizações. O extremismo islâmico não é só uma ameaça a Israel, mas à Europa, aos Estados Unidos, ao Brasil. Se alguém leu a tradução do discurso de Ahmadinejad pode notar que ele se referiu várias vezes ao Mahdi que ele acredita virá numa guerra apocalíptica impondo o islamismo ao mundo. Logo no início ele pede para D-us acelerar a vinda do seu amado, e dar-lhe saúde e vitória e fazer dele (Ahmadinejad) e de todos aqueles que acreditam nele, seus melhores companheiros.

Se hoje o Irã é um país perigosíssimo, tendo perpetrado atos terroristas até na Argentina, imaginem o Irã armado com uma bomba atômica!

Muçulmanos em todos os países estão se radicalizando e tentando impor seus valores medievais de opressão às mulheres, aos homossexuais, às minorias, à liberdade de expressão e de culto. Após a Segunda Guerra, a comunidade internacional decidiu reconstruir o mundo rejeitando doutrinas como estas. Todos poderiam ter direito à sua opinião sem medo de perseguição ou discriminação - mas ninguém teria direito aos seus próprios fatos.

Hoje, infelizmente, já não podemos expressar nossa opinião livremente - basta ver as reações ao filme contra o profeta muçulmano - e cada um nega, distorce ou inventa fatos de acordo com sua conveniência.

A verdade é que o discurso de Bibi na quinta-feira deveria ter sido proferido pelo líder do mundo livre. Infelizmente, o homem que detém este título, o presidente americano Barack Obama – escolheu um discurso vazio, desprovido de qualquer espinha dorsal.

Esta tarefa então coube a Netanyahu, obrigado a substituir Obama e advertir a civilização moderna dos perigos à sua frente.

Estamos num momento histórico crucial. Vamos rezar para que em Novembro, D-us tenha pena de nós e aponte um verdadeiro líder para os Estados Unidos.



Sunday, September 23, 2012

Adeus à Liberdade - 23/09/2012


No segundo capítulo da novela da semana passada, o promotor geral do Egito emitiu mandatos de prisão contra oito cidadãos americanos na terça-feira. Seus crimes seriam relacionados com a produção do trailer crítico de Maomé, usado como desculpa para todas as manifestações que vimos ao redor do mundo.

Um desses americanos indiciados é uma mulher que se converteu do islamismo ao cristianismo. De acordo com a Associated Press as acusações seriam: insultar e publicamente atacar o islamismo, espalhar informações falsas e ferir a união nacional do Egito. De acordo com a declaração do promotor-chefe egípcio, se condenados, os oito podem pegar a pena de morte.

Um advogado egípcio entrevistado pela Associated Press disse que isso iria desencorajar qualquer um que queira expressar sua liberdade de expressão sobre o islamismo.

O desejo de intimidar as pessoas livres a se calarem sobre esta religião é um dos objetivos declarados da irmandade muçulmana. Três dias após os ataques à embaixada americana na Líbia, o chefe espiritual do grupo, Yussuf Qaradawi fez um discurso na televisão egípcia. Apesar de usar um tom aparentemente moderado, ele conclamou sua audiência a fazer de tudo para que a América criminalizasse os direitos de expressão ou críticas dos seus cidadãos ao islamismo – assim como fizeram seus camaradas europeus nos últimos anos quando confrontados com intimidação e terrorismo islâmico.

Senhores ouvintes, esta é uma guerra real que está sendo travada pelo mundo. Mas esta é pior do que todas porque o inferno do radicalismo islâmico não está limitado a um país ou região. Depois de expulsar os judeus com a criação do Estado de Israel, cristãos que moram em países muçulmanos não podem ir à Igreja, são humiliados, cargos oficiais e em grandes empresas lhe são proibidos, além de muitos serem convertidos à força.

Um embaixador americano é morto na Líbia no 11 de setembro e a resposta da administração americana é um ataque frontal à um dos pilares da Constituição dos Estados Unidos: a liberdade de expressão. Eu quero repetir o que disse na semana passada: estas manifestações não são sobre este filmeco. O ataque ao embaixador foi um ato intencional por muçulmanos radicais que procuram impor suas crenças ao resto do mundo.

Não foi coincidência que também na semana do 11 de setembro os iranianos tenham aumentado o preço pela cabeça de Salman Rushdie (lembram dele?) por ter escrito os Versos Satânicos criticando o Corão, em 1989. Agora o prêmio para quem matá-lo subiu para $3.3 milhões de dólares.

E ao mesmo tempo em que os muçulmanos exigem respeito à sua religião e profeta, eles o negam às religiões alheias. A destruição dos Budhas em Bamyan em 2001, a regular conversão de igrejas e sinagogas em mesquitas, os discursos semanais chamando os judeus e cristãos de porcos e macacos, atestam à um duplo standard que os muçulmanos querem impor.

Nossa mensagem deve ser que isso não será tolerado!

Mas quero ir um pouco mais longe. Todos estes eventos são consequência direta da política de apaziguamento e desculpas impostas por Obama, este “gênio” de política externa apoiado cegamente pela mídia.

Todas estas manifestações expuseram a falácia desta política e agora a mídia está fazendo de tudo para que Obama não leve a culpa.

Não é preciso voltar muito no tempo. Há quatro anos atrás, Obama decidiu dar sua primeira entrevista depois de eleito presidente dos Estados Unidos, ao canal de televisão Al Arabiya. Durante esta entrevista ele prometeu trazer a paz ao Oriente Médio. Aí ele fez sua primeira viagem ao exterior para o Cairo gelando Mubarak, aliado de longa data, e convidando representantes da Irmandade Muçulmana, na época banida pelo governo por suas atividades violentas.

Se qualquer um se der ao trabalho de ler qual é a missão declarada da Irmandade, entenderá porque ela foi banida por Mubarak. Seu motto é “Allah é nosso objetivo. O profeta é o nosso líder. O Corão é nossa lei. O Jihad é o nosso caminho. Morrer por Allah é nossa maior esperança.” Recentemente, o president eleito do Egito e membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi, declarou que “Jerusalem será nossa capital”.

Um outro fator muito importante para compreender a política de apaziguamento desta administração é o seu relacionamento com uma organização que muitos provavelmente nem ouviram falar. A OIC – Organização de Cooperação Islâmica. Esta organização é a segunda maior do mundo depois da ONU. Eles dizem representar todos os muçulmanos do mundo, mesmo os que vivem em países não muçulmanos como os Estados Unidos. Em 2005 eles publicaram seu plano de ação para os próximos 10 anos para impôr no mundo inteiro um código de expressão baseado na Sharia.

Ouçam o que eles dizem e entenderão bem o que ocorreu na semana passada.

Seu objetivo é criminalizar internacionalmente toda comunicação ou qualquer expressão que na sua opinião seja ofensiva ao islamismo, mesmo em países como os Estados Unidos. Ninguém, não muçulmanos, não não-muçulmanos, não americanos, não brasileiros têm permissão para falar, escrever ou de qualquer modo comunicar algo que na opinião deles é ofensivo à eles ou à sua religião. Eles têm como objetivo forçar o Ocidente livre a dizer adeus à liberdade de expressão, liberdade de religião e este é o aviso que recebemos hoje.

Muitos podem pensar que isso nunca irá acontecer nos Estados Unidos, mas estão errados. O presidente Obama com a ajuda de Hilary Clinton, fizeram aprovar na ONU a Resolução 1618 que exige que países membros aprovem leis contra referências derrogatórias ao islamismo. Pior que isso, há um ano atrás, organizações islâmicas escreveram à Casa Branca pedindo para que todo o material usado por agências federais como o exército, FBI e CIA, fosse “limpo” de toda referência ao islamismo e que o pessoal fosse retreinado dentro de uma filosofia politicamente correta do islamismo.

Quando membros do Congresso americano perguntaram quem estava liderando esta “limpeza” e “retreinamento”, o Governo Obama disse que a informação era secreta e que os senadores e deputados não teriam acesso à ela.

Se isto for verdade, senhores e senhoras, estamos muito atrás neste jogo. Estamos perdendo rapidamente nosso sentido de liberdade e prejudicando nossa capacidade de identificar o inimigo real. Em vez de aceitar a verdade básica e defender o nosso modo livre de vida, Obama justifica o colapso de sua política externa retirando dos americanos seu inalienável direito à livre expressão.

Nesta semana a Assembléia Geral das Nações Unidas entra em Sessão. Mais uma oportunidade para Ahmadinejad jogar seu veneno e Abbas tentar o reconhecimento do Estado Palestino. Obama diz estar com sua agenda cheia. De acordo com a senadora Bachman, ele tem uma entrevista com David Letterman, um encontro com Beyonce e outro com o cantor de Rap Jay-Z. Dá para entender porque ele não tem tempo de se encontrar com Netanyahu.

Obama precisa rearranjar suas prioridades. Há uma grande diferença entre apaziguar alguém que foi ferido por suas ações e apaziguar aqueles que querem sua destruição. Para apaziguar aqueles que odeiam seu modo de vida você precisa mudar seu modo de vida. Se o ocidente quer apaziguar o mundo muçulmano, deve decidir deixar de ser livre. E no século 21, depois de tudo o que alcançamos, acho que não é este o legado que queremos deixar aos nossos filhos.


Sunday, September 16, 2012

A Ingenuidade da América - 16/09/2012


Mais de 100 anos atrás Mark Twain disse que “uma mentira dará a volta ao mundo antes que a verdade consiga vestir as botas”.

Nesta semana, já no século 21, vimos exatamente isto acontecer, deixando no seu rastro embaixadas atacadas, um embaixador morto e uma campanha eleitoral à presidência americana estremecida.

E tudo isso porque?

Por causa de um trailer de uns 13 minutos - uma mistura de teatro infantil e um video pornô de 10ª categoria degradando Maomé, o profeta dos muçulmanos.

Este trailer causou protestos em frente às embaixadas americanas do Egito e depois da Líbia e foi usado como pretexto pela Al-Qaeda para lançar um ataque que matou 4 americanos incluindo o embaixador na Líbia. Para piorar o insulto, o ataque se deu no 11 de setembro.

Mas enquanto esperavamos por uma dura resposta da Casa Branca, especialmente neste dia tão significativo, o perito em direito constitucional e presidente americano decidiu dar mais uma vitória a estes islamo-fascistas: ele pediu perdão ao mundo muçulmano pela falta de sensibilidade de alguns indivíduos que não respeitam a religião alheia, torpedeando a liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição.

E a coisa não parou aí. A administração americana pediu para o Google, dona do Youtube para verificar se este trailer estava dentro das regras de publicação e intimou o produtor do filme para apresentar declarações numa delegacia em Los Angeles.

Logo após o ataque na terça-feira, os veículos de mídia americana e estrangeira, inclusive o The New York Times, afirmaram que o tal filme havia sido produzido por um judeu israelense chamado “Sam Bacile” com 5 milhões de dólares doados por 100 judeus. No dia seguinte, quando ninguém conseguia encontrar este indivíduo que teve até uma página na Wikipedia, descobriram que produtor é um cristão egípcio que mora na California chamado Nakoula Basseley Nakoula e o filme teria sido custeado por sua familia no Egito e não teria custado mais que $60 mil dólares.

O jornalista Jeffrey Goldberg to “the Atlantic” resumiu muito bem: um grupo cristão, insultando muçulmanos e culpando os judeus”. E foi muito efetivo. Ontem milhares de muçulmanos furiosos protestaram em duas duzias de países da França à Australia, da India à Indonésia, passando pela Líbia e Egito.

Uma pequena análise dos eventos que continuam ocorrendo mostra claramente que estes não são atos de fúria espontâneas sobre um video amador na internet. Eles foram premeditados e planejados pela Al-Qaeda para causar o máximo de dano no aniversário dos ataques às Torres Gêmeas em Nova Iorque. No Egito, o protesto foi liderado por Mohamed Al-Zawahiri – o irmão do atual chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri que ontem conclamou os muçulmanos a aumentarem os ataques e protestos para expulsarem todos os americanos e suas embaixadas de terras muçulmanas.

Ao que parece, o filme foi lançado há um ano atrás. Ninguém o notou até o mês passado quando foi transmitido por um canal de televisão islâmico no Egito. Este foi o pretexto. Se o filme não tivesse existido eles teriam encontrado outro pretexto.

Logo após os ataques, a secretária de Estado Hillary Clinton disse que “hoje muitos americanos estão se perguntando como isso pode acontecer? Como isso pode acontecer num país que ajudamos a libertar, numa cidade que salvamos de ser destruída? Esta questão reflete o quanto complicado e confuso o mundo pode ser”.

Mas em seguida, ela se retratou dizendo que não havia nada com que se preocupar! “Precisamos clarear nossa visão mesmo nos momentos de luto. Este foi um ataque perpetrado por um pequeno grupo e não o povo ou o governo da Líbia” ela disse.

Ela só esqueceu de dizer que depois que os rebeldes depuseram o governo de Gaddafi com a ajuda americana, eles começaram a impor a lei islâmica na Líbia.

O ataque em Benghazi não só foi premeditado mas muito bem coordenado. Os terroristas estavam armados com lança-foguetes e metralhadoras. Eles conheciam o local para onde os empregados do consulado americano se esconderam. Eles emboscaram uma força do exército americano que tentou resgatar os 37 americanos que lá estavam.

Quando a CNN entrevistou os manifestantes no Cairo, houve um que disse que não é possível que Obama não sabia da publicação do video e que ele poderia te-lo impedido. Ele disse que Obama era claramente culpado.

Obviamente fica difícil se comunicar com alguém que não tem qualquer conceito de liberdade de expressão – a não ser para pedir para alguém ser decapitado – e acredita que os Estados Unidos e suas agências de inteligência não só sabiam do filme mas aprovaram seu conteúdo.

É irrelevante que este video seja uma idiotice. Uma grande porcentagem do que tem na internet também o é. O grande desafio dos nossos tempos não é a Esquerda versus a Direita ou mesmo o Ocidente versus o Oriente, mas Liberdade versus o Fundamentalismo islâmico.
O que Hillary Clinton não entende é que o conceito de tolerância dos muçulmanos não é o mesmo que nós conhecemos no ocidente. Para nós, sermos tolerantes é olhar para o outro no mesmo nível que nós. Ser tolerante é respeitar o direito do outro de acreditar naquilo que bem entender sem medo de ser perseguido ou humilhado.

Quando os muçulmanos dizem que são tolerantes dos cristãos e judeus mas enquanto uma classe inferior que deverá pagar a jaziah, ou imposto e sofrer todo outro tipo de humiliação para viver entre os muçulmanos.  Eles têm o direito de insultar cristãos e judeus como descendentes de macacos e porcos pois são superiores. E ninguém sai por aí queimando as embaixadas deles.

Na terça-feira, Hilary Clinton disse que é “muito difícil para algumas pessoas compreender porque os Estados Unidos não pode e não previne este tipo de videos repreensíveis de serem produzidos. Mesmo se isso fosse possível, nosso país tem uma longa tradição de liberdade de expressão que está garantida em nossa Constituição e nossa lei”.

Se não nos levantarmos pela defesa da liberdade de expressão agora, isto nunca irá acabar. Para estes muçulmanos fanáticos sempre haverá um outro video, um outro livro, um outro discurso que eles acham “ofensivos”. Foi um erro crasso de Obama não só não condenar a violência contra seus cidadãos mas condenar quem fez o vídeo (apesar de repugnante). A América e o Ocidente são o que são porque nas democracias todos têm o direito de se expressar como bem entenderem.

Hoje, às vésperas de Rosh Hashanah, devemos agradecer por todo o avanço tecnológico, pessoal e espiritual, que a democracia nos permitiu alcançar. A pequena Israel, sendo uma ilha neste mar de ignorância, mais que todos tem motivos para comemorar seu extraordinário e milagroso sucesso.

Mas acima de tudo, devemos agradecer a Deus por sermos a geração abençoada de testemunhar o reaparecimento do Estado Judeu.

Am Yisrael Chai e Shanah Tovah a todos.

Sunday, September 9, 2012

Aonde Está a Flotilha da Síria? 09/09/2012


A plataforma do Partido Democrata americano mereceu muita atenção da mídia esta semana, não pelo que continha, mas pelo que não continha: o apoio à manutenção de Jerusalém como capital indivisível de Israel. 

Numa votação de quem grita mais alto - que não deixou claro para ninguém se a maioria estava contra ou a favor - a linguagem sobre Jerusalém voltou à plataforma. Uma verdadeira piada. Além de ter possivelmente alienado muitos votos de judeus, a própria idéia de remover esta linguagem - que está na Plataforma Democrata há anos - nos dá uma idéia clara do que podemos esperar dos próximos quatro anos se Obama for reeleito.

Se até agora vimos um antagonismo sem igual deste presidente para com Israel, nos próximos 4 anos, quando não mais terá que se reeleger e prestar contas a seus eleitores, ele irá amargar as relações dos Estados Unidos com seu maior aliado, Israel.

Hoje, no entanto, gostaria de voltar minha atenção para outro evento. Há algumas semanas falei sobre um grupo da Suécia que decidiu organizar uma nova flotilha para Gaza sob o pretexto de entregar ajuda humanitária aos palestinos da Faixa. Na ocasião disse que havia algo errado com a moralidade destes auto-proclamados "ativistas". Eles se dirigem para Gaza, para entregar ajuda a palestinos ocupados em lançar milhares de mísseis em Israel desde 2005 e não para a Síria aonde mais civis morreram do que no Japão em 2011 pelo tsunami e terremoto, no Furacão Katrina aqui na América e nos ataques de 11 de setembro combinados!

O conflito na Síria até agora causou quatro vezes mais mortes nos últimos 20 meses do que no conflito entre Israel e os palestinos nos últimos 20 anos. Os residentes de Gaza continuam a se beneficiar da maior assistência internacional dada no planeta mas ao que parece ela não chega aos seus habitantes.

Vejam só: são 2.5 milhões de habitantes na Judeia e Samária e 1.6 milhões em Gaza. Entre 2008 e 2010, eles receberam 7.7 bilhões de dólares em ajuda. São quase 2 milhões de dólares por pessoa. Aonde está este dinheiro todo? Será que está sendo investido em infraestrutura, educação e economias palestinas ou na construção de mísseis? O que mostra a evidência?

Quase dois milhões de sírios, ou 10% da população da Síria são hoje refugiados na Jordânia, Iraque e Turquia sem qualquer ajuda internacional. Pergunto: Aonde está a Flotilha para a Síria?

Estes chamados “ativistas pelos direitos humanos” têm suas prioridades. Eles preferem protestar contra legítimo direito de Israel de se auto-defender contra terroristas que lançam mísseis em sua população civil do que enfrentar balas em Damasco.

Não é de hoje que Israel é o destino VIP para estes auto-entitulados “ativistas pelos direitos humanos”. Eles se instalam em hotéis 5 estrelas, encontram políticos e ativistas de todas as cores e modelos nos cafés na beira da praia ou em Jerusalém sem correrem qualquer perigo de serem presos, torturados ou executados como ocorre no resto da região.

Além disso, se derem sorte, podem até conseguir uma nota no jornal e justificar os fundos que angariam pelo mundo aos seus doadores. É muito mais confortável se recostar nas instituições democráticas de Israel, sua mídia independente e livre do que confrontar os abusos dos estados vizinhos.

“O fardo da democracia é sempre muito pesado mas Israel tem orgulho de carrega-lo” como disse o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosdor.

Israel tem mais reporteres estrangeiros e ativistas de direitos humanos per capta que qualquer outro país do mundo e entende o valor de suas instituições democráticas mesmo quando são abusadas por aqueles que querem destruí-la.

Estes ativistas e seus patrocinadores aprenderam a esconder seu radicalismo atrás de palavras como “democracia” ou “direitos humanos”. Um dos líderes dessa nova flotilha para Gaza, Johan Galtung da Noruega, foi recentemente suspenso da Academia de Paz Mundial da Suiça por uma série de discursos anti-semitas. Ele recomendou que todos os estudantes universitários lessem “Os Protocolos dos Sábios do Sião”, a propaganda anti-judaica do século 19 usado nas escolas nazistas.

Longe de criticarem os tiranos do Oriente Médio, o pessoal desta nova flotilha lhes dá as mãos. Em maio deste ano, o grupo inglês Viva Palestina foi recebido com honras por Bashar Assad na Síria, no seu caminho para Gaza. Enquanto os capangas de Assad se preparavam para o massacre das crianças em Houla, os membros do Viva Palestina estavam twitando orgulhosamente seus encontros e publicando fotos no Facebook com os representantes do regime sírio.

Hoje terroristas da Faixa de Gaza lançaram mais mísseis contra Israel. Um atingiu a cidade de Beershevah e outro atingiu Netivot destruindo duas casas e ferindo 7 pessoas. Em vez de dançar com ditadores e tiranos, e assim-chamados "oprimidos" de Gaza, os organizadores desta flotilha deveriam se dirigir aonde a ajuda é realmente necessária: para a Síria!


Wednesday, September 5, 2012

O Fim dos Ideais da ONU - 02/09/2012


A visita do secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon ao encontro dos Países Não-Alinhados em Teherã esta semana foi a cereja do bolo para os iranianos. Além do secretário-geral, o Irã se vangloriou de ter sido honrado com a presença de 2 reis, 27 presidentes, 7 primeiros-ministros e representantes de mais de 100 países-membros e 17 países observadores.

Como seus líderes deixaram bem claro: o Irã está longe de estar sendo ostracizado pelo mundo.

O fato do Irã ser o patrocinador líder do terrorismo internacional, estar sofrendo sanções do Conselho de Segurança da ONU, estar ilegalmente buscando armas nucleares ao mesmo tempo que recusa qualquer inspeção da Agência Nuclear de Energia Atômica da ONU parece não ter qualquer relevância para Ban Ki-Moon.

Nem mesmo o fato do Irã ter violado a Convenção contra o Genocídio da ONU, estar enviando tropas, dinheiro e armas para que Bashar Assad continue o massacre diário de seus cidadãos na Síria ou continue sua perseguição aos cristãos, Bahai e outras minorias religiosas e use dos métodos mais brutais para eliminar seus dissidentes foram considerados por estes líderes na sua decisão de participar deste encontro.

Ban Ki-Moon e o resto dos participantes sabem disto. Eles também sabem que o propósito deste encontro, nas próprias palavras de Teherã, foi dar um tapa na cara dos Estados Unidos e o tiro de misericórdia no sistema liberal-democrata. Mas ninguém se importa. Ahmadinejad foi eleito secretário-geral da organização para os próximos 3 anos.

O Movimento dos Países Não-Alinhados foi criado em 1961 por países que não queriam se alinhar nem com os Estados Unidos, nem com a União Soviética durante a guerra fria. Mas Cuba, um país satélite da União Soviética foi aceito como membro de qualquer forma, assegurando a proteção dos interesses do Kremlin em detrimento da América.

O colapso da União Soviética não provocou nenhuma mudança na organização. Hoje, o Irã, a Venezuela e outros estados anti-americanos e anti-democracia ditam sua agenda. Os países membros da organização têm uma maioria automática na Assembléia Geral da ONU. No Conselho de Segurança, países autocráticos como China e Russia têm o poder de veto.

Neste cenário, será que haverá um ponto no qual os países democráticos irão concluir que as Nações Unidas se tornaram uma organização incorrigível e irreversivelmente contaminada e hostil aos valores de liberdade do Ocidente?

Vamos ver então as Agências da ONU. A mais infame de todas é o Conselho de Direitos Humanos que não faz absolutamente nada para promover direitos humanos e ao contrário, protege os piores violadores enquanto se ocupa em atacar Israel e os Estados Unidos. Seu mais novo membro será o Sudão, uma ditadura jihadista responsável pelo genocídio em Darfur.

E aí temos a UNESCO, a Agência de Cultura e Ciência da ONU. Em março último, 33 dos 58 estados diretores anunciaram que irão premiar Teodoro Obiang Nguema, o presidente da Guiné Equatorial, com $3 milhões de dólares. Obiang tomou o poder através de um golpe em 1979 e com a ajuda das Nações Unidas, se tornou o terceiro maior exportador de petróleo da África só que o povo continua na miséria. O governo aplica um pouco mais que 0.5% de sua renda na educação e há menos de um médico para cada 3 mil habitantes. O país tem mais de 22% de desempregados.

Contra outra agência da ONU, a WIPO que lida com propriedade intellectual, há alegações que ela teria transferido tecnologia americana tanto para o Irã como para a Coreia do Norte. Os responsáveis se recusam a cooperar com a investigação aberta pelos Estados Unidos.

Vocês se lembram da investigação da ONU sobre o assassinato do primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri? Um tempo enorme e um monte de dinheiro foram gastos mas absolutamente ninguém foi levado a julgamento.

Sobre o Irã, nos últimos anos, o país dos Ayatollahs foi nomeado membro para supervisionar a Conferência do Tratado de Proliferação de Armas da ONU – apesar de fornecer armas ilegalmente para Assad, foi membro do Comitê de Direito Internacional da ONU, da diretoria executiva do Fundo das Crianças, vice-secretário da Comissão de Desarmamento da ONU e o relator do comitê da ONU de Informação, que é o órgão destinado a promover a liberdade de expressão e de imprensa. Bem… a Coréia do Norte, a China e a Russia também fazem parte deste Comitê.

Acho que não preciso relembrar as falhas da ONU em Rwanda e Srebrenica, sua corrupção crônica e a revelação que suas forças de paz infligiram violência sexual às mulheres e crianças que deveriam proteger.

Não é preciso dizer que não era isso o que os fundadores da ONU tinham em mente. Em 1946, o Presidente americano Harry S. Truman disse que ele esperava que a nova organização pudesse “manter a paz no mundo”. Ele queria que a Assembléia Geral se tornasse “o corpo deliberativo supremo do mundo”.

A ONU diz que tem 4 objetivos: manter a paz, desenvolver relações amistosas entre as nações; ajudar nações a trabalharem conjuntamente para vencer a fome, doenças, analfabetismo encorajando o respeito pelos direitos e liberades; e harmonizar as ações das nações para alcançar estes objetivos.

Será que há alguém no mundo que pode dizer seriamente que não só a ONU falhou miseravelmente nestes objetivos mas se tornou um parque de diversões para os ditadores do mundo?

Não dá ainda para entender que a missão real daqueles no leme das Nações Unidas é de transferir dinheiro e poder dos Estados Unidos e outras nações livres para regimes anti-americanos e anti-democráticos em nome do que Obama chama de “justiça social”?

Os Estados Unidos sempre foram os maiores doadores da ONU, contribuindo com quase ¼ do orçamento da organização – quase $7.7 bilhões de dólares em 2010. Obama ainda não revelou quanto doou para a ONU em 2011 e pode ser muito mais. 55 Países no mundo têm o PIB menor do que o orçamento desta organização.

Nestes tempos de dificuldade econômica, com muitos americanos desempregados e perdendo suas casas, chegou o momento de rever se estes bilhões não poderiam ser melhor aplicados do que numa organização que claramente não está interessada em promover os ideais americanos de liberdade e democracia.